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Folha do Atlântico PARÁ - ANO V - Nº 138 - 2ª QUINZENA DE OUTUBRO /2014 R$ 2,00 
As vitórias de Dilma e Simone 
APÓS UMA CAMPANHA DE ALTOS E BAIXOS, DILMA ROUSSEFF (PT) É REELEITA PRESIDENTE DO BRASIL, ENQUANTO A 
REPRESENTANTE DE BRAGANÇA NO PARLAMENTO ESTADUAL, SIMONE MORGADO (PMDB), DÁ UM LARGO PASSO À FRENTE, 
CONQUISTANDO UMA VAGA NO CONGRESSO NACIONAL. PAG 02, 06 E 08. 
ELEIÇÕES RESGATE 
Resultado de 
aprovação mostra 
um Pará dividido 
Pescadores à 
deriva 
ALUNO REPÓRTER 
Reconhecimento 
nacional 
JATENE CONSEGUIU SE REELEGER COM UMA PEQUENA DIFERENÇA DE VOTOS EM RELAÇÃO AO 
CANDIDATO HELDER BARBALHO. PAG 02. 
Quatro pescadores que esta-vam 
desaparecidos no mar 
desde quarta-feira, dia 1º de 
outubro, foram encontrados 
por uma embarcação que se 
dispôs a procurá-los por mais 
uns dias, na tarde de quarta- 
-feira, dia 08. Os tripulantes 
estavam numa localidade 
próxima à praia de Salinas, 
ancorados à espera de ajuda. 
Depois de serem reconheci-dos, 
eles tiveram todo o apoio 
possível para retornar ao lito-ral 
de Bragança. Pag 08. 
Equipe da Rádio Bandeiran-tes, 
de São Paulo chegou a 
Bragança na quinta-feira, 09, 
para dar treinamento e orien-tar 
a produção de reportagem 
para integrantes do projeto 
Aluno Repórter – A Imprensa 
na Escola. Com base na Escola 
Estadual Rio Caeté, o projeto 
é finalista ao Prêmio Nacional 
Escola Voluntária, parceria da 
Bandeirantes com a Fundação 
Itaú Social. Pag 07. 
GATA DA CAPA 
ELIANA 
ROCHA E SUA 
FORMOSURA 
INCÊNDIO que atingiu lojas deixa parte do centro comercial de Bragança parado 
por quatro horas durante a manhã de sábado, 25. Apesar do prejuízo, muita 
mercadoria chegou a ser retirada a tempo de dentro dos estabelecimentos atingidos 
pelo fogo. Pag 07. 
PRIMEIRA UNIDADE de extração de carne de caranguejo do Brasil foi inaugurada na manhã de 
quinta-feira, 02, na vila do Treme. A conquista é fruto de trabalho do Sebrae e de diversas instituições, 
que buscaram em conjunto uma solução para a problemática da comercialização da massa do 
crustáceo, proibida pela Justiça em 2009, por diversas irregulares na sua produção. Pag 08. 
MULHERES NO PODER
Dilma reeleita presidente 
da República 
Farmácia 
em anexo 
Expediente: Colaboradores: Antônio Moura 
Tiragem: 5.000 exemplares 
Diretor-Editor responsável: José Clemente Schwartz (DRT 1456) 
Reportagens: José Clemente Schwartz 
Fotografia: Guilherme Thorres 
Editoração eletrônica: Jonas Borges 
Endereço: Rua João Alfredo, 1501 – Centro – Bragança- 
Pará – Cep: 68.600.000 
Emails: clementesom@gmail.com 
OK Publicidade Ltda 
CNPJ. 04.174.230/0001-28 
End: R. João Alfredo, 1501 
Centro Bragança Pará 
CEP 68 600 000 
2 ENTREVISTA 
A PETISTA DILMA ROUSSEFF, 66 ANOS, FOI REELEITA PRESIDENTE 
DO BRASIL, DOMINGO (26), NA ELEIÇÃO MAIS ACIRRADA DESDE A 
REDEMOCRATIZAÇÃO. DILMA DERROTOU O CANDIDATO DO PSDB AÉCIO 
NEVES NO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES. 
POR NACHO 
CDOCE/REUTERS om a reeleição de 
Dilma, o PT en-tra 
em seu quarto 
mandato conse-cutivo 
à frente do 
mais alto cargo executivo do 
país. Dilma deverá enfrentar 
agora uma situação econô-mica 
adversa e um Legisla-tivo 
dividido. 
“A grande dificuldade do 
governo vai ser lidar com a 
fragmentação do Congresso, 
que cresceu nessa eleição. 
Alguns partidos antes mui-to 
pequenos agora têm peso 
para fazer alguma barganha 
política com mais força”, 
afirma o cientista político 
Wagner Romão. 
Romão avalia que, dife-rentemente 
de 2010, quando 
Dilma era uma aposta de 
Lula, agora a presidente tem 
“estatura própria”. 
“Nesta campanha Dilma 
teve um mandato para apre-sentar. 
Obviamente que ela 
não está tolamente separada 
da figura do Lula, mas já 
tem estatura própria e, nes-se 
sentido, teve muito mais 
segurança para se colocar 
nos debates, por exemplo”, 
afirma Romão. 
O caminho para a vitória 
não foi fácil para a petis-ta. 
A eleição deste ano foi 
uma das mais conturbadas 
da história democrática do 
país. Desde a morte de Edu-ardo 
Campos até os deba-tes 
marcados por ataques e 
acusações, a campanha de 
Dilma Rousseff passou por 
muitas fases. 
No início, a campanha 
centrou fogo no tucano Aé-cio 
Neves, representante do 
partido tradicionalmente an-tagônico 
ao PT. Mas com a 
morte de Eduardo Campos e 
a ascensão de Marina Silva, 
candidata a vice-presiden-te 
que assumiu o lugar de 
Campos, todas as armas do 
partido se voltaram contra 
Marina, que não passou do 
primeiro turno. 
A campanha no segundo 
turno das eleições retomou a 
tradicional rivalidade entre 
PT e PSDB e o clima ficou 
tenso, com trocas diárias de 
acusações. 
Os dois primeiros deba-tes 
do segundo turno, pro-movidos 
por Band e SBT, 
transformaram-se em um 
ringue de batalha. Dilma e 
Aécio acusaram-se mutua-mente. 
O público reagiu mal 
aos confrontos, mostraram 
as pesquisas, e nos confron-tos 
seguintes os candidatos 
mudaram a estratégia e vol-taram 
a discutir propostas de 
governo. 
Das quatro eleições ven-cidas 
pelo PT, esta foi a 
mais difícil. Das motivadas 
manifestações de junho de 
2013, que levaram milhares 
de pessoas às ruas das gran-des 
cidades brasileiras, aos 
resultados econômicos nada 
animadores e as denúncias 
de corrupção envolvendo a 
Petrobras, Dilma enfrentou 
várias críticas. 
End: Rodovia Dom Eliseu, S/N - Bairro: Alto Paraíso 
DIFERENTEMENTE DE 2010, quando Dilma era uma aposta de Lula, agora a presidente 
reeleita tem “estatura própria” 
O Primeiro Governo 
Em 2010, Dilma venceu 
as eleições presidenciais 
também no segundo turn o, 
com 56% dos votos, derro-tando 
o candidato do PSDB, 
José Serra, e tornando-se a 
primeira mulher a assumir a 
presidência do Brasil. 
Sem nunca antes ter sido 
eleita para um cargo públi-co, 
Dilma foi escolhida pes-soalmente 
por Lula para ser 
sua sucessora. Embora os 
dois sejam muito próximos, 
têm perfis de liderança dife-rentes. 
Enquanto Lula ficou 
conhecido por seu carisma, 
pela facilidade que tem em 
falar com a população e pela 
naturalidade com que se 
comportava em pronuncia-mentos 
oficiais e na frente 
das câmeras, Dilma parecia 
ser completamente avessa 
aos holofotes. 
Durante sua gestão como 
ministra-chefe da Casa Ci-vil, 
de 2005 a 2010, tornou- 
-se conhecida pelo perfil 
centralizador e técnico. As 
fortes cobranças a ministros 
e assessores fez surgir o ape-lido 
de “dama de ferro”. 
Sobre sua fama de brava, 
Dilma disse em entrevista 
à apresentadora Hebe Ca-margo, 
em 2011, que nunca 
ouviu ninguém chamar polí-ticos 
homens de bravos. 
“Aí eu cheguei à conclu-são 
de que só existiam ho-mens 
meigos e que a única 
pessoa brava era eu. O que 
eu acho que acontece é que 
a mulher não é vista como 
sendo capaz de dirigir, lide-rar. 
Então a liderança é vista 
como uma nota falsa na ques-tão 
da mulher. Que a mulher 
tem que ser só meiga, bem 
quietinha. Eu sou uma pes-soa 
que exijo. Eu tenho de 
prestar contas para o povo 
brasileiro, então eu me cobro 
e cobro as pessoas da mesma 
forma que me cobro”, disse 
Dilma. (CONTINUA NA 
PAG 06)
J ATENE FOI REELEITO 3 
REPÓRTER FOLHA 
Passadas as eleições, restou ao 
Ministério Público Eleitoral e 
ao Ministério Público Estadual uma 
enxurrada de denúncias sobre fraudes 
na campanha dos dois turnos que 
leva à desconfiança de que o pleito 
para governador em 2014 tornou-se a 
mais espúria disputa eletiva do Pará. 
O carro-chefe da corrupção eleitoral 
foi o Cheque Moradia. Promotores 
independentes abriram investigações 
para a rede dos postos de combustíveis 
e para o grampo telefônico, casos que 
envolvem os filhos-pródigos de Simão 
Jatene. A pergunta que não quer calar: 
a cúpula do MPE vai denunciar? 
Gasolina 
Aliás, quanto à denúncia sobre o monopólio 
da rede de postos que operava com o popular-mente 
conhecido cartão Betocard, usado para 
abastecimento da frota de veículos oficiais, o 
MP tem avançado graças à obstinação do pro-motor 
Armando Brasil e procurador de Justiça 
Nelson Medrado. A dupla começou a examinar 
documentos para a reunião de provas de ilícitos 
penais e administrativos. Na denúncia por im-probidade, 
diferente da criminal, o governador 
não tem foro especial e a ação independerá do 
arbítrio do procurador-geral. 
Tocável 
Operador do Direito consultado terça feira, 
28, sobre a apuração de denúncias envolvendo o 
governador e seus parentes em favorecimento de 
contratos bancados com verba pública lembrou 
que a prerrogativa do governador no Superior Tri-bunal 
de Justiça se resume às questões de nature-za 
penal. As demandas ligando-o a improbidade 
administrativa estão afetas à primeira instância, 
onde promotores e juízes estão livres para agir 
contra a alta cúpula do governo, sem dependência 
das interferências das sombras que vagam no MP. 
Censura 
Um observador televisivo estranhava a repen-tina 
volta ao noticiário da TV Liberal de matérias 
mostrando a falta de saneamento em ruas de Ana-nindeua, 
sem asfalto e com esgoto a céu aberto. 
A emissora também tirou da gaveta raras pautas 
sobre os problemas que a população de Belém 
se ressente. Não há mistério. Governados pelo 
PSDB, os dois municípios estavam protegidos 
pela imprensa amiga para não prejudicar eleito-ralmente 
o meio-governador tucano, repudiado 
nas urnas por quase metade do eleitorado do Pará. 
