1) A presidente Dilma Rousseff é reeleita em segundo turno apertado contra Aécio Neves.
2) Simone Morgado, de Bragança, é eleita deputada federal enquanto nenhum candidato local conquista vaga na Assembleia Legislativa do Pará.
3) Fraudes eleitorais, como o programa "Cheque Moradia", são denunciadas e podem tornar a eleição para governador do Pará em 2014 a mais irregular da história do estado.
1. Folha do Atlântico PARÁ - ANO V - Nº 138 - 2ª QUINZENA DE OUTUBRO /2014 R$ 2,00
As vitórias de Dilma e Simone
APÓS UMA CAMPANHA DE ALTOS E BAIXOS, DILMA ROUSSEFF (PT) É REELEITA PRESIDENTE DO BRASIL, ENQUANTO A
REPRESENTANTE DE BRAGANÇA NO PARLAMENTO ESTADUAL, SIMONE MORGADO (PMDB), DÁ UM LARGO PASSO À FRENTE,
CONQUISTANDO UMA VAGA NO CONGRESSO NACIONAL. PAG 02, 06 E 08.
ELEIÇÕES RESGATE
Resultado de
aprovação mostra
um Pará dividido
Pescadores à
deriva
ALUNO REPÓRTER
Reconhecimento
nacional
JATENE CONSEGUIU SE REELEGER COM UMA PEQUENA DIFERENÇA DE VOTOS EM RELAÇÃO AO
CANDIDATO HELDER BARBALHO. PAG 02.
Quatro pescadores que esta-vam
desaparecidos no mar
desde quarta-feira, dia 1º de
outubro, foram encontrados
por uma embarcação que se
dispôs a procurá-los por mais
uns dias, na tarde de quarta-
-feira, dia 08. Os tripulantes
estavam numa localidade
próxima à praia de Salinas,
ancorados à espera de ajuda.
Depois de serem reconheci-dos,
eles tiveram todo o apoio
possível para retornar ao lito-ral
de Bragança. Pag 08.
Equipe da Rádio Bandeiran-tes,
de São Paulo chegou a
Bragança na quinta-feira, 09,
para dar treinamento e orien-tar
a produção de reportagem
para integrantes do projeto
Aluno Repórter – A Imprensa
na Escola. Com base na Escola
Estadual Rio Caeté, o projeto
é finalista ao Prêmio Nacional
Escola Voluntária, parceria da
Bandeirantes com a Fundação
Itaú Social. Pag 07.
GATA DA CAPA
ELIANA
ROCHA E SUA
FORMOSURA
INCÊNDIO que atingiu lojas deixa parte do centro comercial de Bragança parado
por quatro horas durante a manhã de sábado, 25. Apesar do prejuízo, muita
mercadoria chegou a ser retirada a tempo de dentro dos estabelecimentos atingidos
pelo fogo. Pag 07.
PRIMEIRA UNIDADE de extração de carne de caranguejo do Brasil foi inaugurada na manhã de
quinta-feira, 02, na vila do Treme. A conquista é fruto de trabalho do Sebrae e de diversas instituições,
que buscaram em conjunto uma solução para a problemática da comercialização da massa do
crustáceo, proibida pela Justiça em 2009, por diversas irregulares na sua produção. Pag 08.
MULHERES NO PODER
2. Dilma reeleita presidente
da República
Farmácia
em anexo
Expediente: Colaboradores: Antônio Moura
Tiragem: 5.000 exemplares
Diretor-Editor responsável: José Clemente Schwartz (DRT 1456)
Reportagens: José Clemente Schwartz
Fotografia: Guilherme Thorres
Editoração eletrônica: Jonas Borges
Endereço: Rua João Alfredo, 1501 – Centro – Bragança-
Pará – Cep: 68.600.000
Emails: clementesom@gmail.com
OK Publicidade Ltda
CNPJ. 04.174.230/0001-28
End: R. João Alfredo, 1501
Centro Bragança Pará
CEP 68 600 000
2 ENTREVISTA
A PETISTA DILMA ROUSSEFF, 66 ANOS, FOI REELEITA PRESIDENTE
DO BRASIL, DOMINGO (26), NA ELEIÇÃO MAIS ACIRRADA DESDE A
REDEMOCRATIZAÇÃO. DILMA DERROTOU O CANDIDATO DO PSDB AÉCIO
NEVES NO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES.
POR NACHO
CDOCE/REUTERS om a reeleição de
Dilma, o PT en-tra
em seu quarto
mandato conse-cutivo
à frente do
mais alto cargo executivo do
país. Dilma deverá enfrentar
agora uma situação econô-mica
adversa e um Legisla-tivo
dividido.
“A grande dificuldade do
governo vai ser lidar com a
fragmentação do Congresso,
que cresceu nessa eleição.
Alguns partidos antes mui-to
pequenos agora têm peso
para fazer alguma barganha
política com mais força”,
afirma o cientista político
Wagner Romão.
Romão avalia que, dife-rentemente
de 2010, quando
Dilma era uma aposta de
Lula, agora a presidente tem
“estatura própria”.
“Nesta campanha Dilma
teve um mandato para apre-sentar.
Obviamente que ela
não está tolamente separada
da figura do Lula, mas já
tem estatura própria e, nes-se
sentido, teve muito mais
segurança para se colocar
nos debates, por exemplo”,
afirma Romão.
O caminho para a vitória
não foi fácil para a petis-ta.
A eleição deste ano foi
uma das mais conturbadas
da história democrática do
país. Desde a morte de Edu-ardo
Campos até os deba-tes
marcados por ataques e
acusações, a campanha de
Dilma Rousseff passou por
muitas fases.
No início, a campanha
centrou fogo no tucano Aé-cio
Neves, representante do
partido tradicionalmente an-tagônico
ao PT. Mas com a
morte de Eduardo Campos e
a ascensão de Marina Silva,
candidata a vice-presiden-te
que assumiu o lugar de
Campos, todas as armas do
partido se voltaram contra
Marina, que não passou do
primeiro turno.
