SlideShare a Scribd company logo
1 of 11
Download to read offline
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Noelma Carvalho da Silva
noelmainhapi@ig.com.br
RESUMO
Este trabalho, mesmo que de forma introdutória, objetiva analisar a importância da
afetividade na Educação de Jovens, sua relação direta com a aprendizagem e nas relações
pedagógicas professor-aluno, apontando para o fato de que a afetividade pode contribuir para
o sucesso do jovem na escola e até fora dela. Este artigo nos convida a uma reflexão, a pensar
sobre o professor como o principal mediador da afetividade em sala de aula, buscando
propiciar uma aprendizagem de qualidade, o que pode melhorar o convívio com os alunos e
deles entre si, alimentando a amizade e o respeito, visando desenvolver, entre outras coisas, a
estima dos seus educandos. Abre espaço para a discussão do aspecto afetivo nas interações no
ambiente educacional da educação de jovens e adultos. Essa pesquisa teve sua fundamentação
teórica amparada em pensadores de relevo, como Paulo freire, Piaget, Vygotsky e Cury,
dentre alguns outros, embasando o debate sobre a necessidade do trabalho da afetividade no
ambiente educacional, reconhecendo que o cognitivo está diretamente associado aos estímulos
do afeto. Os resultados mostram que a afetividade, além de mediar o aprendizado, torna
possível melhorar as relações interpessoais, fortalecendo os laços afetivos, estimulando o
respeito, a amizade, a solidariedade, a generosidade e a confiança.
Palavras-chave: afetividade; relação professor-aluno; educação de jovens e adultos.
RESUMEN
Este trabajo , a pesar de que introductoria , pretende analizar la importancia de la afectividad
en la Educación de la Juventud , la relación directa entre el aprendizaje y la enseñanza en las
relaciones pedagógicas entre maestros y alumnos , señalando el hecho de que la afectividad
puede contribuir al éxito de los jóvenes en la escuela e incluso fuera de ella. Este artículo nos
invita a reflexionar, a pensar en el maestro como el principal mediador de la afectividad en el
aula, buscando crear las condiciones de una enseñanza de calidad, que pueden mejorar la
interacción con los estudiantes y juntos, consolidando la amistad y el respeto con el fin de
desarrollar, entre otras cosas, la estima de sus alumnos. Abre espacio para la discusión de las
interacciones del aspecto afectivo en el entorno educativo de los jóvenes y la educación de
adultos. Esta investigación fue apoyada en su fundamentación teórica en pensadores
prominentes como Paulo Freire, Piaget, Vygotsky y Cury, entre otros, fundamentando el
debate sobre la necesidad de la afectividad de trabajo en el ámbito educativo , reconociendo
que la estimulación cognitiva se asocia directamente a los estímulos de afecto. Los resultados
muestran que la afectividad además de mediar el aprendizaje, hace que sea posible mejorar las

