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Personagens

Pirata da Perna de
Pau

Rei
Cena 1
A fachada de uma casa simples – uma porta e uma
janela – com estrutura de rodas que a movimente
em cena.

Aparecem
dois
vagabundos
esfarrapados:
Serafim, o magro, Malacueco, o gordo.
Serafim: Ai que sono! Que preguiça! Que cansaço!

Malacueco: Ai que estafa! Que fadiga! Que quebreira!
Serafim: Quebreira de quê?

Malacueco: Cansaço de quê?
Serafim e Malacueco (em coro): De não fazer nada!
Serafim: O pior é que estou com uma fome…
Malacueco: E eu com uma larica… olha, vamos àquela
casa. Pode ser que nos deem de comer.
(Batem à porta da casa.)

Serafim: Vossa excelência precisa de regar o jardim…
Malacueco: …que já está muito seco.

Serafim: Aqui está o Serafim…
Malacueco: … e o Malacueco.
Serafim: Em troca pedimos …
Malacueco: … pão para a viagem.
Serafim: Não temos dinheiro para pagar estalagem.
(Abre-se a porta com espalhafato e aparece o Pirata da

Perna de Pau, de espada na mão.)

Pirata da Perna de Pau: Quem são vocês?
Serafim (Muito encolhido, com a voz a sumir-se):
Serafim…
Pirata da Perna de Pau: O quê?
Serafim (Mais alto, mas ainda assustado): Serafim.
Pirata da Perna de Pau: (para Malacueco) E tu?

Malacueco

(trémulo

e

gaguejante):

Ma…la…cué…cué…cué…cueco.
Pirata da Perna de Pau: O quê?
Malacueco: (ainda assustado) Malacueco.
Pirata da Perna de Pau: (Designando-os com a espada)
Serafim e Malacueco?
Serafim e Malacueco: (em coro e servis) Dois criados ao

vosso dispôr. (desajeitada vénia).
Pirata da Perna de Pau: (rindo-se) Meus criados? Eh!

Eh! Estão contratados. Eh! Eh!
Serafim (tentando atalhar): Nós só dissemos…

Malacueco (idem): Nós não dissemos…
Pirata da Perna de Pau: O vosso patrão, a partir de
agora, sou eu.
Malacueco (para o Serafim): Parece que falámos de mais.
Pirata da Perna de Pau: Sabem quem eu sou?
(Serafim e Malacueco fazem que não com a cabeça.)

Pirata da Perna de Pau: (rindo) Eh! Eh! Adivinhem. Sou
a Branca de Neve?

Serafim: (hesitando) À primeira vista não parece…
Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Sou o Capuchinho
Vermelho? Ou sou o Lobo Mau?
Malacueco: (a medo) Talvez… talvez mais… a segunda
hipótese…
Pirata da Perna de Pau: Nem um nem outro. Eh! Eh! Eu

sou (cantarolando) o Pirata da Perna de Pau, do olho de
vidro, da cara de mau…
Serafim e Malacueco: Brr! Que medo!
Pirata

da Perna de Pau: Vocês dois fazem parte da

equipagem do meu navio. Vou sair daqui: navegar por
esses mares fora até encontrar uma terra em que as minhas
maroscas não sejam conhecidas.
Serafim: E se o barco vai ao fundo?

Malacueco: Nós não sabemos nadar…
Pirata

da Perna de Pau: Dentro de água é que se

aprende. Eh! Eh! À minha frente, marchem!
(Eles marcham, capitaneados pelo Pirata .)
Malacueco:

(tremendo)

Meteste-me

trabalhos, Serafim!
Serafim: Tu é que me meteste…

em

bons
Malacueco: Foste tu!

Serafim: Não, foste tu!
(Batem um no outro. O Pirata da Perna de Pau dá uma

cacetada-espadeirada em ambos.)
Pirata da Perna de Pau: Quero disciplina!
(Aparece em cena a estrutura lateral de um barco a
remos.)
Pirata da Perna de Pau: Toca a embarcar. E disciplina!
Malacueco: Ai a minha cabeça!