A campanha no segundo
turno das eleições retomou a
tradicional rivalidade entre
PT e PSDB e o clima ficou
tenso, com trocas diárias de
acusações.
Os dois primeiros deba-tes
do segundo turno, pro-movidos
por Band e SBT,
transformaram-se em um
ringue de batalha. Dilma e
Aécio acusaram-se mutua-mente.
O público reagiu mal
aos confrontos, mostraram
as pesquisas, e nos confron-tos
seguintes os candidatos
mudaram a estratégia e vol-taram
a discutir propostas de
governo.
Das quatro eleições ven-cidas
pelo PT, esta foi a
mais difícil. Das motivadas
manifestações de junho de
2013, que levaram milhares
de pessoas às ruas das gran-des
cidades brasileiras, aos
resultados econômicos nada
animadores e as denúncias
de corrupção envolvendo a
Petrobras, Dilma enfrentou
várias críticas.
End: Rodovia Dom Eliseu, S/N - Bairro: Alto Paraíso
DIFERENTEMENTE DE 2010, quando Dilma era uma aposta de Lula, agora a presidente
reeleita tem “estatura própria”
O Primeiro Governo
Em 2010, Dilma venceu
as eleições presidenciais
também no segundo turn o,
com 56% dos votos, derro-tando
o candidato do PSDB,
José Serra, e tornando-se a
primeira mulher a assumir a
presidência do Brasil.
Sem nunca antes ter sido
eleita para um cargo públi-co,
Dilma foi escolhida pes-soalmente
por Lula para ser
sua sucessora. Embora os
dois sejam muito próximos,
têm perfis de liderança dife-rentes.
Enquanto Lula ficou
conhecido por seu carisma,
pela facilidade que tem em
falar com a população e pela
naturalidade com que se
comportava em pronuncia-mentos
oficiais e na frente
das câmeras, Dilma parecia
ser completamente avessa
aos holofotes.
Durante sua gestão como
ministra-chefe da Casa Ci-vil,
de 2005 a 2010, tornou-
-se conhecida pelo perfil
centralizador e técnico. As
fortes cobranças a ministros
e assessores fez surgir o ape-lido
de “dama de ferro”.
Sobre sua fama de brava,
Dilma disse em entrevista
à apresentadora Hebe Ca-margo,
em 2011, que nunca
ouviu ninguém chamar polí-ticos
homens de bravos.
“Aí eu cheguei à conclu-são
de que só existiam ho-mens
meigos e que a única
pessoa brava era eu. O que
eu acho que acontece é que
a mulher não é vista como
sendo capaz de dirigir, lide-rar.
Então a liderança é vista
como uma nota falsa na ques-tão
da mulher. Que a mulher
tem que ser só meiga, bem
quietinha. Eu sou uma pes-soa
que exijo. Eu tenho de
prestar contas para o povo
brasileiro, então eu me cobro
e cobro as pessoas da mesma
forma que me cobro”, disse
Dilma. (CONTINUA NA
PAG 06)
3. J ATENE FOI REELEITO 3
REPÓRTER FOLHA
Passadas as eleições, restou ao
Ministério Público Eleitoral e
ao Ministério Público Estadual uma
enxurrada de denúncias sobre fraudes
na campanha dos dois turnos que
leva à desconfiança de que o pleito
para governador em 2014 tornou-se a
mais espúria disputa eletiva do Pará.
O carro-chefe da corrupção eleitoral
foi o Cheque Moradia. Promotores
independentes abriram investigações
para a rede dos postos de combustíveis
e para o grampo telefônico, casos que
envolvem os filhos-pródigos de Simão
Jatene. A pergunta que não quer calar:
a cúpula do MPE vai denunciar?
Gasolina
Aliás, quanto à denúncia sobre o monopólio
da rede de postos que operava com o popular-mente
conhecido cartão Betocard, usado para
abastecimento da frota de veículos oficiais, o
MP tem avançado graças à obstinação do pro-motor
Armando Brasil e procurador de Justiça
Nelson Medrado. A dupla começou a examinar
documentos para a reunião de provas de ilícitos
penais e administrativos. Na denúncia por im-probidade,
diferente da criminal, o governador
não tem foro especial e a ação independerá do
arbítrio do procurador-geral.
Tocável
Operador do Direito consultado terça feira,
28, sobre a apuração de denúncias envolvendo o
governador e seus parentes em favorecimento de
contratos bancados com verba pública lembrou
que a prerrogativa do governador no Superior Tri-bunal
de Justiça se resume às questões de nature-za
penal. As demandas ligando-o a improbidade
administrativa estão afetas à primeira instância,
onde promotores e juízes estão livres para agir
contra a alta cúpula do governo, sem dependência
das interferências das sombras que vagam no MP.
Censura
Um observador televisivo estranhava a repen-tina
volta ao noticiário da TV Liberal de matérias
mostrando a falta de saneamento em ruas de Ana-nindeua,
sem asfalto e com esgoto a céu aberto.
A emissora também tirou da gaveta raras pautas
sobre os problemas que a população de Belém
se ressente. Não há mistério. Governados pelo
PSDB, os dois municípios estavam protegidos
pela imprensa amiga para não prejudicar eleito-ralmente
o meio-governador tucano, repudiado
nas urnas por quase metade do eleitorado do Pará.
Bragança
Os eleitores de Bragança voltaram a surpreen-der
com tantos votos destinados a candidatos de
fora. Para se ter ideia, somente a deputada Simo-ne
Morgado, entre os representantes da Pérola do
Caeté, foi eleita. Dos candidatos a deputado esta-dual,
Edson Oliveira, Nadson Monteiro e Nonato
Ceará nenhum conquistou uma cadeira no cargo,
deixando assim, Bragança sem uma voz ativa na
Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), o que
é lastimável, para um município com o número de
57.753 eleitores.
