1. Escola Secundária Artística António Arroio
Joana Bettencourt nº17 - 11ºK
A Papisa Joana
A Papisa Joana é uma figura muito controversa sendo que ainda
não está apurado o facto de esta fazer parte de um acontecimento
histórico ou de uma lenda.
Nascida na Alemanha, na Idade Média, em plena “Idade das
Trevas”, época em que as mulheres eram consideradas seres
incapazes de raciocinar, Joana era possuidora de uma grande sede
de conhecimento desde criança, Mateus, seu irmão foi quem a
iniciou nos seus estudos ensinando-a a ler e a escrever às
escondidas, através dos conhecimentos adquiridos através do seu
tutor.
Após Mateus ter morrido ainda criança, o seu tutor continuou a
instruir o seu outro irmão João e apercebeu-se do grande intelecto
que Joana possuía, tendo-lhe esta confessado que tinha sido seu
irmão Mateus quem a tinha ensinado.
Com o auxílio do tutor, Joana dominou o latim
e o grego. Mas o tutor foi transferido
prometendo a Joana que esta iria continuar
com os seus estudos, o que se veio a
comprovar, pois alguns meses depois Joana
estaria a ser submetida a testes no palácio
episcopal, a convite do bispo.
Perante provas de grande sabedoria dadas por
Joana e pela insistência por parte bispo, o
reitor não teve alternativa se não aceitá-la.
Consequentemente a esta aceitação surgiu um
problema, pois Joana era uma mulher e não
podia ficar instalada junto com os rapazes.
Conde Geraldo, cavaleiro conhecido do bispo e
apoiante de Joana, ofereceu-se para a alojar
em sua casa enquanto esta estudava.
Apesar de toda a agressão física, e não só, por
parte dos seus colegas, Joana revelou-se um
fenómeno.
Após alguns anos a frequentar a escola, Joana
sentiu que nada mais havia ali para aprender,
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2. apercebendo-se, assim, que só nos mosteiros poderia aprofundar
os seus estudos.
Assumindo uma identidade masculina, fugiu durante a noite para o
Mosteiro de Fulda com o nome de João Anglicus onde aprofundou
os seus estudos religiosos e clássicos, para além das Ciências.
O monge médico ensinou a Joana os seus conhecimentos de
medicina, tornando-se esta rapidamente numa perita no assunto,
sendo, inclusive, chamada a Roma para tratar o Papa Leão IV que
estava gravemente doente. Após suceder na sua missão, Joana
ficou grandemente conhecida fazendo deste o factor pelo qual a fez
chegar a Papa – Papa João VIII.
Durante uma procissão em que Joana tomava partido, começou a
sentir dores de parto,
chegando mesmo a ter a
criança em público; este
acontecimento levou ou a
serem apedrejados até à
morte no mesmo instante
ou a terem-se mantido em
clausura no mosteiro até ao
fim dos seus dias ou, até, a
terem ambos morrido
durante o parto, não existe
um desfecho claro.
Joana viveu com Conde
Geraldo um amor platónico
que mais tarde quando
Joana já se encontrava em Roma se veio a consumar e originou a
gravidez da mesma.
Obviamente que se esta história é verídica a igreja nunca iria
assumi-la, nem na Idade Média, nem em pleno século XXI,
independentemente das provas que existem e comprovem a
existência de Joana.
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