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A história secreta da renúncia de Bento XVI
   Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os
    elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos
pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de
                                 tudo para defender sua facção.

O texto seguinte é um excerto do artigo de Eduardo Febbro direto de Paris publicado em
14/02/2013 em Carta Maior:

     Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas
     sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela
     opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim
     financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que
     surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro
     dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos
     especialistas, explica a crise atual.

     Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de
     presidente do Instituto para as Obras de Religião (Instituto per L’Opere de Religione - IOR),
     o banco do Vaticano. Próximo à Opus Dei, representante do Banco Santander na Itália desde
     1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in
     veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça
     social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve
     como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são
     um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam
     ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o
     arcebispo norte-americano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do
     IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época.

     João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e
     salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus
     havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês
     Solidariedade, algo que Karol Wojtyla [João Paulo II] não esqueceu jamais. Marcinkus
     terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de
     perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982
     apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de
     Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa
     trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2
     (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus.

     Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a
     frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades”
     em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do
     Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta
violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi
     constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto,
     Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo:
     contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e
     altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra,
     tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas.

     Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro
     amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo
     do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável
     pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio
     acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de
     documentos roubados do papa.

     Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os
     elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos
     pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e
     capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível
     de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos:
     corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se auto
     alimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria
     decadência do sistema.

O texto que segue foi retirado do capítulo Graças ao Assassinato, Os Negócios Continuam Como
Sempre do livro Em Nome de Deus do jornalista David Yallop publicado em 1984. Qualquer
semelhança com o texto acima de Eduardo Febbro não é mera coincidência, como se diz em
inglês, “business as usual”.

 Graças ao Assassinato, Os Negócios Continuam Como Sempre
     Quando começou a votação no Conclave para eleger um sucessor de Albino Luciani [Papa
     João Paulo I], no domingo, 15 de outubro de 1978, o Espírito Santo estava ostensivamente
     ausente. Uma luta longa e encarniçada, principalmente entre os partidários de Siri e Benelli,
     foi o tema predominante no primeiro dia de votação. Os responsáveis pelo assassinato de
     Luciani quase que se viram diante da necessidade de providenciar a morte súbita de um
     segundo Papa. Durante oito votações, em dois dias, o Cardeal Giovanni Benelli esteve a
     poucos votos da vitória. Se Benelli fosse eleito, não resta a menor dúvida de que muitos
     cursos de ação iniciados por Luciani teriam continuidade. Cody seria removido. Villot
     seria substituído. Marcinkus, De Strobel e Mennini seriam prontamente afastados do
     Banco do Vaticano.

     Mas Benelli ficou a nove votos da eleição e o eventual vencedor, Cardeal Karol Wojtyla
     [Papa João Paulo II], não tem muita semelhança com Albino Luciani. Quanto a seguir o
     caminho de Albino Luciani, Wojtyla tem dado incontáveis demonstrações de que tudo o que
     possui em comum com o seu antecessor é o nome papal, João Paulo.
Apesar dos esforços de Benelli, Felici e outros cardeais, o Pontificado de João Paulo II
tem sido norteado pelos negócios, como sempre, que se beneficiaram imensamente não
só pelo assassinato de Albino Luciani, mas por todos os assassinatos que se seguiram à
estranha e solitária morte ocorrida no Vaticano, em setembro de 1978. Depois de sua
eleição, o atual Papa tomou conhecimento das mudanças que Luciani tencionava efetuar.
Foi informado das várias consultas de seu antecessor sobre uma ampla variedade de
assuntos.

