Dissertação de mestrado - Qualificação
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Federal Tecnológica do Paraná
Linha de pesquisa: Tecnologia & Desenvolvimento
Simulação e análise da circulação de ar nos Setores Estruturais em Curitiba, Paraná
1. Simulação
e
análise
da
circulação
do
ar
nas
avenidas
estruturais
em
Curitiba,
Paraná
Francisco
Bemquerer
Costa
Rasia
chico.ix@terra.com.br
Orientador:
Prof.
Dr.
Eduardo
Leite
Krüger
ekruger@utfpr.edu.br
Mestrado
|
QualiNicação
|
15
de
Setembro
de
2010
2. Sumário
1.Considerações
iniciais
2.Aspectos
teóricos
e
históricos
3.Aspectos
Nísicos
4.Qualidade
do
ar
na
legislação
ambiental
brasileira
5.Métodos
e
equipamentos
6.Circulação
de
ar
nos
setores
estruturais
7.Conclusões
preliminares
Adendo:
simulações
no
intervalo
ū=0,01
a
0,30
m/s
2
4. Sobre
Curitiba
Considerada
um
laboratório
de
inovação
em
projeto
e
gestão
urbanos,
Curitiba
ganhou
o
título
de
“capital
ecológica”
no
início
dos
anos
1990.
Entretanto,
a
ausência
de
novos
investimentos
em
seu
sistema
de
transporte
de
massa,
o
bom
desempenho
da
economia
brasileira,
a
expansão
horizontal
da
cidade
favorecem
o
rápido
crescimento
da
frota,
que
já
ultrapassa
1.2
mi
de
veículos.
4
5. Sobre
esse
estudo
O
Plano
Preliminar
de
Urbanismo,
de
1965,
direcionou
o
crescimento
urbano
de
Curitiba
ao
longo
de
quatro
eixos
estruturais,
sistemas
trinários
caracterizados
pela
concentração
de
infraestrutura
de
transporte
de
massa,
vias
de
tráfego
rápido
de
veículos
e
alta
densidade
de
ocupação,
com
uso
misto
residencial
e
comercial.
Embora,
em
anos
recentes,
novos
polos
de
urbanização
tenham
surgido
em
Curitiba,
a
importância
das
vias
estruturais
como
elementos
direcionadores
do
crescimento
urbano
ainda
se
mantém.
Às
vésperas
de
completar
quarenta
anos,
esses
importantes
elementos
da
paisagem
curitibana
são
fruto
da
discussão
arquitetônica
e
urbanística
modernista,
que
muito
inNlui
o
planejamento
da
cidade
a
partir
dos
anos
1960.
5
6. Sobre
esse
estudo
Esse
estudo
propõe
a
avaliação
dos
padrões
urbanísticos
vigentes
nas
vias
estruturais
à
luz
das
novas
ferramentas
de
projeto
e
simulação
e
das
preocupações
correntes
quanto
à
sustentabilidade,
salubridade
e
garantia
da
qualidade
de
vida
dos
usuários
e
habitantes
desses
setores.
Compõe
também
esse
estudo
um
olhar
sobre
o
Setor
Especial
Nova
Curitiba
(o
Ecoville),
um
novo
eixo
de
adensamento
e
desenvolvimento
urbano
onde
se
realizou
uma
conformação
espacial
similar
à
originalmente
proposta
para
os
Setores
Estruturais.
6
7. Sobre
esse
estudo
Para
esse
estudo,
foi
escolhido
o
modelo
ENVI-‐met,
desenvolvido
por
uma
equipe
da
Univesidade
de
Mainz,
Alemanha.
Como
ferramenta
preditiva,
o
modelo
simula,
entre
outros
parâmetros:
turbulência,
Nluxo
ao
redor
e
entre
ediNícios,
dispersão
de
partículas.
Trata-‐se
de
uma
ferramenta
gratuita
(freeware).
Procurou-‐se,
em
um
primeiro
momento,
veriNicar
a
viabilidade
do
modelo
como
ferramenta
de
análise,
e,
em
um
segundo
momento,
a
analisar
a
inNluência
da
ocupação
urbana
sobre
a
dispersão
de
poluentes,
em
áreas
do
Setor
Estrutural
e
do
Setor
Especial
Nova
Curitiba.
7
9. Urbanização
e
urbanismo
modernista
Não
é
possível
pensar
a
história
do
urbanismo
e
da
arquitetura
dos
séculos
XIX
e
XX
sem
passar
pela
história
das
idéias
do
Movimento
Moderno
e
sua
crítica;
é
nessa
discussão
que
se
encontra
a
gênese
das
idéias
do
planejamento
de
Curitiba
e
dos
Setores
Estruturais.
