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                                                                                                                Companheiros,

                                                                                                                Inicio minhas palavras reportando-me à Mensagem que fiz para a Revista Perfil,
              REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL                                                                    nº 6 - 2002, da ESEF/UFRGS, quando me referi ao Projeto Esporte Brasil – PROESP-BR
                                                                                                                da Rede de Centros de Excelência Esportiva - CENESP, enfatizando sua importância
              LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA                                                                         como instrumento viável de aferição de parâmetros nutricionais, de crescimento e de
              Presidente                                                                                        aptidão física relacionados à saúde e ao desempenho esportivo, como subsídios para
                                                                                                                formulação de políticas públicas para nosso País, e termino dizendo“... Despeço-me
                                                                                                                desejando que possamos, em um futuro breve, colher os frutos dessa brilhante iniciativa”.
              MINISTÉRIO DO ESPORTE
                                                                                                                Pois bem, numa velocidade impressionante, o futuro chegou e com ele o momento da
                                                                                                                “colheita”!
              AGNELO QUEIROZ
              Ministro                                                                                          Isso revela a vontade de um governo que veio para fazer. Estamos transformando uma
                                                                                                                proposta teórica, bem fundamentada e já testada na prática, em ação, com reflexos
                                                                                                                imediatos e boas perspectivas para o esporte e para a juventude brasileira.
              SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO
                                                                                                                Concretizamos, assim, um modelo brasileiro de detecção de talentos esportivos,
              ANDRÉ ALMEIDA CUNHA ARANTES                                                                       construído e adaptado à nossa realidade, que poderá ser utilizado por todo e qualquer
              Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento                                                 interessado nas escolas, nos clubes e comunidades, fazendo uma grande rede de
                                                                                                                informação. Dessa maneira, oportunizaremos a descoberta e o desenvolvimento de
                                                                                                                prováveis talentos esportivos que fortalecerão, em quantidade e qualidade, a base do
                                                                                                                esporte brasileiro de alto rendimento.

                                                                                                                Dessa forma, estamos dando mais um passo para implantar uma Política Nacional de
                                                                                                                Esporte, superando as dificuldades com a colaboração de pessoas capazes e enti-
                                                                                                                dades organizadas, objetivando transformar o Brasil numa verdadeira potência
                                                                                                                esportiva.


                                                                                                                Um grande abraço,
              PROESP-BR
              PROJETO ESPORTE BRASIL
                                                                                                                Agnelo Queiroz
              Indicadores de saúde e fatores de prestação esportiva em crianças e jovens
                                                                                                                Ministro do Esporte
              Manual de Aplicação de Medidas e Testes Somatomotores

              Protocolo da Rede Cenesp, desenvolvido pelo Setor de Pedagogia do Esporte do CENESP-
              UFRGS

              A cartilha, bem como a base teórica, poderá ser acessada e impressa no sítio www.esporte.gov.br
Cartilha   23.08.04    16:25     Page 5




             1. A BATERIA DE MEDIDAS E TESTES SOMATOMOTORES DO PROESP-BR                              (maior que percentil 80). As medidas e testes relacionados ao desempenho motor são
                                                                                                      os seguintes: massa corporal, estatura, envergadura, força explosiva de membros
            O conceito de capacidade de desempenho somatomotor no PROESP-BR é percebido a             superiores (arremesso de medicineball) e inferiores (salto horizontal); agilidade
            partir da seguinte caracterização: qualidades morfológicas e de composição corporal,      (quadrado) e velocidade (20 metros).
            capacidades funcionais e intervenientes culturais.                                        Para a detecção de talentos motores, realiza-se uma avaliação normativa consideran-
            As qualidades morfológicas e de composição corporal se referem às medidas do corpo.       do-se, para tanto, índices iguais ou superiores ao percentil 98 em pelo menos um teste
            São informações referentes às dimensões que no PROESP-BR são representadas pela           de aptidão física relacionada ao desempenho motor.
            massa (peso corporal), estatura, envergadura e índice de massa corporal (IMC).
                                                                                                      2. APLICAÇÃO DA BATERIA DE MEDIDAS E TESTES DO PROESP-BR
            As capacidades funcionais, por sua vez, podem ser subdivididas em duas subcatego-
            rias: orgânicas e motoras. As capacidades funcionais orgânicas estão estritamente                      2.1. Ordem das medidas e testes
            vinculadas com as características físicas dos indivíduos. Referem-se aos processos de                  2.1.1. Medida de massa corporal
            produção de energia, seja na perspectiva da saúde ou do desempenho motor. No                           2.1.2. Medida de estatura
            PROESP-BR mede-se a resistência geral através do teste de corrida/caminhada dos 9                      2.1.3. Medida de envergadura
            minutos, ou do teste do “vai-e-vem” (Paccer).                                                          2.1.4. Teste “sentar-e-alcançar”
            As capacidades funcionais motoras se referem ao desenvolvimento das qualidades da                      2.1.5. Teste de exercício abdominal
            aptidão física, tais como a força, velocidade, agilidade e flexibilidade. No PROESP-BR                 2.1.6. Teste do salto em distância
            medem-se: a força-resistência abdominal através das repetições de exercício                            2.1.7. Teste do arremesso de medicineball
            abdominal em 1 minuto; força explosiva de membros superiores através do arremes-                       2.1.8. Teste do quadrado
            so de medicineball de 2 kg; força explosiva de membros inferiores através do salto em                  2.1.9. Teste da corrida de 20 metros
            distância; flexibilidade através do teste de “sentar-e-alcançar”; agilidade através do                 2.1.10. Teste dos 9 minutos ou teste do "vai-e-vem"
            teste do quadrado e velocidade através do teste dos 20 metros.