Os levantamentos financeiros coligidos por Benelli, Felici, membros da APSA
[Amministrazione del Patrimonio della Sede Apostolica, – Administração do Patrimônio da
Sé Apostólica] e outros, por conta de Luciani, foram postos à disposição de Wojtyla. Ele
conheceu as provas que levaram Luciani a concluir que o Cardeal Cody, de Chicago, devia
ser substituído. Conheceu as provas que confirmavam a infiltração da maçonaria no
Vaticano. Foi informado do diálogo de Luciani com Departamento de Estado americano e a
planejada reunião com o comitê do Congresso dos Estados Unidos sobre população e
controle da natalidade. Villot também esclareceu plenamente o novo Papa sobre a atitude de
Luciani em relação ao controle da natalidade. Em suma, o Papa João Paulo II se encontrava
em posição excepcional para pôr em prática todos os planos de Luciani. Mas nenhuma das
mudanças propostas por Luciani se converteu em realidade. Quem quer que tenha
assassinado o Papa, não cometeu um crime em vão.

Villot foi novamente confirmado como Secretário de Estado. Cody permaneceu no controle
de Chicago. Marcinkus, ajudado por Mennini, De Strobel e Monsenhor de Bonis continuou
a controlar o Banco do Vaticano e a garantir que florescessem as atividades criminosas em
conluio com o Banco Ambrosiano. Calvi e seus mestres da P2, Gelli e Ortolani, estavam
livres para continuarem em seus roubos e fraudes gigantescas, sob a proteção do Banco do
Vaticano. Sindona pôde manter sua liberdade em Nova York , pelo menos a curto prazo.
Baggio não foi para Veneza. O corrupto Poletti permaneceu como o Cardeal Vigário de
Roma.

Muitos milhões de palavras já se escreveram desde a eleição de Karol Wojtyla, em
tentativas de analisar e compreender como é o homem. É o tipo de homem que pode
permitir que homens como Villot, Cody, Marcinkus, Mennini, De Strobel, De Bonis e
Poletti permaneçam em seus cargos. Não pode haver qualquer defesa sob alegação de
ignorância. Marcinkus é diretamente subordinado ao Papa e desafia a imaginação e
credulidade que Wojtyla não tenha conhecimento nenhum dos crimes do americano. Em
relação a Cody, Sua Santidade tomou conhecimento de todos os fatos em outubro de 1978,
pelos cardeais Benelli e Baggio. Wojtyla não fez nada. Temos um Papa que publicamente
censura os padres da Nicarágua que se envolvem em política, mas ao mesmo tempo concede
sua bênção às enormes quantidades de dólares remetidas para o Solidariedade na Polônia,
secreta e ilegalmente. É o Pontificado dos duplos padrões: um jogo para o Papa e um
segundo para o resto da humanidade. O Pontificado de João Paulo II tem sido um trunfo
para os negocistas, os corruptos, os ladrões internacionais como Calvi, Gelli e Sindona,
enquanto Sua Santidade mantém uma imagem altamente divulgada que não é muito
diferente da que se poderia imaginar num astro do rock em perpétua excursão. Os homens
por trás do astro beija-pista-de-aeroporto estão garantindo que os negócios continuam como
sempre, as bilheterias aumentando cada vez mais, ao longo dos últimos cinco anos. É de se
lamentar que os discursos severamente moralistas de Sua Santidade não possam
presumivelmente ser ouvidos nos bastidores.

Como já registrei anteriormente, depois da eleição de Luciani o Bispo Paul Marcinkus
advertiu a seus colegas no Banco do Vaticano e a Roberto Calvi em Buenos Aires :

— Não se esqueçam de que este Papa [Albino Luciani, o Papa João Paulo I] tem idéias
diferentes do anterior [Paulo VI] e que muitas coisas mudarão por aqui.

Com a eleição de Wojtyla, tudo voltou aos valores de Paulo VI, acrescido de juros. Como no
caso da infiltração dos maçons no Vaticano. O Vaticano, através do atual Papa, não apenas
absorveu em seus quadros uma ampla variedade de maçons, de uma ampla variedade de
lojas, mas também adquiriu a sua própria versão interna. Seu nome é Opus Dei... a Obra de
Deus.

A 25 de julho, Albino Luciani escrevera sobre a Opus Dei em li Gazzetino o jornal
veneziano. Os comentários se limitaram a uma curta história do movimento e o relato de
algumas aspirações da organização para a espiritualidade leiga. Em relação aos aspectos
mais controvertidos da Opus Dei, Luciani os ignorava, o que é improvável, ou estava
novamente demonstrando a sua discrição.

