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Escatologia cósmica – 2ª Parte
                                                                Adauto César
                                                      19 de novembro de 2010


Introdução

Para melhor compreensão no que diz respeito ao futuro, faz-se necessário
entender o caráter e os ensinos da pessoa de Jesus Cristo.


Ao lermos os Evangelhos na bíblia sagrada, simples características do ensino
de Jesus causaram espanto e escândalo para uma nação e seus religiosos por
uma simples forma de pensar [enxergar] sobre Deus e sua criação. Um
exemplo clássico foi quando Jesus ensinou aos seus discípulos na oração a
invocarem Deus por Abbá, de Pai, no sentido paternal, de pai para filhos.


Ninguém jamais pensou [enxergou] esta relação com Deus. Naquela época
tudo era atribuído a Deus, sejam boas ou ruins. Aliás, Deus nunca castigou o
ser humano pelos seus atos irresponsáveis. Jamais Deus, o Criador, causaria
guerras ou mortes das quais muitos acreditaram por gerações, que as causas
de mortes, acidentes e fenômenos naturais foram obras de Deus. Mas a partir
de Jesus a história da igreja ganha uma nova roupagem devido à ruptura para
novas formas de pensamento a respeito de Deus e sua criação.


Tudo que tinha de ruim, de castigo, de condenação, de acusação, de maldição
pra acontecer já aconteceu na cruz do Calvário pela vida de Jesus na história
da humanidade.


De antemão almejo abordar três tópicos sobre a aula de ontem, ou seja, formas
primitivas de pensamentos a cerca da escatologia.




                                                                            1
O pensamento primitivo cristão


   1.     A velha mentalidade cíclica humana


A forma primitiva de pensamento de muitos cristãos de hoje, pertinente à
escatologia, é pensar que tudo, literalmente tudo e todas as coisas norteiam a
partir de uma perspectiva limitada e misteriosa, ou seja, como um ciclo de vida.
Existe um começo, um meio e o fim. É a partir desta forma primitiva de
pensamento que esboço está realidade que permanece latente no seio da
igreja evangélica brasileira e enraizada na cultura ocidental.


Por exemplo:


Ao assistir um filme, todo e qualquer longa-metragem há um espaço de tempo
da qual denomina: começo, meio e fim. Portanto, alguns cristãos adeptos a
visão apocalíptica a cerca do porvir atribuem a este ciclo não só como exemplo
de filmes, mas também à vida, as pessoas, os animais, as plantas etc. Nessa
ótica rudimentar ainda permanece concentrada na igreja evangélica brasileira o
a teologia escatológica chamada “o fim do mundo”. Onde o criador Deus fez
todas as coisas (começo), em seguida vem à modernidade, (o meio) e o fim do
mundo (fim). Dando a ideia de tempo remanescente, no sentido de estar
acabando o mundo. Esse pensamento ganhou força com base nos últimos
acontecimentos de fenômenos de ordem natural como:


   • Maremoto;
   • Terremoto;
   • