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Momento Histórico
           Corresponde à época do
descobrimento do Brasil. É um movimento
paralelo ao Classicismo português e possui
idéias relacionadas ao Renascimento.
           A literatura do Quinhentismo tem
como tema central os próprios objetivos da
expansão marítima: a conquista material e a
conquista espiritual.
Tendências

              Quinhentismo




  Literatura de              Literatura
   Informação                Jesuítica



Pero Vaz de Caminha     José de Anchieta
                       Manoel da Nóbrega
                         Fernão Cardim
Literatura de Informação
     “Não se pode falar em uma literatura propriamente
brasileira, pois no país não se produzia nada além de
registros informativos sobre o Brasil.
     A missão dos viajantes era a produção de registros
detalhando os recursos minerais, os perigos existentes, os
habitantes que aqui viviam a sua fauna e flora.
     As primeiras produções literárias do Brasil só irão existir
de fato no Barroco.”
                                              (www.portalsão francisco.com.br)
a Carta
"Posto que o capitam moor, desta
vossa frota e asy os outros capitaães
screpuam a vossa alteza a noua do
achamento desta vossa terra noua
que se ora neesta nauegaçam achou,
nom leixarey tambem de dar disso
minha comta avossa alteza asy como
eu milhar poder aimda que pera o
bem contar e falar o saiba pior que
todos fazer.“
                        (texto original)




                      a El Rei D. Manuel, o Venturoso
A Carta de Pero Vaz de Caminha tem importância por 3 aspectos:




        Literário            Histórico                Linguístico
        pela carga de     por ser a primeira,       por se tratar do
      elementos líricos     portanto a mais        primeiro texto em
         que contém.          importante                Língua
                          referência, sobre a      Portuguesa escrito
                                origem e           em águas e terras
                          descobrimento do            brasileiras.
                           Brasil e do povo
                               brasileiro.


                                         Ficou inédita até 1817 e tem 27 páginas
Graças ao
  lirismo e à
  riqueza de
 detalhes de
Caminha , foi
  possível a
     artistas
pintarem suas
 impressões
    sobre os
   primeiros
contatos com
 os nativos.
Pedro Álvares
   Cabral
    As 10 naus e 3
      caravelas de
Pedro Álvares Cabral
  zarparam de Belém
   na manhã do dia 9
  de março de 1500.
A Rota
Nos 2 primeiros parágrafos de sua carta, Caminha explica seu objetivo com
               ela: dar conta ao rei do ocorrido, sendo fiel aos fatos,
                         sem acrescentar ou tirar nada.

A carta faz um relato dos dias
passados na Terra de Vera Cruz
(nome antigo do Brasil) em Porto
Seguro, da primeira missa, dos índios
que subiram a bordo das naus, dos
costumes destes e da aparência deles
(com uma certa obsessão por suas
"vergonhas"), assim como fala do
potencial da terra, tanto para a
mineração (relata que não se achou
ouro ou prata, mas que os nativos
indicam sua existência), exploração
biológica (a fauna e a flora) e
humana, já que fala sempre em
"salvar" os nativos, convertendo-os.
Caminha relata brevemente o desenrolar da viagem...




Pretexto para o filme
“Caramuru”.




 “E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais
 perto da grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, cerca
 de 3 ou 4 léguas. E domingo, 22 do dito mês, às 10 horas pouco mais ou menos,
 houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de São Nicolau, segundo o
 dito de Pero Escolar, piloto.
 Na noite seguinte, à segunda-feira, quando amanheceu, se perdeu da frota Vasco de
 Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte ou contrário para isso poder acontecer.
 Fez o Capitão suas diligências para o achar, em umas e outras partes, mas ele não
 apareceu mais.”
a seguir, trata dos primeiros sinais de terra e da primeira vista de
                terra que tiveram: o Monte Pascoal.

“E assim seguimos nosso caminho por
este mar de longo, até que, terça-feira
das Oitavas de Páscoa que foram 21 dias
de abril(...)
   E na quarta-feira seguinte, 22 de abril
de 1500 (...) houvemos vista de terra.”