Com a eleição de Karol Wojtyla, a discrição tornou-se um artigo raro. Seu apoio à Opus Dei
está bem documentado. Como essa organização católica partilha muitas posições e valores
com a corrupta P2 e se tornou uma força dentro da Cidade do Vaticano, deve-se registrar
alguns detalhes a seu respeito.

A Opus Dei é uma organização católica de dimensões internacionais. Embora tenha
relativamente poucos associados (as estimativas variam entre 60 e 80 mil), sua influência é
vasta. É uma sociedade secreta, algo estritamente proibido pela Igreja. A Opus Dei nega que
seja uma organização secreta, mas se recusa a divulgar a lista de seus associados. Foi
fundada por um sacerdote espanhol, Monsenhor Josemaria Escriva, em 1928. Situa-se na
extrema direita da Igreja Católica, um fato político que lhe tem atraído inimigos, mas
também muitos associados. Há uma pequena parcela de sacerdotes entre seus membros,
cerca de cinco por cento; e leigos de ambos os sexos. Embora se encontre pessoas de todos
os níveis sociais, procura atrair principalmente elementos dos escalões superiores, inclusive
estudantes e recém-formados que aspiram a conquistar uma posição executiva. O Dr. John
Roche, professor da Universidade de Oxford e ex-membro da Opus Dei, descreve-a como
"sinistra, furtiva e orwelliana". E possível que a preocupação com a auto-flagelação seja a
causa da hostilidade dos meios de comunicação contra a seita. Certamente a idéia de uma
pessoa chicotear suas próprias costas ou usar tiras de metal cheias de pinos pontiagudos na
coxa pela grandeza da glória de Deus, demonstra ser de difícil aceitação pela maioria das
pessoas nesta última parte do século XX. Contudo, ninguém pode duvidar da total
sinceridade dos membros da Opus Dei. Estão igualmente voltados para uma
tarefa de grande importância: assumir o controle da Igreja
Católica. Tal coisa deveria ser motivo de grande preocupação não só para os católicos
como para todos os outros. Sem dúvida, existem alguns aspectos a se admirar nesta
sociedade secreta. Albino Luciani ressaltou eloquentemente alguns dos conceitos espirituais
básicos, embora tenha se mantido em discreto silêncio com relação à questão da auto-
flagelação e da filosofia política fascista. Sob o pontificado do Papa João Paulo II, Opus Dei
floresceu. Se o atual Papa [João Paulo II] não é um membro da Opus Dei, é exatamente
como os membros da Opus Dei gostariam que um Papa fosse. Um dos primeiros atos após
sua eleição foi dirigir-se à sepultura do fundador da Opus Dei e rezar. A seguir garantiu à
seita status de organização episcopal, um passo significativo para o Cardeal Cody, que diz
apenas prestar contas a Roma e a Deus.

Esta organização tem, de acordo com suas próprias informações, membros trabalhando em
mais de 600 jornais, revistas e publicações científicas espalhadas ao redor do mundo. Possui
membros em mais de 50 estações de rádio e televisão. Em 1960, três de seus membros
faziam parte do gabinete do ditador espanhol, Franco, criando o "milagre econômico"
espanhol. O cabeça do enorme conglomerado Rumasa na Espanha, José Mateos, é um
membro da Opus Dei, também está fugindo após construir uma teia de corrupção
semelhante ao império de Calvi, como foi recentemente revelado. A Opus Dei é
extremamente rica. Até recentemente, quando trocou de dono, qualquer um que entrasse
numa loja de vinhos Augustus Barnett, na Inglaterra, estaria depositando dinheiro nos cofres
da Opus Dei.

José Mateos, conhecido como o homem mais rico da Espanha, canalizou milhões para a
Opus Dei. Uma parte considerável desse dinheiro proveio de transações ilegais com Calvi,
perpetradas tanto na Espanha como na Argentina. O dono do dinheiro da P2 e o dono do
dinheiro da Opus Dei: seria possível que a Igreja se refira a isso quando fala nos misteriosos
caminhos de Deus?