Mestranda em Educação – UNASUR; Licenciatura em Pedagogia – UFAL, 2005.
relaciones interpersonales, el fortalecimiento de los lazos afectivos, estimulando el respeto, la
amistad, la solidaridad, la generosidad y la confianza.
Palabras clave : afecto ; relación profesor-alumno ; la educación de jóvenes y adultos .
1. INTRODUÇÃO
Vários estudos sobre o papel da dimensão afetiva nas práticas pedagógicas têm sido
desenvolvidos ao longo dos anos no sentido de tentar entender a importância da afetividade
no contexto escolar e na promoção do ensino-aprendizagem. Até bem pouco tempo, o
trabalho pedagógico era visto somente do ponto de vista da dimensão cognitiva e intelectual
dos alunos e alunas, sobretudo, em se tratando de alunos da Educação de Jovens e Adultos,
desconsiderando-se, contudo, o aspecto afetivo, que como se sabe hoje, perpassa toda a
relação do ser humano, em todos os seus aspectos.
Pesquisas recentes na área da Psicologia Educacional têm demonstrado a presença e
importância da dimensão afetiva, principalmente no contexto escolar. Estas pesquisas
rompem com a visão dualista de homem, que separa razão e emoção, impedindo uma
compreensão do ser humano em sua totalidade, superando a dicotomia anteriormente
estabelecida ao tomar como pressuposto o fato de que o ser humano deve ser entendido como
um todo. Assume-se assim, que as dimensões afetivas e cognitivas são indissociáveis no
processo de desenvolvimento humano. Muitas perguntas têm sido feitas no intuito de tentar
elucidar algumas questões inerentes ao processo de aprendizagem: quem são os alunos da
Educação de Jovens e Adultos? Quais são seus interesses? Como aprendem? Quais são as
suas motivações?... dentre tantas outras possíveis.
Sabemos que as pessoas aprendem de diversas formas e diferentemente umas das
outras e hoje, admite-se que há permanentemente um entrelaçamento entre a cognição e a
emoção, o que têm uma implicação direta e significativa na relação entre o ensino e a
aprendizagem. Não se podendo, desta forma, pensar o processo de ensino/aprendizagem
somente do ponto de vista cognitivo.
A afetividade, além de permear toda a relação entre professor e aluno, está presente
nas decisões pedagógicas entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Por meio das interações
sociais, os indivíduos apropriam-se dos elementos culturais construídos pelo homem ao longo
da história e assim se desenvolvem e os desenvolve. Além disso, assume-se que a afetividade
tem um papel fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. Deve-se considerar,
portanto, o clima de aprendizagem, o conteúdo, as expectativas do professor, as interações na
sala de aula, a motivação entre outros.
É muito comum, estudar as relações sujeito-objeto a partir das atividades de ensino
com crianças pequenas, na Educação Infantil e no período de alfabetização, mas aqui, neste
introdutório artigo, reflete-se sobre a atuação do professor e a afetividade, envolvendo jovens
e adultos, no sentido de procurar identificar a dimensão afetiva nas práticas pedagógicas por
eles vivenciadas na educação, com foca na que se desenvolve com jovens e adultos.
Sendo assim, acredita-se que a instituição educacional deva valoriza as relações
interpessoais de seus profissionais bem como dos alunos e das suas famílias. Pensando que a
afetividade se constitui como facilitadora do processo ensino aprendizagem em que o aluno
passa a ser alvo da empatia do professor, que ao apoderar-se desse recurso, sente-se
estimulado a desenvolver uma prática pedagógica direcionada ao aluno. Ao transcorrer do
trabalho se aprofunda este debate, tendo em vista o que nos disse Paulo Freire, “a prática
educativa é tudo isso, afetividade, alegria, capacidade cientifica e domínio técnico a serviço
da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje”.
2. A importância da afetividade na sala de aula
A Afetividade como recurso mediador para o conhecimento. Porém, educar não é
apenas transmitir conhecimentos, mas dar oportunidades para o aluno aprender e poder buscar
suas próprias “verdades”. Para isso, devemos utilizar-nos de vários meios, como o afeto, para
que o aluno tenha prazer em estudar. Cunha (2008, p.51) diz que:
Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção
do aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em
lugares que, muitas vezes, estão fechados às possibilidades acadêmicas.
Considerando o nível de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até
comportamentos agressivos na escola hoje em dia, seria difícil encontrar
algum outro mecanismo de auxilio ao professor mais eficaz.
De fato, o afeto, dentre outras possibilidades, pode ser uma importante ferramenta no
auxílio ao professor. O afeto sendo desenvolvido em sala de aula para alcançar a atenção do
aluno, pode estimulá-lo a participar mais ativamente do amplo processo de ensino-
aprendizagem. O afeto tem mesmo esse poder de derrubar muralhas emocionais, de romper
bloqueios psicológicos e também de promover um bem estar no aluno.
De acordo com Piaget (Apud ROSSINI; 2004, p. 9), “parece existir um estreito
paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, com este ultimo determinando as
formas de cada etapa da afetividade”. Portanto, o que se observa no dia-a-dia é que a
afetividade pode ser uma frutífera base sobre a qual se constrói o conhecimento. Isso traz a
ideia de que primeiro o professor deve conquistar a confiança do aluno através de um dialogo
afetivo, para depois começar a ensinar através de exercícios que desenvolvam o aluno.
De acordo com Cunha (2008, p. 67)
[...] o que vai dar qualidade ou modificar a qualidade do aprendizado será o
afeto. São as nossas emoções que nos ajudam a interpretar os processos
químicos, elétricos, biológicos e sociais que experienciamos, e a vivência
das experiências que amamos é que determinará a nossa qualidade de vida.
Por esta razão, todos estão aptos a prender quando amarem, quando
desejarem, quando forem felizes.
Em outras palavras, é a partir de sua inserção no meio e na cultura que este sujeito,
através da interação social com as pessoas que o rodeiam, vai se desenvolvendo, ou seja, vai
se apropriando das funções culturais. Em qualquer que seja a situação de aprendizagem, a
interação é muito importante. E o educador que tem um olhar sensível é o que em sua pratica
pedagógica avalia seus alunos e trabalha com eles de forma atenciosa, aberto para
compreendê-lo, contextualizando seus valores considerando a realidade dos alunos. Assim,
fica claro, que o professor deve buscar conhecer bem o seu aluno, para usar de estratégias que
produzam resultados satisfatórios, entendendo que o mesmo tem um papel
importante/fundamental no uso da didática adotada pelo professor.
Para Saltini (2008, p.100),
[...] a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em
particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio, e é em
função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a
construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o
fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento.
Como em todo relacionamento, a relação entre professor e aluno também precisa se
fundamentar na afetividade e desejar vivenciar essa realidade no cotidiano escolar. Martinelli
(2005, p. 116) fala que a escola deve
Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem em que sejam trabalhados
a auto-estima, a confiança, o respeito mutúo, a valorização do aluno sem,
contudo esquecermos da importância de um ambiente desafiador, [...] mas
que mantenha um nível aceitável de tensões e cobranças, são algumas das
situações que devem ser pensadas e avaliadas pelos educadores na condução
de seu trabalho.
A escola juntamente com os professores deve proporcionar um ambiente agradável e
de confiança, desde o inicio das aulas, na formação de turmas e no convívio da rotina escolar,
para melhor desenvolvimento aprendizagem do educando. Saltini (2008) explica que o
professor deve manter um diálogo afetivo constante com o aluno, para assim compreende-lo
melhor e, se for o caso, através do diálogo diagnosticar alguma dificuldade de aprendizagem.
Cunha (2008, p.80) fala que
A professora ou professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos
seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o
andar, o falar são observados pelos alunos, que o vê como modelo.
Independentemente de idade, da pré-escola à universidade, o professor será
sempre observado. Então, um bom ambiente para a prática do ensino começa
por ele, que canalizará a atenção do aprendente e despertará o seu interesse
em aprender.
De acordo com o autor em questão, o professor é o protagonista de uma cena que é
vivida pelos alunos na sua rotina escolar, a qual demonstra ser o professor o centro das
atenções dos seus alunos, a postura, o andar, o estilo, a personalidade são atentamente
observados, isso pode provocar uma reação positiva ou negativa por parte do aluno,
dificultando ou facilitando seu aprendizado. É certo que a conduta é um traço marcante na
vida do professor, e para a relação com o alunado e assim, deve o profissional, primar por
uma que lhe seja favorável no exercício da sua profissão.
Vygotsky (1994, p. 53) destacou a importância das interações sociais, propondo o
conceito de mediação, que aqui pode ser definido como o processo de intervenção. Segundo
ele, toda forma elementar de comportamento pressupõe uma reação direta a situação-
problema defrontada pelo organismo, consequentemente, o processo simples estímulo-
resposta é substituído por um ato complexo e mediado.
Esta ideia é central na compreensão das concepções vigotskianas. Isto porque, para
Vygotsky, o modo de funcionamento psicológico, típico da espécie humana, não está presente
no indivíduo desde o seu nascimento, mas é fruto de um processo de desenvolvimento que
envolve a interação do organismo individual com o ambiente físico e social em que vive, isto
é, é uma aprendizagem constante. Portanto, para ele, é a partir de um intenso processo de
interação com o meio social, através da mediação feita pelo outro, que se dá a apropriação dos
objetos culturais, e esse complexo processo resulta no desenvolvimento. É por intermédio do
outro que os indivíduos vão incorporando os modos de pensar, de agir e de sentir, socialmente
elaborados, e se constituindo historicamente enquanto sujeitos.
Por essas e tantas outras questões o tema da afetividade tem merecido destaque ao se
pensar a escola, uma vez que é um fator determinante do processo de desenvolvimento
humano, bem como uma condição imprescindível no relacionamento aluno-objeto-professor,
no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem.
Wallon (1968), outro importante pensador da educação, também falando sobre a
afetividade, afirma que ela envolve diversas manifestações, abrange os sentimentos (ordem
psicológica) e as emoções (ordem biológica). Assim, faz-se necessária a diferenciação dos
termos emoção e afetividade, uma vez que, frequentemente, são usados como sinônimos. Para
ele,
As emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes que
correspondem, cada uma, a uma determinada espécie de situação. Atitudes e
situação correspondente implicam-se mutuamente, constituindo uma maneira
global de reagir de tipo arcaico. (...) Daqui resulta que, muitas vezes, é a
emoção que dá o tom ao real. (WALLON, 1968, p. 140).
O segundo termo - a afetividade - tem, de acordo com as suas ideias, uma concepção