Bragança 
Os eleitores de Bragança voltaram a surpreen-der 
com tantos votos destinados a candidatos de 
fora. Para se ter ideia, somente a deputada Simo-ne 
Morgado, entre os representantes da Pérola do 
Caeté, foi eleita. Dos candidatos a deputado esta-dual, 
Edson Oliveira, Nadson Monteiro e Nonato 
Ceará nenhum conquistou uma cadeira no cargo, 
deixando assim, Bragança sem uma voz ativa na 
Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), o que 
é lastimável, para um município com o número de 
57.753 eleitores. 
Trunfo 
Em compensação, os bragantinos reconhece-ram 
o trabalho de Simone Morgado como parla-mentar 
e apostaram em tê-la como representante 
no Congresso Nacional, elegendo-a deputada 
federal, afinal, a participação, dos eleitores de 
Bragança foi determinante para esta conquista. 
Bragança sabe que a vitória de Simone Mor-gado 
significa a garantia de muitos benefícios 
direcionados para a Pérola do Caeté, indepen-dentemente 
da boa ou má vontade do governo 
do Estado. 
REPÓRTER 
DIÁRIO 
Asucessãode fraudes denunciadas tornou 2014 o 
campeãodas irregularidades de todaahistóriaeleitoral 
doPará. Nuncase viu e se indicou paraaJustiçaEleitoral 
ousotãodesavergonhadodamáquinapúblicaestadual 
paraalteraravontade dos eleitores. OprogramaCheque 
Moradia, que comprou votos arodo, sai dopleitocomo 
ocarro-chefe dacorrupçãoeleitoral noEstadoque deve 
serresponsabilizadopelocrescimentode quase 4% do 
candidatotucanoemBeléme entornoemrelaçãoao 
primeiroturno. Oeleitoradooposicionistase sentiu órfão 
doEstadofiscalizador. 
Moeda 
A reeleição de Simão Jatene custou muito caro aos 
cofres públicos e, se Justiça Eleitoral houvesse, não seria 
difícil provar que o desvio no erário bancou o ilícito 
abuso do poder econômico. Se Justiça houvesse, uma 
auditagem no programa Cheque Moradia mostraria o 
comportamento criminoso na liberação de verbas para 
atender eleitores que, em tempos normais, jamais teriam 
acesso ao benefício, instituído para socorrer servidores 
sem-teto ou comunitários atingidos por sinistros. Neste 
2014, virou moeda para a compra voto. 
Asfalto 
Outro esteio da caça aos votos pelos tucanos foi o 
programa Asfalto na Cidade, que o prefeito Zenaldo 
Coutinho deslanchou nos meses da campanha eleitoral 
e que se intensificou nos últimos dias, com asfaltamento 
até altas horas da madrugada em vários bairros 
de Belém. Curiosamente, o programa inexiste nos 
anos não eleitorais, configurando instrumento claro de 
manipulação da vontade do eleitor. Junto com o Cheque 
Moradia, o Asfalto na Cidade desafiou as autoridades do 
Ministério Público Eleitoral, mantendo-se em atividade 
impunemente até na véspera da eleição. 
Meio-governador 
Consequência das políticas públicas discriminatórias do 
governo com as demais regiões do Estado, as urnas 
reduziram Simão Jatene à condição de governador 
de Belém. Nestas eleições, ele perdeu legitimidade 
na maioria das regiões do Pará. Além da capital e 
seus municípios de entorno, o tucano só controla 
eleitoralmente o nordeste paraense, onde se concentrou o 
poder de influência do PSDB. Foi a capital que o reinado 
de quase 20 anos privilegiou, deixando abandonado ou 
em segundo plano o Marajó, oeste e sul e sudeste. 
Mudança 
Foi esse perverso desequilíbrio gerencial que o senador 
Jader Barbalho observou ao votar pela manhã em Belém. 
Governador do Estado duas vezes e autor das principais 
obras de integração, como a PA-150 e a expansão da 
planta enérgica paraense a partir da geração da usina 
de Tucuruí, Jader lembrou que o Estado é vocacionado 
ao desenvolvimento. A eleição de Helder para o governo 
poderia equivaler, conforme a expectativa do senador, 
à mudança radical dos cenários que hoje atravancam a 
prosperidade econômica e social. 
Monstro 
Criada por Helder Barbalho, a Guarda Municipal de 
Ananindeua se transformou numa força política auxiliar 
do candidato tucano Simão Jatene, a mando do prefeito 
Manoel Pioneiro. As prisões arbitrárias de eleitores e 
fiscais do PMDB que atuaram nas eleições fizeram 
da força municipal uma instituição espúria, violenta e 
contrária a princípios que levaram Helder a criá-la. O 
abuso foi tanto, como no caso do fiscal do partido 
algemado e preso, que a Justiça foi obrigada a agir para 
libertar os cidadãos das garras do monstro. 
LINHA DIRETA 
A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita 
pelo povo brasileiro derrotando todas as forças atrasadas que se 
reuniram em torno da candidatura tucano Aécio Neves e da mais 
agressiva campanha eleitoral do Brasil após a redemocratização 
do país, há três décadas. 
Com opção preferencial pelos bolsões de 
pobreza, beneficiários do mais revolucionário conjunto de 
políticas sociais já adotado por um governo no planeta, Dilma 
recebeu uma consagradora votação dos paraenses. Dilma é a 
esperança do Pará pobre, sem governador. 
O nítido recado das urnas, aliás, deverá ressoar 
todos os dias dos próximos quatro anos no ouvido do ausente 
Simão Jatene. Dividido, o Estado assistiu ontem quase a metade 
dos 3,5 milhões de eleitores que compareceram para votar 
confiarem anseios a Helder Barbalho. 
Ontem à noite, na entrevista em que manifestou o 
respeito ao veredito do TRE, Helder agradeceu os mais de 1,7 
milhão de votos recebidos da população paraense e anunciou 
que, a partir de hoje, exercerá o papel de líder oposicionista que as 
urnas lhe reservaram. 
O compromisso com a agenda de mudança, 
segundo ele, não termina com a eleição. Ao contrário. A vitória 
no primeiro turno com 49% dos votos e os 48% alcançados no 
segundo ditarão o rumo: defesa desse eleitorado com ajuda da 
bancada do PMDB, a maior da Assembleia. 
Membro da Comissão de Direitos Humanos 
da AL, o deputado Edmilson Rodrigues (PSol) apresentará 
requerimento denunciando os precários alojamentos dos 
soldados da PM nas casas prisionais do Pará. Também provocará 
o MP para participar de inspeção. 
De bem com a vida, torcedores do Paysandu se 
misturaram ontem em Belém a massas de eleitores no vaivém 
rumo às seções eleitorais. Não faltaram irreverências, como a do 
bicolor que repetia que as eleições no Pará já tinham o vencedor: o 
Paysandu, por óbvio. 
SEGUNDA-FEIRA, Belém-PA, 27/10/2014 
POLÍTICA A3 
JATENE FOI REELEITO 
MAURO ÂNGELO 
Uso do Cheque Moradia sob suspeita 
Apuração feita pelo TRE foi encerrada às 21h27. Jatene obteve 51,92% dos votos e Helder 48,08% 
Resultadodevotação 
mostraumParádividido 
Jatene conseguiu 
um segundo 
mandato com uma 
pequena diferença 
DA OREDAÇÃO s resultados das 
urnas neste se-gundo 
turno das 
Eleições 2014 
comprovaram o que já se 
sabia há algum tempo. De 
tanto bater na tecla da divi-são 
do Pará, e acusando levi-anamente 
seu adversário de 
se pautar no tema, o can-didato 
reeleito, Simão Jate-ne, 
do PSDB, provocou ele 
mesmo uma secção, não em 
três, mas em dois, ao meio. 
Jatene utilizou a máqui-na 
pública, especialmente 
durante o segundo turno, 
distribuindo Cheques Mora-dia 
intensamente, principal-mente 
na Região Metropoli-tana, 
sem freios nem mesmo 
por parte do Ministério Pú-blico 
Eleitoral. E assim con-seguiu 
o segundo mandato 
por muito pouco, tendo que 
engolir o fato de que quase 
a metade do eleitorado para-ense 
lhe rejeitou. 
Não foi em uma ou duas 
entrevistas que Jatene se 
gabou de ter feito uma cam-panha 
limpa, sem baixarias, 
em que “se ganha ganhan-do”. 
Mas enquanto insistia 
no discurso, agridoce pelo 
tom professoral, denúnci-as 
de compras de voto, de 
distribuição de material di-famatório 
citando seus ad-versários 
ao cargo, em es-pecial, 
Helder, e escândalos 
de corrupção envolvendo 
seus familiares pipocavam 
na imprensa e no protocolo 
do Ministério Público. 
CAMPANHA 
Ainda assim, mostrando 
bem que ética não é um tema 
prioritário para seu governo 
ou sua campanha, ontem, de-pois 
de votar, declarava com 
um grande sorriso no rosto 
estar “feliz pelo embate”. 
Às 19h30, o presidente 
do Tribunal Regional Elei-toral 
(TRE), desembargador 
Leonardo Tavares, anunci-ou 
que, matematicamente, o 
tucano estava reeleito com 
51,97% dos votos. Às 21h27, 
quando foi divulgado o re-sultado 
final e oficial, as 
porcentagens estavam em 
51,92% para Jatene contra 
48,08% para o candidato do 
PMDB. 
Tavares afirmou que o 
decorrer do segundo turno 
, ontem, foi bem mais tran-quilo 
em relação ao dia 5 de 
outubro, com apenas 23 de-tenções 
- contra 150 no pri-meiro 
turno - por crimes re-lacionados 
principalmente a 
boca de urna e propagan-da 
eleitoral irregular. Ape-nas 
em Óbidos foi preciso 
colocar uma única urna de 
lona em uma das sessões. 
Ao longo do processo, 
várias urnas deram proble-mas, 
sendo que 51 precisa-ram 
ser substituídas. Outro 
ponto importante foi que a 
No Hangar - Centro 
de Convenções e Feiras 
da Amazônia, o procura-dor 
regional eleitoral, Alan 
Mansur, comentou sobre o 
futuro das denúncias re-lacionadas 
ao derrame de 
Cheques Moradia, em es-pecial, 
durante o segun-do 
turno das eleições, por 
parte da campanha do go-vernador 
reeleito. 
Sem se fechar em defi-nições, 
ele explicou que, de 
acordo com o que foi rece-bido 
em termos de denún-cias 
até o momento, crimes 
como conduta vedada, cap-tação 
de sufrágio e abuso de 
poder político poderão ca-racterizar, 
de acordo com o 
que for comprovado duran-te 
o andamento das investi-gações, 
o que ocorreu. 
Na sexta-feira, 24, ele, 
pelo Ministério Público Fe-deral, 
entrou com medida 
cautelar junto à Correge-doria 
Regional Eleitoral do 
TRE-PA, citando Jatene, di-rigentes 
da Companhia de 
Habitação (Cohab) e outros, 
pedindo pela suspensão da 
distribuição do benefício até 
29 deste mês. 
“O contexto eleitoral 
pode gerar uma desconfian-ça, 
mas o crime da compra 
de votos é um crime que 
precisa ter evidências muito 
consistentes para ser carac-terizado. 
Por isso a medida 
BALANÇO DA 
VOTAÇÃO 
Jatene é acusado de usar o programa Cheque Moradia em prol da campanha dele ao governo 
cautelar, entregue à Justi-ça 
Eleitoral, pede uma série 
de esclarecimentos para que 
possamos entender o que 
houve”, disse. 