Serafim: Ai as minhas costas!
(Entram dentro do barco. Malacueco e Serafim tomam

conta dos remos. O Pirata comanda, de pé, à proa.)
Pirata da Perna de Pau: Toca a remar.
(A casa, movida por rodas, vai recuando. O barco fica no
mesmo sítio. Se possível, alguns efeitos visuais que deem a
ilusão de movimento.)
Pirata da Perna de Pau: (cantando) Eu sou o Pirata da

Perna de Pau, do olho de vidro, da cara de mau…

(Aparece em cena uma minúscula ilha, também movida a
rodas, que se aproxima do barco, onde esforçadamente
remam Serafim e Malacueco.)
Cena 2
Pirata da Perna de Pau: Terra à vista!
(A ilha aproxima-se do barco. Por trás da ilha aparece o

Rei. Tem um aspeto grotesco de Rei do Carnaval.)
Pirata da Perna de Pau: Todos ao ataque. Eh! Eh!
Abordagem!
(A ilha e o barco chocam. O Pirata , de espada em punho,
sai do barco. Os dois vagabundos seguem-no,
medrosamente.)
Pirata da Perna de Pau: (dirigindo-se ao Rei,

ameaçadoramente) Deita cá para fora todo o teu
dinheirame, manipanso. Já! Já que tenho pressa.
Rei: Como vindes insofrido, estrangeiro! Quem sois? Que
pretendeis? Donde vindes? Trazeis alguma mensagem de
um Rei meu amigo, ó ilustre embaixador?
Pirata da Perna de Pau: Qual mensagem nem qual
carapuça! Quero os teus tesouros, depressa. Toca a

despachar.
Rei: Expressais-vos com prestezas, mas eu não vos

entendo. Sabeis porventura que estais falando com um
Rei?
(Serafim e Malacueco prostram-se por terra.)
Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Rei de quê, pode saberse?
Rei: Rei desta ilha, senhor absoluto de todo o mar que
vedes em volta. D. Ordonho I, Rei das espinhas de carapau

e das escamas de bacalhau. Prestai-me homenagem.
(Serafim e Malacueco voltam a prostrar-se.)

Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! E o teu palácio, os teus
vassalos, os teus súbditos, onde estão eles?

(O barco puxado dos bastidores, começa a afastar-se da
ilha.)
Rei:

Não

tenho

palácio,

nem

vassalos,

nem

súbditos, ilustres estrangeiros. Vivo sozinho. Se tivesse
vassalos e súbditos não me deixavam ser Rei como eu

quero.
Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Pois então dá cá todo o

teu mealheiro, o teu tesouro, que nós vamo-nos já embora
e não te incomodamos mais.
Rei: O meu tesouro, impaciente estrangeiro, é constituído,
como o seu título anuncia, por espinhas de carapau e
escamas de bacalhau. Se assim o quereis, levai-o e enchei
com ele o vosso barco.
Pirata da Perna de Pau: O nosso barco… onde está ele?

Socorro! Socorro! O nosso barco foi puxado pela corrente.
(o barco afasta-se e desaparece.) Vão buscá-lo, vadios.
Tragam o meu barco, malandros.
Serafim: Nós não sabemos nadar…
Pirata da Perna de Pau: (chorando) Nem eu! Fum! Fum!
Perdi o meu querido barco, o barco que eu tinha roubado
com tanta habilidade. Fum! Fum! Sou um desgraçado, um

pobre náufrago. Fum! Fum!
Rei: Descansai, ilustre estrangeiro, que eu vos darei

guarida no meu reino, enquanto não arranjardes transporte
para a vossa terra.
Serafim: E nós?
Rei: (para Serafim) Vós passais a pertencer ao meu
séquito. Nomeio-vos, ilustre estrangeiro, Duque das Águas
Claras.
Serafim: (curvando-se) Oh majestade, que grande honra!
Rei: O vosso companheiro tomará o título de Marquês das

Águas Turvas.
Malacueco: (curvando-se) Que bonito, Serafim.