mais ampla, a qual envolve uma gama maior de manifestações, englobando as dimensões
psicológicas e biológicas.
Estes pensadores, Wallon e Vygotsky, assumem que há uma relação intrínseca entre as
dimensões afetivas e a atividade intelectual, e na medida em que a inteligência vai atingindo
novos estágios, a afetividade vai se cognitivizando, pois as conquistas da inteligência são
incorporadas ao plano da afetividade. O mesmo ocorre com a evolução da afetividade:
acredita-se que haja um refinamento das trocas afetivas que atuam sobre a inteligência,
incorporando-se a ela. Portanto, a mediação tem um papel fundamental no processo de
aprendizagem.
Nesse contexto, pode-se dizer que as relações vivenciadas na sala de aula,
proporcionadas pelos professores e professoras, podem fornecer modelos de aprendizagem
para o sujeito-aprendiz, caracterizando a mediação como papel intrínseco ao professor no
processo de ensino-aprendizagem. Sendo aí, a escola, um espaço legítimo para o
desenvolvimento sócio-afetivo dos sujeitos, também, espaço de construção da afetividade e do
conhecimento centrado na intervenção sobre a inteligência.
Vale lembrar que, na escola, como em qualquer outro ambiente, o sujeito se define
como sujeito de conhecimento e de afeto. Esta condição faz com que a escola tenha um papel
determinante como mediadora, uma vez que nela, experiências e conhecimentos vivenciados
adquirem significado inestimável para o desenvolvimento social e afetivo do ser humano.
Então, não podemos descartar nenhuma forma de conciliar estes aspectos: o cognitivo e o
afetivo. Portanto, todas as atividades de ensino desenvolvidas pelo professor, visando o
sucesso dos alunos, devem ser permeadas pela afetividade e proporcionar uma boa relação
entre o sujeito e o objeto de conhecimento.
É o professor quem planeja as condições de ensino, tornando sua prática atraente aos
olhos do aluno, estimulando sua participação, despertando sua crítica, sua curiosidade, enfim,
é quem procura formas inovadoras de aprimorar as condições de ensino para que ocorra a
verdadeira e significativa aprendizagem. Pesquisas sobre a prática pedagógica e as condições
de ensino, como a de Falcin (2003) e Tagliaferro (2004), demonstram que o planejamento das
atividades de ensino do professor tem efeitos afetivos no indivíduo. Estes estudos apresentam
resultados em que os alunos enaltecem tais características, valorizando o professor que se
mostra empenhado em garantir o sucesso do aluno.
A pesquisa de Falcin (2003) apresenta dados em que a paixão do professor em relação
ao seu objeto de conhecimento, bem como a sua paixão pelo que faz, são evidenciada em sua
prática pedagógica e percebida por seus alunos. Os dados apresentam relatos de alunos que
escolheram seguir determinada carreira profissional, em decorrência da prática pedagógica do
professor. Nota-se que a prática pedagógica do professor, permeada pela sua motivação e
entusiasmo em relação ao seu objeto de conhecimento, pode aproximar os alunos dos
conteúdos escolares, causando-lhes admiração tanto pelo professor, quanto pela disciplina,
proporcionando, desta forma, uma aprendizagem mais significativa e prazerosa. Sabendo da
importância da existência da afetividade nas relações entre professor e aluno.
3. COMPREENDENDO A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
É fundamental compreender que a Educação de Jovens e Adultos - EJA envolve pessoas cujos
direitos têm sido historicamente negados. Para isso, é necessário conhecer, nem que seja, um
pouco a história da EJA e dos movimentos sociais que a alimentaram, para melhor
entendermos as exigências por uma adequação da escola e do trabalho pedagógico à vida e às
necessidades do aluno adulto, que são, em muitos aspectos, diferentes da criança. É preciso
reconhecer e valorizar os alunos como sujeitos, capazes não só de aprender, mas de
administrar sua vida e sua sobrevivência pessoal e familiar, além de participar da comunidade
com autonomia.
A educação de jovens e adultos começou a estrutura-se no Brasil a partir da década de
30, quando deu inicio a consolidação de um sistema público de educação elementar no país.
Nesse período, a sociedade brasileira passava por grandes transformações, associadas ao
processo de industrialização e concentração populacional em centros urbanos. Nesse contexto,
a ampliação da educação elementar foi impulsionada. Tal movimento incluiu esforços visando
à extensão do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40.
Um dos mais reconhecidos educadores na área foi Paulo Freire, que representa um
marco para a EJA em termo de concepção político-filosófica. Freire (1975) afirma a
necessidade do educador (re)educar-se para atuar ao lado dos oprimidos e a seu favor. Cabe
ao professor auxiliar o aluno no seu processo de conscientização. Os jovens e adultos,
submetidos a uma sociedade excludente e opressiva, exige da escola uma orientação
curricular que lhe dê oportunidade de estudo valorizando suas experiências, vivências e
produções, prevendo, dialeticamente, oportunidades de enriquecimento social e cultural e que,
incorporados em seu cotidiano, ampliam sua percepção do mundo do trabalho e inserção
social. Dessa forma é possível afirma que o bom relacionamento entre o professor e o aluno
irá facilitar e melhorar o processo de ensino aprendizagem. A luz desse aspecto, o professor
precisar refletir sobre sua práxis, se almeja a atenção de seus alunos, bem como o controle de
turma, e para tanto é preciso conhecer bem os alunos, procurar entender suas particularidades,
mostrá-los que é importante manter um convívio harmonioso e trabalhar, pelos vários motivos
apontados na parte anterior deste texto, a/com afetividade.
Freire (2002) diz que é fundamental que o professor e o aluno saibam que a postura
deles é dialógica, aberta, curiosa, indagadora. Assim, se o professor não estabelecer uma
relação afetiva com os alunos, pode até ser que se fixe os conteúdos, no entanto, é ilusório
achar que o ensino foi proveitoso, pois o não envolvimento do aluno impossibilita a
efetivação da aprendizagem de sucesso, daí a importância de ter a afetividade enquanto peça
fundamental da prática pedagógica, pois para ele a educação é elemento fundamental para a
transformação da sociedade e das pessoas que a incluem.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o desenvolvimento deste trabalho, foi possível observar a importância da
afetividade quando utilizada como ferramenta facilitadora do processo ensino-aprendizagem e
constatamos que afetividade, sendo trabalhada em sala de aula, auxilia e muito nessas
conquistas. Todo ser humano necessita de afeto, em uma sala de aula, não é diferente, pois a
própria relação que é estabelecida entre o professor e o aluno requer a presença da
afetividade.
Hoje, é possível encontrar vários trabalhos na área educativa que procuram discutir a
necessidade da afetividade no processo educacional. Porém a afetividade, não se restringe
somente a escola, mas lá deve ser efetivamente trabalhada. O uso de uma prática pedagógica
afetiva pode estimular não só a relação afetiva, como a questão cognitiva, social do aluno.
Segundo Cury (2008, p.48):
[...] a afetividade deve esta presente na práxis do educador [...] os
educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a
gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruísta,
enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por
máquinas, e sim por serem humanos.
O referido autor mostra-nos ainda a importância da atuação do professor como um
profissional, que independente de suas limitações, se faz necessário e com a sua presença
pode transformar de forma especial, agindo na vida de seus alunos. Nós educadores
precisamos entender que o ato de ensinar requer afeto, quando existe prazer em prender, é
bem possível que se aprenda melhor. As decisões do professor acerca das atividades de
ensino, que apontam para o sucesso do aluno, têm como perspectiva que o aluno atinja
objetivos estabelecidos no planejamento. Sendo assim, as atividades de ensino permeadas por
dimensões afetivas na mediação do professor, a partir do seu planejamento visando ao sucesso
do aluno, mostram-se como fatores potencialmente determinantes para o alcance dos
objetivos pré-estabelecidos, podendo favorecer relações afetivas positivas entre sujeito
(aluno) e objeto (conteúdos escolares), consequentemente, uma aprendizagem significativa.
Afetividade é um tema sempre presente entre os pensadores, sejam eles filósofos,
psicólogos ou pesquisadores de diferentes áreas, quer da saúde, quer da educação e outras que
também estudam esse aspecto da vida humana. Ao se pensar sobre a presença da afetividade
nas atividades de ensino e as implicações das mesmas no processo de aprendizagem dos
alunos da educação de jovens e adultos - EJA constatou-se que este elemento pode ser
decisivo para o sucesso da aprendizagem.
Observamos que os aspectos relacionados com o envolvimento afetivo do professor
(a) e o conhecimento podem fazer acontecer à aprendizagem com mais eficiência. Diante de
tais evidências – e considerando dados de pesquisas anteriormente realizadas, como as de
Falcin (2003) e Tagliaferro (2003), que apontaram como as características de um professor
inesquecível, o fato de sentir verdadeira paixão pelos conteúdos lecionados, de ter um grande
envolvimento com a atividade docente, de dominar os conteúdos lecionados, de ter respeito e
um bom relacionamento com os alunos e, sobretudo, de tratá-los com respeito, carinho e
seriedade.
Este breve e inicial estudo evidenciou o que embora os alunos sejam maiores, a
afetividade e o bom relacionamento dos professores e professoras com eles podem fazer a
diferença na educação. Façamos!
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores.
Campina: Papirus, 2006.
BARROS, Flávia Regina. Mediação e afetividade: histórias de mudanças na relação sujeito-
objeto. In: LEITE, Sérgio Antônio da Silva (Org.). Afetividade e práticas pedagógicas. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb>. Acesso em:
20 de nov. de 2011.
CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e Aprendizagem, relação de amorosidade e saber na
prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
DANTAS, Heloysa. A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In:
LA TAILLE, Y., DANTA, H., OLIVEIRA, M. K. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias
psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
FALCIN, Daniela Cavani. Afetividade e condições de ensino: a mediação docente e suas
implicações na relação sujeito-objeto. Monografia, Faculdade de Educação, UNICAMP.
Campinas, 2003.
FREIRE, Paulo. Carta a uma alfabetizadora. São Paulo: Fascículo, Vereda, 1986.
LEITE, Sérgio Antônio da Silva; TASSONI, Elvira Cristina Martins. A afetividade em sala de
aula: as condições de ensino e a mediação do professor. In: AZZI, Roberta Gurgel;
SADALLA, Ana Maria Falcão de Aragão (Org.). Psicologia e formação docente: desafios e
conversas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
MOYSÉS, Lucia. A auto-estima se constrói passo a passo. 4. ed. Campinas: Papirus, 2004.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
SALTINI, Claudio J. P. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
TAGLIAFERRO, Ariane Roberta. Um professor inesquecível: a constituição de uma
memória coletiva. Monografia, Faculdade de Educação, UNICAMP. Campinas, 2003.
VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