                                                                                                      Considerando que as medidas de massa corporal, estatura, envergadura e o teste de
            Chama-se a atenção que, no PROESP-BR, as medidas e os testes são também classi-
                                                                                                      “sentar-e-alcançar” devam ser coletados com os estudantes sem calçados, sugere-se
            ficados em relação à aptidão física relacionada à saúde e aptidão física relacionada
                                                                                                      que sejam realizados no interior de uma sala adequadamente preparada para este
            ao desempenho motor. Em relação à aptidão física relacionada à saúde, utiliza-se para
                                                                                                      fim. Para as medidas de estatura e envergadura, dá-se preferência para a utilização
            a avaliação a análise criterial. Ou seja: são determinados pontos de corte (cut-off) ou
                                                                                                      de uma parede lisa, sem obstáculos e sem rodapé. Os demais testes podem ser realiza-
            critérios de referência para cada medida que permitem a classificação dos estudantes
                                                                                                      dos em ginásio, quadras esportivas, etc.
            em três categorias relacionadas ao que se convencionou chamar de Zona Saudável de
            Aptidão Física (ZSAp). Assim, conforme os resultados de seus testes os alunos são                 Quadro 1. Medidas e testes de aptidão física utilizados pela Bateria PROESP-BR
            classificados em: abaixo da ZSApF; na ZSApF e acima da ZSApF. São os seguintes os
                                                                                                      Variáveis                        Medidas e Testes                       Área de Intervenção
            testes relacionados à saúde: IMC; flexibilidade (“sentar-e-alcançar”); resistência
                                                                                                      Massa corporal (peso)            Balança                                Relacionada à saúde
            abdominal (abdominal); resistência geral (9 minutos ou “vai-e-vem”).                      Estatura                         Estadiômetro                           Relacionada ao desempenho motor
            Em relação à aptidão física relacionada ao desempenho motor, utiliza-se para a            Envergadura                      Trena métrica                          Relacionada ao desempenho motor
            avaliação a análise normativa (percentis). Na avaliação por norma, cada aluno é avali-    Índice de Massa Corporal (IMC)                                          Relacionada à saúde
            ado com referência aos resultados do próprio grupo (dados estatísticos da amostra         Flexibilidade                    Sentar-e-alcançar                      Relacionado à saúde

            brasileira). Nessa perspectiva, os alunos são avaliados frente às seguintes categorias:   Força-resistência abdominal      Exercício abdominal                    Relacionado à saúde
                                                                                                      Força de membros inferiores      Salto em distância horizontal          Relacionada ao desempenho motor
            muito fraco (menor que percentil 20 da população brasileira); fraco (entre percentil 20
                                                                                                      Força de membros superiores      Arremesso de medicineball              Relacionada ao desempenho motor
            e 40); razoável (entre percentil 40 e 60); bom (entre percentil 60 e 80); muito bom
                                                                                                      Agilidade                        Quadrado                               Relacionada ao desempenho motor
                                                                                                      Velocidade                       20 metros                              Relacionada ao desempenho motor
                                                                                                      Resistência aeróbia              Correr/andar 9 minutos e “vai-e-vem”   Relacionada à saúde




     2                                                                                                                                                                                                          3
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            3. INSTRUÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA BATERIA PROESP-BR                                        MEDIDA DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
                                                                                                       Orientação: É determinado através do cálculo da razão entre a medida de massa cor-
                1) A Bateria PROESP-BR é precedida por um breve aquecimento de 5 minutos               poral em quilogramas pela estatura em metros elevada ao quadrado.
                conforme modelo apresentado em anexo.
                2) Após o aquecimento, os alunos devem ser organizados em pequenos grupos,                                    IMC = Massa (kg)/ estatura (m)2
                em ordem crescente (ou decrescente) da estatura.
                3) Retiram seus calçados para os testes de sala.                                       Anotação: A medida é anotada com uma casa decimal.
                4) Cada aluno recebe sua ficha individual de avaliação que deverá ser entregue ao
                professor para as devidas anotações em cada teste (modelo em anexo).                   MEDIDA DA ENVERGADURA
                5) Encerradas as medidas e testes de sala, os alunos serão orientados a vestirem       Material: Trena métrica com precisão de 2mm.
                seus calçados e serão conduzidos aos testes de campo seguindo a ordem                  Orientação: Sobre uma parede lisa, de preferência
                proposta na Bateria PROESP-BR.                                                         sem rodapé, fixa-se a trena métrica paralelamente ao
                                                                                                       solo a uma altura de 1,20 m para os alunos menores
            MEDIDA DA MASSA CORPORAL                                                                   e 1,50 m para os alunos maiores. O aluno posiciona-
            Material: Uma balança com precisão de até 500 gramas                                       se em pé, de frente para a parede, com os braços em
            Orientação: No uso de balanças o avaliador deverá ter em conta sua calibragem. Na          abdução em 90 graus em relação ao tronco. Os
            utilização de balanças portáteis, recomenda-se sua calibragem prévia e a cada 8 a 10       cotovelos devem estar estendidos e os antebraços
            medições. Sugere-se a utilização de um peso padrão previamente conhecido para cali-        supinados. O aluno deverá posicionar a extremidade
            brar a balança.                                                                            do dedo médio esquerdo no ponto zero da trena,
            Anotação: A medida deve ser anotada em quilogramas com a utilização de uma casa            sendo medida a distância até a extremidade do dedo
            decimal.                                                                                   médio direito.
                                                                                                       Anotação: A medida é registrada em centímetros com uma casa decimal.
            MEDIDA DA ESTATURA
            Material: Estadiômetro ou trena métrica com precisão até 2 mm.                             TESTE DE FLEXIBILIDADE (SENTAR-E-ALCANÇAR)
            Orientação: Na utilização de trenas métricas, aconselha-se a fixá-la na parede a 1 metro   Material: Trena e fita adesiva.
            do solo e estendê-la de baixo para cima. Neste caso, o avaliador não                       Orientação: Os alunos devem estar descalços. Estenda uma fita métrica no chão. Na
            poderá esquecer de acrescentar 1 metro (distância do solo a trena) ao                      marca de 38,1 cm desta fita coloque um pedaço de fita adesiva de "45,0" cm
            resultado medido na trena métrica.                                                         atravessada na fita métrica. A fita adesiva deve segurar a fita métrica no chão. A
            Para a leitura da estatura, deve ser utilizado um dispositivo em                           pessoa senta-se com a extremidade "0" da fita métrica entre as pernas. Os
            forma de esquadro (figura abaixo). Deste modo um dos lados do                              calcanhares devem quase tocar a fita adesiva na marca dos 38,1 cm e estarem
            esquadro é fixado à parede e o lado perpendicular junto à cabeça                           separados cerca de 30,0 cm. Com os joelhos estendidos, a pessoa inclina-se
            do estudante. Esse procedimento elimina erros decorrentes da                               lentamente e estende as mãos o mais distante possível. A pessoa deve se manter
            possível inclinação de instrumentos, tais como réguas ou                                   nesta posição o tempo suficiente para a distância ser marcada.
            pranchetas quando livremente apoiados apenas sobre a cabeça do
            estudante.                                                                                 Anotação: O resultado é medido em centímetros a partir da posição mais longíqua
            Anotação: A medida da estatura é anotada em centímetros com                                que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registra-se o melhor
            uma casa decimal.                                                                          resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal.