“Nós pedimos detalhes 
como, por exemplo, se havia 
previsão orçamentária para 
essa distribuição, se o pro-cesso 
foi feito de acordo 
com o que diz a lei, com vis-torias, 
com fiscalização, ou 
se foi ‘atropelado’ de fazer 
uma liberação mais rápida 
nessas duas últimas sema-nas”, 
detalhou Mansur, sem 
mencionar implicações con-sequenciais 
de uma possí-vel 
acusação formal, como, 
por exemplo, a cassação do 
mandato de Jatene, caso a li-gação 
dele ao fato seja con-firmada. 
AÇÃO 
O que Alan Mansur 
propôs na Corregedoria Re-gional 
Eleitoral do TRE-PA 
foi ação cautelar prepara-tória 
de ação de investiga-ção 
judicial eleitoral (AIJE) 
contra Simão Jatene; José 
Cruz Marinho, candidato 
na chapa a vice-governa-dor; 
João Hugo Barral, pre-sidente 
da Companhia de 
Habitação do Estado do 
Pará (Cohab); Cláudia Zai-dan, 
diretora da Cohab, e 
Sônia Massoud, coordena-dora 
do programa Cheque 
Moradia, junto a lideran-ças 
comunitárias dos bair-ros 
de Belém, solicitando 
liminarmente a suspensão 
da distribuição e pagamen-to 
do Cheque Moradia até 
o dia 29/10, resguardando a 
isonomia e o equilíbrio do 
pleito. 
A ação pretendia re-primir 
possíveis atos de 
abuso de poder político 
praticados pelos candida-tos 
Simão Jatene e Zequi-nha 
Marinho em benefício 
às suas candidaturas. 
DITO FOTO 
abstenção do Pará foi maior 
que no segundo turno. Um 
total de 25% do eleitorado 
não compareceu e aproxi-madamente 
1 milhão de pa-raenses 
deixaram de ir às 
urnas no dia de ontem, o que 
já era previsível. 
ÀNo total, 51 urnas precisaram 
ser substituídas. 
À A abstenção, como 
esperado, cresceu neste 
segundo turno de 20% para 
25% em relação ao primeiro - 
uma média maior que a 
nacional, de 21%. 
ÀNão houve registros 
significativos de atrasos em 
envio de informações por parte 
das zonas eleitorais ao TRE. 
ÀO uso de biometria 
transcorreu sem problemas. 
MAURO
4 ATUAL José Clemente Schwartz 
O COLUNISTA com Simone Morgado SIMONE com o garçom Joca, figura tradicionalíssima nos eventos de 
Muito obrigada 
Sucesso total a festa do “Muito obrigada”, sábado, 18, quando a deputada federal eleita Simone 
Morgado confraternizou com seus eleitores de Bragança, na Estação Cultural Armando Bordallo, ao som 
de grandes bandas, desfile da Miss Bragança Gay e entrega de diplomas de Honra ao Mérito, concedidos à 
parlamentar por diversas instituições civis organizadas. As fotos são de Guilherme Thorres. 
Bragança 
SIMONE MORGADO e Rovilson Guimarães Pessoa 
SIMONE e Banda Pé de Cana 
SIMONE e o Rei da Noite, Badinho Soares TENENTE VIANNA e a deputada Simone Morgado 
COM LEVI SAMPAIO, Augusto Soares e Luíza Sales 
ANTÔNIO (NHÔ) Sales e Simone Morgado JADERSON SOUSA e Simone Morgado 
VEREADOR NENÊ do Caratateua e esposa com Simone Morgado COM LIANA e João Augusto (Lapão) Soares SIMONE com Marcely Castanho, Matheus e Ascendino Virgulino Jr 
PAULO MIGUEL, Simone Morgado e Karla Macedo SIMONE e meu confrade Edney Santa Brígida 
COM ADI ALVES e Edson Oliveira SIMONE MORGADO, Raimundo e Nilda Casseb 
SIMONE e o músico Danni Boy 
O ARTISTA PLÁSTICO B. LUZ com a esposa Fernanda Luz e a 
deputada Simone Morgado
5 
JOÃO BATISTA PINHEIRO, presidente da 
Irmandade de São Benedito da Marujada de Bragança, 
entregando diploma de Honra ao Mérito 
SIMONE COM GERO, recebendo a 
comenda da Associação dos Artistas Plásticos 
Maré de Cores 
SIMONE com José Augusto Padilha, recebendo 
homenagem da Associação dos Agricultores do Camutá 
AURIMAR ARAÚJO, do Instituto AMA também 
concedeu homenagem à deputada Simone 
DJ ÂNGELO RIBEIRO e Simone Morgado 
SIMONE com os irmãos Pedro Paulo e Antônio Carlos Scerni SIMONE com Hanna Steffany e Lucivaldo Martins, representante do 
grupo Monange Star 
SIMONE com Otávio da Silva e Messias Martins, da Pastoral da Juventude 
SIMONE recebendo a comenda de Honra ao Mérito, da judoca Mayara 
Oliveira 
COM WALLAILSON GUIMARÃES, recebendo a homenagem 
da Associação dos Cavaleiros de Bragança 
COM GERALDO NOGUEIRA, representante da Associação de 
Músicos Canta Bragança 
ATUAL José Clemente Schwartz 
SIMONE MORGADO e sua equipe de trabalho, em grande alegria 
SIMONE COM JOSÉ ELIAS, o Lamparina, recebendo homenagem dos amigos de 
Bacuriteua 
SIMONE e Agnaldo Santos 
SIMONE recebendo a homenagem da Associação dos Taxistas de Bragança
6 ENTREVISTA 
DILMA, ainda criança de classe média; depois, a jovem militante contra a ditadura; e, atualmente, presidente da República 
Coração valente não foge à luta 
UMA HISTÓRIA REPLETA DE OBSTÁCULOS, TODOS SUPERADOS COM GRANDES LUTAS, HAVERIA DE TER FINAL FELIZ. A REELEIÇÃO DE DILMA 
ROUSSEFF CONFIRMA A SATISFAÇÃO DO POVO BRASILEIRO MEDIANTE AOS PROGRAMAS DE GOVERNO DO PT 
(QContinuação da Pag 02) uando assumiu 
como “presi-denta”, 
como 
costuma se re-ferir 
ao cargo, 
Dilma tentou suavizar o 
tom – ao menos publica-mente 
– para evitar con-flitos. 
Lula entregou a Dilma 
um país em ritmo ace-lerado 
de crescimento 
econômico, com a taxa 
de desemprego caindo e 
cada vez mais brasileiros 
ascendendo à classe mé-dia. 
No governo Dilma, 
o PIB do país teve um 
crescimento de 2% por 
ano entre 2011 e 2013, a 
média mais baixa desde o 
governo Collor. 
Em 2014, os dois pri-meiros 
trimestres tiveram 
resultados negativos, indi-cando 
que o país está em re-cessão 
técnica. A inflação 
acumulada nos últimos 12 
meses é de 6,51%, ligeira-mente 
acima da meta do go-verno. 
A inflação alta e os 
mecanismos para mantê-la 
dentro da meta – como o 
represamento de preços da 
Petrobras – estiveram no 
centro das críticas à polí-tica 
econômica do governo 
petista. 
Os últimos dois anos do 
governo foram especial-mente 
conturbados e colo-caram 
em risco a reeleição 
de Dilma. As manifesta-ções 
de junho de 2013 leva-ram 
milhões de brasileiros 
às ruas. Primeiro, contra 
o aumento das tarifas de 
ônibus, depois contra tudo 
o que consideravam errado 
no país. 
Depois das manifes-tações, 
o governo fede-ral 
lançou cinco pactos, 
aprovados pelo Congresso 
Nacional: pela responsabi-lidade 
fiscal, pela reforma 
política, pela saúde, pela 
mobilidade urbana e pela 
educação. 
As denúncias de cor-rupção 
na Petrobras, que 
vieram à tona com o de-poimento 
do ex-diretor da 
estatal Paulo Roberto Cos-ta, 
tornaram o ano e a cam-panha 
eleitoral ainda mais 
conturbados. 
Vida pessoal e militân-cia 
Filha do engenheiro e 
poeta búlgaro naturaliza-do 
brasileiro Pedro Rous-seff, 
e da professora bra-sileira 
Dilma Jane Silva, 
Dilma Vana Rousseff nas-ceu 
em 14 de dezembro de 
1947, em Belo Horizonte 
(MG). 
De família de classe 
média, começou a se en-volver 
com política aos 16 
anos, quando transferiu-se 
de um colégio tradicional 
de feiras de Belo Horizonte 
para uma escola pública, o 
Colégio Estadual Central, 
em 1964 – ano do golpe 
militar. 
Dilma começa a militar 
em movimentos de resis-tência 
à ditadura. Em 1967, 
já cursando Ciências Eco-nômicas 
na Universidade 
Federal de Minas Gerais, 
Dilma passa a militar no 
Colina (Comando de Li-bertação 
Nacional). 
Em 1969, casa-se com o 
advogado e militante de es-querda 
Carlos Araújo, com 
quem teve sua única filha, 
Paula Rousseff Araújo, 
hoje mãe de Gabriel, sem-pre 
visto com a avó. 
Já vivendo na clandesti-nidade, 
Dilma usou diver-sos 
codinomes para não ser 
encontrada pelo governo 
militar, como Estela, Lui-za, 
Maria Lúcia, Marina, 
Patrícia e Wanda. 
Em janeiro do ano se-guinte 
é presa em São Paulo 
e fica detida na Oban (Ope-ração 
Bandeirantes) onde é 
torturada. Depois, é envia-da 
ao Dops. Libertada em 
1973, muda-se para Porto 
Alegre onde volta a estu-dar 
Ciências Econômicas, 
desta vez na Federal do Rio 
Grande do Sul (UFGRS). 
Na mesma época, filia-se 
ao PDT. 
VIDA POLÍTICA 
Antes de ser eleita pre-sidente, 
Dilma nunca ha-via 
concorrido a um cargo 
público, mas participou 
de diversos governos. En-tre 
1986 e 1989, ocupou 
o cargo de secretária da 
Fazenda da Prefeitura de 
Porto Alegre, depois, entre 
1991-1993, foi presidente 
da Fundação de Economia 
e Estatística do Estado do 
Rio Grande do Sul. 
Foi também secretária 
de estado de Energia, Mi-nas 
e Comunicações nos 
governos de Alceu Colla-res 
(PDT) e Olívio Dutra 
(PT), no Rio Grande do 
Sul. 
Filiou-se ao Partido dos 
Trabalhadores em 2001. Foi 
escolhida para coordenar a 
equipe de infraestrutura do 
governo de transição entre 
o último mandato de Fer-nando 
Henrique Cardoso e 
o primeiro de Lula. 
Depois, foi a escolhida 
de Lula para o Ministério 
de Minas e Energia entre 
2003 e 2005 e depois para 
o lugar de José Dirceu na 
Casa Civil. 
No início do ano de 
2009 descobriu um cân-cer 
no sistema linfático, 
tratou-se e foi considera-da 
curada em setembro do
BRAGANÇA 7 
ESPORTE 
Bragança é vice 
nos VIII Jogos 
Abertos 
Bragança sagrou-se 
campeã na modalidade 
de handebol masculino 
na VIII edição dos Jogos 
Abertos do Pará. O en-cerramento 
aconteceu no 
domingo, 21, em Casta-nhal, 
onde todas as par-tidas 
foram realizadas. 
O município com maior 
pontuação foi Abaetetuba 
ficando com a primeira 
colocação na tabela geral 
dos jogos. Bragança foi o 
segundo município colo-cado, 
como nove pontos, 
sendo a vice-campeã; se-guida 
de Ananindeua, com 
oito pontos, que ficou em 
terceiro lugar. 