Serafim: Não me trates por Serafim. Sou o Duque das
Águas Claras.
Malacueco: E eu o Marquês das Águas Turvas. Temos a
vida garantida.
Serafim: Nunca mais voltamos a trabalhar.
(Serafim e Malacueco fazem salamaleques um ao outro.)
Pirata da Perna de Pau: Também quero um título, ó Rei

das Espinhas! Eh! Eh! Um título cá para o Pirata amigo!
Rei: Vós sereis o Almirante-Mor da esquadra do meu

reino.
Pirata da Perna de Pau: Onde estão os barcos dessa
esquadra?
Rei: Sossegai, Almirante! A esquadra, uma esquadra a
perder de vista, tê-la-emos, um dia, para conquistar o

mundo.
Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Combinado!... Para

conquistar o mundo.
Malacueco: Não gosto disto, Duque.

Serafim: Nem eu, Marquês.
Pirata

da Perna de Pau: Que estão vocês para aí a

conspirar? Tratem do nosso almoço. Depressa!
Rei: (chamando) Duque das Águas Claras e Marquês das
Águas Turvas…
Serafim e Malacueco: (prostrando-se) Às ordens de vossa

majestade.
Rei: Obedecei ao Almirante-Mor! Ide com prontidão

pescar-nos um peixe de bom porte, amanhai-o e cozinhaio, enquanto eu e o Almirante vamos dar um passeio pela
ilha.
Serafim: (protestando) Mas eu sou Duque, Majestade…
Malacueco: E eu, Marquês…
Rei: Pescar e cozinhar para o Rei é uma honra. (dá-lhes

uma cana de pesca e uma enorme frigideira ou sertã.) Vá
marquês e Duque, ide, ide… e vós, Almirante, vinde
comigo.
(Rei e Pirata afastaram-se, até deixarem de ser vistos.)
Serafim: Não gosto nada disto, Malacueco.
Malacueco: Nem eu, Serafim.
(Ambos perderam a pose aristocrática. Atiraram à “água”

a linha da cana de pesca. A outra ponta da linha-corda da
cana deve alcançar os bastidores.)
Serafim: Se conseguíssemos fugir…
Malacueco: Mas como? Com tanto mar pelo meio…
(A cana estremece.)
Serafim: Um peixe picou. Puxa, Malacueco, puxa.
Malacueco: (puxando) Não há-de ser grande coisa…
(Vem um peixe pequenino, na ponta da linha.)
Serafim: (tirando o peixe) Aqui está um peixe para o

jantar de suas excelências.
Malacueco: É tão pequenino, Serafim. Deita-o outra vez

ao mar, coitadinho. Ele que cresça.
Serafim: (lançando o peixinho ao mar) Vai buscar-nos um
barco que nos livre desta ilha, peixe pequenino.

(Malacueco voltou a lançar a linha, na direção dos
bastidores.)
Malacueco: Não há barcos por estes sítios.

Serafim: Que infelicidade a nossa, Malacueco.
Malacueco: Ai! Ai! Serafim, pesquei um peixe muito

grande. Vê tu como ele puxa. (A linha estica-se.) Ajudame, Serafim. (Serafim agarra-se ao Malacueco.) Ai que o
peixe tem mais força do que nós!
Serafim: Puxa-nos para o mar! Socorro!
Malacueco: Eu não largo. Dá-me a sertã, Serafim.
(Continuam a ser puxados. Caem à “água” e montam a

frigideira ou sertã, que terá um rodado de patins. A ilha
desaparecerá, em sentido contrário.)
Serafim: Ai que eu não sei nadar.
Malacueco: Nem eu. Agarra-te que vamos de sertã
aquática. (Escorregam um cima da frigideira, puxados dos
bastidores.)
Cena 3
(No mesmo cenário da cena 1. Os dois vagabundos estão
caídos por terra.)
Malacueco: Olha, Serafim, onde o peixe nos deixou…
Serafim: Que bom, Malacueco. Estamos salvos.
(Abraçam-se).
Malacueco: Estou cá a pensar que este peixe grande, se
calhar, era o pai do peixe pequenino.