                                        “(...) A saber, primeiramente, de um grande
                                        monte, muito alto e redondo e de outras serras
                                        mais baixas ao sul dele e de terra chã, com
                                        grandes arvoredos; ao qual monte alto o
                                        Capitão pôs o nome de Monte Pascoal e, à
                                        terra, Terra de Vera Cruz.”
“E o Capitão mandou no batel em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E
assim que ele começou a ir para lá, acudiram pela praia homens, aos dois ou aos
           três, de maneira que quando o batel chegou à boca do rio,
                       já havia ali 18 ou 20 homens.”
Caminha fala sobre o comportamento
 dos nativos quando do contato com os
               brancos...



       “Depois de alguns dias de trocas e
       amabilidades, em que índios subiam
       a bordo das caravelas e os
       portugueses se misturavam com
       eles, cantando juntos e trocando
       presentes, cria-se um clima de
       amistoso convívio. No final, os
       índios estavam de tal forma
       acostumados com os portugueses,
       que Caminha afirma:
       “E estavam já mais mansos e
       seguros entre nós do que nós
       estávamos entre eles”.
Caminha faz uma conclusão bem otimista da carta
                  "... dar-se-á nela tudo, ..."


[...]"Nela, até agora, não podemos saber que haja ouro, nem
prata, nem nenhuma coisa de metal, nem ferro lho vimos. Mas
a terra em si é de muitos bons ares, frios e temperados.[...] E
em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitar, dar-se-á
nela tudo, por bem das águas que tem .”
"E o melhor
 fruto que dela
 se poderá tirar
   será salvar
   essa gente"


final
Intertextualidade e resgate cultural




" Essa terra é linda e generosa,
  em se plantando tudo dá"
Oswald de Andrade
 Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro-2004
     “A cana que aqui se planta tudo dá, até energia...
             Álcool, o combustível do futuro”
                            (6º lugar na classificação deste ano)



 O Salgueiro faz uma exaltação ao
país apresentando o percurso histórico
do álcool como fonte de energia a
partir da literatura informativa no
Brasil-Colônia, tendo como ponto de
partida a Carta de Pero Vaz de
Caminha.
                                                                    “- De onde vem o álcool?
       A acertada opção por enredo de                               - Da cana.
cunho histórico-didático resultou em                                - De onde vem da cana?
um samba bastante poético, repleto de                               - Da Índia.
                                                                    - Por que ela floresceu no
belíssimas imagens, conseqüência da                                 Brasil?
inspiração de compositores letrados                                 - Porque, como já diria Pero
que souberam textualizar o enredo em                                Vaz de Caminha, aqui em se
                                                                    plantando, tudo dá... Se a
versos com perfeição.                                               gente jogar nesse chão uma
(http://www.academiadosamba.com.br/memoriasamba)                    semente ou uma muda
                                                                    qualquer, vai nascer!
                                                                    - Taí o nosso enredo! “
Filmografia Indicada




           Caramuru - A Invenção do Brasil
           Gênero: Comédia
           Tempo de Duração: 88 minutos
           Ano de Lançamento (Brasil): 2001
           Estúdio: Globo Filmes
           Distribuição: Columbia TriStar
Fontes
www.cecgodoy.pro.br/saladeciencias
www.escolas.trendnet.com.br/mostrasjose
http://enemnota100.blogspot.com/2007/07/carta-de-pero-vaz-de-caminha.html


                CAVALCANTI, Lailson de Holanda
                Pindorama – A Outra História do Brasil
                (imagens disponíveis na web)
Literatura Jesuítica
      Em 1549 chegaram ao Brasil os
primeiros jesuítas, vieram com a missão
de divulgar a fé entre os colonos, oferecer
catequese aos índios e dar educação (ler,
escrever, contar).
      O destaque principal foi a de um
grupo chamado Companhia de Jesus, que
temendo que a contra reforma chegasse
antes por aqui instalaram no Brasil seu
desenvolvimento missionário.