A equipe de Abaetetuba 
foi campeã após ter venci-do 
as finais de futsal mas-culino 
Handebol Masculino – 1º lugar 
Handebol Feminino – 4º lugar 
Vôlei Feminino – 2º lugar vice-campeã 
Vôlei Masculino – 3º lugar 
Futsal Masculino – 3º lugar 
Basquete Masculino – 3º lugar 
ALUNO REPÓRTER 
Mais reconhecimento 
em âmbito 
nacional 
Incêndio para 
comércio em 
pleno sábado 
INCÊNDIO QUE ATINGIU LOJAS DEIXA PARTE 
DO CENTRO COMERCIAL DE BRAGANÇA 
PARADO POR QUATRO HORAS DURANTE 
A MANHÃ DE SÁBADO, 25. APESAR DO 
PREJUÍZO, MUITA MERCADORIA CHEGOU A 
SER RETIRADA A TEMPO DE DENTRO DOS 
ESTABELECIMENTOS ATINGIDOS PELO FOGO. 
Incêndio de grande pro-porção 
atingiu lojas no 
centro de Bragança, du-rante 
a manhã de sábado, 
25. O fogo identificado às 
06h05 só foi contido por volta 
das 09h30, quando chegou re-forço 
do Corpo de Bombeiros 
vindo de Capanema. Durante 
a operação, os lojistas retira-ram 
as mercadorias de seus 
estabelecimentos, evitando 
assim maior prejuízo. 
Segundo o Corpo de 
Bombeiros, o fogo começou 
no depósito da loja Gleydson 
Modas, de onde as chamas se 
alastraram para a loja Torra 
Torra e City Lar, que foi preju-dicada 
em menor proporção, 
todas na avenida Visconde do 
Rio Branco. A equipe do Cor-po 
de Bombeiros de Bragança 
chegou ao local depois das 7h 
e além da demora, não garan-tiu 
água o suficiente, porém 
contou com a ajuda de car-ros 
pipas das empresas Ciro 
Construtora e Rodoterra, que 
prestaram socorro, contornan-do 
a situação, até que chegas-sem 
mais dois carros vindos 
de Capanema, para por fim nas 
chamas. 
Durante a operação, parte 
do centro comercial teve o 
trânsito interrompido e as lo-jas 
foram mantidas fechadas, 
até que a situação fosse con-tornada, 
por volta das 09h30, 
quando a perícia informou que 
está trabalhando com hipóte-se 
de que um circuito elétrico 
tenha sido a origem do infor-túnio, 
que promoveu grandes 
prejuízos aos estabelecimen-tos 
atingidos pelo fogo, ainda 
que com parte significativa 
das mercadorias retirada a 
tempo. 
Na compra de 
qualquer 
receituário da 
linha UFC, 
ganhe um 
óculos solar 
Equipe da Rádio Ban-deirantes, 
de São Pau-lo 
chegou a Bragança na 
quinta-feira, 09, para dar 
treinamento e orientar a 
produção de reportagem 
para integrantes do pro-jeto 
Aluno Repórter – A 
Imprensa na Escola. Com 
base na Escola Estadual 
Rio Caeté, o projeto é fi-nalista 
ao Prêmio Nacional 
Escola Voluntária, parceria 
da Bandeirantes com a Fun-dação 
Itaú Social. Fruto do 
E aí, vai encarar? 
Sua visão em primeiro lugar 
contra Ulianópolis 
e a de handebol feminino 
contra Vigia, e de ter sido 
o segundo lugar em hande-bol 
masculino contra Bra-gança. 
Esses resultados lhe 
renderam os 13 pontos da 
classificação final e o tí-tulo 
de campeã geral dos 
Jogos Abertos 2014. 
Já Bragança foi à se-gunda 
colocada, sendo 
campeã na partida final de 
handebol masculino contra 
Abaetetuba, vice-campeã 
contra Ponta de Pedras 
em voleibol feminino e 
terceiro lugar em voleibol 
masculino. Ananindeua foi 
campeã em voleibol mas-culino 
contra Tucuruí e 
vice contra Barcarena em 
basquetebol masculino. 
CLASSIFICAÇÃO DAS EQUIPES DE 
BRAGANÇA FICOU DA SEGUINTE 
FORMA: 
O LOCAL do incêndio 
MERCADORIAS retiradas das lojas atingidas pelo incêndio e 
colocadas na calçada do antigo Mercado Municipal 
TRAVESSA MARCELINO CASTANHO, a principal 
via do comércio de Bragança, ficou interditada de 06h às 10h30 
treinamento, a reportagem 
de autoria dos alunos lide-rados 
pelo professor Beto 
Amorim, coordenador 
do Núcleo de Tecnologia 
Educacional de Bragança, 
da Secretaria de Estado 
de Educação (Seduc), vai 
a julgamento em novem-bro 
quando será definido o 
vencedor ao Prêmio. 
RECONHECIMENTO 
Os alunos de Bragança 
estão acostumados a ter 
seu talento reconhecido. 
Um dos integrantes do 
projeto teve a produção de 
um vídeo premiada em ou-tro 
certame nacional. Um 
vídeo de curta duração le-vou 
o paraense Mateus de 
Araújo Ribeiro, natural do 
município de Tracuateua, 
nordeste do estado, a ga-nhar 
prêmio na Câmara 
dos Deputados, em Bra-sília. 
Em Bragança, o treina-mento 
da Rádio Bandeiran-tes 
aconteceu nos dias 9 e 
10, quando os integrantes 
do projeto realizaram as 
filmagens sobre a cidade, 
a escola, o projeto, além de 
entrevistas.
8 BRAGANÇA 
BRAGANÇA foi às ruas para celebrar a vitória de Simone Morgado, deputada federal eleita, que falou sobre a honra de contar com a cumplicidade do povo bragantino 
CARANGUEJO CATADO 
Bragança desponta 
pioneira no mercado 
Mais uma vitória de 
Simone Morgado 
SIMONE MORGADO É ELEITA DEPUTADA 
FEDERAL COM 76.510 VOTOS, ESPALHADOS 
POR DIVERSOS MUNICÍPIOS, SENDO QUE 
10.350 FORAM CONCEDIDOS PELO POVO DE 
BRAGANÇA E TRACUATEUA, QUE FEZ QUESTÃO 
DE GARANTIR SUA LEGÍTIMA REPRESENTANTE NO 
CONGRESSO NACIONAL. DEVIDO À DIVISÃO DE 
VOTOS PARA A ESCOLHA DOS CANDIDATOS AO 
CARGO DE DEPUTADO ESTADUAL, NENHUM DOS 
REPRESENTANTES BRAGANTINOS FOI ELEITO. 
A eleição de Simone 
ção habilitada pela Adepará é a 
utilização do gelo para manter o 
caranguejo em baixa temperatu-ra 
durante todo o processo de ex-tração 
da carne, além da higiene 
completa. O processo de extração 
da carne é realizado em cadeia, a 
começar pela sessão de lavagem 
em tanques revestidos de azule-jo, 
depois o crustáceo recebe um 
banho de produto químico para 
então ser cozido. Em seguida co-meça 
o processo de catação, com 
pinças, espátula e porrete em aço 
inoxidável, dentre de uma caixa 
térmica com gelo, para garantir a 
baixa temperatura. Após este pro-cesso, 
a massa é colocada sobre 
uma lâmina de vidro com uma luz 
focando por baixo, para que ali 
seja identificado qualquer fiapo 
ou pedaço minúsculo de casca, 
para em seguida ser embalado e 
refrigerado, com total garantia de 
qualidade, e distribuído, a prin-cípio, 
em Bragança e na capital. 
Pronta para entrar em funcio-namento 
nos próximos dias, a em-presa 
já conta com 36 funcionários 
que trabalharão em dois turnos, 
para a produção de 220 quilos de 
caranguejo ao dia. Diferente da 
realidade com qual estavam acos-tumadas, 
as catadoras que foram 
capacitadas em treinamento pro-movido 
pelo Sebrae admitem 
ter avançado, dando um grande 
passo. “Hoje eu vejo o quanto 
era realmente sem higiene aquela 
maneira como trabalhávamos, ca-tando 
no quintal, ao ar livre, com 
a presença de animais domésticos 
ao redor, quebrando o caranguejo 
com um pedaço de madeira e com 
os dentes, com moscas rondando 
em torno da produção, assim como 
confesso que foi difícil se adaptar 
aos novos instrumentos. Entre-tanto, 
estamos neste mundo para 
evoluir e foi o que aconteceu co-nosco”, 
conclui a catadora Maria 
Leila Soares. 
A EQUIPE da empresa e do Sebrae, durante a inauguração 
EM FRENTE À IGREJA DE SÃO BENEDITO, Simone 
agradeceu a Deus e aos eleitores de Bragança 
OBRIGADO – Embora tenha 
havido comemoração espontâ-nea 
na hora do resultado, Simo-ne 
fez questão de confraternizar 
em grande estilo com o povo de 
Bragança, e para isso, realizou 
uma festa contando com várias 
atrações, na Estação Cultural 
OS CANDIDATOS MAIS VOTADOS EM 
BRAGANÇA E TRACUATEUA: 
Av. Marechal Floriano Peixoto, 1713 - Centro - Ao lado do Banpará 
Morgado (PMDB) 
ao cargo de depu-tada 
federal con-solida 
a trajetória 
brilhante de uma carreira po-lítica 
iniciada em Bragança, 
no ano de 2004, quando foi 
eleita vereadora do município 
e que só tem apresentado boa 
progressão. A partir de então, 
Simone deu início a uma série 
de ações que logo a colocaram 
como destaque em Bragança, 
fazendo ainda que seu nome 
servisse de referência positiva 
em outros municípios da re-gião 
nordeste paraense, o que 
levou seu partido a lançar sua 
candidatura à deputada estadu-al, 
em 2006, quando foi eleita 
ao cargo pela primeira vez, já 
com a grande maioria dos vo-tos 
de eleitores da Pérola do 
Caeté. Em 2010, Simone foi 
reeleita ao cargo de deputada 
estadual, no qual trilhou mais 
quatro anos, obtendo resulta-dos 
que resultaram na sua mais 
recente conquista: à eleição ao 
cargo de deputada federal. 
A notícia da mais uma elei-ção 
de Simone foi recebida 
com grande alegria em Bra-gança, 
onde centenas de veí-culos 
saíram em carreata pelos 
principais bairros, na noite de 
domingo, 05. Como de costu-me, 
o cortejo foi encerrado no 
Largo de Sâo Benedito, onde 
a deputada federal eleita fez 
os agradecimentos a Deus e 
ao povo bragantino, a quem 
ela atribuiu grande responsa-bilidade 
de sua vitória. “Fico 
muito honrada pela confiança 
que os eleitores bragantinos 
depositaram em mim, por 
isso só tenho a agradecer e 
me desdobrar para atender 
às expectativas daqueles que 
apostam em mim como sua 
representante”, disse a depu-tada, 
durante seu amplo pro-nunciamento, 
feito em cima 
de um trio elétrico, em frente 
à Igreja de São Benedito. 
PARA DEPUTADO ESTADUAL: 
1 - Edson Oliveira – PMDB – 13.405 
2 - Nadson Monteiro – PR – 12.734 
3 - Nonato Ceará – PT – 3.103 
PARA DEPUTADO FEDERAL 
Simone Morgado obteve – 10.350 
SENADOR DA REPÚBLICA 
A maior pontuação foi de Paulo Rocha com, 30.098 
Primeira unidade de extração 
de carne de caranguejo do Bra-sil 
foi inaugurada na manhã de 
quinta-feira, 02, na vila do Treme. 