More Related Content

What's hot

Estágio em Educação Infantil
Estágio em Educação InfantilEstágio em Educação Infantil
Estágio em Educação InfantilRosinara Azeredo
 
Estagio capa e suma modelo pedagogia
Estagio capa e suma  modelo pedagogiaEstagio capa e suma  modelo pedagogia
Estagio capa e suma modelo pedagogiacleiciacepp
 
Violência na adolescência aula 4
Violência na adolescência aula 4Violência na adolescência aula 4
Violência na adolescência aula 4ariadnemonitoria
 
Trabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra IdososTrabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra IdososRicardo da Palma
 
Violência sexual infantil
Violência sexual infantilViolência sexual infantil
Violência sexual infantilEmanuel Oliveira
 
PNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão DemocráticaPNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão DemocráticaHudson Frota
 
Sexualidade na Escola
Sexualidade na EscolaSexualidade na Escola
Sexualidade na EscolaLeandroFuzaro
 
Palestra ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolar
Palestra  ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolarPalestra  ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolar
Palestra ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolarAnaí Peña
 
Violencia Escolar
Violencia EscolarViolencia Escolar
Violencia Escolarguest49e5af
 
10 Perguntas Reflexivas sobre a relação Professor X Aluno
10 Perguntas Reflexivas  sobre a relação Professor X Aluno10 Perguntas Reflexivas  sobre a relação Professor X Aluno
10 Perguntas Reflexivas sobre a relação Professor X AlunoSeduc MT
 
TCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA
TCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLATCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA
TCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLAJJOAOPAULO7
 
O papel da família na educação dos filhos
O papel da família na educação dos filhosO papel da família na educação dos filhos
O papel da família na educação dos filhosMarta Lemos
 
A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1
A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1
A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1Santos de Castro
 

What's hot (20)

Estágio em Educação Infantil
Estágio em Educação InfantilEstágio em Educação Infantil
Estágio em Educação Infantil
 
Estagio capa e suma modelo pedagogia
Estagio capa e suma  modelo pedagogiaEstagio capa e suma  modelo pedagogia
Estagio capa e suma modelo pedagogia
 
Violência na adolescência aula 4
Violência na adolescência aula 4Violência na adolescência aula 4
Violência na adolescência aula 4
 
Trabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra IdososTrabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra Idosos
 
Violência infantil
Violência infantilViolência infantil
Violência infantil
 
Palestra sobre bullying
Palestra sobre bullyingPalestra sobre bullying
Palestra sobre bullying
 
Violência sexual infantil
Violência sexual infantilViolência sexual infantil
Violência sexual infantil
 
Adolescência e família
Adolescência e famíliaAdolescência e família
Adolescência e família
 
PNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão DemocráticaPNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão Democrática
 
Sexualidade na Escola
Sexualidade na EscolaSexualidade na Escola
Sexualidade na Escola
 
Palestra ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolar
Palestra  ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolarPalestra  ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolar
Palestra ecaq-responsabilidade e compromisso dos pais na vida escolar
 
Violencia Escolar
Violencia EscolarViolencia Escolar
Violencia Escolar
 
10 Perguntas Reflexivas sobre a relação Professor X Aluno
10 Perguntas Reflexivas  sobre a relação Professor X Aluno10 Perguntas Reflexivas  sobre a relação Professor X Aluno
10 Perguntas Reflexivas sobre a relação Professor X Aluno
 
TCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA
TCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLATCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA
TCC - RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA
 
O papel da família na educação dos filhos
O papel da família na educação dos filhosO papel da família na educação dos filhos
O papel da família na educação dos filhos
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
Bullying - Entre alunos
Bullying - Entre alunosBullying - Entre alunos
Bullying - Entre alunos
 
A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1
A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1
A Sexualidade Do Ponto De Vista Social.Ppt1(1)1
 
Outubro Rosa. É Preciso Falar Disso!
Outubro Rosa. É Preciso Falar Disso!Outubro Rosa. É Preciso Falar Disso!
Outubro Rosa. É Preciso Falar Disso!
 
Violência nas escolas palestra para crianças
Violência nas escolas palestra para criançasViolência nas escolas palestra para crianças
Violência nas escolas palestra para crianças
 

Viewers also liked

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho...
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS  Noelma Carvalho...A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS  Noelma Carvalho...
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho...christianceapcursos
 
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNOPALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNOCezar Sena
 
Como desenvolver a maturidade emocional das crianças
Como desenvolver a maturidade emocional das criançasComo desenvolver a maturidade emocional das crianças
Como desenvolver a maturidade emocional das criançasMaria Masarela Passos
 
A importância da afetividade para uma educação de qualidade.
A importância da afetividade para uma educação de qualidade.A importância da afetividade para uma educação de qualidade.
A importância da afetividade para uma educação de qualidade.Alexsandro Prates
 
Afetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilAfetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilPessoal
 
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILTCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILJJOAOPAULO7
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMarília Bogéa
 

Viewers also liked (10)

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho...
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS  Noelma Carvalho...A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS  Noelma Carvalho...
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho...
 
Palestra para a Juventude
Palestra para a JuventudePalestra para a Juventude
Palestra para a Juventude
 
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNOPALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
 
Como desenvolver a maturidade emocional das crianças
Como desenvolver a maturidade emocional das criançasComo desenvolver a maturidade emocional das crianças
Como desenvolver a maturidade emocional das crianças
 
A importância da afetividade para uma educação de qualidade.
A importância da afetividade para uma educação de qualidade.A importância da afetividade para uma educação de qualidade.
A importância da afetividade para uma educação de qualidade.
 
Juventude!
Juventude!Juventude!
Juventude!
 
Afetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilAfetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantil
 
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILTCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantil
 
Tcc exemplo - Esqueleto
Tcc   exemplo - EsqueletoTcc   exemplo - Esqueleto
Tcc exemplo - Esqueleto
 

Similar to A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho da Silva

A importância da afetividade entre aluno e professor
A importância da afetividade entre aluno e professorA importância da afetividade entre aluno e professor
A importância da afetividade entre aluno e professorchristianceapcursos
 
40868 texto do artigo-171561-1-10-20160419
40868 texto do artigo-171561-1-10-2016041940868 texto do artigo-171561-1-10-20160419
40868 texto do artigo-171561-1-10-20160419patyferrari2
 
Tcc ana cristina versão final
Tcc ana cristina versão finalTcc ana cristina versão final
Tcc ana cristina versão finalEdneusa Souza
 
Ensaio maria nilza modulo iv
Ensaio maria nilza modulo ivEnsaio maria nilza modulo iv
Ensaio maria nilza modulo ivVania Mendes
 
Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402maria152302
 
Aspectos socioafetivos do_processo
Aspectos socioafetivos do_processoAspectos socioafetivos do_processo
Aspectos socioafetivos do_processoNatasha Cunha
 
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...christianceapcursos
 
Universidade virtual do estado de são paulo
Universidade virtual do estado de são pauloUniversidade virtual do estado de são paulo
Universidade virtual do estado de são pauloBelmeri Cagnoni Silva
 
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...Valria13
 
Atps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidadeAtps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidademkbariotto
 
1 Artigo Letícia Chaval.docx
1 Artigo Letícia Chaval.docx1 Artigo Letícia Chaval.docx
1 Artigo Letícia Chaval.docxana gomes
 
As+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagem
As+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagemAs+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagem
As+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagempedagogia para licenciados
 
manual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docx
manual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docxmanual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docx
manual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docxClaudia Castanho
 
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...christianceapcursos
 
A orientação educacional nas escolas atualmente
A orientação educacional nas escolas atualmenteA orientação educacional nas escolas atualmente
A orientação educacional nas escolas atualmenteKualo Kala
 
Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __
   Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __   Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __
Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __Cristina Ferreira
 

Similar to A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho da Silva (20)

Monografia Carla Pedagogia 2008
Monografia Carla Pedagogia 2008Monografia Carla Pedagogia 2008
Monografia Carla Pedagogia 2008
 
A importância da afetividade entre aluno e professor
A importância da afetividade entre aluno e professorA importância da afetividade entre aluno e professor
A importância da afetividade entre aluno e professor
 
40868 texto do artigo-171561-1-10-20160419
40868 texto do artigo-171561-1-10-2016041940868 texto do artigo-171561-1-10-20160419
40868 texto do artigo-171561-1-10-20160419
 
Artigo3
Artigo3Artigo3
Artigo3
 
Tcc ana cristina versão final
Tcc ana cristina versão finalTcc ana cristina versão final
Tcc ana cristina versão final
 
Ensaio maria nilza modulo iv
Ensaio maria nilza modulo ivEnsaio maria nilza modulo iv
Ensaio maria nilza modulo iv
 
Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402
 
Aspectos socioafetivos do_processo
Aspectos socioafetivos do_processoAspectos socioafetivos do_processo
Aspectos socioafetivos do_processo
 
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...
 
Universidade virtual do estado de são paulo
Universidade virtual do estado de são pauloUniversidade virtual do estado de são paulo
Universidade virtual do estado de são paulo
 
Por uma educação humanizadora
Por uma educação humanizadoraPor uma educação humanizadora
Por uma educação humanizadora
 
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
 
Atps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidadeAtps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidade
 
1 Artigo Letícia Chaval.docx
1 Artigo Letícia Chaval.docx1 Artigo Letícia Chaval.docx
1 Artigo Letícia Chaval.docx
 
As+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagem
As+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagemAs+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagem
As+emoções+como+elementos+facilitadores+da+aprendizagem
 
28022012094929 242
28022012094929 24228022012094929 242
28022012094929 242
 
manual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docx
manual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docxmanual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docx
manual_9648 afetividade e sexualidade de crianças e jovens .docx
 
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA  E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR  ...
CONSIDERAÇÕES ENTRE INDISCIPLINA E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR ...
 
A orientação educacional nas escolas atualmente
A orientação educacional nas escolas atualmenteA orientação educacional nas escolas atualmente
A orientação educacional nas escolas atualmente
 
Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __
   Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __   Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __
Psicopedagogia on line __ portal da educação e saúde mental __
 

More from christianceapcursos

EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...
EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...
EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...christianceapcursos
 
EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...
EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...
EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...christianceapcursos
 
LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...
LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...
LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...christianceapcursos
 
LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...
LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...
LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...christianceapcursos
 
EL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUAL
EL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUALEL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUAL
EL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUALchristianceapcursos
 
EDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASIL
EDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASILEDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASIL
EDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASILchristianceapcursos
 
7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vanda
7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vanda7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vanda
7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vandachristianceapcursos
 
MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...
MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...
MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...christianceapcursos
 
INCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULAR
INCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULARINCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULAR
INCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULARchristianceapcursos
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...christianceapcursos
 
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRPESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRchristianceapcursos
 
INVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIR
INVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIRINVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIR
INVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIRchristianceapcursos
 
8. investigación participativa aprender a pensar intervir.doc
8. investigación participativa aprender a pensar intervir.doc8. investigación participativa aprender a pensar intervir.doc
8. investigación participativa aprender a pensar intervir.docchristianceapcursos
 
LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO
LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO
LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO christianceapcursos
 
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLARchristianceapcursos
 
GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS christianceapcursos
 
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...christianceapcursos
 
LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...
LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...
LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...christianceapcursos
 
FAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTO
FAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTOFAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTO
FAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTOchristianceapcursos
 
DESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASIL
DESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASILDESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASIL
DESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASILchristianceapcursos
 

More from christianceapcursos (20)

EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...
EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...
EDUCAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSO...
 
EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...
EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...
EDUCACIÓN Y ALFABETIZACIÓN EN EL PROCESO DE FORMACIÓN Y DESARROLLO DE RECURSO...
 
LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...
LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...
LA METODOLOGÍA CIENTÍFICA, INVESTIGACIÓN PARTICIPANTE: APRENDER A PENSAR Y AC...
 
LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...
LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...
LOS MAESTROS Y LOS PROYECTOS EDUCATIVOS: USANDO LOS BLOGS COMO UNA HERRAMIENT...
 
EL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUAL
EL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUALEL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUAL
EL DIRECTOR DE LA ESCUELA Y SUS COMPETENCIAS EN LA SOCIEDAD ACTUAL
 
EDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASIL
EDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASILEDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASIL
EDUCACIÓN A DISTANCIA: A MEDIOS DE DIFUSIÓN DE LA EDUCACIÓN EN BRASIL
 
7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vanda
7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vanda7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vanda
7. educación a distancia a medios de difusión de la educación en brasil vanda
 
MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...
MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...
MAGISTERIO: ACERCA DE UN ANÁLISIS DE LOS ASPECTOS POLÍTICOS Y CURRICULUM EN B...
 
INCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULAR
INCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULARINCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULAR
INCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD INTELECTUAL EN LA EDUCACIÓN REGULAR
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
 
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIRPESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
PESQUISA PARTICIPATIVA: SABER PENSAR PARA INTERVIR
 
INVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIR
INVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIRINVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIR
INVESTIGACIÓN PARTICIPATIVA: APRENDER A PENSAR INTERVIR
 
8. investigación participativa aprender a pensar intervir.doc
8. investigación participativa aprender a pensar intervir.doc8. investigación participativa aprender a pensar intervir.doc
8. investigación participativa aprender a pensar intervir.doc
 
LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO
LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO
LA EDUCACIÓN AMBIENTAL: ESCUELA EN EL CONTEXTO
 
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
 
GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
 
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO F...
 
LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...
LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...
LA IMPORTANCIA DE LA PRÁCTICA REFLEXIVA COMO EVALUACIÓN DE APRENDIZAJE EN LA ...
 
FAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTO
FAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTOFAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTO
FAMILIA Y ESCUELA: INDISCIPLINA EN CONTEXTO
 
DESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASIL
DESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASILDESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASIL
DESARROLLO EN LA ENSEÑANZA PROFESIONAL EN BRASIL
 

Recently uploaded

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 

Recently uploaded (20)

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho da Silva

  • 1. A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho da Silva noelmainhapi@ig.com.br RESUMO Este trabalho, mesmo que de forma introdutória, objetiva analisar a importância da afetividade na Educação de Jovens, sua relação direta com a aprendizagem e nas relações pedagógicas professor-aluno, apontando para o fato de que a afetividade pode contribuir para o sucesso do jovem na escola e até fora dela. Este artigo nos convida a uma reflexão, a pensar sobre o professor como o principal mediador da afetividade em sala de aula, buscando propiciar uma aprendizagem de qualidade, o que pode melhorar o convívio com os alunos e deles entre si, alimentando a amizade e o respeito, visando desenvolver, entre outras coisas, a estima dos seus educandos. Abre espaço para a discussão do aspecto afetivo nas interações no ambiente educacional da educação de jovens e adultos. Essa pesquisa teve sua fundamentação teórica amparada em pensadores de relevo, como Paulo freire, Piaget, Vygotsky e Cury, dentre alguns outros, embasando o debate sobre a necessidade do trabalho da afetividade no ambiente educacional, reconhecendo que o cognitivo está diretamente associado aos estímulos do afeto. Os resultados mostram que a afetividade, além de mediar o aprendizado, torna possível melhorar as relações interpessoais, fortalecendo os laços afetivos, estimulando o respeito, a amizade, a solidariedade, a generosidade e a confiança. Palavras-chave: afetividade; relação professor-aluno; educação de jovens e adultos. RESUMEN Este trabajo , a pesar de que introductoria , pretende analizar la importancia de la afectividad en la Educación de la Juventud , la relación directa entre el aprendizaje y la enseñanza en las relaciones pedagógicas entre maestros y alumnos , señalando el hecho de que la afectividad puede contribuir al éxito de los jóvenes en la escuela e incluso fuera de ella. Este artículo nos invita a reflexionar, a pensar en el maestro como el principal mediador de la afectividad en el aula, buscando crear las condiciones de una enseñanza de calidad, que pueden mejorar la interacción con los estudiantes y juntos, consolidando la amistad y el respeto con el fin de desarrollar, entre otras cosas, la estima de sus alumnos. Abre espacio para la discusión de las interacciones del aspecto afectivo en el entorno educativo de los jóvenes y la educación de adultos. Esta investigación fue apoyada en su fundamentación teórica en pensadores prominentes como Paulo Freire, Piaget, Vygotsky y Cury, entre otros, fundamentando el debate sobre la necesidad de la afectividad de trabajo en el ámbito educativo , reconociendo que la estimulación cognitiva se asocia directamente a los estímulos de afecto. Los resultados muestran que la afectividad además de mediar el aprendizaje, hace que sea posible mejorar las  Mestranda em Educação – UNASUR; Licenciatura em Pedagogia – UFAL, 2005.
  • 2. relaciones interpersonales, el fortalecimiento de los lazos afectivos, estimulando el respeto, la amistad, la solidaridad, la generosidad y la confianza. Palabras clave : afecto ; relación profesor-alumno ; la educación de jóvenes y adultos . 1. INTRODUÇÃO Vários estudos sobre o papel da dimensão afetiva nas práticas pedagógicas têm sido desenvolvidos ao longo dos anos no sentido de tentar entender a importância da afetividade no contexto escolar e na promoção do ensino-aprendizagem. Até bem pouco tempo, o trabalho pedagógico era visto somente do ponto de vista da dimensão cognitiva e intelectual dos alunos e alunas, sobretudo, em se tratando de alunos da Educação de Jovens e Adultos, desconsiderando-se, contudo, o aspecto afetivo, que como se sabe hoje, perpassa toda a relação do ser humano, em todos os seus aspectos. Pesquisas recentes na área da Psicologia Educacional têm demonstrado a presença e importância da dimensão afetiva, principalmente no contexto escolar. Estas pesquisas rompem com a visão dualista de homem, que separa razão e emoção, impedindo uma compreensão do ser humano em sua totalidade, superando a dicotomia anteriormente estabelecida ao tomar como pressuposto o fato de que o ser humano deve ser entendido como um todo. Assume-se assim, que as dimensões afetivas e cognitivas são indissociáveis no processo de desenvolvimento humano. Muitas perguntas têm sido feitas no intuito de tentar elucidar algumas questões inerentes ao processo de aprendizagem: quem são os alunos da Educação de Jovens e Adultos? Quais são seus interesses? Como aprendem? Quais são as suas motivações?... dentre tantas outras possíveis. Sabemos que as pessoas aprendem de diversas formas e diferentemente umas das outras e hoje, admite-se que há permanentemente um entrelaçamento entre a cognição e a emoção, o que têm uma implicação direta e significativa na relação entre o ensino e a aprendizagem. Não se podendo, desta forma, pensar o processo de ensino/aprendizagem somente do ponto de vista cognitivo. A afetividade, além de permear toda a relação entre professor e aluno, está presente nas decisões pedagógicas entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Por meio das interações sociais, os indivíduos apropriam-se dos elementos culturais construídos pelo homem ao longo da história e assim se desenvolvem e os desenvolve. Além disso, assume-se que a afetividade tem um papel fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. Deve-se considerar,
  • 3. portanto, o clima de aprendizagem, o conteúdo, as expectativas do professor, as interações na sala de aula, a motivação entre outros. É muito comum, estudar as relações sujeito-objeto a partir das atividades de ensino com crianças pequenas, na Educação Infantil e no período de alfabetização, mas aqui, neste introdutório artigo, reflete-se sobre a atuação do professor e a afetividade, envolvendo jovens e adultos, no sentido de procurar identificar a dimensão afetiva nas práticas pedagógicas por eles vivenciadas na educação, com foca na que se desenvolve com jovens e adultos. Sendo assim, acredita-se que a instituição educacional deva valoriza as relações interpessoais de seus profissionais bem como dos alunos e das suas famílias. Pensando que a afetividade se constitui como facilitadora do processo ensino aprendizagem em que o aluno passa a ser alvo da empatia do professor, que ao apoderar-se desse recurso, sente-se estimulado a desenvolver uma prática pedagógica direcionada ao aluno. Ao transcorrer do trabalho se aprofunda este debate, tendo em vista o que nos disse Paulo Freire, “a prática educativa é tudo isso, afetividade, alegria, capacidade cientifica e domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje”. 2. A importância da afetividade na sala de aula A Afetividade como recurso mediador para o conhecimento. Porém, educar não é apenas transmitir conhecimentos, mas dar oportunidades para o aluno aprender e poder buscar suas próprias “verdades”. Para isso, devemos utilizar-nos de vários meios, como o afeto, para que o aluno tenha prazer em estudar. Cunha (2008, p.51) diz que: Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em lugares que, muitas vezes, estão fechados às possibilidades acadêmicas. Considerando o nível de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até comportamentos agressivos na escola hoje em dia, seria difícil encontrar algum outro mecanismo de auxilio ao professor mais eficaz. De fato, o afeto, dentre outras possibilidades, pode ser uma importante ferramenta no auxílio ao professor. O afeto sendo desenvolvido em sala de aula para alcançar a atenção do aluno, pode estimulá-lo a participar mais ativamente do amplo processo de ensino- aprendizagem. O afeto tem mesmo esse poder de derrubar muralhas emocionais, de romper bloqueios psicológicos e também de promover um bem estar no aluno.
  • 4. De acordo com Piaget (Apud ROSSINI; 2004, p. 9), “parece existir um estreito paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, com este ultimo determinando as formas de cada etapa da afetividade”. Portanto, o que se observa no dia-a-dia é que a afetividade pode ser uma frutífera base sobre a qual se constrói o conhecimento. Isso traz a ideia de que primeiro o professor deve conquistar a confiança do aluno através de um dialogo afetivo, para depois começar a ensinar através de exercícios que desenvolvam o aluno. De acordo com Cunha (2008, p. 67) [...] o que vai dar qualidade ou modificar a qualidade do aprendizado será o afeto. São as nossas emoções que nos ajudam a interpretar os processos químicos, elétricos, biológicos e sociais que experienciamos, e a vivência das experiências que amamos é que determinará a nossa qualidade de vida. Por esta razão, todos estão aptos a prender quando amarem, quando desejarem, quando forem felizes. Em outras palavras, é a partir de sua inserção no meio e na cultura que este sujeito, através da interação social com as pessoas que o rodeiam, vai se desenvolvendo, ou seja, vai se apropriando das funções culturais. Em qualquer que seja a situação de aprendizagem, a interação é muito importante. E o educador que tem um olhar sensível é o que em sua pratica pedagógica avalia seus alunos e trabalha com eles de forma atenciosa, aberto para compreendê-lo, contextualizando seus valores considerando a realidade dos alunos. Assim, fica claro, que o professor deve buscar conhecer bem o seu aluno, para usar de estratégias que produzam resultados satisfatórios, entendendo que o mesmo tem um papel importante/fundamental no uso da didática adotada pelo professor. Para Saltini (2008, p.100), [...] a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento. Como em todo relacionamento, a relação entre professor e aluno também precisa se fundamentar na afetividade e desejar vivenciar essa realidade no cotidiano escolar. Martinelli (2005, p. 116) fala que a escola deve Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem em que sejam trabalhados a auto-estima, a confiança, o respeito mutúo, a valorização do aluno sem, contudo esquecermos da importância de um ambiente desafiador, [...] mas que mantenha um nível aceitável de tensões e cobranças, são algumas das
  • 5. situações que devem ser pensadas e avaliadas pelos educadores na condução de seu trabalho. A escola juntamente com os professores deve proporcionar um ambiente agradável e de confiança, desde o inicio das aulas, na formação de turmas e no convívio da rotina escolar, para melhor desenvolvimento aprendizagem do educando. Saltini (2008) explica que o professor deve manter um diálogo afetivo constante com o aluno, para assim compreende-lo melhor e, se for o caso, através do diálogo diagnosticar alguma dificuldade de aprendizagem. Cunha (2008, p.80) fala que A professora ou professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o andar, o falar são observados pelos alunos, que o vê como modelo. Independentemente de idade, da pré-escola à universidade, o professor será sempre observado. Então, um bom ambiente para a prática do ensino começa por ele, que canalizará a atenção do aprendente e despertará o seu interesse em aprender. De acordo com o autor em questão, o professor é o protagonista de uma cena que é vivida pelos alunos na sua rotina escolar, a qual demonstra ser o professor o centro das atenções dos seus alunos, a postura, o andar, o estilo, a personalidade são atentamente observados, isso pode provocar uma reação positiva ou negativa por parte do aluno, dificultando ou facilitando seu aprendizado. É certo que a conduta é um traço marcante na vida do professor, e para a relação com o alunado e assim, deve o profissional, primar por uma que lhe seja favorável no exercício da sua profissão. Vygotsky (1994, p. 53) destacou a importância das interações sociais, propondo o conceito de mediação, que aqui pode ser definido como o processo de intervenção. Segundo ele, toda forma elementar de comportamento pressupõe uma reação direta a situação- problema defrontada pelo organismo, consequentemente, o processo simples estímulo- resposta é substituído por um ato complexo e mediado. Esta ideia é central na compreensão das concepções vigotskianas. Isto porque, para Vygotsky, o modo de funcionamento psicológico, típico da espécie humana, não está presente no indivíduo desde o seu nascimento, mas é fruto de um processo de desenvolvimento que envolve a interação do organismo individual com o ambiente físico e social em que vive, isto é, é uma aprendizagem constante. Portanto, para ele, é a partir de um intenso processo de interação com o meio social, através da mediação feita pelo outro, que se dá a apropriação dos objetos culturais, e esse complexo processo resulta no desenvolvimento. É por intermédio do
  • 6. outro que os indivíduos vão incorporando os modos de pensar, de agir e de sentir, socialmente elaborados, e se constituindo historicamente enquanto sujeitos. Por essas e tantas outras questões o tema da afetividade tem merecido destaque ao se pensar a escola, uma vez que é um fator determinante do processo de desenvolvimento humano, bem como uma condição imprescindível no relacionamento aluno-objeto-professor, no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem. Wallon (1968), outro importante pensador da educação, também falando sobre a afetividade, afirma que ela envolve diversas manifestações, abrange os sentimentos (ordem psicológica) e as emoções (ordem biológica). Assim, faz-se necessária a diferenciação dos termos emoção e afetividade, uma vez que, frequentemente, são usados como sinônimos. Para ele, As emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes que correspondem, cada uma, a uma determinada espécie de situação. Atitudes e situação correspondente implicam-se mutuamente, constituindo uma maneira global de reagir de tipo arcaico. (...) Daqui resulta que, muitas vezes, é a emoção que dá o tom ao real. (WALLON, 1968, p. 140). O segundo termo - a afetividade - tem, de acordo com as suas ideias, uma concepção mais ampla, a qual envolve uma gama maior de manifestações, englobando as dimensões psicológicas e biológicas. Estes pensadores, Wallon e Vygotsky, assumem que há uma relação intrínseca entre as dimensões afetivas e a atividade intelectual, e na medida em que a inteligência vai atingindo novos estágios, a afetividade vai se cognitivizando, pois as conquistas da inteligência são incorporadas ao plano da afetividade. O mesmo ocorre com a evolução da afetividade: acredita-se que haja um refinamento das trocas afetivas que atuam sobre a inteligência, incorporando-se a ela. Portanto, a mediação tem um papel fundamental no processo de aprendizagem. Nesse contexto, pode-se dizer que as relações vivenciadas na sala de aula, proporcionadas pelos professores e professoras, podem fornecer modelos de aprendizagem para o sujeito-aprendiz, caracterizando a mediação como papel intrínseco ao professor no processo de ensino-aprendizagem. Sendo aí, a escola, um espaço legítimo para o desenvolvimento sócio-afetivo dos sujeitos, também, espaço de construção da afetividade e do conhecimento centrado na intervenção sobre a inteligência. Vale lembrar que, na escola, como em qualquer outro ambiente, o sujeito se define como sujeito de conhecimento e de afeto. Esta condição faz com que a escola tenha um papel determinante como mediadora, uma vez que nela, experiências e conhecimentos vivenciados
  • 7. adquirem significado inestimável para o desenvolvimento social e afetivo do ser humano. Então, não podemos descartar nenhuma forma de conciliar estes aspectos: o cognitivo e o afetivo. Portanto, todas as atividades de ensino desenvolvidas pelo professor, visando o sucesso dos alunos, devem ser permeadas pela afetividade e proporcionar uma boa relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento. É o professor quem planeja as condições de ensino, tornando sua prática atraente aos olhos do aluno, estimulando sua participação, despertando sua crítica, sua curiosidade, enfim, é quem procura formas inovadoras de aprimorar as condições de ensino para que ocorra a verdadeira e significativa aprendizagem. Pesquisas sobre a prática pedagógica e as condições de ensino, como a de Falcin (2003) e Tagliaferro (2004), demonstram que o planejamento das atividades de ensino do professor tem efeitos afetivos no indivíduo. Estes estudos apresentam resultados em que os alunos enaltecem tais características, valorizando o professor que se mostra empenhado em garantir o sucesso do aluno. A pesquisa de Falcin (2003) apresenta dados em que a paixão do professor em relação ao seu objeto de conhecimento, bem como a sua paixão pelo que faz, são evidenciada em sua prática pedagógica e percebida por seus alunos. Os dados apresentam relatos de alunos que escolheram seguir determinada carreira profissional, em decorrência da prática pedagógica do professor. Nota-se que a prática pedagógica do professor, permeada pela sua motivação e entusiasmo em relação ao seu objeto de conhecimento, pode aproximar os alunos dos conteúdos escolares, causando-lhes admiração tanto pelo professor, quanto pela disciplina, proporcionando, desta forma, uma aprendizagem mais significativa e prazerosa. Sabendo da importância da existência da afetividade nas relações entre professor e aluno. 3. COMPREENDENDO A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA É fundamental compreender que a Educação de Jovens e Adultos - EJA envolve pessoas cujos direitos têm sido historicamente negados. Para isso, é necessário conhecer, nem que seja, um pouco a história da EJA e dos movimentos sociais que a alimentaram, para melhor entendermos as exigências por uma adequação da escola e do trabalho pedagógico à vida e às necessidades do aluno adulto, que são, em muitos aspectos, diferentes da criança. É preciso reconhecer e valorizar os alunos como sujeitos, capazes não só de aprender, mas de administrar sua vida e sua sobrevivência pessoal e familiar, além de participar da comunidade com autonomia.