Desde a morte de Albino Luciani e sua sucessão por Karol Wojtyla, a Solução Italiana,
aplicada ao problema de um Papa honesto, tem sido usada frequentemente para superar as
dificuldades com que se defrontam Marcinkus, Sindona, Calvi e Gelli. A litania de
assassinato e ameaça para se encobrir o saque, numa escala além de nossa imaginação,
constitui uma leitura macabra. Também serve para confirmar que Albino Luciani foi mesmo
assassinado.

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A história secreta do dinheiro sujo no Vaticano

  • 1. A história secreta da renúncia de Bento XVI Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. O texto seguinte é um excerto do artigo de Eduardo Febbro direto de Paris publicado em 14/02/2013 em Carta Maior: Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual. Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (Instituto per L’Opere de Religione - IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Dei, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norte-americano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época. João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla [João Paulo II] não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus. Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta
  • 2. violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas. Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa. Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se auto alimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema. O texto que segue foi retirado do capítulo Graças ao Assassinato, Os Negócios Continuam Como Sempre do livro Em Nome de Deus do jornalista David Yallop publicado em 1984. Qualquer semelhança com o texto acima de Eduardo Febbro não é mera coincidência, como se diz em inglês, “business as usual”. Graças ao Assassinato, Os Negócios Continuam Como Sempre Quando começou a votação no Conclave para eleger um sucessor de Albino Luciani [Papa João Paulo I], no domingo, 15 de outubro de 1978, o Espírito Santo estava ostensivamente ausente. Uma luta longa e encarniçada, principalmente entre os partidários de Siri e Benelli, foi o tema predominante no primeiro dia de votação. Os responsáveis pelo assassinato de Luciani quase que se viram diante da necessidade de providenciar a morte súbita de um segundo Papa. Durante oito votações, em dois dias, o Cardeal Giovanni Benelli esteve a poucos votos da vitória. Se Benelli fosse eleito, não resta a menor dúvida de que muitos cursos de ação iniciados por Luciani teriam continuidade. Cody seria removido. Villot seria substituído. Marcinkus, De Strobel e Mennini seriam prontamente afastados do Banco do Vaticano. Mas Benelli ficou a nove votos da eleição e o eventual vencedor, Cardeal Karol Wojtyla [Papa João Paulo II], não tem muita semelhança com Albino Luciani. Quanto a seguir o caminho de Albino Luciani, Wojtyla tem dado incontáveis demonstrações de que tudo o que possui em comum com o seu antecessor é o nome papal, João Paulo.
  • 3. Apesar dos esforços de Benelli, Felici e outros cardeais, o Pontificado de João Paulo II tem sido norteado pelos negócios, como sempre, que se beneficiaram imensamente não só pelo assassinato de Albino Luciani, mas por todos os assassinatos que se seguiram à estranha e solitária morte ocorrida no Vaticano, em setembro de 1978. Depois de sua eleição, o atual Papa tomou conhecimento das mudanças que Luciani tencionava efetuar. Foi informado das várias consultas de seu antecessor sobre uma ampla variedade de assuntos. Os levantamentos financeiros coligidos por Benelli, Felici, membros da APSA [Amministrazione del Patrimonio della Sede Apostolica, – Administração do Patrimônio da Sé Apostólica] e outros, por conta de Luciani, foram postos à disposição de Wojtyla. Ele conheceu as provas que levaram Luciani a concluir que o Cardeal Cody, de Chicago, devia ser substituído. Conheceu as provas que confirmavam a infiltração da maçonaria no Vaticano. Foi informado do diálogo de