A conquista é fruto de trabalho 
do Sebrae e de diversas institui-ções, 
que buscaram em conjunto 
uma solução para a problemática 
da comercialização da massa do 
crustáceo, proibida pela Justiça 
em 2009, por diversas irregulares 
na sua produção. 
A luta dos empreendedores 
do ramo do caranguejo do Treme 
pela regularização da atividade 
teve início logo após a proibição, 
quando uma caravana conduzida 
em sete ônibus foi até a capital se 
manifestar perante o Ministério 
Público, com direito à interdição 
da rua em frente à sede do órgão 
público. Devido à insistência, o 
promotor Marco Aurélio acabou 
por receber uma comitiva repre-sentante 
do movimento, que teve 
como resposta para o pedido de 
reintegração da venda de carne 
de caranguejo, o compromisso 
de atender as exigências estabe-lecidas 
pela Agência de Defesa 
Agropecuária do Pará (Adepa-rá), 
o que levou os interessados 
a recorrerem ao Sebrae. 
O papel do Sebrae foi de arti-culador 
entre os empreendedores 
da vila do Treme e as partes que 
viriam disponibilizar técnicas 
para que fossem atendidas suas 
expectativas, buscando conheci-mento 
para habilitá-los a cumprir 
às exigências exigidas pela Ade-pará. 
“Buscamos recursos técni-cos 
em outros estados do Brasil 
que já dominavam a técnica e dis-põem 
de muitas informações prá-ticas, 
como a Bahia, por exemplo, 
onde fomos atendidos de maneira 
muito compensadora”, disse o di-retor 
do Sebrae, Joy Colares. 
Além de produto químico 
para matar bactérias, outro item 
fundamental para a padroniza- 
As eleições 2014 referente 
ao primeiro turno em Bragança 
e Tracuateua foram considera-das 
tranquilas pelos órgãos de 
segurança pública. Em relação a 
crimes eleitorais, de acordo com 
a juíza eleitoral Rosa Maria, ape-nas 
uma situação de boca de urna 
foi registrada e logo apresentada 
a Unidade Integrada de Policia 
Pacificadora de Bragança pela 
Policia Federal. 
Dos quase 80 mil eleitores 
existentes na cidade, menos de 
10% não compareceu às urnas 
ou justificou. O jovem estu-dante, 
Victor Vasconcellos, foi 
até uma seção e justificou já 
que o mesmo vota na capital do 
estado e não deu para viajar e 
participar do pleito eleitoral. Já 
a idosa, Joana Brito, de 84 anos 
fez questão de comparecer na 
sua seção. Para ela votar é o 
exercício da cidadania. “faço 
porque gosto, escolho meu 
candidato e voto com alegria”, 
frisou a aposentada. 
A apuração foi encerrada 
às 22h20min no Tribunal Re-gional 
Eleitoral – TRE, com a 
soma total dos votos. 
O EQUIPAMENTO utilizado 
para a extração do caranguejo 
Primeiro turno em total tranquilidade 
Armando Bordallo, na noite de 
sábado, 18. Além da apresenta-ção 
de bandas, durante a pro-gramação, 
diversos segmentos 
da sociedade agraciaram a 
deputada com plaquetas come-morativas 
em agradecimento 
pelo apoio sempre recebido.

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  • 1. Folha do Atlântico PARÁ - ANO V - Nº 138 - 2ª QUINZENA DE OUTUBRO /2014 R$ 2,00 As vitórias de Dilma e Simone APÓS UMA CAMPANHA DE ALTOS E BAIXOS, DILMA ROUSSEFF (PT) É REELEITA PRESIDENTE DO BRASIL, ENQUANTO A REPRESENTANTE DE BRAGANÇA NO PARLAMENTO ESTADUAL, SIMONE MORGADO (PMDB), DÁ UM LARGO PASSO À FRENTE, CONQUISTANDO UMA VAGA NO CONGRESSO NACIONAL. PAG 02, 06 E 08. ELEIÇÕES RESGATE Resultado de aprovação mostra um Pará dividido Pescadores à deriva ALUNO REPÓRTER Reconhecimento nacional JATENE CONSEGUIU SE REELEGER COM UMA PEQUENA DIFERENÇA DE VOTOS EM RELAÇÃO AO CANDIDATO HELDER BARBALHO. PAG 02. Quatro pescadores que esta-vam desaparecidos no mar desde quarta-feira, dia 1º de outubro, foram encontrados por uma embarcação que se dispôs a procurá-los por mais uns dias, na tarde de quarta- -feira, dia 08. Os tripulantes estavam numa localidade próxima à praia de Salinas, ancorados à espera de ajuda. Depois de serem reconheci-dos, eles tiveram todo o apoio possível para retornar ao lito-ral de Bragança. Pag 08. Equipe da Rádio Bandeiran-tes, de São Paulo chegou a Bragança na quinta-feira, 09, para dar treinamento e orien-tar a produção de reportagem para integrantes do projeto Aluno Repórter – A Imprensa na Escola. Com base na Escola Estadual Rio Caeté, o projeto é finalista ao Prêmio Nacional Escola Voluntária, parceria da Bandeirantes com a Fundação Itaú Social. Pag 07. GATA DA CAPA ELIANA ROCHA E SUA FORMOSURA INCÊNDIO que atingiu lojas deixa parte do centro comercial de Bragança parado por quatro horas durante a manhã de sábado, 25. Apesar do prejuízo, muita mercadoria chegou a ser retirada a tempo de dentro dos estabelecimentos atingidos pelo fogo. Pag 07. PRIMEIRA UNIDADE de extração de carne de caranguejo do Brasil foi inaugurada na manhã de quinta-feira, 02, na vila do Treme. A conquista é fruto de trabalho do Sebrae e de diversas instituições, que buscaram em conjunto uma solução para a problemática da comercialização da massa do crustáceo, proibida pela Justiça em 2009, por diversas irregulares na sua produção. Pag 08. MULHERES NO PODER
  • 2. Dilma reeleita presidente da República Farmácia em anexo Expediente: Colaboradores: Antônio Moura Tiragem: 5.000 exemplares Diretor-Editor responsável: José Clemente Schwartz (DRT 1456) Reportagens: José Clemente Schwartz Fotografia: Guilherme Thorres Editoração eletrônica: Jonas Borges Endereço: Rua João Alfredo, 1501 – Centro – Bragança- Pará – Cep: 68.600.000 Emails: clementesom@gmail.com OK Publicidade Ltda CNPJ. 04.174.230/0001-28 End: R. João Alfredo, 1501 Centro Bragança Pará CEP 68 600 000 2 ENTREVISTA A PETISTA DILMA ROUSSEFF, 66 ANOS, FOI REELEITA PRESIDENTE DO BRASIL, DOMINGO (26), NA ELEIÇÃO MAIS ACIRRADA DESDE A REDEMOCRATIZAÇÃO. DILMA DERROTOU O CANDIDATO DO PSDB AÉCIO NEVES NO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES. POR NACHO CDOCE/REUTERS om a reeleição de Dilma, o PT en-tra em seu quarto mandato conse-cutivo à frente do mais alto cargo executivo do país. Dilma deverá enfrentar agora uma situação econô-mica adversa e um Legisla-tivo dividido. “A grande dificuldade do governo vai ser lidar com a fragmentação do Congresso, que cresceu nessa eleição. Alguns partidos antes mui-to pequenos agora têm peso para fazer alguma barganha política com mais força”, afirma o cientista político Wagner Romão. Romão avalia que, dife-rentemente de 2010, quando Dilma era uma aposta de Lula, agora a presidente tem “estatura própria”. “Nesta campanha Dilma teve um mandato para apre-sentar. Obviamente que ela não está tolamente separada da figura do Lula, mas já tem estatura própria e, nes-se sentido, teve muito mais segurança para se colocar nos debates, por exemplo”, afirma Romão. O caminho para a vitória não foi fácil para a petis-ta. A eleição deste ano foi uma das mais conturbadas da história democrática do país. Desde a morte de Edu-ardo Campos até os deba-tes marcados por ataques e acusações, a campanha de Dilma Rousseff passou por muitas fases. No início, a campanha centrou fogo no tucano Aé-cio Neves, representante do partido tradicionalmente an-tagônico ao PT. Mas com a morte de Eduardo Campos e a ascensão de Marina Silva, candidata a vice-presiden-te que assumiu o lugar de Campos, todas as armas do partido se voltaram contra Marina, que não passou do primeiro turno. A campanha no segundo turno das eleições retomou a tradicional rivalidade entre PT e PSDB e o clima ficou tenso, com trocas diárias de acusações. Os dois primeiros deba-tes do segundo turno, pro-movidos por Band e SBT, transformaram-se em um ringue de batalha. Dilma e Aécio acusaram-se mutua-mente. O público reagiu mal aos confrontos, mostraram as pesquisas, e nos confron-tos seguintes os candidatos mudaram a estratégia e vol-taram a discutir propostas de governo. Das quatro eleições ven-cidas pelo PT, esta foi a mais difícil. Das motivadas manifestações de junho de 2013, que levaram milhares de pessoas às ruas das gran-des cidades brasileiras, aos resultados econômicos nada animadores e as denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras, Dilma enfrentou várias críticas. End: Rodovia Dom Eliseu, S/N - Bairro: Alto Paraíso DIFERENTEMENTE DE 2010, quando Dilma era uma aposta de Lula, agora a presidente reeleita tem “estatura própria” O Primeiro Governo Em 2010, Dilma venceu as eleições presidenciais também no segundo turn o, com 56% dos votos, derro-tando o candidato do PSDB, José Serra, e tornando-se a primeira mulher a assumir a presidência do Brasil. Sem nunca antes ter sido eleita para um cargo públi-co, Dilma foi escolhida pes-soalmente por Lula para ser sua sucessora. Embora os dois sejam muito próximos, têm perfis de liderança dife-rentes. Enquanto Lula ficou conhecido por seu carisma, pela facilidade que tem em falar com a população e pela naturalidade com que se comportava em pronuncia-mentos oficiais e na frente das câmeras, Dilma parecia ser completamente avessa aos holofotes. Durante sua gestão como ministra-chefe da Casa Ci-vil, de 2005 a 2010, tornou- -se conhecida pelo perfil centralizador e técnico. As fortes cobranças a ministros e assessores fez surgir o ape-lido de “dama de ferro”. Sobre sua fama de brava, Dilma disse em entrevista à apresentadora Hebe Ca-margo, em 2011, que nunca ouviu ninguém chamar polí-ticos homens de bravos. “Aí eu cheguei à conclu-são de que só existiam ho-mens meigos e que a única pessoa brava era eu. O que eu acho que acontece é que a mulher não é vista como sendo capaz de dirigir, lide-rar. Então a liderança é vista como uma nota falsa na ques-tão da mulher. Que a mulher tem que ser só meiga, bem quietinha. Eu sou uma pes-soa que exijo. Eu tenho de prestar contas para o povo brasileiro, então eu me cobro e cobro as pessoas da mesma forma que me cobro”, disse Dilma. (CONTINUA NA PAG 06)