  • 8. A educação de jovens e adultos começou a estrutura-se no Brasil a partir da década de 30, quando deu inicio a consolidação de um sistema público de educação elementar no país. Nesse período, a sociedade brasileira passava por grandes transformações, associadas ao processo de industrialização e concentração populacional em centros urbanos. Nesse contexto, a ampliação da educação elementar foi impulsionada. Tal movimento incluiu esforços visando à extensão do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40. Um dos mais reconhecidos educadores na área foi Paulo Freire, que representa um marco para a EJA em termo de concepção político-filosófica. Freire (1975) afirma a necessidade do educador (re)educar-se para atuar ao lado dos oprimidos e a seu favor. Cabe ao professor auxiliar o aluno no seu processo de conscientização. Os jovens e adultos, submetidos a uma sociedade excludente e opressiva, exige da escola uma orientação curricular que lhe dê oportunidade de estudo valorizando suas experiências, vivências e produções, prevendo, dialeticamente, oportunidades de enriquecimento social e cultural e que, incorporados em seu cotidiano, ampliam sua percepção do mundo do trabalho e inserção social. Dessa forma é possível afirma que o bom relacionamento entre o professor e o aluno irá facilitar e melhorar o processo de ensino aprendizagem. A luz desse aspecto, o professor precisar refletir sobre sua práxis, se almeja a atenção de seus alunos, bem como o controle de turma, e para tanto é preciso conhecer bem os alunos, procurar entender suas particularidades, mostrá-los que é importante manter um convívio harmonioso e trabalhar, pelos vários motivos apontados na parte anterior deste texto, a/com afetividade. Freire (2002) diz que é fundamental que o professor e o aluno saibam que a postura deles é dialógica, aberta, curiosa, indagadora. Assim, se o professor não estabelecer uma relação afetiva com os alunos, pode até ser que se fixe os conteúdos, no entanto, é ilusório achar que o ensino foi proveitoso, pois o não envolvimento do aluno impossibilita a efetivação da aprendizagem de sucesso, daí a importância de ter a afetividade enquanto peça fundamental da prática pedagógica, pois para ele a educação é elemento fundamental para a transformação da sociedade e das pessoas que a incluem. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o desenvolvimento deste trabalho, foi possível observar a importância da afetividade quando utilizada como ferramenta facilitadora do processo ensino-aprendizagem e constatamos que afetividade, sendo trabalhada em sala de aula, auxilia e muito nessas
  • 9. conquistas. Todo ser humano necessita de afeto, em uma sala de aula, não é diferente, pois a própria relação que é estabelecida entre o professor e o aluno requer a presença da afetividade. Hoje, é possível encontrar vários trabalhos na área educativa que procuram discutir a necessidade da afetividade no processo educacional. Porém a afetividade, não se restringe somente a escola, mas lá deve ser efetivamente trabalhada. O uso de uma prática pedagógica afetiva pode estimular não só a relação afetiva, como a questão cognitiva, social do aluno. Segundo Cury (2008, p.48): [...] a afetividade deve esta presente na práxis do educador [...] os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruísta, enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por serem humanos. O referido autor mostra-nos ainda a importância da atuação do professor como um profissional, que independente de suas limitações, se faz necessário e com a sua presença pode transformar de forma especial, agindo na vida de seus alunos. Nós educadores precisamos entender que o ato de ensinar requer afeto, quando existe prazer em prender, é bem possível que se aprenda melhor. As decisões do professor acerca das atividades de ensino, que apontam para o sucesso do aluno, têm como perspectiva que o aluno atinja objetivos estabelecidos no planejamento. Sendo assim, as atividades de ensino permeadas por dimensões afetivas na mediação do professor, a partir do seu planejamento visando ao sucesso do aluno, mostram-se como fatores potencialmente determinantes para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos, podendo favorecer relações afetivas positivas entre sujeito (aluno) e objeto (conteúdos escolares), consequentemente, uma aprendizagem significativa. Afetividade é um tema sempre presente entre os pensadores, sejam eles filósofos, psicólogos ou pesquisadores de diferentes áreas, quer da saúde, quer da educação e outras que também estudam esse aspecto da vida humana. Ao se pensar sobre a presença da afetividade nas atividades de ensino e as implicações das mesmas no processo de aprendizagem dos alunos da educação de jovens e adultos - EJA constatou-se que este elemento pode ser decisivo para o sucesso da aprendizagem. Observamos que os aspectos relacionados com o envolvimento afetivo do professor (a) e o conhecimento podem fazer acontecer à aprendizagem com mais eficiência. Diante de tais evidências – e considerando dados de pesquisas anteriormente realizadas, como as de Falcin (2003) e Tagliaferro (2003), que apontaram como as características de um professor
  • 10. inesquecível, o fato de sentir verdadeira paixão pelos conteúdos lecionados, de ter um grande envolvimento com a atividade docente, de dominar os conteúdos lecionados, de ter respeito e um bom relacionamento com os alunos e, sobretudo, de tratá-los com respeito, carinho e seriedade. Este breve e inicial estudo evidenciou o que embora os alunos sejam maiores, a afetividade e o bom relacionamento dos professores e professoras com eles podem fazer a diferença na educação. Façamos! REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores. Campina: Papirus, 2006. BARROS, Flávia Regina. Mediação e afetividade: histórias de mudanças na relação sujeito- objeto. In: LEITE, Sérgio Antônio da Silva (Org.). Afetividade e práticas pedagógicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb>. Acesso em: 20 de nov. de 2011. CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e Aprendizagem, relação de amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2008. CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. DANTAS, Heloysa. A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In: LA TAILLE, Y., DANTA, H., OLIVEIRA, M. K. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. FALCIN, Daniela Cavani. Afetividade e condições de ensino: a mediação docente e suas implicações na relação sujeito-objeto. Monografia, Faculdade de Educação, UNICAMP. Campinas, 2003. FREIRE, Paulo. Carta a uma alfabetizadora. São Paulo: Fascículo, Vereda, 1986. LEITE, Sérgio Antônio da Silva; TASSONI, Elvira Cristina Martins. A afetividade em sala de aula: as condições de ensino e a mediação do professor. In: AZZI, Roberta Gurgel; SADALLA, Ana Maria Falcão de Aragão (Org.). Psicologia e formação docente: desafios e conversas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. MOYSÉS, Lucia. A auto-estima se constrói passo a passo. 4. ed. Campinas: Papirus, 2004. ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
  • 11. SALTINI, Claudio J. P. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008. TAGLIAFERRO, Ariane Roberta. Um professor inesquecível: a constituição de uma memória coletiva. Monografia, Faculdade de Educação, UNICAMP. Campinas, 2003. VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1994. WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.