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                                                                                              MEDICINEBALL)
                                                                                              Material: Uma trena e um medicineball de 2 kg (ou saco de areia com 2 kg)
                                                                                              Orientação: A trena é fixada no solo perpendicularmente à parede. O ponto zero da
                                                                                                                 trena é fixado junto à parede. O aluno senta-se com os joelhos
                                                                                                                 estendidos, as pernas unidas e as costas completamente apoiadas
                                                                                                                 à parede. Segura a medicineball junto ao peito com os cotovelos
                                                                                                                 flexionados. Ao sinal do avaliador o aluno deverá lançar a bola a
                                                                                                                 maior distância possível, mantendo as costas apoiadas na parede.
                                                                                                                 A distância do arremesso será registrada a partir da ponto zero até
                                                                                                                 o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. Serão
            TESTE DE FORÇA-RESISTÊNCIA (ABDOMINAL)                                                               realizados dois arremessos, registrando-se o melhor resultado.
            Material: Colchonetes de ginástica e cronômetro.                                                     Sugere-se que a medicineball seja banhada em pó branco para a
            Orientação: O aluno posiciona-se em decúbito dorsal com os                        identificação precisa do local onde tocou pela primeira vez ao solo.
            joelhos flexionados a 90 graus e com os braços cruzados                           Anotação: A medida será registrada em centímetros com uma casa decimal.
            sobre o tórax. O avaliador fixa os pés do estudante ao solo.
            Ao sinal, o aluno inicia os movimentos de flexão do tronco até                    TESTE DE AGILIDADE (TESTE DO QUADRADO)
            tocar com os cotovelos nas coxas, retornando a posição                            Material: Um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4 m
            inicial (não é necessário tocar com a cabeça no colchonete a                      de lado, 4 cones de 50 cm de altura ou 4 garrafas de refrigerante de 2 l do tipo pet.
            cada execução). O avaliador realiza a contagem em voz alta.                       Orientação: O aluno parte da posição de pé, com um
            O aluno deverá realizar o maior número de repetições                              pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de
            completas em 1 minuto.                                                            partida. Ao sinal do avaliador, deverá deslocar-se até o
            Anotação: O resultado é expresso pelo número de movimentos completos realizados   próximo cone em direção diagonal. Na seqüência, corre
            em 1 minuto.                                                                      em direção ao cone à sua esquerda e depois se desloca
                                                                                              para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em
            TESTE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS INFERIORES (SALTO HORIZONTAL)                    diagonal). Finalmente, corre em direção ao último cone,
            Material: Uma trena e uma linha traçada no solo.                                  que corresponde ao ponto de partida. O aluno deverá
            Orientação: A trena é fixada ao solo, perpendicularmente à linha, ficando o       tocar com uma das mãos cada um dos cones que
            ponto zero sobre a mesma. O aluno coloca-se imediatamente atrás da linha,         demarcam o percurso. O cronômetro deverá ser
            com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semiflexionados,             acionado pelo avaliador no momento em que o avaliado realizar o primeiro passo
            tronco ligeiramente projetado à frente. Ao sinal, o aluno deverá saltar a         tocando com o pé o interior do quadrado. Serão realizadas duas tentativas, sendo
            maior distância possível. Serão realizadas duas tentativas, registrando-se o      registrado o melhor tempo de execução.
            melhor resultado.                                                                 Anotação: A medida será registrada em segundos e centésimos de segundo
            Anotação: A distância do salto será registrada em centímetros, com uma            (duas casas após a vírgula).
            casa decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo
            desta.




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            TESTE DE VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO (CORRIDA DE 20 METROS)                                  forma inequívoca. Sugere-se que o avaliador calcule previamente o
            Material: Um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhas                  perímetro da pista e durante o teste anote apenas o número de voltas
            paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante     de cada aluno. Dessa forma, após multiplicar o perímetro da pista
            20 m da primeira (linha de cronometragem) e a terceira                                      pelo número de voltas de cada aluno, deverá complementar com a
            linha, marcada a 1 metro da segunda (linha de chegada).                                     adição da distância percorrida entre a última volta completada e o
            A terceira linha serve como referência de chegada para o                                    ponto de localização do aluno após a finalização do teste.
            aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desacele-                                     Anotação: Os resultados serão anotados em metros com
            ração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois                                        aproximação às dezenas.
            cones para a sinalização da primeira e terceira linhas.
            Orientação: O estudante parte da posição de pé, com                                         TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (VAI-E-VEM)
            um pé avançado à frente imediatamente atrás da primeira                                     Material: Uma superfície livre antiderrapante. Ginásio ou quadra polivalente com pelo
            linha e será informado que deverá cruzar a terceira linha                                   menos 22 metros de comprimento. Leitor de CD com volume adequado e CD com a mar-
            o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o aluno deverá deslocar-se, o mais           cação do ritmo ou cadência. Cones de marcação do percurso e ficha para anotação.