  • 3. J ATENE FOI REELEITO 3 REPÓRTER FOLHA Passadas as eleições, restou ao Ministério Público Eleitoral e ao Ministério Público Estadual uma enxurrada de denúncias sobre fraudes na campanha dos dois turnos que leva à desconfiança de que o pleito para governador em 2014 tornou-se a mais espúria disputa eletiva do Pará. O carro-chefe da corrupção eleitoral foi o Cheque Moradia. Promotores independentes abriram investigações para a rede dos postos de combustíveis e para o grampo telefônico, casos que envolvem os filhos-pródigos de Simão Jatene. A pergunta que não quer calar: a cúpula do MPE vai denunciar? Gasolina Aliás, quanto à denúncia sobre o monopólio da rede de postos que operava com o popular-mente conhecido cartão Betocard, usado para abastecimento da frota de veículos oficiais, o MP tem avançado graças à obstinação do pro-motor Armando Brasil e procurador de Justiça Nelson Medrado. A dupla começou a examinar documentos para a reunião de provas de ilícitos penais e administrativos. Na denúncia por im-probidade, diferente da criminal, o governador não tem foro especial e a ação independerá do arbítrio do procurador-geral. Tocável Operador do Direito consultado terça feira, 28, sobre a apuração de denúncias envolvendo o governador e seus parentes em favorecimento de contratos bancados com verba pública lembrou que a prerrogativa do governador no Superior Tri-bunal de Justiça se resume às questões de nature-za penal. As demandas ligando-o a improbidade administrativa estão afetas à primeira instância, onde promotores e juízes estão livres para agir contra a alta cúpula do governo, sem dependência das interferências das sombras que vagam no MP. Censura Um observador televisivo estranhava a repen-tina volta ao noticiário da TV Liberal de matérias mostrando a falta de saneamento em ruas de Ana-nindeua, sem asfalto e com esgoto a céu aberto. A emissora também tirou da gaveta raras pautas sobre os problemas que a população de Belém se ressente. Não há mistério. Governados pelo PSDB, os dois municípios estavam protegidos pela imprensa amiga para não prejudicar eleito-ralmente o meio-governador tucano, repudiado nas urnas por quase metade do eleitorado do Pará. Bragança Os eleitores de Bragança voltaram a surpreen-der com tantos votos destinados a candidatos de fora. Para se ter ideia, somente a deputada Simo-ne Morgado, entre os representantes da Pérola do Caeté, foi eleita. Dos candidatos a deputado esta-dual, Edson Oliveira, Nadson Monteiro e Nonato Ceará nenhum conquistou uma cadeira no cargo, deixando assim, Bragança sem uma voz ativa na Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), o que é lastimável, para um município com o número de 57.753 eleitores. Trunfo Em compensação, os bragantinos reconhece-ram o trabalho de Simone Morgado como parla-mentar e apostaram em tê-la como representante no Congresso Nacional, elegendo-a deputada federal, afinal, a participação, dos eleitores de Bragança foi determinante para esta conquista. Bragança sabe que a vitória de Simone Mor-gado significa a garantia de muitos benefícios direcionados para a Pérola do Caeté, indepen-dentemente da boa ou má vontade do governo do Estado. REPÓRTER DIÁRIO Asucessãode fraudes denunciadas tornou 2014 o campeãodas irregularidades de todaahistóriaeleitoral doPará. Nuncase viu e se indicou paraaJustiçaEleitoral ousotãodesavergonhadodamáquinapúblicaestadual paraalteraravontade dos eleitores. OprogramaCheque Moradia, que comprou votos arodo, sai dopleitocomo ocarro-chefe dacorrupçãoeleitoral noEstadoque deve serresponsabilizadopelocrescimentode quase 4% do candidatotucanoemBeléme entornoemrelaçãoao primeiroturno. Oeleitoradooposicionistase sentiu órfão doEstadofiscalizador. Moeda A reeleição de Simão Jatene custou muito caro aos cofres públicos e, se Justiça Eleitoral houvesse, não seria difícil provar que o desvio no erário bancou o ilícito abuso do poder econômico. Se Justiça houvesse, uma auditagem no programa Cheque Moradia mostraria o comportamento criminoso na liberação de verbas para atender eleitores que, em tempos normais, jamais teriam acesso ao benefício, instituído para socorrer servidores sem-teto ou comunitários atingidos por sinistros. Neste 2014, virou moeda para a compra voto. Asfalto Outro esteio da caça aos votos pelos tucanos foi o programa Asfalto na Cidade, que o prefeito Zenaldo Coutinho deslanchou nos meses da campanha eleitoral e que se intensificou nos últimos dias, com asfaltamento até altas horas da madrugada em vários bairros de Belém. Curiosamente, o programa inexiste nos anos não eleitorais, configurando instrumento claro de manipulação da vontade do eleitor. Junto com o Cheque Moradia, o Asfalto na Cidade desafiou as autoridades do Ministério Público Eleitoral, mantendo-se em atividade impunemente até na véspera da eleição. Meio-governador Consequência das políticas públicas discriminatórias do governo com as demais regiões do Estado, as urnas reduziram Simão Jatene à condição de governador de Belém. Nestas eleições, ele perdeu legitimidade na maioria das regiões do Pará. Além da capital e seus municípios de entorno, o tucano só controla eleitoralmente o nordeste paraense, onde se concentrou o poder de influência do PSDB. Foi a capital que o reinado de quase 20 anos privilegiou, deixando abandonado ou em segundo plano o Marajó, oeste e sul e sudeste. Mudança Foi esse perverso desequilíbrio gerencial que o senador Jader Barbalho observou ao votar pela manhã em Belém. Governador do Estado duas vezes e autor das principais obras de integração, como a PA-150 e a expansão da planta enérgica paraense a partir da geração da usina de Tucuruí, Jader lembrou que o Estado é vocacionado ao desenvolvimento. A eleição de Helder para o governo poderia equivaler, conforme a expectativa do senador, à mudança radical dos cenários que hoje atravancam a prosperidade econômica e social. Monstro Criada por Helder Barbalho, a Guarda Municipal de Ananindeua se transformou numa força política auxiliar do candidato tucano Simão Jatene, a mando do prefeito Manoel Pioneiro. As prisões arbitrárias de eleitores e fiscais do PMDB que atuaram nas eleições fizeram da força municipal uma instituição espúria, violenta e contrária a princípios que levaram Helder a criá-la. O abuso foi tanto, como no caso do fiscal do partido algemado e preso, que a Justiça foi obrigada a agir para libertar os cidadãos das garras do monstro. LINHA DIRETA A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita pelo povo brasileiro derrotando todas as forças atrasadas que se reuniram em torno da candidatura tucano Aécio Neves e da mais agressiva campanha eleitoral do Brasil após a redemocratização do país, há três décadas. Com opção preferencial pelos bolsões de pobreza, beneficiários do mais revolucionário conjunto de políticas sociais já adotado por um governo no planeta, Dilma recebeu uma consagradora votação dos paraenses. Dilma é a esperança do Pará pobre, sem governador. O nítido recado das urnas, aliás, deverá ressoar todos os dias dos próximos quatro anos no ouvido do ausente Simão Jatene. Dividido, o Estado assistiu ontem quase a metade dos 3,5 milhões de eleitores que compareceram para votar confiarem anseios a Helder Barbalho. Ontem à noite, na entrevista em que manifestou o respeito ao veredito do TRE, Helder agradeceu os mais de 1,7 milhão de votos recebidos da população paraense e anunciou que, a partir de hoje, exercerá o papel de líder oposicionista que as urnas lhe reservaram. O compromisso com a agenda de mudança, segundo ele, não termina com a eleição. Ao contrário. A vitória no primeiro turno com 49% dos votos e os 48% alcançados no segundo ditarão o rumo: defesa desse eleitorado com ajuda da bancada do PMDB, a maior da Assembleia. Membro da Comissão de Direitos Humanos da AL, o deputado Edmilson Rodrigues (PSol) apresentará requerimento denunciando os precários alojamentos dos soldados da PM nas casas prisionais do Pará. Também provocará o MP para participar de inspeção. De bem com a vida, torcedores do Paysandu se misturaram ontem em Belém a massas de eleitores no vaivém rumo às seções eleitorais. Não faltaram irreverências, como a do bicolor que repetia que as eleições no Pará já tinham o vencedor: o Paysandu, por óbvio. SEGUNDA-FEIRA, Belém-PA, 27/10/2014 POLÍTICA A3 JATENE FOI REELEITO MAURO ÂNGELO Uso do Cheque Moradia sob suspeita Apuração feita pelo TRE foi encerrada às 21h27. Jatene obteve 51,92% dos votos e Helder 48,08% Resultadodevotação mostraumParádividido Jatene conseguiu um segundo mandato com uma pequena diferença DA OREDAÇÃO s resultados das urnas neste se-gundo turno das Eleições 2014 comprovaram o que já se sabia há algum tempo. De tanto bater na tecla da divi-são do Pará, e acusando levi-anamente seu adversário de se pautar no tema, o can-didato reeleito, Simão Jate-ne, do PSDB, provocou ele mesmo uma secção, não em três, mas em dois, ao meio. Jatene utilizou a máqui-na pública, especialmente durante o segundo turno, distribuindo Cheques Mora-dia intensamente, principal-mente na Região Metropoli-tana, sem freios nem mesmo por parte do Ministério Pú-blico Eleitoral. E assim con-seguiu o segundo mandato por muito pouco, tendo que engolir o fato de que quase a metade do eleitorado para-ense lhe rejeitou. Não foi em uma ou duas entrevistas que Jatene se gabou de ter feito uma cam-panha limpa, sem baixarias, em que “se ganha ganhan-do”. Mas enquanto insistia no discurso, agridoce pelo tom professoral, denúnci-as de compras de voto, de distribuição de material di-famatório citando seus ad-versários ao cargo, em es-pecial, Helder, e escândalos de corrupção envolvendo seus familiares pipocavam na imprensa e no protocolo do Ministério Público. CAMPANHA Ainda assim, mostrando bem que ética não é um tema prioritário para seu governo ou sua campanha, ontem, de-pois de votar, declarava com um grande sorriso no rosto estar “feliz pelo embate”. Às 19h30, o presidente do Tribunal Regional Elei-toral (TRE), desembargador Leonardo Tavares, anunci-ou que, matematicamente, o tucano estava reeleito com 51,97% dos votos. Às 21h27, quando foi divulgado o re-sultado final e oficial, as porcentagens estavam em 51,92% para Jatene contra 48,08% para o candidato do PMDB. Tavares afirmou que o decorrer do segundo turno , ontem, foi bem mais tran-quilo em relação ao dia 5 de outubro, com apenas 23 de-tenções - contra 150 no pri-meiro turno - por crimes re-lacionados principalmente a boca de urna e propagan-da eleitoral irregular. Ape-nas em Óbidos foi preciso colocar uma única urna de lona em uma das sessões. Ao longo do processo, várias urnas deram proble-mas, sendo que 51 precisa-ram ser substituídas. Outro ponto importante foi que a No Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o procura-dor regional eleitoral, Alan Mansur, comentou sobre o futuro das denúncias re-lacionadas ao derrame de Cheques Moradia, em es-pecial, durante o segun-do turno das eleições, por parte da campanha do go-vernador reeleito. Sem se fechar em defi-nições, ele explicou que, de acordo com o que foi rece-bido em termos de denún-cias até o momento, crimes como conduta vedada, cap-tação de sufrágio e abuso de poder político poderão ca-racterizar, de acordo com o que for comprovado duran-te o andamento das investi-gações, o que ocorreu. Na sexta-feira, 24, ele, pelo Ministério Público Fe-deral, entrou com medida cautelar junto à Correge-doria Regional Eleitoral do TRE-PA, citando Jatene, di-rigentes da