Comunicação apresentada no III Seminário Internacional Media, Jornalismo e Democracia.
08 de Novembro de 2010 - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas das Universidade Nova de Lisboa
A emergencia dos weblogs enquanto novos actores sociais
Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunicação num “alvo” em movimento
1. Sociedade e
Comunidades 2.0:
uma proposta para
equacionar modelos
de comunicação num
“alvo” em movimento
Inês Amaral – CECS (Universidade do Minho) / Instituto Superior Miguel Torga
Helena Sousa – CECS (Universidade do Minho)
3. Agenda
Introdução
Novo ecossistema
Perspectiva: Sociabilidade sem território
Reflexões inerentes
“Alvo em movimento”
Proposta
Novas palavras-chave
Notas finais
4. Introdução [1]
Pressuposto: mudança de paradigma social e
comunicacional introduzida pela Internet.
- “BEING” ONLINE > as pessoas estão a alterar os
seus comportamentos: trabalham, vivem e
pensam colectivamente.
- INTELIGÊNCIA COLECTIVA > o novo ambiente
digital promove a acção colectiva, os
consumidores 2.0 e os “prosumers”.
- ‘GLOCALIZAÇÃO’ > globalizar o local através da
Internet.
5. Introdução [2]
Objectivo: reflectir sobre um novo paradigma da
comunicação orientado à socialização que se baseia
nas plataformas sociais e no conteúdo criado pelo
utilizador, potenciando a emergência de uma nova
sociabilidade.
Pergunta de partida: Os ambientes na rede (baseados
na acção e inteligência colectivas) promovem uma
nova sociabilidade e, consequentemente, novas
relações e práticas sociais?
Hipótese: o potencial colaborativo da Internet
estabelece novos espaços para a participação e
envolvimento público.
6. Novo ecossistema
– Modelo de comunicação dinâmico: a
possibilidade do receptor ser simultaneamente
emissor e elemento dinâmico do processo de
comunicação.
– Novo ecossistema: individualização da
comunicação (centrada no utilizador) mas
maximizando a dimensão social.
– Ideia metamórfica de território: o conceito de
espaço é resultado da construção partilhada de
sistemas de representação de dinâmicas sociais.
O Ciberespaço é a desterritorialização da
sociabilidade onde a inteligência colectiva é
promovida pelo novo ecossistema de
comunicação.
7. Perspectiva: Sociabilidade
sem território
– Comunidades e Sociedade: conceitos actualizados
face à ideia de sociabilidade sem território.
– Web Social: ausência de território + prosumers +
novas formas de agregação de indivíduos = redes
sociais e comunidades online
– Web 2.0 como um ‘amplificador social’:
participação, mobilidade e poder.
A Sociedade e as Comunidades entram na dinâmica
2.0.
8. Reflexões inerentes
- As redes sociais são um fenómeno que se traduz numa
nova forma de cultura e que implica uma
(re)configuração do espaço social e novas formas de
sociabilidade.
- A metamorfose do conceito de território: a
desterritorialização da sociedade – o virtual enquanto
metáfora de presença.
- Mudança de paradigma sócio-comunicacional (a
individualização/personalização da comunicação e o
colectivo como elemento formador social)
- Sociedade 2.0 e Comunidade 2.0 como a actualização
dos conceitos de Ferdinand Tönies à técnica social (a
realidade da Web Social)
9. “Alvo em movimento”
A nova sociabilidade desterritorializada
A técnica ao serviço da comunicação
Os social media como suporte técnico da Comunidade
2.0
A realidade dos “Prosumers”
10. Proposta
Modelo (aberto) de comunicação centrado no
utilizador e orientado à sociabilização
Pressupostos:
Baseado na acção e inteligência colectivas
Suportado pelos objectos sociais nos social media
Materializado em novas relações e práticas sociais
Concretizado em redes sociais e comunidades virtuais
que compõem a Sociedade 2.0
Centrado no Consumidor 2.0 – actualização do
conceito de utilizador tradicional
12. Notas finais
A nova sociedade tem por base a exclusão do
determinismo territorial e pode operacionalizar
uma divisão social e cultural de indivíduos (no
offline também?).
A nova sociabilidade desterritorializada, assente
num modelo de comunicação que está em
permanente mutação, transformou o conceito de
utilizador em “Consumer 2.0” e criou a
possibilidade do receptor ser agora produtor
para uma audiência global.
Com a massificação dos media sociais estaremos
no início da era dos “prosumers” em larga escala?