            rápido possível, em direção à linha de chegada. O cronometrista deverá acionar o            Orientação: Marcar um percurso de 20 metros com cones e linhas demarcatórias do
            cronômetro no momento em que o avaliado der o primeiro passo (tocar ao solo),               trajeto. Planejar um espaço de forma que cada aluno tenha um espaço de 100-150 cm
            ultrapassando a linha de partida. Quando o aluno cruzar a segunda linha (dos                de largura para correr. Ajustar o leitor de CD utilizando o teste de 1 minuto existente
            20 metros), será interrompido o cronômetro.                                                 no próprio CD; se o intervalo de tempo de um minuto possuir um erro igual ou superi-
            Anotação: O cronometrista registrará o tempo do percurso em segundos e                      or a meio segundo, o CD deve ser substituído. Para o início do teste, os avaliados
            centésimos de segundos (duas casas após a vírgula).                                         devem estar posicionados, um ao lado do outro, atrás da linha inicial, e devem ter
                                                                                                        verificado que seus tênis estão devidamente amarrados. Os alunos devem correr os
            TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (9 MINUTOS)                                                      20 metros de distância e tocar a linha com o pé quando tocar o sinal sonoro (bip). Ao
            Material: Local plano com marcação do perímetro da pista. Cronômetro e ficha de             som do bip, eles devem inverter o sentido da corrida e correr até a outra extremidade.
            registro. Material numerado para fixar às costas dos alunos identificando-os claramente     Se alguns alunos chegarem à linha antes do bip, eles devem esperar pelo mesmo
            para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas. Trena métrica.          antes de correr para a outra direção. Os alunos repetem esse procedimento até que
            Orientação: Divide-se os alunos em grupos adequados às dimensões da pista.                  não alcancem a linha antes do bip por duas vezes (não necessariamente consecuti-
            Observa-se a numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o            vas). Se um aluno não conseguir alcançar a linha ao sinal sonoro, deverá ser-lhe dada
            registro dos anotadores. Tratando-se de estudantes com cabelos longos, observa-se o         a oportunidade para tentar recuperar o ritmo adequado. Na segunda vez que o aluno
            comprimento dos cabelos para assegurar que o número às costas fique visível.                não conseguir atingir a linha ao sinal sonoro, o seu teste é dado como terminado. Os
            Informa-se aos alunos sobre a execução correta do testes dando ênfase ao fato de que        alunos que terminarem o teste deverão caminhar durante algum tempo e, quando
            devem correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade intercalados por         saírem da área de realização do mesmo, deverão observar a recomendação de não
            longas caminhadas. Informa-se que os alunos não deverão parar ao longo do trajeto e         atrapalhar os colegas que estiverem ainda correndo. Antes da aplicação do teste os
            que trata-se de um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quando            alunos devem executar dois ou três ensaios para uma adequada compreensão dos
            sentirem-se cansados. Durante o teste, informa-se ao aluno a passagem do tempo aos          procedimentos a serem realizados.
            3, 6 e 8 minutos (“Atenção: falta 1 minuto!”). Ao final do teste, soará um sinal (apito).   Anotação: Registra-se o número total de voltas realizadas pelo aluno.
            Os alunos deverão interromper a corrida, permanecendo no lugar onde estavam (no
            momento do apito) até ser anotada ou sinalizada a distância percorrida. Todos os
            dados serão anotados em fichas próprias devendo estar identificado cada aluno de




     8                                                                                                                                                                                            9
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            REFERÊNCIAS                                                                                   MATSUDO, V. K. R. Critérios biológicos para diagnóstico, prescrição e prognóstico
                 BARBANTI, V. Aptidão física relacionada à saúde: manual de testes. São Paulo:       de aptidão física em escolares de 7 a 18 anos de idade. Rio de Janeiro: Universidade
            Prefeitura Municipal de Itapira. Departamento de Educação Física Esportes e              Gama Filho, 1992. (Tese de Livre Docência)
            Recreação, 1983.                                                                              MOTA, J. & SALLIS, J. F. Actividade física e saúde. Campo das Letras, Porto, 2002.
                 BENTO, J. O. Desporto para crianças e jovens: das causas e dos fins. In: GAYA,           NAHAS, M. V.; CORBIN, C. B. Aptidão física e saúde nos programas de educação
            A.; MARQUES, A.; TANI, G. (org). Desporto para Crianças e Jovens: razões e               física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 8, n. 2, p. 14-24, 1992.
            finalidades (no prelo).                                                                       PAFFEMBARGER, R.; HYDE, M.; MING, A.; LEE, I-M.; KAMPERT, J. N. A active and
                 BÖHME, M. T. S.; FREITAS, M.C. Aptidão física: avaliação de aspectos relacionados   fit way of life influencing health and longevity. In: QUINNEY, H.; GAUVING, L.; WALL,
            com a saúde. Viçosa, MG: Imprensa Universitária – Universidade Federal de                A. (eds). Toward active living: proceedings of International Conference on Physical
            Viçosa, 1989.                                                                            Activity, Fitness and Health. Champaign: Human Kinetics, 1994. p. 61-68.
                 BORMS, J. Early identification and sport talent: a kinanthropometric view. Na            SICHIERI, R. & ALLAM, V. L. C. Avaliação do estado nutricional de adolescentes
            inventational paper presented at the International Symposium of Science and              brasileiros através do índice de massa corporal. Jornal de Pediatria, 2(2):80-84, 1996.
            Technology in Sports. Porto Alegre, 1997.                                                     SOBRAL, F. FACDEX: Um projeto de investigação em desporto escolar: opções
                 BOUCHARD, C. et SHEPARD, R. Physical activity, fitness and health: the model        técnicas e metodológicas. In: BENTO, J. O. et MARQUES, A. T. A Ciência do Desporto:
            and key concepts physical activity, fitness and health. In: BOUCHARD, C.; SHEPARD, R.    a cultura e o homem. Porto, Universidade do Porto, 1998.
            et STEPHENS, T. (eds). Physical activity, fitnass and health: international procedings        TORRES, L. O estilo de vida em jovens atletas: estudo exploratório sobre a
            and consensus statement. Human Kinectics, Champaign, Illinois, 1994.                     influência do gênero sexual, do nível socioeconômico e do nível de prestação
                 COOPER INSTITUTE FOR AEROBICS RESEARCH. FITNESSGRAM. Manual de                      desportiva no perfil dos hábitos de vida. Porto Alegre: UFRGS, 1998. Dissertação
            aplicação de testes. Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa, 2002.                      (Mestrado em Ciências do Movimento Humano), Escola de Educação Física,
                 GAYA, A.; TORRES, L. O esporte na infância e adolescência: alguns pontos            Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998.
            polêmicos. In: GAYA, A.; MARQUES, A.; TANI, G. (org). Desporto para crianças e                WINNICK, J. P.; SHORT, F. X. Testes de aptidão física para jovens com
            jovens: razões e finalidades (no prelo).                                                 necessidades especiais: manual brockport de testes. São Paulo: Manole, 2001.