Trunfo
Em compensação, os bragantinos reconhece-ram
o trabalho de Simone Morgado como parla-mentar
e apostaram em tê-la como representante
no Congresso Nacional, elegendo-a deputada
federal, afinal, a participação, dos eleitores de
Bragança foi determinante para esta conquista.
Bragança sabe que a vitória de Simone Mor-gado
significa a garantia de muitos benefícios
direcionados para a Pérola do Caeté, indepen-dentemente
da boa ou má vontade do governo
do Estado.
REPÓRTER
DIÁRIO
Asucessãode fraudes denunciadas tornou 2014 o
campeãodas irregularidades de todaahistóriaeleitoral
doPará. Nuncase viu e se indicou paraaJustiçaEleitoral
ousotãodesavergonhadodamáquinapúblicaestadual
paraalteraravontade dos eleitores. OprogramaCheque
Moradia, que comprou votos arodo, sai dopleitocomo
ocarro-chefe dacorrupçãoeleitoral noEstadoque deve
serresponsabilizadopelocrescimentode quase 4% do
candidatotucanoemBeléme entornoemrelaçãoao
primeiroturno. Oeleitoradooposicionistase sentiu órfão
doEstadofiscalizador.
Moeda
A reeleição de Simão Jatene custou muito caro aos
cofres públicos e, se Justiça Eleitoral houvesse, não seria
difícil provar que o desvio no erário bancou o ilícito
abuso do poder econômico. Se Justiça houvesse, uma
auditagem no programa Cheque Moradia mostraria o
comportamento criminoso na liberação de verbas para
atender eleitores que, em tempos normais, jamais teriam
acesso ao benefício, instituído para socorrer servidores
sem-teto ou comunitários atingidos por sinistros. Neste
2014, virou moeda para a compra voto.
Asfalto
Outro esteio da caça aos votos pelos tucanos foi o
programa Asfalto na Cidade, que o prefeito Zenaldo
Coutinho deslanchou nos meses da campanha eleitoral
e que se intensificou nos últimos dias, com asfaltamento
até altas horas da madrugada em vários bairros
de Belém. Curiosamente, o programa inexiste nos
anos não eleitorais, configurando instrumento claro de
manipulação da vontade do eleitor. Junto com o Cheque
Moradia, o Asfalto na Cidade desafiou as autoridades do
Ministério Público Eleitoral, mantendo-se em atividade
impunemente até na véspera da eleição.
Meio-governador
Consequência das políticas públicas discriminatórias do
governo com as demais regiões do Estado, as urnas
reduziram Simão Jatene à condição de governador
de Belém. Nestas eleições, ele perdeu legitimidade
na maioria das regiões do Pará. Além da capital e
seus municípios de entorno, o tucano só controla
eleitoralmente o nordeste paraense, onde se concentrou o
poder de influência do PSDB. Foi a capital que o reinado
de quase 20 anos privilegiou, deixando abandonado ou
em segundo plano o Marajó, oeste e sul e sudeste.
Mudança
Foi esse perverso desequilíbrio gerencial que o senador
Jader Barbalho observou ao votar pela manhã em Belém.
Governador do Estado duas vezes e autor das principais
obras de integração, como a PA-150 e a expansão da
planta enérgica paraense a partir da geração da usina
de Tucuruí, Jader lembrou que o Estado é vocacionado
ao desenvolvimento. A eleição de Helder para o governo
poderia equivaler, conforme a expectativa do senador,
à mudança radical dos cenários que hoje atravancam a
prosperidade econômica e social.
Monstro
Criada por Helder Barbalho, a Guarda Municipal de
Ananindeua se transformou numa força política auxiliar
do candidato tucano Simão Jatene, a mando do prefeito
Manoel Pioneiro. As prisões arbitrárias de eleitores e
fiscais do PMDB que atuaram nas eleições fizeram
da força municipal uma instituição espúria, violenta e
contrária a princípios que levaram Helder a criá-la. O
abuso foi tanto, como no caso do fiscal do partido
algemado e preso, que a Justiça foi obrigada a agir para
libertar os cidadãos das garras do monstro.
LINHA DIRETA
A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita
pelo povo brasileiro derrotando todas as forças atrasadas que se
reuniram em torno da candidatura tucano Aécio Neves e da mais
agressiva campanha eleitoral do Brasil após a redemocratização
do país, há três décadas.
Com opção preferencial pelos bolsões de
pobreza, beneficiários do mais revolucionário conjunto de
políticas sociais já adotado por um governo no planeta, Dilma
recebeu uma consagradora votação dos paraenses. Dilma é a
esperança do Pará pobre, sem governador.
O nítido recado das urnas, aliás, deverá ressoar
todos os dias dos próximos quatro anos no ouvido do ausente
Simão Jatene. Dividido, o Estado assistiu ontem quase a metade
dos 3,5 milhões de eleitores que compareceram para votar
confiarem anseios a Helder Barbalho.
Ontem à noite, na entrevista em que manifestou o
respeito ao veredito do TRE, Helder agradeceu os mais de 1,7
milhão de votos recebidos da população paraense e anunciou
que, a partir de hoje, exercerá o papel de líder oposicionista que as
urnas lhe reservaram.
O compromisso com a agenda de mudança,
segundo ele, não termina com a eleição. Ao contrário. A vitória
no primeiro turno com 49% dos votos e os 48% alcançados no
segundo ditarão o rumo: defesa desse eleitorado com ajuda da
bancada do PMDB, a maior da Assembleia.
Membro da Comissão de Direitos Humanos
da AL, o deputado Edmilson Rodrigues (PSol) apresentará
requerimento denunciando os precários alojamentos dos
soldados da PM nas casas prisionais do Pará. Também provocará
o MP para participar de inspeção.
De bem com a vida, torcedores do Paysandu se
misturaram ontem em Belém a massas de eleitores no vaivém
rumo às seções eleitorais. Não faltaram irreverências, como a do
bicolor que repetia que as eleições no Pará já tinham o vencedor: o
Paysandu, por óbvio.