  Manuel da Nóbrega
  Fernão Cardim
  José de Anchieta.
1. Manoel da Nóbrega
  Nóbrega, com a carta noticiando sua
  chegada ao território brasileiro,
  inaugura, em 1549, a literatura
  informativa dos jesuítas.
       Além da vasta correspondência
  em que relata o andamento da
  catequese e da obra pedagógica a
  outros membros da Companhia de
  Jesus, escreve o Diálogo Sobre a
  Conversão do Gentio (1557), única
  obra planejada e com valor literário
  reconhecível.
       Nela, sua intenção é convencer
  os próprios jesuítas do significado
  humano e cristão da catequese.
2. José de Anchieta
         Quanto à valorização literária, José
    de Anchieta destaca-se como o único
    autor desta época cuja produção
    extrapola o caráter meramente histórico.
    Escreveu:
   poemas líricos e épicos
   autos,
   cartas,
   sermões
   e uma pequena gramática da língua tupi.

          Além do caráter informativo e
    educacional, algumas de suas criações
    literárias visavam, apenas, satisfazer sua
    vida espiritual.
Abarebebê= padre santo voador
                                    Anchieta pesquisou a língua tupi-
                                    guarani chegando a criar a Gramática
                                    Tupi-Guaranie.
                                     Anchieta misturava três línguas - o
                                    tupi, o português e o espanhol, além
                                    de citações em latim.

                                    Na poesia, expressa a profunda
                                    devoção à virgem Maria e ao
                                    Teocentrismo do universo; pregava o
                                    distanciamento do pecado
                                    encontrando o consolo do divino e
                                    como recompensa a felicidade e o
                                    amor de Deus ; utilizava-se de
                                    “Medida Velha” empregando os
                                    redondilhos maiores (7 sílabas) e
Anchieta foi beatificado em 1980,
                                    redondilhos menores (5 sílabas).
    pelo Papa João Paulo II
Em Deus Meu Criador
Não há causa segura.
Tudo quanto se vê
se vai passando.
A vida não tem dura.
O bem se vai gastando.
Toda criatura
passa voando.

Contente assim minh’alma.
do doce amor de Deus
toda ferida,
o mundo deixa calma,
buscando a outra vida,
na qual se deseja ser
absorvida.
             José de Anchieta
O início do teatro brasileiro
Há notícia de 25 obras
teatrais, todas de tradição
medieval com forte influência
do teatro de Gil Vicente em
sua forma e conteúdo,
produzidas nos últimos 50
anos do século XVI. O gênero
predominante é o auto e
alguns deles não têm autoria
comprovada; muitos outros,
como se sabe, são atribuídos
ao Pe. Anchieta (por vezes
contando com a colaboração
do Pe. Manuel da Nóbrega).
De algumas dessas obras
têm-se apenas o título.
Auto de
 São Lourenço
Considerado "o texto mais
complexo e digno de interesse" de
toda a obra do missionário, o Auto
de São Lourenço ou Na Festa de S.
Lourenço é uma peça trilíngüe que
teve sua primeira representação na
cidade de Niterói em 1583. O texto
é rico em personagens e situações
dramáticas, envolvendo canto, luta
e dança para narrar o martírio do
santo.
Há muitos aspectos que denotam a
inteligência do missionário ao
abordar a trama.Anchieta aproxima
os demônios da igreja católica dos
demônios familiares aos índios.
(disponível em
http://pavimentocraquelado.blogspot.com.br/2008/12/panorama
-do-teatro-brasileiro-1.html )
Intertextualidade
3. Fernão Cardim
  A obra de Fernão Cardim compreende três livros:
• Do Princípio e Origem dos Índios do Brasil;
• Narrativa Epistolar de uma Viagem e Missão Jesuítica
• Do Clima e Terra do Brasil.

 Suas descrições e sua narrativa demonstram o
espírito de alguém que se encantou pela exuberância
da natureza e demonstra também simpatia por
aspectos da simplicidade e da ingenuidade da vida
indígena.