Segundo
Danni-‐Oliveira,
tanto
o
Plano
Agache
(anos
1940)
quanto
a
iniciativa
seguinte,
o
Plano
Serete
(anos
1960),
constituem
projetos
de
planejamento
Niliados
aos
ideais
progressistas
da
Carta
de
Atenas.
9
10. Urbanização
e
urbanismo
modernista
O
plano
Serete
incorpora
a
crítica
ao
modernismo
ao
mesmo
tempo
em
que
celebra
seus
procedimentos
e
métodos
Fala-‐se
de
um
modernismo
humanista,
que
pretende
retomar
certa
medida
de
escala
humana
e
celebrar
o
poder
aglutinador
da
cidade.
10
11. Trajetória
dos
Setores
Estruturais
O
Plano
Preliminar
foi
sancionado
em
1966,
e
estão
entre
suas
principais
diretrizes:
•
Uso
e
ocupação
diferenciados
do
solo;
•
Mudança,
do
sentido
radial
de
expansão,
para
uma
conNiguração
linear
a
partir
de
eixos
estruturais
que
integrariam
sistema
de
transportes
e
uso
do
solo;
•
A
criação
de
uma
paisagem
urbana
típica
de
Curitiba.
Apoiava-‐se
no
tripé
“sistema
viário,
uso
do
solo
e
transporte
de
massa”.
11
12. Trajetória
dos
Setores
Estruturais
Sistema
trinário
-‐
planta
Fonte:
Campos,
2005,
p.
52
12
13. Trajetória
dos
Setores
Estruturais
Sistema
trinário
-‐
perNil
Fonte:
Campos,
2005,
p.
55
13
14. Trajetória
dos
Setores
Estruturais
A
proposta
inicial
previa
o
adensamento
dos
eixos
estruturais
com
uma
limitação
para
a
ocupação
do
solo:
o
Plano
impunha
o
limite
de
três
edi)ícios
por
quadra,
com
recuos
em
relação
aos
limites
do
terreno;
as
áreas
remanescentes
seriam
ocupadas
com
parques,
jardins
e
áreas
de
lazer,
constituindo
as
Torres
Residenciais.
Porém,
as
pressões
por
maiores
densidades
de
ocupação
resultaram
no
abandono
da
concepção
de
Torres
Residenciais
e
adoção
do
Plano
Massa,
na
década
de
1970.
14
15. Trajetória
dos
Setores
Estruturais
No
ano
2000,
a
Lei
9.800/00
institui
o
afastamento
lateral
de
H/6.
Campos
ressalta
que,
com
essa
medida,
“ao
invés
de
serem
reduzidos
os
coe)icientes
ou
as
taxas
de
ocupação,
foram
alterados
os
afastamentos
das
divisas,
que
passaram
determinados
pela
altura
da
construção
dividida
por
seis
(H/6),
o
que
deverá
de)inir
uma
nova
con)iguração
na
ocupação
do
Setor
Estrutural”
(CAMPOS,
2005,
p.
72).
15
16. Trajetória
dos
Setores
Estruturais
No
Setor
Especial
Nova
Curitiba
(Ecoville)
é
utilizado
um
expediente
semelhante
de
cálculo
do
afastamento
lateral:
este
é
facultado
para
até
dois
pavimentos,
ou
deve
corresponder
a
H/5
acima
de
dois
pavimentos.
Apesar
dos
projetos
que
conscientemente
se
voltam
para
dentro,
ignorando
o
espaço
público,
no
Ecoville
se
realizou
em
parte
a
proposta
original
para
os
Setores
Estruturais:
as
torres-‐jardim
isoladas
em
meio
ao
verde.
16
18. O
clima
da
cidade
Entre
os
efeitos
da
urbanização
sobre
o
clima
da
cidade:
•Transformação
da
superNície,
ocasionando
alterações
no
balanço
de
radiação
e
alteração
das
características
aerodinâmicas:
as
superNícies
urbanas
são
mais
rugosas,
causando
maior
fricção
e
afetando
a
velocidade
dos
ventos
locais;
•Os
sistemas
de
drenagem
eliminam
rapidamente
a
água
da
chuva.
Menos
água
incorpora-‐se
ao
solo,
e
as
taxas
de
evaporação
urbanas
são
menores
que
as
rurais;
•As
atividades
urbanas
liberam
substâncias
contaminantes;
•Geração
de
calor
dito
tecnógeno,
dissipado
de
veículos,
equipamentos,
instalações,
indústrias.