SEGUNDA-FEIRA, Belém-PA, 27/10/2014
POLÍTICA A3
JATENE FOI REELEITO
MAURO ÂNGELO
Uso do Cheque Moradia sob suspeita
Apuração feita pelo TRE foi encerrada às 21h27. Jatene obteve 51,92% dos votos e Helder 48,08%
Resultadodevotação
mostraumParádividido
Jatene conseguiu
um segundo
mandato com uma
pequena diferença
DA OREDAÇÃO s resultados das
urnas neste se-gundo
turno das
Eleições 2014
comprovaram o que já se
sabia há algum tempo. De
tanto bater na tecla da divi-são
do Pará, e acusando levi-anamente
seu adversário de
se pautar no tema, o can-didato
reeleito, Simão Jate-ne,
do PSDB, provocou ele
mesmo uma secção, não em
três, mas em dois, ao meio.
Jatene utilizou a máqui-na
pública, especialmente
durante o segundo turno,
distribuindo Cheques Mora-dia
intensamente, principal-mente
na Região Metropoli-tana,
sem freios nem mesmo
por parte do Ministério Pú-blico
Eleitoral. E assim con-seguiu
o segundo mandato
por muito pouco, tendo que
engolir o fato de que quase
a metade do eleitorado para-ense
lhe rejeitou.
Não foi em uma ou duas
entrevistas que Jatene se
gabou de ter feito uma cam-panha
limpa, sem baixarias,
em que “se ganha ganhan-do”.
Mas enquanto insistia
no discurso, agridoce pelo
tom professoral, denúnci-as
de compras de voto, de
distribuição de material di-famatório
citando seus ad-versários
ao cargo, em es-pecial,
Helder, e escândalos
de corrupção envolvendo
seus familiares pipocavam
na imprensa e no protocolo
do Ministério Público.
CAMPANHA
Ainda assim, mostrando
bem que ética não é um tema
prioritário para seu governo
ou sua campanha, ontem, de-pois
de votar, declarava com
um grande sorriso no rosto
estar “feliz pelo embate”.
Às 19h30, o presidente
do Tribunal Regional Elei-toral
(TRE), desembargador
Leonardo Tavares, anunci-ou
que, matematicamente, o
tucano estava reeleito com
51,97% dos votos. Às 21h27,
quando foi divulgado o re-sultado
final e oficial, as
porcentagens estavam em
51,92% para Jatene contra
48,08% para o candidato do
PMDB.
Tavares afirmou que o
decorrer do segundo turno
, ontem, foi bem mais tran-quilo
em relação ao dia 5 de
outubro, com apenas 23 de-tenções
- contra 150 no pri-meiro
turno - por crimes re-lacionados
principalmente a
boca de urna e propagan-da
eleitoral irregular. Ape-nas
em Óbidos foi preciso
colocar uma única urna de
lona em uma das sessões.
Ao longo do processo,
várias urnas deram proble-mas,
sendo que 51 precisa-ram
ser substituídas. Outro
ponto importante foi que a
No Hangar - Centro
de Convenções e Feiras
da Amazônia, o procura-dor
regional eleitoral, Alan
Mansur, comentou sobre o
futuro das denúncias re-lacionadas
ao derrame de
Cheques Moradia, em es-pecial,
durante o segun-do
turno das eleições, por
parte da campanha do go-vernador
reeleito.
Sem se fechar em defi-nições,
ele explicou que, de
acordo com o que foi rece-bido
em termos de denún-cias
até o momento, crimes
como conduta vedada, cap-tação
de sufrágio e abuso de
poder político poderão ca-racterizar,
de acordo com o
que for comprovado duran-te
o andamento das investi-gações,
o que ocorreu.
Na sexta-feira, 24, ele,
pelo Ministério Público Fe-deral,
entrou com medida
cautelar junto à Correge-doria
Regional Eleitoral do
TRE-PA, citando Jatene, di-rigentes
da Companhia de
Habitação (Cohab) e outros,
pedindo pela suspensão da
distribuição do benefício até
29 deste mês.
“O contexto eleitoral
pode gerar uma desconfian-ça,
mas o crime da compra
de votos é um crime que
precisa ter evidências muito
consistentes para ser carac-terizado.
Por isso a medida
BALANÇO DA
VOTAÇÃO
Jatene é acusado de usar o programa Cheque Moradia em prol da campanha dele ao governo
cautelar, entregue à Justi-ça
Eleitoral, pede uma série
de esclarecimentos para que
possamos entender o que
houve”, disse.
“Nós pedimos detalhes
como, por exemplo, se havia
previsão orçamentária para
essa distribuição, se o pro-cesso
foi feito de acordo
com o que diz a lei, com vis-torias,
com fiscalização, ou
se foi ‘atropelado’ de fazer
uma liberação mais rápida
nessas duas últimas sema-nas”,
detalhou Mansur, sem
mencionar implicações con-sequenciais
de uma possí-vel
acusação formal, como,
por exemplo, a cassação do
mandato de Jatene, caso a li-gação
dele ao fato seja con-firmada.
AÇÃO
O que Alan Mansur
propôs na Corregedoria Re-gional
Eleitoral do TRE-PA
foi ação cautelar prepara-tória
de ação de investiga-ção
judicial eleitoral (AIJE)
contra Simão Jatene; José
Cruz Marinho, candidato
na chapa a vice-governa-dor;
João Hugo Barral, pre-sidente
da Companhia de
Habitação do Estado do
Pará (Cohab); Cláudia Zai-dan,
diretora da Cohab, e
Sônia Massoud, coordena-dora
do programa Cheque
Moradia, junto a lideran-ças
comunitárias dos bair-ros
de Belém, solicitando
liminarmente a suspensão
da distribuição e pagamen-to
do Cheque Moradia até
o dia 29/10, resguardando a
isonomia e o equilíbrio do
pleito.