  Sua visão das coisas é primeiramente estética:um
jesuíta com um pensamento mais aberto e
humanista.
Ipupiara - Um dos mais antigos mitos de nossa terra
                                   Inimigo dos pescadores, dos
                               garimpeiros e de todos os que tiram
                               proveito das águas, mesmo as lavadeiras.
                                  O mais completo relato é de Fernão
                               Cardim, que diz:
                                "parecem-se com homens propriamente, de
                                   boa estatura, mas têm os olhos muito
                                 encovados. As fêmeas parecem mulheres,
                                 têm cabelos compridos, e são formosas".
                               "O modo que têm para matar é: abraçam-se
                                com a pessoa, tão fortemente, beijando-a e
                               apertando-a consigo, que a deixam feita toda
                                             em pedaços (...)".
                                   O Ipupiara era, segundo os cronistas
Ser que reside nas fontes ou        "bestial, faminto, repugnante, de
 no fundo das águas, meio             ferocidade primitiva e brutal".
    homem, meio peixe.
Filmografia Indicada

              Título Original: The Mission
              Gênero: Drama
              Tempo de Duração: 125 min
              Ano de Lançamento: 1986
              Estúdio: Enigma Productions
              Distribuição: Warner Bros.
Filmografia Indicada
          Transcrição fílmica da Carta de Achamento
            do Brasil, escrita pelo escrivão da frota,
                    Pero Vaz de Caminha.
           Ficha Técnica
          Título Original: Descobrimento do Brasil
          Gênero: Aventura
          Tempo de Duração: 90 min.
          Ano de Lançamento (Brasil): 1937
          Estúdio: Cinédia
          Distribuição: D.F.B. (Distribuidora de
          Filmes Brasileiros)
          Direção: Humberto Mauro
          Roteiro: Humberto Mauro
          Música: Heitor Villa-Lobos
Fontes de pesquisa
   •ABREU, João Capistrano de. Capítulos de História Colonial (1550-1800). 4. ed. revista, anotada e
   prefaciada por José Honório Rodrigues. Rio de Janeiro: Briguiet, 1954. A primeira edição é de 1928.
   •AMORA, Antonio Soares.História da Literatura Brasileira. 8ª Edição. São Paulo: Saraiva, 1974.
   •www.guesaerrante.com.br
   •ANCHIETA, José de, S.J. 1534-1597,
   Cartas, informações, fragmentos historicos e sermões / Padre Joseph de Anchieta. - Rio de Janeiro :
   Civilização Brasileira, 1933.
   •www.quadrinhosdehistoria.com/Galeria.html
   •www.portalsaofrancisco.com.br




                                       Pesquisa e Organização

Profa. Cláudia Heloísa Cunha Andria
Graduada em Letras- Unisantos
Contato: clauheloisa@yahoo.com.br