Serafim: Se calhar era…
Malacueco: E o Rei e o Pirata da Perna de Pau? Que será

feito deles?
Serafim: Continuam à espera do almoço.

Malacueco: E da grande esquadra para conquistar o
mundo!
Serafim: Deixá-los esperar…
Malacueco: Deixá-los esperar…
(Risonhamente, abrem a porta da casa que era do Pirata
da Perna de Pau, de que manifestamente tomam conta.
Entretanto, cantam)
Serafim:

Não nos chamem vagabundos
Vagabundos, vagabundos

Que vagabundos não somos.
Andamos por esse mundo
Não temos patrões nem donos
Nem criados nem mordomos.
Serafim e Malacueco: (em coro)
Nem criados nem mordomos.
Malacueco:

Trabalhamos, mas não tanto,
Entretanto descansamos

Nós somos causa de espanto.
Não temos chefes nem amos,
Protetores, senhores que mandam.
Cantamos, quando cantamos.
Serafim e Malacueco: (em coro)
Cantamos, quando cantamos…
(Vão andando pelo meio do público, em atitude de
recolher tostões para o peditório…)
Serafim:

Estou cansado de cantar
Não apanho nem vintém.

Vou-me já daqui embora,
Isto assim não me convém.
Venha um euro sem demora
Que não faz falta a ninguém.
Serafim e Malacueco: (em coro)
Que não faz falta a ninguém.
Malacueco:

Eu já tenho a boca seca de estar a cantar sozinho,
Venha de lá uma pinga

Deem-me um copo de vinho.
E também não era mau
Um pastel de bacalhau…
Malacueco e Serafim: (repetem):

E também não era mau
Um pastel de bacalhau…

(Repetem de novo.)