18
19. O
clima
da
cidade
Para
Romero,
o
vento
é
o
elemento
climático
mais
alterado
pela
urbanização,
mas
também
o
mais
passível
de
controle
através
do
desenho
urbano.
Segundo
a
autora,
“a
orientação
das
ruas
com
relação
à
direção
dos
ventos,
o
tamanho,
a
altura
e
a
densidade
dos
edi)ícios,
assim
como
a
distribuição
dos
edi)ícios
altos
entre
os
baixos,
etc.
têm
um
grande
impacto
nas
condições
urbanas
do
vento”
(ROMERO,
2001,
p.
92).
19
20. Poluição
do
ar
na
camada
limite
A
poluição
atmosférica
pode
ter
origem
natural
(incêndios
Nlorestais,
erupções
vulcânicas,
tempestades
de
areia)
ou
ser
ocasionada
pela
ação
humana,
Seja
qual
for
sua
origem,
Os
poluentes
são
substâncias
que,
sob
certas
condições,
podem
ser
nocivos
a
seres
humanos,
vida
animal
e
vegetal,
microorganismos
ou
aos
materiais,
ou
que
podem
interferir
na
qualidade
de
vida
ou
usufruto
de
edi)ícios
e
paisagens
(OKE,
1978,
p.
268,
tradução
livre).
20
21. Poluição
do
ar
na
camada
limite
Progresso
dos
poluentes
na
atmosfera
Fonte:
Adaptado
de
OKE,
1978,
p.
268
21
23. Legislação
ambiental
brasileira
Cabe
ao
CONAMA
estabelecer,
através
de
resoluções,
os
diferentes
parâmetros
para
monitoramento
e
preservação
do
meio
ambiente.
Em
1989,
foi
instituído
o
Programa
Nacional
de
Controle
da
Qualidade
do
Ar
–
PRONAR
–,
concebido
como
um
instrumento
de
gestão
ambiental,
cuja
estratégia
básica
é
limitar
as
emissões
por
tipos
de
fontes
e
poluentes,
sendo
os
padrões
de
qualidade
do
ar
ações
complementares
de
controle.
23
24. Padrões
de
qualidade
do
ar
Padrão
primário Padrão
secundário
Substância
(µg/m3) (µg/m3)
Partículas
totais 240 150
Fumaça 150 100
PM10 150 150
SO2 365 100
CO 40.000 40.000
O3 160 160
NO2 320 190
Fonte:
Adaptado
de
IAP,
2009
24
25. Poluentes
e
qualidade
do
ar
na
RMC
O
monitoramento
da
qualidade
do
ar
na
Região
Metropolitana
de
Curitiba
teve
início
em
1985,
com
cinco
estações
de
coleta.
Atualmente,
esse
trabalho
é
realizado
pelo
Instituto
Ambiental
do
Paraná
(IAP)
em
parceria
com
as
instituições
e
empresas
responsáveis
pela
manutenção
das
estações
de
monitoramento.
Em
2008,
o
sistema
contava
com
13
estações
de
monitoramento.
25
27. Abordagem
preditiva
Foi
adotada
uma
abordagem
preditiva
das
condições
de
vento
e
sua
inNluência
sobre
a
dispersão
de
poluentes.
O
modelo
ENVI-‐met
é
a
peça
central
de
um
processo
de
simulação
que
envolve
dados
de
diversas
fontes:
climáticos
(INMET
e
UWYO,
além
das
próprias
medições
in
loco),
características
de
desenho
urbano
e
ocupação
do
solo
(obtidos
da
PMC,
fotos
de
satélite
e
levantamento
in
loco)
e
inventário
de
tráfego.
Essa
abordagem
permite
a
avaliação
de
cenários
tendenciais
e
alternativos
de
desenvolvimento;
todos
os
resultados
das
simulações
devem
ser
compreendidos
como
indicadores
de
tendências.
27
28. Fluxo
de
trabalho
O
processo
de
modelagem
envolve
três
linhas
de
trabalho:
-‐
Geometria
-‐
Dados
climáticos
-‐
Inventário
de
tráfego
Resumido
em
Nluxograma
(Figura
4.1,
p.
104)
28
29. Method
and
model
workNlow
Uma
folha
de
levantamento
em
campo,
criada
a
partir
da
planta
cadastral.