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Quinhentismo

  • 1.
  • 2. Momento Histórico Corresponde à época do descobrimento do Brasil. É um movimento paralelo ao Classicismo português e possui idéias relacionadas ao Renascimento. A literatura do Quinhentismo tem como tema central os próprios objetivos da expansão marítima: a conquista material e a conquista espiritual.
  • 3. Tendências Quinhentismo Literatura de Literatura Informação Jesuítica Pero Vaz de Caminha José de Anchieta Manoel da Nóbrega Fernão Cardim
  • 4. Literatura de Informação “Não se pode falar em uma literatura propriamente brasileira, pois no país não se produzia nada além de registros informativos sobre o Brasil. A missão dos viajantes era a produção de registros detalhando os recursos minerais, os perigos existentes, os habitantes que aqui viviam a sua fauna e flora. As primeiras produções literárias do Brasil só irão existir de fato no Barroco.” (www.portalsão francisco.com.br)
  • 5. a Carta "Posto que o capitam moor, desta vossa frota e asy os outros capitaães screpuam a vossa alteza a noua do achamento desta vossa terra noua que se ora neesta nauegaçam achou, nom leixarey tambem de dar disso minha comta avossa alteza asy como eu milhar poder aimda que pera o bem contar e falar o saiba pior que todos fazer.“ (texto original) a El Rei D. Manuel, o Venturoso
  • 6. A Carta de Pero Vaz de Caminha tem importância por 3 aspectos: Literário Histórico Linguístico pela carga de por ser a primeira, por se tratar do elementos líricos portanto a mais primeiro texto em que contém. importante Língua referência, sobre a Portuguesa escrito origem e em águas e terras descobrimento do brasileiras. Brasil e do povo brasileiro. Ficou inédita até 1817 e tem 27 páginas
  • 7. Graças ao lirismo e à riqueza de detalhes de Caminha , foi possível a artistas pintarem suas impressões sobre os primeiros contatos com os nativos.
  • 8. Pedro Álvares Cabral As 10 naus e 3 caravelas de Pedro Álvares Cabral zarparam de Belém na manhã do dia 9 de março de 1500.
  • 10. Nos 2 primeiros parágrafos de sua carta, Caminha explica seu objetivo com ela: dar conta ao rei do ocorrido, sendo fiel aos fatos, sem acrescentar ou tirar nada. A carta faz um relato dos dias passados na Terra de Vera Cruz (nome antigo do Brasil) em Porto Seguro, da primeira missa, dos índios que subiram a bordo das naus, dos costumes destes e da aparência deles (com uma certa obsessão por suas "vergonhas"), assim como fala do potencial da terra, tanto para a mineração (relata que não se achou ouro ou prata, mas que os nativos indicam sua existência), exploração biológica (a fauna e a flora) e humana, já que fala sempre em "salvar" os nativos, convertendo-os.
  • 11. Caminha relata brevemente o desenrolar da viagem... Pretexto para o filme “Caramuru”. “E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, cerca de 3 ou 4 léguas. E domingo, 22 do dito mês, às 10 horas pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de São Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto. Na noite seguinte, à segunda-feira, quando amanheceu, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte ou contrário para isso poder acontecer. Fez o Capitão suas diligências para o achar, em umas e outras partes, mas ele não apareceu mais.”
  • 12. a seguir, trata dos primeiros sinais de terra e da primeira vista de terra que tiveram: o Monte Pascoal. “E assim seguimos nosso caminho por este mar de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa que foram 21 dias de abril(...) E na quarta-feira seguinte, 22 de abril de 1500 (...) houvemos vista de terra.” “(...) A saber, primeiramente, de um grande monte, muito alto e redondo e de outras serras mais baixas ao sul dele e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o Capitão pôs o nome de Monte Pascoal e, à terra, Terra de Vera Cruz.”
  • 13. “E o Capitão mandou no batel em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E assim que ele começou a ir para lá, acudiram pela praia homens, aos dois ou aos três, de maneira que quando o batel chegou à boca do rio, já havia ali 18 ou 20 homens.”