A ação pretendia re-primir
possíveis atos de
abuso de poder político
praticados pelos candida-tos
Simão Jatene e Zequi-nha
Marinho em benefício
às suas candidaturas.
DITO FOTO
abstenção do Pará foi maior
que no segundo turno. Um
total de 25% do eleitorado
não compareceu e aproxi-madamente
1 milhão de pa-raenses
deixaram de ir às
urnas no dia de ontem, o que
já era previsível.
ÀNo total, 51 urnas precisaram
ser substituídas.
À A abstenção, como
esperado, cresceu neste
segundo turno de 20% para
25% em relação ao primeiro -
uma média maior que a
nacional, de 21%.
ÀNão houve registros
significativos de atrasos em
envio de informações por parte
das zonas eleitorais ao TRE.
ÀO uso de biometria
transcorreu sem problemas.
MAURO
4. 4 ATUAL José Clemente Schwartz
O COLUNISTA com Simone Morgado SIMONE com o garçom Joca, figura tradicionalíssima nos eventos de
Muito obrigada
Sucesso total a festa do “Muito obrigada”, sábado, 18, quando a deputada federal eleita Simone
Morgado confraternizou com seus eleitores de Bragança, na Estação Cultural Armando Bordallo, ao som
de grandes bandas, desfile da Miss Bragança Gay e entrega de diplomas de Honra ao Mérito, concedidos à
parlamentar por diversas instituições civis organizadas. As fotos são de Guilherme Thorres.
Bragança
SIMONE MORGADO e Rovilson Guimarães Pessoa
SIMONE e Banda Pé de Cana
SIMONE e o Rei da Noite, Badinho Soares TENENTE VIANNA e a deputada Simone Morgado
COM LEVI SAMPAIO, Augusto Soares e Luíza Sales
ANTÔNIO (NHÔ) Sales e Simone Morgado JADERSON SOUSA e Simone Morgado
VEREADOR NENÊ do Caratateua e esposa com Simone Morgado COM LIANA e João Augusto (Lapão) Soares SIMONE com Marcely Castanho, Matheus e Ascendino Virgulino Jr
PAULO MIGUEL, Simone Morgado e Karla Macedo SIMONE e meu confrade Edney Santa Brígida
COM ADI ALVES e Edson Oliveira SIMONE MORGADO, Raimundo e Nilda Casseb
SIMONE e o músico Danni Boy
O ARTISTA PLÁSTICO B. LUZ com a esposa Fernanda Luz e a
deputada Simone Morgado
5. 5
JOÃO BATISTA PINHEIRO, presidente da
Irmandade de São Benedito da Marujada de Bragança,
entregando diploma de Honra ao Mérito
SIMONE COM GERO, recebendo a
comenda da Associação dos Artistas Plásticos
Maré de Cores
SIMONE com José Augusto Padilha, recebendo
homenagem da Associação dos Agricultores do Camutá
AURIMAR ARAÚJO, do Instituto AMA também
concedeu homenagem à deputada Simone
DJ ÂNGELO RIBEIRO e Simone Morgado
SIMONE com os irmãos Pedro Paulo e Antônio Carlos Scerni SIMONE com Hanna Steffany e Lucivaldo Martins, representante do
grupo Monange Star
SIMONE com Otávio da Silva e Messias Martins, da Pastoral da Juventude
SIMONE recebendo a comenda de Honra ao Mérito, da judoca Mayara
Oliveira
COM WALLAILSON GUIMARÃES, recebendo a homenagem
da Associação dos Cavaleiros de Bragança
COM GERALDO NOGUEIRA, representante da Associação de
Músicos Canta Bragança
ATUAL José Clemente Schwartz
SIMONE MORGADO e sua equipe de trabalho, em grande alegria
SIMONE COM JOSÉ ELIAS, o Lamparina, recebendo homenagem dos amigos de
Bacuriteua
SIMONE e Agnaldo Santos
SIMONE recebendo a homenagem da Associação dos Taxistas de Bragança
6. 6 ENTREVISTA
DILMA, ainda criança de classe média; depois, a jovem militante contra a ditadura; e, atualmente, presidente da República
Coração valente não foge à luta
UMA HISTÓRIA REPLETA DE OBSTÁCULOS, TODOS SUPERADOS COM GRANDES LUTAS, HAVERIA DE TER FINAL FELIZ. A REELEIÇÃO DE DILMA
ROUSSEFF CONFIRMA A SATISFAÇÃO DO POVO BRASILEIRO MEDIANTE AOS PROGRAMAS DE GOVERNO DO PT
(QContinuação da Pag 02) uando assumiu
como “presi-denta”,
como
costuma se re-ferir
ao cargo,
Dilma tentou suavizar o
tom – ao menos publica-mente
– para evitar con-flitos.
Lula entregou a Dilma
um país em ritmo ace-lerado
de crescimento
econômico, com a taxa
de desemprego caindo e
cada vez mais brasileiros
ascendendo à classe mé-dia.
No governo Dilma,
o PIB do país teve um
crescimento de 2% por
ano entre 2011 e 2013, a
média mais baixa desde o
governo Collor.
Em 2014, os dois pri-meiros
trimestres tiveram
resultados negativos, indi-cando
que o país está em re-cessão
técnica. A inflação
acumulada nos últimos 12
meses é de 6,51%, ligeira-mente
acima da meta do go-verno.
A inflação alta e os
mecanismos para mantê-la
dentro da meta – como o
represamento de preços da
Petrobras – estiveram no
centro das críticas à polí-tica
econômica do governo
petista.
Os últimos dois anos do
governo foram especial-mente
conturbados e colo-caram
em risco a reeleição
de Dilma. As manifesta-ções
de junho de 2013 leva-ram
milhões de brasileiros
às ruas. Primeiro, contra
o aumento das tarifas de
ônibus, depois contra tudo
o que consideravam errado
no país.