Companhia de Habitação (Cohab) e outros, pedindo pela suspensão da distribuição do benefício até 29 deste mês. “O contexto eleitoral pode gerar uma desconfian-ça, mas o crime da compra de votos é um crime que precisa ter evidências muito consistentes para ser carac-terizado. Por isso a medida BALANÇO DA VOTAÇÃO Jatene é acusado de usar o programa Cheque Moradia em prol da campanha dele ao governo cautelar, entregue à Justi-ça Eleitoral, pede uma série de esclarecimentos para que possamos entender o que houve”, disse. “Nós pedimos detalhes como, por exemplo, se havia previsão orçamentária para essa distribuição, se o pro-cesso foi feito de acordo com o que diz a lei, com vis-torias, com fiscalização, ou se foi ‘atropelado’ de fazer uma liberação mais rápida nessas duas últimas sema-nas”, detalhou Mansur, sem mencionar implicações con-sequenciais de uma possí-vel acusação formal, como, por exemplo, a cassação do mandato de Jatene, caso a li-gação dele ao fato seja con-firmada. AÇÃO O que Alan Mansur propôs na Corregedoria Re-gional Eleitoral do TRE-PA foi ação cautelar prepara-tória de ação de investiga-ção judicial eleitoral (AIJE) contra Simão Jatene; José Cruz Marinho, candidato na chapa a vice-governa-dor; João Hugo Barral, pre-sidente da Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab); Cláudia Zai-dan, diretora da Cohab, e Sônia Massoud, coordena-dora do programa Cheque Moradia, junto a lideran-ças comunitárias dos bair-ros de Belém, solicitando liminarmente a suspensão da distribuição e pagamen-to do Cheque Moradia até o dia 29/10, resguardando a isonomia e o equilíbrio do pleito. A ação pretendia re-primir possíveis atos de abuso de poder político praticados pelos candida-tos Simão Jatene e Zequi-nha Marinho em benefício às suas candidaturas. DITO FOTO abstenção do Pará foi maior que no segundo turno. Um total de 25% do eleitorado não compareceu e aproxi-madamente 1 milhão de pa-raenses deixaram de ir às urnas no dia de ontem, o que já era previsível. ÀNo total, 51 urnas precisaram ser substituídas. À A abstenção, como esperado, cresceu neste segundo turno de 20% para 25% em relação ao primeiro - uma média maior que a nacional, de 21%. ÀNão houve registros significativos de atrasos em envio de informações por parte das zonas eleitorais ao TRE. ÀO uso de biometria transcorreu sem problemas. MAURO
  • 4. 4 ATUAL José Clemente Schwartz O COLUNISTA com Simone Morgado SIMONE com o garçom Joca, figura tradicionalíssima nos eventos de Muito obrigada Sucesso total a festa do “Muito obrigada”, sábado, 18, quando a deputada federal eleita Simone Morgado confraternizou com seus eleitores de Bragança, na Estação Cultural Armando Bordallo, ao som de grandes bandas, desfile da Miss Bragança Gay e entrega de diplomas de Honra ao Mérito, concedidos à parlamentar por diversas instituições civis organizadas. As fotos são de Guilherme Thorres. Bragança SIMONE MORGADO e Rovilson Guimarães Pessoa SIMONE e Banda Pé de Cana SIMONE e o Rei da Noite, Badinho Soares TENENTE VIANNA e a deputada Simone Morgado COM LEVI SAMPAIO, Augusto Soares e Luíza Sales ANTÔNIO (NHÔ) Sales e Simone Morgado JADERSON SOUSA e Simone Morgado VEREADOR NENÊ do Caratateua e esposa com Simone Morgado COM LIANA e João Augusto (Lapão) Soares SIMONE com Marcely Castanho, Matheus e Ascendino Virgulino Jr PAULO MIGUEL, Simone Morgado e Karla Macedo SIMONE e meu confrade Edney Santa Brígida COM ADI ALVES e Edson Oliveira SIMONE MORGADO, Raimundo e Nilda Casseb SIMONE e o músico Danni Boy O ARTISTA PLÁSTICO B. LUZ com a esposa Fernanda Luz e a deputada Simone Morgado
  • 5. 5 JOÃO BATISTA PINHEIRO, presidente da Irmandade de São Benedito da Marujada de Bragança, entregando diploma de Honra ao Mérito SIMONE COM GERO, recebendo a comenda da Associação dos Artistas Plásticos Maré de Cores SIMONE com José Augusto Padilha, recebendo homenagem da Associação dos Agricultores do Camutá AURIMAR ARAÚJO, do Instituto AMA também concedeu homenagem à deputada Simone DJ ÂNGELO RIBEIRO e Simone Morgado SIMONE com os irmãos Pedro Paulo e Antônio Carlos Scerni SIMONE com Hanna Steffany e Lucivaldo Martins, representante do grupo Monange Star SIMONE com Otávio da Silva e Messias Martins, da Pastoral da Juventude SIMONE recebendo a comenda de Honra ao Mérito, da judoca Mayara Oliveira COM WALLAILSON GUIMARÃES, recebendo a homenagem da Associação dos Cavaleiros de Bragança COM GERALDO NOGUEIRA, representante da Associação de Músicos Canta Bragança ATUAL José Clemente Schwartz SIMONE MORGADO e sua equipe de trabalho, em grande alegria SIMONE COM JOSÉ ELIAS, o Lamparina, recebendo homenagem dos amigos de Bacuriteua SIMONE e Agnaldo Santos SIMONE recebendo a homenagem da Associação dos Taxistas de Bragança
  • 6. 6 ENTREVISTA DILMA, ainda criança de classe média; depois, a jovem militante contra a ditadura; e, atualmente, presidente da República Coração valente não foge à luta UMA HISTÓRIA REPLETA DE OBSTÁCULOS, TODOS SUPERADOS COM GRANDES LUTAS, HAVERIA DE TER FINAL FELIZ. A REELEIÇÃO DE DILMA ROUSSEFF CONFIRMA A SATISFAÇÃO DO POVO BRASILEIRO MEDIANTE AOS PROGRAMAS DE GOVERNO DO PT (QContinuação da Pag 02) uando assumiu como “presi-denta”, como costuma se re-ferir ao cargo, Dilma tentou suavizar o tom – ao menos publica-mente – para evitar con-flitos. Lula entregou a Dilma um país em ritmo ace-lerado de crescimento econômico, com a taxa de desemprego caindo e cada vez mais brasileiros ascendendo à classe mé-dia. No governo Dilma, o PIB do país teve um crescimento de 2% por ano entre 2011 e 2013, a média mais baixa desde o governo Collor. Em 2014, os dois pri-meiros trimestres tiveram resultados negativos, indi-cando que o país está em re-cessão técnica. A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 6,51%, ligeira-mente acima da meta do go-verno. A inflação alta e os mecanismos para mantê-la dentro da meta – como o represamento de preços da Petrobras – estiveram no centro das críticas à polí-tica econômica do governo petista. Os últimos dois anos do governo foram especial-mente conturbados e colo-caram em risco a reeleição de Dilma. As manifesta-ções de junho de 2013 leva-ram milhões de brasileiros às ruas. Primeiro, contra o aumento das tarifas de ônibus, depois contra tudo o que consideravam errado no país. Depois das manifes-tações, o governo fede-ral lançou cinco pactos, aprovados pelo Congresso Nacional: pela responsabi-lidade fiscal, pela reforma política, pela saúde, pela mobilidade urbana e pela educação. As denúncias de cor-rupção na Petrobras, que vieram à tona com o de-poimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Cos-ta, tornaram o ano e a cam-panha eleitoral ainda mais conturbados. Vida pessoal e militân-cia Filha do engenheiro e poeta búlgaro naturaliza-do brasileiro Pedro Rous-seff, e da professora bra-sileira Dilma Jane Silva, Dilma Vana Rousseff nas-ceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte (MG). De família de classe média, começou a se en-volver com política aos 16 anos, quando transferiu-se de um colégio tradicional de feiras de Belo Horizonte para uma escola pública, o Colégio Estadual Central, em 1964 – ano do golpe militar. Dilma começa a militar em movimentos de resis-tência à ditadura. Em 1967, já cursando Ciências Eco-nômicas na Universidade Federal de Minas Gerais, Dilma passa a militar no Colina (Comando de Li-bertação Nacional). Em 1969, casa-se com o advogado e militante de es-querda Carlos Araújo, com quem teve sua única filha, Paula Rousseff Araújo, hoje mãe de Gabriel, sem-pre visto com a avó. Já vivendo na clandesti-nidade, Dilma usou diver-sos codinomes para não ser encontrada pelo governo militar, como Estela, Lui-za, Maria Lúcia, Marina, Patrícia e Wanda. Em janeiro do ano se-guinte é presa em São Paulo e fica detida na Oban (Ope-ração Bandeirantes) onde é torturada. Depois, é envia-da ao Dops. Libertada em 1973, muda-se para Porto Alegre onde volta a estu-dar Ciências Econômicas, desta vez na Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). Na mesma época, filia-se ao PDT. VIDA POLÍTICA Antes de ser eleita pre-sidente, Dilma nunca ha-via concorrido a um cargo público, mas participou de diversos governos. En-tre 1986 e 1989, ocupou o cargo de secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre, depois, entre 1991-1993, foi presidente da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul. Foi também secretária de estado de Energia, Mi-nas e Comunicações nos governos de Alceu Colla-res (PDT) e Olívio Dutra (PT), no Rio Grande do Sul. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores em 2001. Foi escolhida para coordenar a equipe de infraestrutura do governo de transição entre o último mandato de Fer-nando Henrique Cardoso e o primeiro de Lula. Depois, foi a escolhida de Lula para o Ministério de Minas e Energia entre 2003 e 2005 e depois para o lugar de José Dirceu na Casa Civil. No início do ano de 2009 descobriu um cân-cer no sistema linfático, tratou-se e foi considera-da curada em setembro do
  • 7. BRAGANÇA 7 ESPORTE Bragança é vice nos VIII Jogos Abertos Bragança sagrou-se campeã na modalidade de handebol masculino na VIII edição dos Jogos Abertos do Pará. O en-cerramento aconteceu no domingo, 21, em Casta-nhal, onde todas as par-tidas foram realizadas. O município com maior pontuação foi Abaetetuba ficando com a primeira colocação na tabela geral dos jogos. Bragança foi o segundo município colo-cado, como nove pontos, sendo a vice-campeã; se-guida de Ananindeua, com oito pontos, que ficou em terceiro lugar. A equipe de Abaetetuba foi campeã após ter venci-do as finais de futsal mas-culino Handebol Masculino – 1º lugar Handebol Feminino – 4º lugar Vôlei Feminino – 2º lugar vice-campeã Vôlei Masculino – 3º lugar Futsal Masculino – 3º lugar Basquete Masculino – 3º lugar ALUNO REPÓRTER Mais reconhecimento em âmbito nacional Incêndio para comércio em pleno sábado INCÊNDIO QUE ATINGIU LOJAS DEIXA PARTE DO CENTRO COMERCIAL DE BRAGANÇA PARADO POR QUATRO HORAS DURANTE A MANHÃ DE SÁBADO, 25. APESAR DO PREJUÍZO, MUITA MERCADORIA CHEGOU A SER RETIRADA A TEMPO DE DENTRO DOS ESTABELECIMENTOS ATINGIDOS PELO FOGO. Incêndio de grande pro-porção atingiu lojas no centro de Bragança, du-rante a manhã de sábado, 25. O fogo identificado às 06h05 só foi contido por volta das 09h30, quando chegou re-forço do Corpo de Bombeiros vindo de Capanema. Durante a operação, os lojistas retira-ram as mercadorias de seus estabelecimentos, evitando assim maior prejuízo. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou no depósito da loja Gleydson Modas, de onde as chamas se alastraram para a loja Torra Torra e City Lar, que foi preju-dicada em menor proporção, todas na avenida Visconde do Rio Branco. A equipe do Cor-po de Bombeiros de Bragança chegou ao local depois das 7h e além da demora, não garan-tiu água o suficiente, porém contou com a ajuda de car-ros pipas das empresas Ciro Construtora e Rodoterra, que prestaram socorro, contornan-do a situação, até que chegas-sem mais dois carros vindos de Capanema, para por fim nas chamas. Durante a operação, parte do centro comercial teve o trânsito interrompido e as lo-jas foram mantidas fechadas, até que a situação fosse con-tornada, por volta das 09h30, quando a perícia informou que está trabalhando com hipóte-se de que um circuito elétrico tenha sido a origem do infor-túnio, que promoveu grandes prejuízos aos estabelecimen-tos atingidos pelo fogo, ainda que com parte significativa das mercadorias retirada a tempo. Na compra de qualquer receituário da linha UFC, ganhe um óculos solar Equipe da Rádio Ban-deirantes, de São Pau-lo chegou a Bragança na quinta-feira, 09, para dar treinamento e orientar a produção de reportagem para integrantes do pro-jeto Aluno Repórter – A Imprensa na Escola. Com base na Escola Estadual Rio Caeté, o projeto é fi-nalista ao Prêmio Nacional Escola Voluntária, parceria da Bandeirantes com a Fun-dação Itaú Social. Fruto do E aí, vai encarar? Sua visão em primeiro lugar contra Ulianópolis e a de handebol feminino contra Vigia, e de ter sido o segundo lugar em hande-bol masculino contra Bra-gança. Esses resultados lhe renderam os 13 pontos da classificação final e o tí-tulo de campeã geral dos Jogos Abertos 2014. Já Bragança foi à se-gunda colocada, sendo campeã na partida final de handebol masculino contra Abaetetuba, vice-campeã contra Ponta de Pedras em voleibol feminino e terceiro lugar em voleibol masculino. Ananindeua foi campeã em voleibol mas-culino contra Tucuruí e vice contra Barcarena em basquetebol masculino. CLASSIFICAÇÃO DAS EQUIPES DE BRAGANÇA FICOU DA SEGUINTE FORMA: O LOCAL do incêndio MERCADORIAS retiradas das lojas atingidas pelo incêndio e colocadas na calçada do antigo Mercado Municipal TRAVESSA MARCELINO CASTANHO, a principal via do comércio de Bragança, ficou interditada de 06h às 10h30 treinamento, a reportagem de autoria dos alunos lide-rados pelo professor Beto Amorim, coordenador do Núcleo de Tecnologia Educacional de Bragança, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), vai a julgamento em novem-bro quando será definido o vencedor ao Prêmio. RECONHECIMENTO Os alunos de Bragança estão acostumados a ter seu talento reconhecido. Um dos integrantes do projeto teve a produção de um vídeo premiada em ou-tro certame nacional. Um vídeo de curta duração le-vou o paraense Mateus de Araújo Ribeiro, natural do município de Tracuateua, nordeste do estado, a ga-nhar prêmio na Câmara dos Deputados, em Bra-sília. Em Bragança, o treina-mento da Rádio Bandeiran-tes aconteceu nos dias 9 e 10, quando os integrantes do projeto realizaram as filmagens sobre a cidade, a escola, o projeto, além de entrevistas.
  • 8. 8 BRAGANÇA BRAGANÇA foi às ruas para celebrar a vitória de Simone Morgado, deputada federal eleita, que falou sobre a honra de contar com a cumplicidade do povo bragantino CARANGUEJO CATADO Bragança desponta pioneira no mercado Mais uma vitória de Simone Morgado SIMONE MORGADO É ELEITA DEPUTADA FEDERAL COM 76.510 VOTOS, ESPALHADOS POR DIVERSOS MUNICÍPIOS, SENDO QUE 10.350 FORAM CONCEDIDOS PELO POVO DE BRAGANÇA E TRACUATEUA, QUE FEZ QUESTÃO DE GARANTIR SUA LEGÍTIMA REPRESENTANTE NO CONGRESSO NACIONAL. DEVIDO À DIVISÃO DE VOTOS PARA A ESCOLHA DOS CANDIDATOS AO CARGO DE DEPUTADO ESTADUAL, NENHUM DOS REPRESENTANTES BRAGANTINOS FOI ELEITO. A eleição de Simone ção habilitada pela Adepará é a utilização do gelo para manter o caranguejo em baixa temperatu-ra durante todo o processo de ex-tração da carne, além da higiene completa. O processo de extração da carne é realizado em cadeia, a começar pela sessão de lavagem em tanques revestidos de azule-jo, depois o crustáceo recebe um banho de produto químico para então ser cozido. Em seguida co-meça o processo de catação, com pinças, espátula e porrete em aço inoxidável, dentre de uma caixa térmica com gelo, para garantir a baixa temperatura. Após este pro-cesso, a massa é colocada sobre uma lâmina de vidro com uma luz focando por baixo, para que ali seja identificado qualquer fiapo ou pedaço minúsculo de casca, para em seguida ser embalado e refrigerado, com total garantia de qualidade, e distribuído, a prin-cípio, em Bragança e na capital. Pronta para entrar em funcio-namento nos próximos dias, a em-presa já conta com 36 funcionários que trabalharão em dois turnos, para a produção de 220 quilos de caranguejo ao dia. Diferente da realidade com qual estavam acos-tumadas, as catadoras que foram capacitadas em treinamento pro-movido pelo Sebrae admitem ter avançado, dando um grande passo. “Hoje eu vejo o quanto era realmente sem higiene aquela maneira como trabalhávamos, ca-tando no quintal, ao ar livre, com a presença de animais domésticos ao redor, quebrando o caranguejo com um pedaço de madeira e com os dentes, com moscas rondando em torno da produção, assim como confesso que foi difícil se adaptar aos novos instrumentos. Entre-tanto, estamos neste mundo para evoluir e foi o que aconteceu co-nosco”, conclui a catadora Maria Leila Soares. A EQUIPE da empresa e do Sebrae, durante a inauguração EM FRENTE À IGREJA DE SÃO BENEDITO, Simone agradeceu a Deus e aos eleitores de Bragança OBRIGADO – Embora tenha havido comemoração espontâ-nea na hora do resultado, Simo-ne fez questão de confraternizar em grande estilo com o povo de Bragança, e para isso, realizou uma festa contando com várias atrações, na Estação Cultural OS CANDIDATOS MAIS VOTADOS EM BRAGANÇA E TRACUATEUA: Av. Marechal Floriano Peixoto, 1713 - Centro - Ao lado do Banpará Morgado (PMDB) ao cargo de depu-tada federal con-solida a trajetória brilhante de uma carreira po-lítica iniciada em Bragança, no ano de 2004, quando foi eleita vereadora do município e que só tem apresentado boa progressão. A partir de então, Simone deu início a uma série de ações que logo a colocaram como destaque em Bragança, fazendo ainda que seu nome servisse de referência positiva em outros municípios da re-gião nordeste paraense, o que levou seu partido a lançar sua candidatura à deputada estadu-al, em 2006, quando foi eleita ao cargo pela primeira vez, já com a grande maioria dos vo-tos de eleitores da Pérola do Caeté. Em 2010, Simone foi reeleita ao cargo de deputada estadual, no qual trilhou mais quatro anos, obtendo resulta-dos que resultaram na sua mais recente conquista: à eleição ao cargo de deputada federal. A notícia da mais uma elei-ção de Simone foi recebida com grande alegria em Bra-gança, onde centenas de veí-culos saíram em carreata pelos principais bairros, na noite de domingo, 05. Como de costu-me, o cortejo foi encerrado no Largo de Sâo Benedito, onde a deputada federal eleita fez os agradecimentos a Deus e ao povo bragantino, a quem ela atribuiu grande responsa-bilidade de sua vitória. “Fico muito honrada pela confiança que os eleitores bragantinos depositaram em mim, por isso só tenho a agradecer e me desdobrar para atender às expectativas daqueles que apostam em mim como sua representante”, disse a depu-tada, durante seu amplo pro-nunciamento, feito em cima de um trio elétrico, em frente à Igreja de São Benedito. PARA DEPUTADO ESTADUAL: 1 - Edson Oliveira – PMDB – 13.405 2 - Nadson Monteiro – PR – 12.734 3 - Nonato Ceará – PT – 3.103 PARA DEPUTADO FEDERAL Simone Morgado obteve – 10.350 SENADOR DA REPÚBLICA A maior pontuação foi de Paulo Rocha com, 30.098 Primeira unidade de extração de carne de caranguejo do Bra-sil foi inaugurada na manhã de quinta-feira, 02, na vila do Treme. A conquista é fruto de trabalho do Sebrae e de diversas institui-ções, que buscaram em conjunto uma solução para a problemática da comercialização da massa do crustáceo, proibida pela Justiça em 2009, por diversas irregulares na sua produção. A luta dos empreendedores do ramo do caranguejo do Treme pela regularização da atividade teve início logo após a proibição, quando uma caravana conduzida em sete ônibus foi até a capital se manifestar perante o Ministério Público, com direito à interdição da rua em frente à sede do órgão público. Devido à insistência, o promotor Marco Aurélio acabou por receber uma comitiva repre-sentante do movimento, que teve como resposta para o pedido de reintegração da venda de carne de caranguejo, o compromisso de atender as exigências estabe-lecidas pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepa-rá), o que levou os interessados a recorrerem ao Sebrae. O papel do Sebrae foi de arti-culador entre os empreendedores da vila do Treme e as partes que viriam disponibilizar técnicas para que fossem atendidas suas expectativas, buscando conheci-mento para habilitá-los a cumprir às exigências exigidas pela Ade-pará. “Buscamos recursos técni-cos em outros estados do Brasil que já dominavam a técnica e dis-põem de muitas informações prá-ticas, como a Bahia, por exemplo, onde fomos atendidos de maneira muito compensadora”, disse o di-retor do Sebrae, Joy Colares. Além de produto químico para matar bactérias, outro item fundamental para a padroniza- As eleições 2014 referente ao primeiro turno em Bragança e Tracuateua foram considera-das tranquilas pelos órgãos de segurança pública. Em relação a crimes eleitorais, de acordo com a juíza eleitoral Rosa Maria, ape-nas uma situação de boca de urna foi registrada e logo apresentada a Unidade Integrada de Policia Pacificadora de Bragança pela Policia Federal. Dos quase 80 mil eleitores existentes na cidade, menos de 10% não compareceu às urnas ou justificou. O jovem estu-dante, Victor Vasconcellos, foi até uma seção e justificou já que o mesmo vota na capital do estado e não deu para viajar e participar do pleito eleitoral. Já a idosa, Joana Brito, de 84 anos fez questão de comparecer na sua seção. Para ela votar é o exercício da cidadania. “faço porque gosto, escolho meu candidato e voto com alegria”, frisou a aposentada. A apuração foi encerrada às 22h20min no Tribunal Re-gional Eleitoral – TRE, com a soma total dos votos. O EQUIPAMENTO utilizado para a extração do caranguejo Primeiro turno em total tranquilidade Armando Bordallo, na noite de sábado, 18. Além da apresenta-ção de bandas, durante a pro-gramação, diversos segmentos da sociedade agraciaram a deputada com plaquetas come-morativas em agradecimento pelo apoio sempre recebido.