                 GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. P. Crescimento, composição corporal e desempenho
            motor em crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997.
                 GUEDES, D. P. Crescimento, composição corporal e desempenho motor de
            crianças e adolescentes do município de Londrina (PR), São Paulo, 1994. (Tese de
            Doutorado). Universidade de São Paulo.
                 KREBS, R. J. A teoria dos sistemas ecológicos: um paradigma para a educação
            infantil. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação Física
            e Desportos, 1997.
                 MAIA, J. A. R. et al. A estabilidade da aptidão física: o problema, essência
            analítica, insuficiência e apresentação de uma proposta metodológica baseada em
            estudos de painel com variáveis latentes. Revista Movimento. Porto Alegre, v. 5, n. 9,
            p. 58-79, 1998.
                 MARQUES, R. M. Crescimento e desenvolvimento pubertário em crianças e
            adolescentes brasileiros: II altura e peso. São Paulo: Editora Brasileira de
            Ciências, 1982.




    10                                                                                                                                                                                         11
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  • 1. Cartilha 23.08.04 16:25 Page 1
  • 2. Cartilha 23.08.04 16:25 Page 3 APRESENTAÇÃO Companheiros, Inicio minhas palavras reportando-me à Mensagem que fiz para a Revista Perfil, REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL nº 6 - 2002, da ESEF/UFRGS, quando me referi ao Projeto Esporte Brasil – PROESP-BR da Rede de Centros de Excelência Esportiva - CENESP, enfatizando sua importância LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA como instrumento viável de aferição de parâmetros nutricionais, de crescimento e de Presidente aptidão física relacionados à saúde e ao desempenho esportivo, como subsídios para formulação de políticas públicas para nosso País, e termino dizendo“... Despeço-me desejando que possamos, em um futuro breve, colher os frutos dessa brilhante iniciativa”. MINISTÉRIO DO ESPORTE Pois bem, numa velocidade impressionante, o futuro chegou e com ele o momento da “colheita”! AGNELO QUEIROZ Ministro Isso revela a vontade de um governo que veio para fazer. Estamos transformando uma proposta teórica, bem fundamentada e já testada na prática, em ação, com reflexos imediatos e boas perspectivas para o esporte e para a juventude brasileira. SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO Concretizamos, assim, um modelo brasileiro de detecção de talentos esportivos, ANDRÉ ALMEIDA CUNHA ARANTES construído e adaptado à nossa realidade, que poderá ser utilizado por todo e qualquer Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento interessado nas escolas, nos clubes e comunidades, fazendo uma grande rede de informação. Dessa maneira, oportunizaremos a descoberta e o desenvolvimento de prováveis talentos esportivos que fortalecerão, em quantidade e qualidade, a base do esporte brasileiro de alto rendimento. Dessa forma, estamos dando mais um passo para implantar uma Política Nacional de Esporte, superando as dificuldades com a colaboração de pessoas capazes e enti- dades organizadas, objetivando transformar o Brasil numa verdadeira potência esportiva. Um grande abraço, PROESP-BR PROJETO ESPORTE BRASIL Agnelo Queiroz Indicadores de saúde e fatores de prestação esportiva em crianças e jovens Ministro do Esporte Manual de Aplicação de Medidas e Testes Somatomotores Protocolo da Rede Cenesp, desenvolvido pelo Setor de Pedagogia do Esporte do CENESP- UFRGS A cartilha, bem como a base teórica, poderá ser acessada e impressa no sítio www.esporte.gov.br
  • 3. Cartilha 23.08.04 16:25 Page 5 1. A BATERIA DE MEDIDAS E TESTES SOMATOMOTORES DO PROESP-BR (maior que percentil 80). As medidas e testes relacionados ao desempenho motor são os seguintes: massa corporal, estatura, envergadura, força explosiva de membros O conceito de capacidade de desempenho somatomotor no PROESP-BR é percebido a superiores (arremesso de medicineball) e inferiores (salto horizontal); agilidade partir da seguinte caracterização: qualidades morfológicas e de composição corporal, (quadrado) e velocidade (20 metros). capacidades funcionais e intervenientes culturais. Para a detecção de talentos motores, realiza-se uma avaliação normativa consideran- As qualidades morfológicas e de composição corporal se referem às medidas do corpo. do-se, para tanto, índices iguais ou superiores ao percentil 98 em pelo menos um teste São informações referentes às dimensões que no PROESP-BR são representadas pela de aptidão física relacionada ao desempenho motor. massa (peso corporal), estatura, envergadura e índice de massa corporal (IMC). 2. APLICAÇÃO DA BATERIA DE MEDIDAS E TESTES DO PROESP-BR As capacidades funcionais, por sua vez, podem ser subdivididas em duas subcatego- rias: orgânicas e motoras. As capacidades funcionais orgânicas estão estritamente 2.1. Ordem das medidas e testes vinculadas com as características físicas dos indivíduos. Referem-se aos processos de 2.1.1. Medida de massa corporal produção de energia, seja na perspectiva da saúde ou do desempenho motor. No 2.1.2. Medida de estatura PROESP-BR mede-se a resistência geral através do teste de corrida/caminhada dos 9 2.1.3. Medida de envergadura minutos, ou do teste do “vai-e-vem” (Paccer). 