Depois das manifes-tações,
o governo fede-ral
lançou cinco pactos,
aprovados pelo Congresso
Nacional: pela responsabi-lidade
fiscal, pela reforma
política, pela saúde, pela
mobilidade urbana e pela
educação.
As denúncias de cor-rupção
na Petrobras, que
vieram à tona com o de-poimento
do ex-diretor da
estatal Paulo Roberto Cos-ta,
tornaram o ano e a cam-panha
eleitoral ainda mais
conturbados.
Vida pessoal e militân-cia
Filha do engenheiro e
poeta búlgaro naturaliza-do
brasileiro Pedro Rous-seff,
e da professora bra-sileira
Dilma Jane Silva,
Dilma Vana Rousseff nas-ceu
em 14 de dezembro de
1947, em Belo Horizonte
(MG).
De família de classe
média, começou a se en-volver
com política aos 16
anos, quando transferiu-se
de um colégio tradicional
de feiras de Belo Horizonte
para uma escola pública, o
Colégio Estadual Central,
em 1964 – ano do golpe
militar.
Dilma começa a militar
em movimentos de resis-tência
à ditadura. Em 1967,
já cursando Ciências Eco-nômicas
na Universidade
Federal de Minas Gerais,
Dilma passa a militar no
Colina (Comando de Li-bertação
Nacional).
Em 1969, casa-se com o
advogado e militante de es-querda
Carlos Araújo, com
quem teve sua única filha,
Paula Rousseff Araújo,
hoje mãe de Gabriel, sem-pre
visto com a avó.
Já vivendo na clandesti-nidade,
Dilma usou diver-sos
codinomes para não ser
encontrada pelo governo
militar, como Estela, Lui-za,
Maria Lúcia, Marina,
Patrícia e Wanda.
Em janeiro do ano se-guinte
é presa em São Paulo
e fica detida na Oban (Ope-ração
Bandeirantes) onde é
torturada. Depois, é envia-da
ao Dops. Libertada em
1973, muda-se para Porto
Alegre onde volta a estu-dar
Ciências Econômicas,
desta vez na Federal do Rio
Grande do Sul (UFGRS).
Na mesma época, filia-se
ao PDT.
VIDA POLÍTICA
Antes de ser eleita pre-sidente,
Dilma nunca ha-via
concorrido a um cargo
público, mas participou
de diversos governos. En-tre
1986 e 1989, ocupou
o cargo de secretária da
Fazenda da Prefeitura de
Porto Alegre, depois, entre
1991-1993, foi presidente
da Fundação de Economia
e Estatística do Estado do
Rio Grande do Sul.
Foi também secretária
de estado de Energia, Mi-nas
e Comunicações nos
governos de Alceu Colla-res
(PDT) e Olívio Dutra
(PT), no Rio Grande do
Sul.
Filiou-se ao Partido dos
Trabalhadores em 2001. Foi
escolhida para coordenar a
equipe de infraestrutura do
governo de transição entre
o último mandato de Fer-nando
Henrique Cardoso e
o primeiro de Lula.
Depois, foi a escolhida
de Lula para o Ministério
de Minas e Energia entre
2003 e 2005 e depois para
o lugar de José Dirceu na
Casa Civil.
No início do ano de
2009 descobriu um cân-cer
no sistema linfático,
tratou-se e foi considera-da
curada em setembro do
7. BRAGANÇA 7
ESPORTE
Bragança é vice
nos VIII Jogos
Abertos
Bragança sagrou-se
campeã na modalidade
de handebol masculino
na VIII edição dos Jogos
Abertos do Pará. O en-cerramento
aconteceu no
domingo, 21, em Casta-nhal,
onde todas as par-tidas
foram realizadas.
O município com maior
pontuação foi Abaetetuba
ficando com a primeira
colocação na tabela geral
dos jogos. Bragança foi o
segundo município colo-cado,
como nove pontos,
sendo a vice-campeã; se-guida
de Ananindeua, com
oito pontos, que ficou em
terceiro lugar.
A equipe de Abaetetuba
foi campeã após ter venci-do
as finais de futsal mas-culino
Handebol Masculino – 1º lugar
Handebol Feminino – 4º lugar
Vôlei Feminino – 2º lugar vice-campeã
Vôlei Masculino – 3º lugar
Futsal Masculino – 3º lugar
Basquete Masculino – 3º lugar
ALUNO REPÓRTER
Mais reconhecimento
em âmbito
nacional
Incêndio para
comércio em
pleno sábado
INCÊNDIO QUE ATINGIU LOJAS DEIXA PARTE
DO CENTRO COMERCIAL DE BRAGANÇA
PARADO POR QUATRO HORAS DURANTE
A MANHÃ DE SÁBADO, 25. APESAR DO
PREJUÍZO, MUITA MERCADORIA CHEGOU A
SER RETIRADA A TEMPO DE DENTRO DOS
ESTABELECIMENTOS ATINGIDOS PELO FOGO.
Incêndio de grande pro-porção
atingiu lojas no
centro de Bragança, du-rante
a manhã de sábado,
25. O fogo identificado às
06h05 só foi contido por volta
das 09h30, quando chegou re-forço
do Corpo de Bombeiros
vindo de Capanema. Durante
a operação, os lojistas retira-ram
as mercadorias de seus
estabelecimentos, evitando
assim maior prejuízo.
Segundo o Corpo de
Bombeiros, o fogo começou
no depósito da loja Gleydson
Modas, de onde as chamas se
alastraram para a loja Torra
Torra e City Lar, que foi preju-dicada
em menor proporção,
todas na avenida Visconde do
Rio Branco. A equipe do Cor-po
de Bombeiros de Bragança
chegou ao local depois das 7h
e além da demora, não garan-tiu
água o suficiente, porém
contou com a ajuda de car-ros
pipas das empresas Ciro
Construtora e Rodoterra, que
prestaram socorro, contornan-do
a situação, até que chegas-sem
mais dois carros vindos
de Capanema, para por fim nas
chamas.