FIM

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  • 1.
  • 3. Cena 1 A fachada de uma casa simples – uma porta e uma janela – com estrutura de rodas que a movimente em cena. Aparecem dois vagabundos esfarrapados: Serafim, o magro, Malacueco, o gordo.
  • 4. Serafim: Ai que sono! Que preguiça! Que cansaço! Malacueco: Ai que estafa! Que fadiga! Que quebreira! Serafim: Quebreira de quê? Malacueco: Cansaço de quê? Serafim e Malacueco (em coro): De não fazer nada! Serafim: O pior é que estou com uma fome… Malacueco: E eu com uma larica… olha, vamos àquela casa. Pode ser que nos deem de comer.
  • 5. (Batem à porta da casa.) Serafim: Vossa excelência precisa de regar o jardim… Malacueco: …que já está muito seco. Serafim: Aqui está o Serafim… Malacueco: … e o Malacueco. Serafim: Em troca pedimos … Malacueco: … pão para a viagem. Serafim: Não temos dinheiro para pagar estalagem.
  • 6. (Abre-se a porta com espalhafato e aparece o Pirata da Perna de Pau, de espada na mão.) Pirata da Perna de Pau: Quem são vocês? Serafim (Muito encolhido, com a voz a sumir-se): Serafim… Pirata da Perna de Pau: O quê? Serafim (Mais alto, mas ainda assustado): Serafim.
  • 7. Pirata da Perna de Pau: (para Malacueco) E tu? Malacueco (trémulo e gaguejante): Ma…la…cué…cué…cué…cueco. Pirata da Perna de Pau: O quê? Malacueco: (ainda assustado) Malacueco. Pirata da Perna de Pau: (Designando-os com a espada) Serafim e Malacueco? Serafim e Malacueco: (em coro e servis) Dois criados ao vosso dispôr. (desajeitada vénia).
  • 8. Pirata da Perna de Pau: (rindo-se) Meus criados? Eh! Eh! Estão contratados. Eh! Eh! Serafim (tentando atalhar): Nós só dissemos… Malacueco (idem): Nós não dissemos… Pirata da Perna de Pau: O vosso patrão, a partir de agora, sou eu. Malacueco (para o Serafim): Parece que falámos de mais. Pirata da Perna de Pau: Sabem quem eu sou?
  • 9. (Serafim e Malacueco fazem que não com a cabeça.) Pirata da Perna de Pau: (rindo) Eh! Eh! Adivinhem. Sou a Branca de Neve? Serafim: (hesitando) À primeira vista não parece… Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Sou o Capuchinho Vermelho? Ou sou o Lobo Mau? Malacueco: (a medo) Talvez… talvez mais… a segunda hipótese…
  • 10. Pirata da Perna de Pau: Nem um nem outro. Eh! Eh! Eu sou (cantarolando) o Pirata da Perna de Pau, do olho de vidro, da cara de mau… Serafim e Malacueco: Brr! Que medo! Pirata da Perna de Pau: Vocês dois fazem parte da equipagem do meu navio. Vou sair daqui: navegar por esses mares fora até encontrar uma terra em que as minhas maroscas não sejam conhecidas.
  • 11. Serafim: E se o barco vai ao fundo? Malacueco: Nós não sabemos nadar… Pirata da Perna de Pau: Dentro de água é que se aprende. Eh! Eh! À minha frente, marchem! (Eles marcham, capitaneados pelo Pirata .) Malacueco: (tremendo) Meteste-me trabalhos, Serafim! Serafim: Tu é que me meteste… em bons
  • 12. Malacueco: Foste tu! Serafim: Não, foste tu! (Batem um no outro. O Pirata da Perna de Pau dá uma cacetada-espadeirada em ambos.) Pirata da Perna de Pau: Quero disciplina! (Aparece em cena a estrutura lateral de um barco a remos.) Pirata da Perna de Pau: Toca a embarcar. E disciplina!
  • 13. Malacueco: Ai a minha cabeça! Serafim: Ai as minhas costas! (Entram dentro do barco. Malacueco e Serafim tomam conta dos remos. O Pirata comanda, de pé, à proa.) Pirata da Perna de Pau: Toca a remar. (A casa, movida por rodas, vai recuando. O barco fica no mesmo sítio. Se possível, alguns efeitos visuais que deem a ilusão de movimento.)
  • 14. Pirata da Perna de Pau: (cantando) Eu sou o Pirata da Perna de Pau, do olho de vidro, da cara de mau… (Aparece em cena uma minúscula ilha, também movida a rodas, que se aproxima do barco, onde esforçadamente remam Serafim e Malacueco.)
