1. Débora Pequito 11 I
O Autismo
Em 1943, Leo Konner chamou a atenção, pela primeira vez, para um grupo de crianças
que apresentava isolamento social, alterações na fala e necessidade extrema de manutenção
da rotina. A este conjunto de sintomas, Konner denominou autismo.
Nas décadas seguintes, o autismo fortaleceu-se como uma entidade diagnóstica e
passou a ser estudado por vários investigadores.
Inicialmente foi colocada a hipótese de que o autismo era causado por factores
psicológicos, de que os pais eram responsáveis, por apresentarem comportamentos
demasiado obsessivos e frios com os seus filhos. Com o passar do tempo, esta hipótese foi
colocada de lado e actualmente considera-se que o autismo é uma desordem neurobiológica,
apesar de o mecanismo preciso da doença não ser conhecido. Isto, porque o autismo não é
uma doença, mas sim várias doenças e com múltiplas causas (ambientais, genéticas ou
combinações de ambas).
Este problema consiste numa alteração “cerebral” ou “comportamental” que afecta as
capacidades da pessoa comunicar, estabelecer relacionamentos e de responder
apropriadamente ao meio que a rodeia. Normalmente, inicia-se desde o nascimento ou nos
primeiros dois anos de vida.
Os autistas são, aparentemente, perfeitamente normais, mas podem apresentar
sintomas, como:
• Dificuldade de relacionamento com outras crianças;
• Riso inapropriado (rir-se constantemente como se alguém estivesse a fazer algo
engraçado;
• Pouco ou nenhum contacto visual;
• Irregular habilidade motora (pode não lhe apetecer chutar a bola, mas pode ir arrumar
brinquedos);
• Fixação inapropriada por objectos (mordê-los, apertá-los e mantê-los junto ao corpo
insistentemente);
• Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
• Hiperactividade ou extrema inactividade;
• Preferência pela solidão;
• Recusa de afectos;
• Age como se fosse surdo;
• Dificuldade em expressar necessidades (usa os gestos no lugar das palavras);
• Acessos de raiva, demonstrando aflição sem razão aparente;
• Entre outros…
Débora Filipa Martins Pequito | Número: 8 | 11º I
2. Ao nível dos tratamentos, são poucos os que existem actualmente, uma vez que os
resultados são muito pequenos, mas a melhor solução para estes problemas passa por
terapias que corrigem estas tensões, alterações e disfunções existentes.
Imagens:
• http://www.painet.com.br/rocha/SINAIS%20DE%20AUTISM.htm
Débora Filipa Martins Pequito | Número: 8 | 11º I