  • 14. Caminha fala sobre o comportamento dos nativos quando do contato com os brancos... “Depois de alguns dias de trocas e amabilidades, em que índios subiam a bordo das caravelas e os portugueses se misturavam com eles, cantando juntos e trocando presentes, cria-se um clima de amistoso convívio. No final, os índios estavam de tal forma acostumados com os portugueses, que Caminha afirma: “E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles”.
  • 15. Caminha faz uma conclusão bem otimista da carta "... dar-se-á nela tudo, ..." [...]"Nela, até agora, não podemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem ferro lho vimos. Mas a terra em si é de muitos bons ares, frios e temperados.[...] E em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem .”
  • 16. "E o melhor fruto que dela se poderá tirar será salvar essa gente" final
  • 17. Intertextualidade e resgate cultural " Essa terra é linda e generosa, em se plantando tudo dá"
  • 18. Oswald de Andrade Erro de português Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português
  • 19. G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro-2004 “A cana que aqui se planta tudo dá, até energia... Álcool, o combustível do futuro” (6º lugar na classificação deste ano) O Salgueiro faz uma exaltação ao país apresentando o percurso histórico do álcool como fonte de energia a partir da literatura informativa no Brasil-Colônia, tendo como ponto de partida a Carta de Pero Vaz de Caminha. “- De onde vem o álcool? A acertada opção por enredo de - Da cana. cunho histórico-didático resultou em - De onde vem da cana? um samba bastante poético, repleto de - Da Índia. - Por que ela floresceu no belíssimas imagens, conseqüência da Brasil? inspiração de compositores letrados - Porque, como já diria Pero que souberam textualizar o enredo em Vaz de Caminha, aqui em se plantando, tudo dá... Se a versos com perfeição. gente jogar nesse chão uma (http://www.academiadosamba.com.br/memoriasamba) semente ou uma muda qualquer, vai nascer! - Taí o nosso enredo! “
  • 20. Filmografia Indicada Caramuru - A Invenção do Brasil Gênero: Comédia Tempo de Duração: 88 minutos Ano de Lançamento (Brasil): 2001 Estúdio: Globo Filmes Distribuição: Columbia TriStar
  • 21. Fontes www.cecgodoy.pro.br/saladeciencias www.escolas.trendnet.com.br/mostrasjose http://enemnota100.blogspot.com/2007/07/carta-de-pero-vaz-de-caminha.html CAVALCANTI, Lailson de Holanda Pindorama – A Outra História do Brasil (imagens disponíveis na web)
  • 22. Literatura Jesuítica Em 1549 chegaram ao Brasil os primeiros jesuítas, vieram com a missão de divulgar a fé entre os colonos, oferecer catequese aos índios e dar educação (ler, escrever, contar). O destaque principal foi a de um grupo chamado Companhia de Jesus, que temendo que a contra reforma chegasse antes por aqui instalaram no Brasil seu desenvolvimento missionário.  Manuel da Nóbrega  Fernão Cardim  José de Anchieta.
  • 23. 1. Manoel da Nóbrega Nóbrega, com a carta noticiando sua chegada ao território brasileiro, inaugura, em 1549, a literatura informativa dos jesuítas. Além da vasta correspondência em que relata o andamento da catequese e da obra pedagógica a outros membros da Companhia de Jesus, escreve o Diálogo Sobre a Conversão do Gentio (1557), única obra planejada e com valor literário reconhecível. Nela, sua intenção é convencer os próprios jesuítas do significado humano e cristão da catequese.
  • 24. 2. José de Anchieta Quanto à valorização literária, José de Anchieta destaca-se como o único autor desta época cuja produção extrapola o caráter meramente histórico. Escreveu:  poemas líricos e épicos  autos,  cartas,  sermões  e uma pequena gramática da língua tupi. Além do caráter informativo e educacional, algumas de suas criações literárias visavam, apenas, satisfazer sua vida espiritual.
  • 25. Abarebebê= padre santo voador Anchieta pesquisou a língua tupi- guarani chegando a criar a Gramática Tupi-Guaranie. Anchieta misturava três línguas - o tupi, o português e o espanhol, além de citações em latim. Na poesia, expressa a profunda devoção à virgem Maria e ao Teocentrismo do universo; pregava o distanciamento do pecado encontrando o consolo do divino e como recompensa a felicidade e o amor de Deus ; utilizava-se de “Medida Velha” empregando os redondilhos maiores (7 sílabas) e Anchieta foi beatificado em 1980, redondilhos menores (5 sílabas). pelo Papa João Paulo II