2.1.4. Teste “sentar-e-alcançar” As capacidades funcionais motoras se referem ao desenvolvimento das qualidades da 2.1.5. Teste de exercício abdominal aptidão física, tais como a força, velocidade, agilidade e flexibilidade. No PROESP-BR 2.1.6. Teste do salto em distância medem-se: a força-resistência abdominal através das repetições de exercício 2.1.7. Teste do arremesso de medicineball abdominal em 1 minuto; força explosiva de membros superiores através do arremes- 2.1.8. Teste do quadrado so de medicineball de 2 kg; força explosiva de membros inferiores através do salto em 2.1.9. Teste da corrida de 20 metros distância; flexibilidade através do teste de “sentar-e-alcançar”; agilidade através do 2.1.10. Teste dos 9 minutos ou teste do "vai-e-vem" teste do quadrado e velocidade através do teste dos 20 metros. Considerando que as medidas de massa corporal, estatura, envergadura e o teste de Chama-se a atenção que, no PROESP-BR, as medidas e os testes são também classi- “sentar-e-alcançar” devam ser coletados com os estudantes sem calçados, sugere-se ficados em relação à aptidão física relacionada à saúde e aptidão física relacionada que sejam realizados no interior de uma sala adequadamente preparada para este ao desempenho motor. Em relação à aptidão física relacionada à saúde, utiliza-se para fim. Para as medidas de estatura e envergadura, dá-se preferência para a utilização a avaliação a análise criterial. Ou seja: são determinados pontos de corte (cut-off) ou de uma parede lisa, sem obstáculos e sem rodapé. Os demais testes podem ser realiza- critérios de referência para cada medida que permitem a classificação dos estudantes dos em ginásio, quadras esportivas, etc. em três categorias relacionadas ao que se convencionou chamar de Zona Saudável de Aptidão Física (ZSAp). Assim, conforme os resultados de seus testes os alunos são Quadro 1. Medidas e testes de aptidão física utilizados pela Bateria PROESP-BR classificados em: abaixo da ZSApF; na ZSApF e acima da ZSApF. São os seguintes os Variáveis Medidas e Testes Área de Intervenção testes relacionados à saúde: IMC; flexibilidade (“sentar-e-alcançar”); resistência Massa corporal (peso) Balança Relacionada à saúde abdominal (abdominal); resistência geral (9 minutos ou “vai-e-vem”). Estatura Estadiômetro Relacionada ao desempenho motor Em relação à aptidão física relacionada ao desempenho motor, utiliza-se para a Envergadura Trena métrica Relacionada ao desempenho motor avaliação a análise normativa (percentis). Na avaliação por norma, cada aluno é avali- Índice de Massa Corporal (IMC) Relacionada à saúde ado com referência aos resultados do próprio grupo (dados estatísticos da amostra Flexibilidade Sentar-e-alcançar Relacionado à saúde brasileira). Nessa perspectiva, os alunos são avaliados frente às seguintes categorias: Força-resistência abdominal Exercício abdominal Relacionado à saúde Força de membros inferiores Salto em distância horizontal Relacionada ao desempenho motor muito fraco (menor que percentil 20 da população brasileira); fraco (entre percentil 20 Força de membros superiores Arremesso de medicineball Relacionada ao desempenho motor e 40); razoável (entre percentil 40 e 60); bom (entre percentil 60 e 80); muito bom Agilidade Quadrado Relacionada ao desempenho motor Velocidade 20 metros Relacionada ao desempenho motor Resistência aeróbia Correr/andar 9 minutos e “vai-e-vem” Relacionada à saúde 2 3
  • 4. Cartilha 23.08.04 16:25 Page 7 3. INSTRUÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA BATERIA PROESP-BR MEDIDA DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) Orientação: É determinado através do cálculo da razão entre a medida de massa cor- 1) A Bateria PROESP-BR é precedida por um breve aquecimento de 5 minutos poral em quilogramas pela estatura em metros elevada ao quadrado. conforme modelo apresentado em anexo. 2) Após o aquecimento, os alunos devem ser organizados em pequenos grupos, IMC = Massa (kg)/ estatura (m)2 em ordem crescente (ou decrescente) da estatura. 3) Retiram seus calçados para os testes de sala. Anotação: A medida é anotada com uma casa decimal. 4) Cada aluno recebe sua ficha individual de avaliação que deverá ser entregue ao professor para as devidas anotações em cada teste (modelo em anexo). MEDIDA DA ENVERGADURA 5) Encerradas as medidas e testes de sala, os alunos serão orientados a vestirem Material: Trena métrica com precisão de 2mm. seus calçados e serão conduzidos aos testes de campo seguindo a ordem Orientação: Sobre uma parede lisa, de preferência proposta na Bateria PROESP-BR. sem rodapé, fixa-se a trena métrica paralelamente ao solo a uma altura de 1,20 m para os alunos menores MEDIDA DA MASSA CORPORAL e 1,50 m para os alunos maiores. O aluno posiciona- Material: Uma balança com precisão de até 500 gramas se em pé, de frente para a parede, com os braços em Orientação: No uso de balanças o avaliador deverá ter em conta sua calibragem. Na abdução em 90 graus em relação ao tronco. Os utilização de balanças portáteis, recomenda-se sua calibragem prévia e a cada 8 a 10 cotovelos devem estar estendidos e os antebraços medições. Sugere-se a utilização de um peso padrão previamente conhecido para cali- supinados. O aluno deverá posicionar a extremidade brar a balança. do dedo médio esquerdo no ponto zero da trena, Anotação: A medida deve ser anotada em quilogramas com a utilização de uma casa sendo medida a distância até a extremidade do dedo decimal. médio direito. Anotação: A medida é registrada em centímetros com uma casa decimal. MEDIDA DA ESTATURA Material: Estadiômetro ou trena métrica com precisão até 2 mm. TESTE DE FLEXIBILIDADE (SENTAR-E-ALCANÇAR) Orientação: Na utilização de trenas métricas, aconselha-se a fixá-la na parede a 1 metro Material: Trena e fita adesiva. do solo e estendê-la de baixo para cima. Neste caso, o avaliador não Orientação: Os alunos devem estar descalços. Estenda uma fita métrica no chão. Na poderá esquecer de acrescentar 1 metro (distância do solo a trena) ao marca de 38,1 cm desta fita coloque um pedaço de fita adesiva de "45,0" cm resultado medido na trena métrica. atravessada na fita métrica. A fita adesiva deve segurar a fita métrica no chão. A Para a leitura da estatura, deve ser utilizado um dispositivo em pessoa senta-se com a extremidade "0" da fita métrica entre as pernas. Os forma de esquadro (figura abaixo). Deste modo um dos lados do calcanhares devem quase tocar a fita adesiva na marca dos 38,1 cm e estarem esquadro é fixado à parede e o lado perpendicular junto à cabeça separados cerca de 30,0 cm. Com os joelhos estendidos, a pessoa inclina-se do estudante. Esse procedimento elimina erros decorrentes da lentamente e estende as mãos o mais distante possível. A pessoa deve se manter possível inclinação de instrumentos, tais como réguas ou nesta posição o tempo suficiente para a distância ser marcada. pranchetas quando livremente apoiados apenas sobre a cabeça do estudante. Anotação: O resultado é medido em centímetros a partir da posição mais longíqua Anotação: A medida da estatura é anotada em centímetros com que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registra-se o melhor uma casa decimal. resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal. 4 5