29
31. Fluxo
de
trabalho
-‐
Dados
climáticos
O
modelo
foi
calibrado
através
da
comparação
entre
velocidades
de
vento
médias
medidas
em
campo
e
aquelas
preditas
nas
simulações.
Medições
foram
feitas
em
pontos
localizados
dentro
dos
cânions
urbanos
estudados.
Foram
realizadas
duas
campanhas
de
medição,
a
primeira
entre
os
meses
de
janeiro
e
setembro
de
2009,
dedicada
ao
Estudo
Piloto,
e
a
segunda
teve
início
em
dezembro
de
2009
encerrou-‐se
em
abril
de
2010
e
foi
dedicada
ao
estudo
nas
vias
estruturais.
Cada
campanha
empregou
uma
conNiguração
de
instrumentos
distinta,
resumidas
no
quadro
4.2,
p.
120.
31
32. Fluxo
de
trabalho
-‐
Dados
climáticos
Estação
meteorológica
(conNiguração
1)
em
dois
pontos
de
monitoramento
da
R
XV
de
Novembro
32
33. Fluxo
de
trabalho
-‐
Dados
climáticos
Estação
meteorológica
(conNiguração
2)
-‐
(a)
e
(b)
Av
Sete
de
Setembro;
(c)
e
(d)
Ecoville
33
34. Fluxo
de
trabalho
-‐
Calibração
As
velocidades
médias
de
vento
a
2,1m
de
altura
(na
etapa
de
Estudo
Piloto)
e
a
3
e
5m
de
altura
(no
estudo
do
setor
estrutural)
foram
selecionadas
como
variáveis
de
interesse.
Devido
à
natureza
turbulenta
do
Nluxo
de
vento
dentro
da
subcamada
de
rugosidade,
a
direção
do
vento
nesta
altura
foi
ignorada,
pois
a
velocidade
de
média
de
vento
(ū)
é
a
variável
mais
importante
para
a
dispersão
de
poluentes
em
áreas
urbanas
de
acordo
com
o
modelo
proposto
por
Oke
(1978).
34
35. Fluxo
de
trabalho
-‐
Calibração
Comparação
entre
velocidades
médias
de
vento
medidas
e
preditas,
resultados
iniciais
para
a
região
central
(a)
Ponto
3
(b)
Ponto
10
35
36. Fluxo
de
trabalho
-‐
Calibração
Comparação
entre
velocidades
médias
de
vento
medidas
e
preditas,
resultados
para
a
região
central
após
ajuste
(a)
todas
as
velocidades
de
entrada
(b)
somente
velocidade
de
entrada
menor
que
2
m/s
36
37. Fluxo
de
trabalho
-‐
Calibração
Comparação
entre
velocidades
médias
de
vento
medidas
e
preditas
-‐
Ecoville
Comparação
entre
velocidades
médias
de
vento
medidas
e
preditas
-‐
Sete
de
Setembro
37
38. Fluxo
de
trabalho
-‐
Inventário
de
tráfego
Foi
adotado
um
método
indireto
para
a
determinação
do
perNil
horário
de
tráfego,
a
partir
de
dados
históricos
de
pressão
sonora
(BORTOLI,
2002),
contagens
de
tráfego
in
loco
nos
horários
de
pico,
e
uma
equação
de
Calixto
(2002)
para
a
predição
de
ruído
de
tráfego
a
partir
do
volume
de
veículos
e
a
porcentagem
de
veículos
pesados.
38
39. Fluxo
de
trabalho
-‐
Inventário
de
tráfego
Sete
de
Setembro
(a)
Composição
da
frota
(b)
PerNil
horário
de
tráfego
39
41. Seleção
dos
pontos
de
interesse
Foram
analisados
dois
trechos
representativos:
um
do
Setor
Estrutural
Sul
e
um
do
Setor
Especial
Nova
Curitiba.
Tanto
os
Setores
Estruturais
quando
o
Setor
Especial
Nova
Curitiba
encontram-‐se
me
variados
graus
de
adensamento
e
consolidação.
Foram
selecionadas
áreas
bem
consolidadas
e
representativas
da
ocupação
deNinida
pela
legislação.