Luciani com Departamento de Estado americano e a planejada reunião com o comitê do Congresso dos Estados Unidos sobre população e controle da natalidade. Villot também esclareceu plenamente o novo Papa sobre a atitude de Luciani em relação ao controle da natalidade. Em suma, o Papa João Paulo II se encontrava em posição excepcional para pôr em prática todos os planos de Luciani. Mas nenhuma das mudanças propostas por Luciani se converteu em realidade. Quem quer que tenha assassinado o Papa, não cometeu um crime em vão. Villot foi novamente confirmado como Secretário de Estado. Cody permaneceu no controle de Chicago. Marcinkus, ajudado por Mennini, De Strobel e Monsenhor de Bonis continuou a controlar o Banco do Vaticano e a garantir que florescessem as atividades criminosas em conluio com o Banco Ambrosiano. Calvi e seus mestres da P2, Gelli e Ortolani, estavam livres para continuarem em seus roubos e fraudes gigantescas, sob a proteção do Banco do Vaticano. Sindona pôde manter sua liberdade em Nova York , pelo menos a curto prazo. Baggio não foi para Veneza. O corrupto Poletti permaneceu como o Cardeal Vigário de Roma. Muitos milhões de palavras já se escreveram desde a eleição de Karol Wojtyla, em tentativas de analisar e compreender como é o homem. É o tipo de homem que pode permitir que homens como Villot, Cody, Marcinkus, Mennini, De Strobel, De Bonis e Poletti permaneçam em seus cargos. Não pode haver qualquer defesa sob alegação de ignorância. Marcinkus é diretamente subordinado ao Papa e desafia a imaginação e credulidade que Wojtyla não tenha conhecimento nenhum dos crimes do americano. Em relação a Cody, Sua Santidade tomou conhecimento de todos os fatos em outubro de 1978, pelos cardeais Benelli e Baggio. Wojtyla não fez nada. Temos um Papa que publicamente censura os padres da Nicarágua que se envolvem em política, mas ao mesmo tempo concede sua bênção às enormes quantidades de dólares remetidas para o Solidariedade na Polônia, secreta e ilegalmente. É o Pontificado dos duplos padrões: um jogo para o Papa e um segundo para o resto da humanidade. O Pontificado de João Paulo II tem sido um trunfo para os negocistas, os corruptos, os ladrões internacionais como Calvi, Gelli e Sindona, enquanto Sua Santidade mantém uma imagem altamente divulgada que não é muito
  • 4. diferente da que se poderia imaginar num astro do rock em perpétua excursão. Os homens por trás do astro beija-pista-de-aeroporto estão garantindo que os negócios continuam como sempre, as bilheterias aumentando cada vez mais, ao longo dos últimos cinco anos. É de se lamentar que os discursos severamente moralistas de Sua Santidade não possam presumivelmente ser ouvidos nos bastidores. Como já registrei anteriormente, depois da eleição de Luciani o Bispo Paul Marcinkus advertiu a seus colegas no Banco do Vaticano e a Roberto Calvi em Buenos Aires : — Não se esqueçam de que este Papa [Albino Luciani, o Papa João Paulo I] tem idéias diferentes do anterior [Paulo VI] e que muitas coisas mudarão por aqui. Com a eleição de Wojtyla, tudo voltou aos valores de Paulo VI, acrescido de juros. Como no caso da infiltração dos maçons no Vaticano. O Vaticano, através do atual Papa, não apenas absorveu em seus quadros uma ampla variedade de maçons, de uma ampla variedade de lojas, mas também adquiriu a sua própria versão interna. Seu nome é Opus Dei... a Obra de Deus. A 25 de julho, Albino Luciani escrevera sobre a Opus Dei em li Gazzetino o jornal veneziano. Os comentários se limitaram a uma curta história do movimento e o relato de algumas aspirações da organização para a espiritualidade leiga. Em relação aos aspectos mais controvertidos da Opus Dei, Luciani os ignorava, o que é improvável, ou estava novamente demonstrando a sua discrição. Com a eleição de Karol Wojtyla, a discrição tornou-se um artigo raro. Seu apoio à Opus Dei está bem documentado. Como essa organização católica partilha muitas posições e valores com a corrupta P2 e se tornou uma força dentro da Cidade do