  • 5. Cartilha 23.08.04 16:25 Page 9 TESTE DE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS SUPERIORES (ARREMESSO DE MEDICINEBALL) Material: Uma trena e um medicineball de 2 kg (ou saco de areia com 2 kg) Orientação: A trena é fixada no solo perpendicularmente à parede. O ponto zero da trena é fixado junto à parede. O aluno senta-se com os joelhos estendidos, as pernas unidas e as costas completamente apoiadas à parede. Segura a medicineball junto ao peito com os cotovelos flexionados. Ao sinal do avaliador o aluno deverá lançar a bola a maior distância possível, mantendo as costas apoiadas na parede. A distância do arremesso será registrada a partir da ponto zero até o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. Serão TESTE DE FORÇA-RESISTÊNCIA (ABDOMINAL) realizados dois arremessos, registrando-se o melhor resultado. Material: Colchonetes de ginástica e cronômetro. Sugere-se que a medicineball seja banhada em pó branco para a Orientação: O aluno posiciona-se em decúbito dorsal com os identificação precisa do local onde tocou pela primeira vez ao solo. joelhos flexionados a 90 graus e com os braços cruzados Anotação: A medida será registrada em centímetros com uma casa decimal. sobre o tórax. O avaliador fixa os pés do estudante ao solo. Ao sinal, o aluno inicia os movimentos de flexão do tronco até TESTE DE AGILIDADE (TESTE DO QUADRADO) tocar com os cotovelos nas coxas, retornando a posição Material: Um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4 m inicial (não é necessário tocar com a cabeça no colchonete a de lado, 4 cones de 50 cm de altura ou 4 garrafas de refrigerante de 2 l do tipo pet. cada execução). O avaliador realiza a contagem em voz alta. Orientação: O aluno parte da posição de pé, com um O aluno deverá realizar o maior número de repetições pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de completas em 1 minuto. partida. Ao sinal do avaliador, deverá deslocar-se até o Anotação: O resultado é expresso pelo número de movimentos completos realizados próximo cone em direção diagonal. Na seqüência, corre em 1 minuto. em direção ao cone à sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em TESTE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS INFERIORES (SALTO HORIZONTAL) diagonal). Finalmente, corre em direção ao último cone, Material: Uma trena e uma linha traçada no solo. que corresponde ao ponto de partida. O aluno deverá Orientação: A trena é fixada ao solo, perpendicularmente à linha, ficando o tocar com uma das mãos cada um dos cones que ponto zero sobre a mesma. O aluno coloca-se imediatamente atrás da linha, demarcam o percurso. O cronômetro deverá ser com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semiflexionados, acionado pelo avaliador no momento em que o avaliado realizar o primeiro passo tronco ligeiramente projetado à frente. Ao sinal, o aluno deverá saltar a tocando com o pé o interior do quadrado. Serão realizadas duas tentativas, sendo maior distância possível. Serão realizadas duas tentativas, registrando-se o registrado o melhor tempo de execução. melhor resultado. Anotação: A medida será registrada em segundos e centésimos de segundo Anotação: A distância do salto será registrada em centímetros, com uma (duas casas após a vírgula). casa decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta. 6 7
  • 6. Cartilha 23.08.04 16:25 Page 11 TESTE DE VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO (CORRIDA DE 20 METROS) forma inequívoca. Sugere-se que o avaliador calcule previamente o Material: Um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhas perímetro da pista e durante o teste anote apenas o número de voltas paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante de cada aluno. Dessa forma, após multiplicar o perímetro da pista 20 m da primeira (linha de cronometragem) e a terceira pelo número de voltas de cada aluno, deverá complementar com a linha, marcada a 1 metro da segunda (linha de chegada). adição da distância percorrida entre a última volta completada e o A terceira linha serve como referência de chegada para o ponto de localização do aluno após a finalização do teste. aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desacele- Anotação: Os resultados serão anotados em metros com ração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois aproximação às dezenas. cones para a sinalização da primeira e terceira linhas. Orientação: O estudante parte da posição de pé, com TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (VAI-E-VEM) um pé avançado à frente imediatamente atrás da primeira Material: Uma superfície livre antiderrapante. Ginásio ou quadra polivalente com pelo linha e será informado que deverá cruzar a terceira linha menos 22 metros de comprimento. Leitor de CD com volume adequado e CD com a mar- o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o aluno deverá deslocar-se, o mais cação do ritmo ou cadência. Cones de marcação do percurso e ficha para anotação. rápido possível, em direção à linha de chegada. O cronometrista deverá acionar o Orientação: Marcar um percurso de 20 metros com cones e linhas demarcatórias do cronômetro no momento em que o avaliado der o primeiro passo (tocar ao solo), trajeto. Planejar um espaço de forma que cada aluno tenha um espaço de 100-150 cm ultrapassando a linha de partida. Quando o aluno cruzar a segunda linha (dos de largura para correr. Ajustar o leitor de CD utilizando o teste de 1 minuto existente 20 metros), será interrompido o cronômetro. no próprio CD; se o intervalo de tempo de um minuto possuir um erro igual ou superi- Anotação: O cronometrista registrará o tempo do percurso em segundos e or a meio segundo, o CD deve ser substituído. Para o início do teste, os avaliados centésimos de segundos (duas casas após a vírgula). devem estar posicionados, um ao lado do outro, atrás da linha inicial, e devem ter verificado que seus tênis estão devidamente amarrados. Os alunos devem correr os TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (9 MINUTOS) 20 metros de distância e tocar a linha com o pé quando tocar o sinal sonoro (bip). Ao Material: Local plano com marcação do perímetro da pista. Cronômetro e ficha