  • 15. Cena 2 Pirata da Perna de Pau: Terra à vista! (A ilha aproxima-se do barco. Por trás da ilha aparece o Rei. Tem um aspeto grotesco de Rei do Carnaval.) Pirata da Perna de Pau: Todos ao ataque. Eh! Eh! Abordagem! (A ilha e o barco chocam. O Pirata , de espada em punho, sai do barco. Os dois vagabundos seguem-no, medrosamente.)
  • 16. Pirata da Perna de Pau: (dirigindo-se ao Rei, ameaçadoramente) Deita cá para fora todo o teu dinheirame, manipanso. Já! Já que tenho pressa. Rei: Como vindes insofrido, estrangeiro! Quem sois? Que pretendeis? Donde vindes? Trazeis alguma mensagem de um Rei meu amigo, ó ilustre embaixador? Pirata da Perna de Pau: Qual mensagem nem qual carapuça! Quero os teus tesouros, depressa. Toca a despachar.
  • 17. Rei: Expressais-vos com prestezas, mas eu não vos entendo. Sabeis porventura que estais falando com um Rei? (Serafim e Malacueco prostram-se por terra.) Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Rei de quê, pode saberse? Rei: Rei desta ilha, senhor absoluto de todo o mar que vedes em volta. D. Ordonho I, Rei das espinhas de carapau e das escamas de bacalhau. Prestai-me homenagem.
  • 18. (Serafim e Malacueco voltam a prostrar-se.) Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! E o teu palácio, os teus vassalos, os teus súbditos, onde estão eles? (O barco puxado dos bastidores, começa a afastar-se da ilha.) Rei: Não tenho palácio, nem vassalos, nem súbditos, ilustres estrangeiros. Vivo sozinho. Se tivesse vassalos e súbditos não me deixavam ser Rei como eu quero.
  • 19. Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Pois então dá cá todo o teu mealheiro, o teu tesouro, que nós vamo-nos já embora e não te incomodamos mais. Rei: O meu tesouro, impaciente estrangeiro, é constituído, como o seu título anuncia, por espinhas de carapau e escamas de bacalhau. Se assim o quereis, levai-o e enchei com ele o vosso barco.
  • 20. Pirata da Perna de Pau: O nosso barco… onde está ele? Socorro! Socorro! O nosso barco foi puxado pela corrente. (o barco afasta-se e desaparece.) Vão buscá-lo, vadios. Tragam o meu barco, malandros. Serafim: Nós não sabemos nadar… Pirata da Perna de Pau: (chorando) Nem eu! Fum! Fum! Perdi o meu querido barco, o barco que eu tinha roubado com tanta habilidade. Fum! Fum! Sou um desgraçado, um pobre náufrago. Fum! Fum!
  • 21. Rei: Descansai, ilustre estrangeiro, que eu vos darei guarida no meu reino, enquanto não arranjardes transporte para a vossa terra. Serafim: E nós? Rei: (para Serafim) Vós passais a pertencer ao meu séquito. Nomeio-vos, ilustre estrangeiro, Duque das Águas Claras. Serafim: (curvando-se) Oh majestade, que grande honra!
  • 22. Rei: O vosso companheiro tomará o título de Marquês das Águas Turvas. Malacueco: (curvando-se) Que bonito, Serafim. Serafim: Não me trates por Serafim. Sou o Duque das Águas Claras. Malacueco: E eu o Marquês das Águas Turvas. Temos a vida garantida. Serafim: Nunca mais voltamos a trabalhar. (Serafim e Malacueco fazem salamaleques um ao outro.)
  • 23. Pirata da Perna de Pau: Também quero um título, ó Rei das Espinhas! Eh! Eh! Um título cá para o Pirata amigo! Rei: Vós sereis o Almirante-Mor da esquadra do meu reino. Pirata da Perna de Pau: Onde estão os barcos dessa esquadra? Rei: Sossegai, Almirante! A esquadra, uma esquadra a perder de vista, tê-la-emos, um dia, para conquistar o mundo.
  • 24. Pirata da Perna de Pau: Eh! Eh! Combinado!... Para conquistar o mundo. Malacueco: Não gosto disto, Duque. Serafim: Nem eu, Marquês. Pirata da Perna de Pau: Que estão vocês para aí a conspirar? Tratem do nosso almoço. Depressa! Rei: (chamando) Duque das Águas Claras e Marquês das Águas Turvas…