Durante a operação, parte
do centro comercial teve o
trânsito interrompido e as lo-jas
foram mantidas fechadas,
até que a situação fosse con-tornada,
por volta das 09h30,
quando a perícia informou que
está trabalhando com hipóte-se
de que um circuito elétrico
tenha sido a origem do infor-túnio,
que promoveu grandes
prejuízos aos estabelecimen-tos
atingidos pelo fogo, ainda
que com parte significativa
das mercadorias retirada a
tempo.
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Equipe da Rádio Ban-deirantes,
de São Pau-lo
chegou a Bragança na
quinta-feira, 09, para dar
treinamento e orientar a
produção de reportagem
para integrantes do pro-jeto
Aluno Repórter – A
Imprensa na Escola. Com
base na Escola Estadual
Rio Caeté, o projeto é fi-nalista
ao Prêmio Nacional
Escola Voluntária, parceria
da Bandeirantes com a Fun-dação
Itaú Social. Fruto do
E aí, vai encarar?
Sua visão em primeiro lugar
contra Ulianópolis
e a de handebol feminino
contra Vigia, e de ter sido
o segundo lugar em hande-bol
masculino contra Bra-gança.
Esses resultados lhe
renderam os 13 pontos da
classificação final e o tí-tulo
de campeã geral dos
Jogos Abertos 2014.
Já Bragança foi à se-gunda
colocada, sendo
campeã na partida final de
handebol masculino contra
Abaetetuba, vice-campeã
contra Ponta de Pedras
em voleibol feminino e
terceiro lugar em voleibol
masculino. Ananindeua foi
campeã em voleibol mas-culino
contra Tucuruí e
vice contra Barcarena em
basquetebol masculino.
CLASSIFICAÇÃO DAS EQUIPES DE
BRAGANÇA FICOU DA SEGUINTE
FORMA:
O LOCAL do incêndio
MERCADORIAS retiradas das lojas atingidas pelo incêndio e
colocadas na calçada do antigo Mercado Municipal
TRAVESSA MARCELINO CASTANHO, a principal
via do comércio de Bragança, ficou interditada de 06h às 10h30
treinamento, a reportagem
de autoria dos alunos lide-rados
pelo professor Beto
Amorim, coordenador
do Núcleo de Tecnologia
Educacional de Bragança,
da Secretaria de Estado
de Educação (Seduc), vai
a julgamento em novem-bro
quando será definido o
vencedor ao Prêmio.
RECONHECIMENTO
Os alunos de Bragança
estão acostumados a ter
seu talento reconhecido.
Um dos integrantes do
projeto teve a produção de
um vídeo premiada em ou-tro
certame nacional. Um
vídeo de curta duração le-vou
o paraense Mateus de
Araújo Ribeiro, natural do
município de Tracuateua,
nordeste do estado, a ga-nhar
prêmio na Câmara
dos Deputados, em Bra-sília.
Em Bragança, o treina-mento
da Rádio Bandeiran-tes
aconteceu nos dias 9 e
10, quando os integrantes
do projeto realizaram as
filmagens sobre a cidade,
a escola, o projeto, além de
entrevistas.
8. 8 BRAGANÇA
BRAGANÇA foi às ruas para celebrar a vitória de Simone Morgado, deputada federal eleita, que falou sobre a honra de contar com a cumplicidade do povo bragantino
CARANGUEJO CATADO
Bragança desponta
pioneira no mercado
Mais uma vitória de
Simone Morgado
SIMONE MORGADO É ELEITA DEPUTADA
FEDERAL COM 76.510 VOTOS, ESPALHADOS
POR DIVERSOS MUNICÍPIOS, SENDO QUE
10.350 FORAM CONCEDIDOS PELO POVO DE
BRAGANÇA E TRACUATEUA, QUE FEZ QUESTÃO
DE GARANTIR SUA LEGÍTIMA REPRESENTANTE NO
CONGRESSO NACIONAL. DEVIDO À DIVISÃO DE
VOTOS PARA A ESCOLHA DOS CANDIDATOS AO
CARGO DE DEPUTADO ESTADUAL, NENHUM DOS
REPRESENTANTES BRAGANTINOS FOI ELEITO.
A eleição de Simone
ção habilitada pela Adepará é a
utilização do gelo para manter o
caranguejo em baixa temperatu-ra
durante todo o processo de ex-tração
da carne, além da higiene
completa. O processo de extração
da carne é realizado em cadeia, a
começar pela sessão de lavagem
em tanques revestidos de azule-jo,
depois o crustáceo recebe um
banho de produto químico para
então ser cozido. Em seguida co-meça
o processo de catação, com
pinças, espátula e porrete em aço
inoxidável, dentre de uma caixa
térmica com gelo, para garantir a
baixa temperatura. Após este pro-cesso,
a massa é colocada sobre
uma lâmina de vidro com uma luz
focando por baixo, para que ali
seja identificado qualquer fiapo
ou pedaço minúsculo de casca,
para em seguida ser embalado e
refrigerado, com total garantia de
qualidade, e distribuído, a prin-cípio,
em Bragança e na capital.
Pronta para entrar em funcio-namento
nos próximos dias, a em-presa
já conta com 36 funcionários
que trabalharão em dois turnos,
para a produção de 220 quilos de
caranguejo ao dia. Diferente da
realidade com qual estavam acos-tumadas,
as catadoras que foram
capacitadas em treinamento pro-movido
pelo Sebrae admitem
ter avançado, dando um grande
passo. “Hoje eu vejo o quanto
era realmente sem higiene aquela
maneira como trabalhávamos, ca-tando
no quintal, ao ar livre, com
a presença de animais domésticos
ao redor, quebrando o caranguejo
com um pedaço de madeira e com
os dentes, com moscas rondando
em torno da produção, assim como
confesso que foi difícil se adaptar
aos novos instrumentos. Entre-tanto,
estamos neste mundo para
evoluir e foi o que aconteceu co-nosco”,
conclui a catadora Maria
Leila Soares.