41
45. Cenários
de
simulação
Mês Cenário ū
(m/s)
Março Atual-‐Leste 3,10
Atual-‐Sudeste 3,10
Junho Atual-‐Leste 2,60
Atual-‐Nordeste 2,60
Atual-‐Leste
Mínimo 0,30*
Atual-‐Nordeste
Mínimo 0,30*
Dezembro Atual-‐Leste 3,80
Atual-‐Sudeste 3,80
45
46. Resultados
-‐
Av
Sete
de
Setembro
NOx
Média NOx
Máxima
Mês Cenário ū
(m/s)
(µg/m3) (µg/m3)
Março Atual-‐Leste 1,39 65 176
Atual-‐Sudeste 1,39 61 190
Junho Atual-‐Leste 1,17 73 193
Atual-‐Nordeste 1,17 69 198
Atual-‐Leste
Mínimo 0,30 376 1162
Atual-‐Nordeste
Mínimo 0,30 349 1096
Dezembro Atual-‐Leste 1,71 54 139
Atual-‐Sudeste 1,71 50 157
46
47. Resultados
-‐
Av
Sete
de
Setembro
A
média
das
máximas
concentrações
simuladas
sob
condições
de
vento
mínimo
é
de
1129
µg/m3.
Ao
se
aplicar
o
coeNiciente
de
25%
para
a
relação
NO2/NOx,
obtem-‐se
a
concentração
estimada
de
282
µg/m3
de
NO2,
92
unidades
acima
do
limite
secundário
para
a
concentração
do
poluente.
As
manchas
de
mais
alta
concentração,
distribuem-‐se
ao
longo
dos
cânions
L
e
N
e,
de
maneira
mais
localizada,
no
cânion
O,
em
um
ponto
de
estrangulamento
do
cânion
e
grande
intensidade
de
Nluxo
de
veículos.
47
48. Resultados
-‐
Av
Sete
de
Setembro
Concentração
simulada
de
NOx
a
2,40
m,
às
18h00
(a)
Cenário
Junho
Atual-‐Leste
Mínimo
(b)
Cenário
Junho
Atual-‐
Nordeste
Mínimo
(c)
Escala
48
49. Resultados
-‐
Av
Sete
de
Setembro
Concentração
simulada
de
NOx
a
2,40
m,
às
18h00
(a)
Cenário
Março
Atual-‐Leste
(b)
Cenário
Março
Atual-‐Sudeste
(c)
Escala
49
50. Resultados
-‐
Av
Sete
de
Setembro
A
comparação
de
concentrações
simuladas
de
poluente,
entre
o
SE
e
as
ZR-‐4
lindeiras,
sugere
que
a
combinação
de
tráfego
intenso
com
o
adensamento
cria
um
“eixo
de
poluição”
sobreposto
ao
Eixo
Estrutural.
Sete
de
Setembro
-‐
pontos
nas
vias
transversais
50
51. Resultados
-‐
Av
Sete
de
Setembro
Comparação
entre
as
concentrações
simuladas
de
NOx
nos
pontos
em
ZR-‐4
e
SE
51
52. Resultados
-‐
Av
Sete
de
Setembro
Trajetória
de
partículas
a
2,40
m
(a)
ventos
de
Leste
(b)
ventos
de
Nordeste
(c)
ventos
de
Sudeste
52
54. Resultados
-‐
Ecoville
Os
resultados
da
simulação
de
dispersão
de
NOx
para
o
Ecoville
apresentam
resultados
muito
mais
favoráveis
que
aqueles
encontrados
para
a
região
da
Av.
Sete
de
Setembro.
Dentre
os
oito
cenários,
os
valores
mais
elevados
para
a
concentração
média
e
máxima
de
NOx
foram
encontrados
no
cenário
Atual-‐Leste
Mínimo.
Nesse
cenário,
a
concentração
máxima
simulada
foi
de
697
µg/m3;
aplicando-‐se
o
coeNiciente
de
25%,
estima-‐se
que
a
concentração
de
NO2
seja
de
174
µg/m3,
16
unidades
abaixo
do
limite
secundário.
As
simulações
apontam
a
tendência
de
ligeiro
aumento
das
concentrações
médias
sob
condições
de
vento
Leste,
em
comparação
com
os
cenários
de
vento
Nordeste
e
Sudeste.
54
55. Resultados
-‐
Ecoville
Concentração
simulada
de
NOx
a
2,40
m,
às
18h00
(a)
Cenário
Junho
Atual-‐Leste
Mínimo
(b)
Cenário
Junho
Atual-‐Nordeste
Mínimo
(c)
Escala
55
56. Resultados
-‐
Ecoville
Concentração
simulada
de
NOx
a
2,40
m,
às
18h00
(a)
Cenário
Março
Atual-‐Leste
(b)
Cenário
Março
Atual-‐Sudeste
(c)
Escala
56
57. Resultados
-‐
Ecoville
Segundo
as
simulações,
a
morfologia
adotada
no
Setor
Especial
Nova
Curitiba
interfere
menos
sobre
os
Nluxos
de
vento,
que
são
praticamente
desvinculados
da
forma
e
orientação
dos
cânions
urbanos.