  • 26. Em Deus Meu Criador Não há causa segura. Tudo quanto se vê se vai passando. A vida não tem dura. O bem se vai gastando. Toda criatura passa voando. Contente assim minh’alma. do doce amor de Deus toda ferida, o mundo deixa calma, buscando a outra vida, na qual se deseja ser absorvida. José de Anchieta
  • 27. O início do teatro brasileiro Há notícia de 25 obras teatrais, todas de tradição medieval com forte influência do teatro de Gil Vicente em sua forma e conteúdo, produzidas nos últimos 50 anos do século XVI. O gênero predominante é o auto e alguns deles não têm autoria comprovada; muitos outros, como se sabe, são atribuídos ao Pe. Anchieta (por vezes contando com a colaboração do Pe. Manuel da Nóbrega). De algumas dessas obras têm-se apenas o título.
  • 28. Auto de São Lourenço Considerado "o texto mais complexo e digno de interesse" de toda a obra do missionário, o Auto de São Lourenço ou Na Festa de S. Lourenço é uma peça trilíngüe que teve sua primeira representação na cidade de Niterói em 1583. O texto é rico em personagens e situações dramáticas, envolvendo canto, luta e dança para narrar o martírio do santo. Há muitos aspectos que denotam a inteligência do missionário ao abordar a trama.Anchieta aproxima os demônios da igreja católica dos demônios familiares aos índios. (disponível em http://pavimentocraquelado.blogspot.com.br/2008/12/panorama -do-teatro-brasileiro-1.html )
  • 30. 3. Fernão Cardim A obra de Fernão Cardim compreende três livros: • Do Princípio e Origem dos Índios do Brasil; • Narrativa Epistolar de uma Viagem e Missão Jesuítica • Do Clima e Terra do Brasil. Suas descrições e sua narrativa demonstram o espírito de alguém que se encantou pela exuberância da natureza e demonstra também simpatia por aspectos da simplicidade e da ingenuidade da vida indígena. Sua visão das coisas é primeiramente estética:um jesuíta com um pensamento mais aberto e humanista.
  • 31. Ipupiara - Um dos mais antigos mitos de nossa terra Inimigo dos pescadores, dos garimpeiros e de todos os que tiram proveito das águas, mesmo as lavadeiras. O mais completo relato é de Fernão Cardim, que diz: "parecem-se com homens propriamente, de boa estatura, mas têm os olhos muito encovados. As fêmeas parecem mulheres, têm cabelos compridos, e são formosas". "O modo que têm para matar é: abraçam-se com a pessoa, tão fortemente, beijando-a e apertando-a consigo, que a deixam feita toda em pedaços (...)". O Ipupiara era, segundo os cronistas Ser que reside nas fontes ou "bestial, faminto, repugnante, de no fundo das águas, meio ferocidade primitiva e brutal". homem, meio peixe.
  • 32. Filmografia Indicada Título Original: The Mission Gênero: Drama Tempo de Duração: 125 min Ano de Lançamento: 1986 Estúdio: Enigma Productions Distribuição: Warner Bros.
  • 33. Filmografia Indicada Transcrição fílmica da Carta de Achamento do Brasil, escrita pelo escrivão da frota, Pero Vaz de Caminha. Ficha Técnica Título Original: Descobrimento do Brasil Gênero: Aventura Tempo de Duração: 90 min. Ano de Lançamento (Brasil): 1937 Estúdio: Cinédia Distribuição: D.F.B. (Distribuidora de Filmes Brasileiros) Direção: Humberto Mauro Roteiro: Humberto Mauro Música: Heitor Villa-Lobos
  • 34. Fontes de pesquisa •ABREU, João Capistrano de. Capítulos de História Colonial (1550-1800). 4. ed. revista, anotada e prefaciada por José Honório Rodrigues. Rio de Janeiro: Briguiet, 1954. A primeira edição é de 1928. •AMORA, Antonio Soares.História da Literatura Brasileira. 8ª Edição. São Paulo: Saraiva, 1974. •www.guesaerrante.com.br •ANCHIETA, José de, S.J. 1534-1597, Cartas, informações, fragmentos historicos e sermões / Padre Joseph de Anchieta. - Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1933. •www.quadrinhosdehistoria.com/Galeria.html •www.portalsaofrancisco.com.br Pesquisa e Organização Profa. Cláudia Heloísa Cunha Andria Graduada em Letras- Unisantos Contato: clauheloisa@yahoo.com.br