A EQUIPE da empresa e do Sebrae, durante a inauguração
EM FRENTE À IGREJA DE SÃO BENEDITO, Simone
agradeceu a Deus e aos eleitores de Bragança
OBRIGADO – Embora tenha
havido comemoração espontâ-nea
na hora do resultado, Simo-ne
fez questão de confraternizar
em grande estilo com o povo de
Bragança, e para isso, realizou
uma festa contando com várias
atrações, na Estação Cultural
OS CANDIDATOS MAIS VOTADOS EM
BRAGANÇA E TRACUATEUA:
Av. Marechal Floriano Peixoto, 1713 - Centro - Ao lado do Banpará
Morgado (PMDB)
ao cargo de depu-tada
federal con-solida
a trajetória
brilhante de uma carreira po-lítica
iniciada em Bragança,
no ano de 2004, quando foi
eleita vereadora do município
e que só tem apresentado boa
progressão. A partir de então,
Simone deu início a uma série
de ações que logo a colocaram
como destaque em Bragança,
fazendo ainda que seu nome
servisse de referência positiva
em outros municípios da re-gião
nordeste paraense, o que
levou seu partido a lançar sua
candidatura à deputada estadu-al,
em 2006, quando foi eleita
ao cargo pela primeira vez, já
com a grande maioria dos vo-tos
de eleitores da Pérola do
Caeté. Em 2010, Simone foi
reeleita ao cargo de deputada
estadual, no qual trilhou mais
quatro anos, obtendo resulta-dos
que resultaram na sua mais
recente conquista: à eleição ao
cargo de deputada federal.
A notícia da mais uma elei-ção
de Simone foi recebida
com grande alegria em Bra-gança,
onde centenas de veí-culos
saíram em carreata pelos
principais bairros, na noite de
domingo, 05. Como de costu-me,
o cortejo foi encerrado no
Largo de Sâo Benedito, onde
a deputada federal eleita fez
os agradecimentos a Deus e
ao povo bragantino, a quem
ela atribuiu grande responsa-bilidade
de sua vitória. “Fico
muito honrada pela confiança
que os eleitores bragantinos
depositaram em mim, por
isso só tenho a agradecer e
me desdobrar para atender
às expectativas daqueles que
apostam em mim como sua
representante”, disse a depu-tada,
durante seu amplo pro-nunciamento,
feito em cima
de um trio elétrico, em frente
à Igreja de São Benedito.
PARA DEPUTADO ESTADUAL:
1 - Edson Oliveira – PMDB – 13.405
2 - Nadson Monteiro – PR – 12.734
3 - Nonato Ceará – PT – 3.103
PARA DEPUTADO FEDERAL
Simone Morgado obteve – 10.350
SENADOR DA REPÚBLICA
A maior pontuação foi de Paulo Rocha com, 30.098
Primeira unidade de extração
de carne de caranguejo do Bra-sil
foi inaugurada na manhã de
quinta-feira, 02, na vila do Treme.
A conquista é fruto de trabalho
do Sebrae e de diversas institui-ções,
que buscaram em conjunto
uma solução para a problemática
da comercialização da massa do
crustáceo, proibida pela Justiça
em 2009, por diversas irregulares
na sua produção.
A luta dos empreendedores
do ramo do caranguejo do Treme
pela regularização da atividade
teve início logo após a proibição,
quando uma caravana conduzida
em sete ônibus foi até a capital se
manifestar perante o Ministério
Público, com direito à interdição
da rua em frente à sede do órgão
público. Devido à insistência, o
promotor Marco Aurélio acabou
por receber uma comitiva repre-sentante
do movimento, que teve
como resposta para o pedido de
reintegração da venda de carne
de caranguejo, o compromisso
de atender as exigências estabe-lecidas
pela Agência de Defesa
Agropecuária do Pará (Adepa-rá),
o que levou os interessados
a recorrerem ao Sebrae.
O papel do Sebrae foi de arti-culador
entre os empreendedores
da vila do Treme e as partes que
viriam disponibilizar técnicas
para que fossem atendidas suas
expectativas, buscando conheci-mento
para habilitá-los a cumprir
às exigências exigidas pela Ade-pará.
“Buscamos recursos técni-cos
em outros estados do Brasil
que já dominavam a técnica e dis-põem
de muitas informações prá-ticas,
como a Bahia, por exemplo,
onde fomos atendidos de maneira
muito compensadora”, disse o di-retor
do Sebrae, Joy Colares.
Além de produto químico
para matar bactérias, outro item
fundamental para a padroniza-
As eleições 2014 referente
ao primeiro turno em Bragança
e Tracuateua foram considera-das
tranquilas pelos órgãos de
segurança pública. Em relação a
crimes eleitorais, de acordo com
a juíza eleitoral Rosa Maria, ape-nas
uma situação de boca de urna
foi registrada e logo apresentada
a Unidade Integrada de Policia
Pacificadora de Bragança pela
Policia Federal.
Dos quase 80 mil eleitores
existentes na cidade, menos de
10% não compareceu às urnas
ou justificou. O jovem estu-dante,
Victor Vasconcellos, foi
até uma seção e justificou já
que o mesmo vota na capital do
estado e não deu para viajar e
participar do pleito eleitoral. Já
a idosa, Joana Brito, de 84 anos
fez questão de comparecer na
sua seção. Para ela votar é o
exercício da cidadania. “faço
porque gosto, escolho meu
candidato e voto com alegria”,
frisou a aposentada.
A apuração foi encerrada
às 22h20min no Tribunal Re-gional
Eleitoral – TRE, com a
soma total dos votos.
O EQUIPAMENTO utilizado
para a extração do caranguejo
Primeiro turno em total tranquilidade
Armando Bordallo, na noite de
sábado, 18. Além da apresenta-ção
de bandas, durante a pro-gramação,
diversos segmentos
da sociedade agraciaram a
deputada com plaquetas come-morativas
em agradecimento
pelo apoio sempre recebido.