Vaticano, deve-se registrar alguns detalhes a seu respeito. A Opus Dei é uma organização católica de dimensões internacionais. Embora tenha relativamente poucos associados (as estimativas variam entre 60 e 80 mil), sua influência é vasta. É uma sociedade secreta, algo estritamente proibido pela Igreja. A Opus Dei nega que seja uma organização secreta, mas se recusa a divulgar a lista de seus associados. Foi fundada por um sacerdote espanhol, Monsenhor Josemaria Escriva, em 1928. Situa-se na extrema direita da Igreja Católica, um fato político que lhe tem atraído inimigos, mas também muitos associados. Há uma pequena parcela de sacerdotes entre seus membros, cerca de cinco por cento; e leigos de ambos os sexos. Embora se encontre pessoas de todos os níveis sociais, procura atrair principalmente elementos dos escalões superiores, inclusive estudantes e recém-formados que aspiram a conquistar uma posição executiva. O Dr. John Roche, professor da Universidade de Oxford e ex-membro da Opus Dei, descreve-a como "sinistra, furtiva e orwelliana". E possível que a preocupação com a auto-flagelação seja a causa da hostilidade dos meios de comunicação contra a seita. Certamente a idéia de uma pessoa chicotear suas próprias costas ou usar tiras de metal cheias de pinos pontiagudos na coxa pela grandeza da glória de Deus, demonstra ser de difícil aceitação pela maioria das pessoas nesta última parte do século XX. Contudo, ninguém pode duvidar da total
  • 5. sinceridade dos membros da Opus Dei. Estão igualmente voltados para uma tarefa de grande importância: assumir o controle da Igreja Católica. Tal coisa deveria ser motivo de grande preocupação não só para os católicos como para todos os outros. Sem dúvida, existem alguns aspectos a se admirar nesta sociedade secreta. Albino Luciani ressaltou eloquentemente alguns dos conceitos espirituais básicos, embora tenha se mantido em discreto silêncio com relação à questão da auto- flagelação e da filosofia política fascista. Sob o pontificado do Papa João Paulo II, Opus Dei floresceu. Se o atual Papa [João Paulo II] não é um membro da Opus Dei, é exatamente como os membros da Opus Dei gostariam que um Papa fosse. Um dos primeiros atos após sua eleição foi dirigir-se à sepultura do fundador da Opus Dei e rezar. A seguir garantiu à seita status de organização episcopal, um passo significativo para o Cardeal Cody, que diz apenas prestar contas a Roma e a Deus. Esta organização tem, de acordo com suas próprias informações, membros trabalhando em mais de 600 jornais, revistas e publicações científicas espalhadas ao redor do mundo. Possui membros em mais de 50 estações de rádio e televisão. Em 1960, três de seus membros faziam parte do gabinete do ditador espanhol, Franco, criando o "milagre econômico" espanhol. O cabeça do enorme conglomerado Rumasa na Espanha, José Mateos, é um membro da Opus Dei, também está fugindo após construir uma teia de corrupção semelhante ao império de Calvi, como foi recentemente revelado. A Opus Dei é extremamente rica. Até recentemente, quando trocou de dono, qualquer um que entrasse numa loja de vinhos Augustus Barnett, na Inglaterra, estaria depositando dinheiro nos cofres da Opus Dei. José Mateos, conhecido como o homem mais rico da Espanha, canalizou milhões para a Opus Dei. Uma parte considerável desse dinheiro proveio de transações ilegais com Calvi, perpetradas tanto na Espanha como na Argentina. O dono do dinheiro da P2 e o dono do dinheiro da Opus Dei: seria possível que a Igreja se refira a isso quando fala nos misteriosos caminhos de Deus? Desde a morte de Albino Luciani e sua sucessão por Karol Wojtyla, a Solução Italiana, aplicada ao problema de um Papa honesto, tem sido usada frequentemente para superar as dificuldades com que se defrontam Marcinkus, Sindona, Calvi e Gelli. A litania de assassinato e ameaça para se encobrir o saque, numa escala além de nossa imaginação, constitui uma leitura macabra. Também serve para confirmar que Albino Luciani foi mesmo assassinado.