As
trajetórias
simuladas
são
similares
para
as
três
direções
de
vento
–
Leste,
Nordeste
e
Sudeste
–
não
sendo
visível
a
formação
de
vórtices
ou
áreas
de
estagnação.
As
simulações
destacam
o
efeito
da
maior
permeabilidade
gerada
pela
adoção
do
afastamento
lateral
de
H/5
e
o
modelo
de
“torres
residenciais”,
e
conNirmam
as
avaliações
de
Romero
(2009)
e
Danni-‐Oliveira
(2009)
dos
potenciais
efeitos
benéNicos
desse
modelo
de
torres
isoladas
sobre
a
circulação
de
ar
entre
ediNícios.
57
58. Resultados
-‐
Ecoville
Trajetória
de
partículas
a
2,40
m
(a)
ventos
de
Leste
(b)
ventos
de
Nordeste
(c)
ventos
de
Sudeste
58
60. Conclusões
preliminares
Pergunta
1:
as
condições
de
ventilação
nos
Setores
Estruturais
são
su)icientes
para
a
garantia
de
salubridade
e
controle
da
exposição
dos
moradores
às
substâncias
nocivas?
De
maneira
geral,
nos
cenários
com
vento
não
mínimo,
a
dispersão
de
poluentes
nos
Setores
Estruturais
é
adequada.
Nas
situações
de
vento
mínimo
a
dispersão
é
severamente
prejudicada,
com
aumentos
signiNicativos
das
concentrações
média
e
máxima
do
poluente
estudado
e
formação
de
extensivas
manchas
de
alta
concentração
ao
longo
dos
cânions.
60
61. Conclusões
preliminares
Pergunta
2:
há
diferença
de
qualidade
ambiental
entre
o
Ecoville
e
os
Setores
Estruturais?
As
simulações
apontaram
diferenças
quantitativas
e
qualitativas
nas
condições
de
ventilação
e
dispersão
de
poluentes.
Os
valores
médios
e
máximos
para
a
concentração
do
poluente
no
Setor
Estrutural
são
mais
elevados
que
os
encontrados
para
o
Ecoville,
em
todos
os
cenários.
Através
das
simulações
percebeu-‐se
também
que
a
morfologia
urbana
do
Ecoville
é
mais
permeável
aos
Nluxos
de
ar,
aumentando
o
contraste
entre
as
áreas
de
máxima
concentração
de
poluente
e
a
concentração
média
para
o
trecho
simulado.
61
62. Conclusões
preliminares
Pergunta
3:
o
afastamento
de
H/6
melhoraria
as
condições
de
ventilação
e
dispersão
de
poluentes
nos
Setores
Estruturais?
Pergunta
4:
a
adoção
do
afastamento
de
H/6
reduziria
o
contraste
entre
os
SE
e
as
ZR-4
lindeiras?
Essas
duas
questões
serão
abordadas
na
próxima
etapa
do
estudo,
através
da
simulação
de
cenários
alternativos
de
urbanização.
62
63. Conclusões
preliminares
As
simulações
sugerem
ainda
a
formação
de
um
eixo
de
poluição
ao
longo
do
eixo
estrutural
da
Sete
de
Setembro,
veriNicado
através
da
comparação
entre
as
concentrações
simuladas
nos
pontos
transversais
localizados
em
ZR-‐4
e
SE.
A
diferença
entre
essas
áreas
é
somente
de
zoneamento
(que
se
expressa
através
de
maiores
densidades
de
ocupação),
o
que
sugere
que
a
maior
densidade
de
ocupação
nos
Setores
Estruturais
é
prejudicial
à
circulação
do
ar,
ventilação
de
retirada
de
poluentes
oriundos
do
tráfego
de
veículos
no
eixo
estudado.
Esse
é
um
ponto
a
esclarecer
e
detalhar
através
da
comparação
com
o
cenário
alternativo
H/6.
63
65. Adendo
Durante
o
estudo
das
vias
estruturais,
numa
tentativa
de
traçar
gráNicos
de
relação
entre
concentração
de
NOx
e
a
velocidade
do
vento,
foi
constatado
o
comportamento
anômalo
do
modelo
ENVI-‐met
quando
a
velocidade
do
vento
se
aproxima
de
zero.
65