de som do bip, eles devem inverter o sentido da corrida e correr até a outra extremidade. registro. Material numerado para fixar às costas dos alunos identificando-os claramente Se alguns alunos chegarem à linha antes do bip, eles devem esperar pelo mesmo para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas. Trena métrica. antes de correr para a outra direção. Os alunos repetem esse procedimento até que Orientação: Divide-se os alunos em grupos adequados às dimensões da pista. não alcancem a linha antes do bip por duas vezes (não necessariamente consecuti- Observa-se a numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o vas). Se um aluno não conseguir alcançar a linha ao sinal sonoro, deverá ser-lhe dada registro dos anotadores. Tratando-se de estudantes com cabelos longos, observa-se o a oportunidade para tentar recuperar o ritmo adequado. Na segunda vez que o aluno comprimento dos cabelos para assegurar que o número às costas fique visível. não conseguir atingir a linha ao sinal sonoro, o seu teste é dado como terminado. Os Informa-se aos alunos sobre a execução correta do testes dando ênfase ao fato de que alunos que terminarem o teste deverão caminhar durante algum tempo e, quando devem correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade intercalados por saírem da área de realização do mesmo, deverão observar a recomendação de não longas caminhadas. Informa-se que os alunos não deverão parar ao longo do trajeto e atrapalhar os colegas que estiverem ainda correndo. Antes da aplicação do teste os que trata-se de um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quando alunos devem executar dois ou três ensaios para uma adequada compreensão dos sentirem-se cansados. Durante o teste, informa-se ao aluno a passagem do tempo aos procedimentos a serem realizados. 3, 6 e 8 minutos (“Atenção: falta 1 minuto!”). Ao final do teste, soará um sinal (apito). Anotação: Registra-se o número total de voltas realizadas pelo aluno. Os alunos deverão interromper a corrida, permanecendo no lugar onde estavam (no momento do apito) até ser anotada ou sinalizada a distância percorrida. Todos os dados serão anotados em fichas próprias devendo estar identificado cada aluno de 8 9
  • 7. Cartilha 23.08.04 16:25 Page 13 REFERÊNCIAS MATSUDO, V. K. R. Critérios biológicos para diagnóstico, prescrição e prognóstico BARBANTI, V. Aptidão física relacionada à saúde: manual de testes. São Paulo: de aptidão física em escolares de 7 a 18 anos de idade. Rio de Janeiro: Universidade Prefeitura Municipal de Itapira. Departamento de Educação Física Esportes e Gama Filho, 1992. (Tese de Livre Docência) Recreação, 1983. MOTA, J. & SALLIS, J. F. Actividade física e saúde. Campo das Letras, Porto, 2002. BENTO, J. O. Desporto para crianças e jovens: das causas e dos fins. In: GAYA, NAHAS, M. V.; CORBIN, C. B. Aptidão física e saúde nos programas de educação A.; MARQUES, A.; TANI, G. (org). Desporto para Crianças e Jovens: razões e física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 8, n. 2, p. 14-24, 1992. finalidades (no prelo). PAFFEMBARGER, R.; HYDE, M.; MING, A.; LEE, I-M.; KAMPERT, J. N. A active and BÖHME, M. T. S.; FREITAS, M.C. Aptidão física: avaliação de aspectos relacionados fit way of life influencing health and longevity. In: QUINNEY, H.; GAUVING, L.; WALL, com a saúde. Viçosa, MG: Imprensa Universitária – Universidade Federal de A. (eds). Toward active living: proceedings of International Conference on Physical Viçosa, 1989. Activity, Fitness and Health. Champaign: Human Kinetics, 1994. p. 61-68. BORMS, J. Early identification and sport talent: a kinanthropometric view. Na SICHIERI, R. & ALLAM, V. L. C. Avaliação do estado nutricional de adolescentes inventational paper presented at the International Symposium of Science and brasileiros através do índice de massa corporal. Jornal de Pediatria, 2(2):80-84, 1996. Technology in Sports. Porto Alegre, 1997. SOBRAL, F. FACDEX: Um projeto de investigação em desporto escolar: opções BOUCHARD, C. et SHEPARD, R. Physical activity, fitness and health: the model técnicas e metodológicas. In: BENTO, J. O. et MARQUES, A. T. A Ciência do Desporto: and key concepts physical activity, fitness and health. In: BOUCHARD, C.; SHEPARD, R. a cultura e o homem. Porto, Universidade do Porto, 1998. et STEPHENS, T. (eds). Physical activity, fitnass and health: international procedings TORRES, L. O estilo de vida em jovens atletas: estudo exploratório sobre a and consensus statement. Human Kinectics, Champaign, Illinois, 1994. influência do gênero sexual, do nível socioeconômico e do nível de prestação COOPER INSTITUTE FOR AEROBICS RESEARCH. FITNESSGRAM. Manual de desportiva no perfil dos hábitos de vida. Porto Alegre: UFRGS, 1998. Dissertação aplicação de testes. Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa, 2002. (Mestrado em Ciências do Movimento Humano), Escola de Educação Física, GAYA, A.; TORRES, L. O esporte na infância e adolescência: alguns pontos Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998. polêmicos. In: GAYA, A.; MARQUES, A.; TANI, G. (org). Desporto para crianças e WINNICK, J. P.; SHORT, F. X. Testes de aptidão física para jovens com jovens: razões e finalidades (no prelo). necessidades especiais: manual brockport de testes. São Paulo: Manole, 2001. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. P. Crescimento, composição corporal e desempenho motor em crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997. GUEDES, D. P. Crescimento, composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes do município de Londrina (PR), São Paulo, 1994. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo. KREBS, R. J. A teoria dos sistemas ecológicos: um paradigma para a educação infantil. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação Física e Desportos, 1997. MAIA, J. A. R. et al. A estabilidade da aptidão física: o problema, essência analítica, insuficiência e apresentação de uma proposta metodológica baseada em estudos de painel com variáveis latentes. Revista Movimento. Porto Alegre, v. 5, n. 9, p. 58-79, 1998. MARQUES, R. M. Crescimento e desenvolvimento pubertário em crianças e adolescentes brasileiros: II altura e peso. São Paulo: Editora Brasileira de Ciências, 1982. 10 11
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