  • 25. Serafim e Malacueco: (prostrando-se) Às ordens de vossa majestade. Rei: Obedecei ao Almirante-Mor! Ide com prontidão pescar-nos um peixe de bom porte, amanhai-o e cozinhaio, enquanto eu e o Almirante vamos dar um passeio pela ilha. Serafim: (protestando) Mas eu sou Duque, Majestade… Malacueco: E eu, Marquês…
  • 26. Rei: Pescar e cozinhar para o Rei é uma honra. (dá-lhes uma cana de pesca e uma enorme frigideira ou sertã.) Vá marquês e Duque, ide, ide… e vós, Almirante, vinde comigo. (Rei e Pirata afastaram-se, até deixarem de ser vistos.) Serafim: Não gosto nada disto, Malacueco. Malacueco: Nem eu, Serafim.
  • 27. (Ambos perderam a pose aristocrática. Atiraram à “água” a linha da cana de pesca. A outra ponta da linha-corda da cana deve alcançar os bastidores.) Serafim: Se conseguíssemos fugir… Malacueco: Mas como? Com tanto mar pelo meio… (A cana estremece.) Serafim: Um peixe picou. Puxa, Malacueco, puxa. Malacueco: (puxando) Não há-de ser grande coisa… (Vem um peixe pequenino, na ponta da linha.)
  • 28. Serafim: (tirando o peixe) Aqui está um peixe para o jantar de suas excelências. Malacueco: É tão pequenino, Serafim. Deita-o outra vez ao mar, coitadinho. Ele que cresça. Serafim: (lançando o peixinho ao mar) Vai buscar-nos um barco que nos livre desta ilha, peixe pequenino. (Malacueco voltou a lançar a linha, na direção dos bastidores.)
  • 29. Malacueco: Não há barcos por estes sítios. Serafim: Que infelicidade a nossa, Malacueco. Malacueco: Ai! Ai! Serafim, pesquei um peixe muito grande. Vê tu como ele puxa. (A linha estica-se.) Ajudame, Serafim. (Serafim agarra-se ao Malacueco.) Ai que o peixe tem mais força do que nós! Serafim: Puxa-nos para o mar! Socorro! Malacueco: Eu não largo. Dá-me a sertã, Serafim.
  • 30. (Continuam a ser puxados. Caem à “água” e montam a frigideira ou sertã, que terá um rodado de patins. A ilha desaparecerá, em sentido contrário.) Serafim: Ai que eu não sei nadar. Malacueco: Nem eu. Agarra-te que vamos de sertã aquática. (Escorregam um cima da frigideira, puxados dos bastidores.)
  • 31. Cena 3 (No mesmo cenário da cena 1. Os dois vagabundos estão caídos por terra.) Malacueco: Olha, Serafim, onde o peixe nos deixou… Serafim: Que bom, Malacueco. Estamos salvos. (Abraçam-se). Malacueco: Estou cá a pensar que este peixe grande, se calhar, era o pai do peixe pequenino. Serafim: Se calhar era…
  • 32. Malacueco: E o Rei e o Pirata da Perna de Pau? Que será feito deles? Serafim: Continuam à espera do almoço. Malacueco: E da grande esquadra para conquistar o mundo! Serafim: Deixá-los esperar… Malacueco: Deixá-los esperar…
  • 33. (Risonhamente, abrem a porta da casa que era do Pirata da Perna de Pau, de que manifestamente tomam conta. Entretanto, cantam)
  • 34. Serafim: Não nos chamem vagabundos Vagabundos, vagabundos Que vagabundos não somos. Andamos por esse mundo Não temos patrões nem donos Nem criados nem mordomos. Serafim e Malacueco: (em coro) Nem criados nem mordomos.
  • 35. Malacueco: Trabalhamos, mas não tanto, Entretanto descansamos Nós somos causa de espanto. Não temos chefes nem amos, Protetores, senhores que mandam. Cantamos, quando cantamos. Serafim e Malacueco: (em coro) Cantamos, quando cantamos…
  • 36. (Vão andando pelo meio do público, em atitude de recolher tostões para o peditório…)
  • 37. Serafim: Estou cansado de cantar Não apanho nem vintém. Vou-me já daqui embora, Isto assim não me convém. Venha um euro sem demora Que não faz falta a ninguém. Serafim e Malacueco: (em coro) Que não faz falta a ninguém.
  • 38. Malacueco: Eu já tenho a boca seca de estar a cantar sozinho, Venha de lá uma pinga Deem-me um copo de vinho. E também não era mau Um pastel de bacalhau…
  • 39. Malacueco e Serafim: (repetem): E também não era mau Um pastel de bacalhau… (Repetem de novo.) FIM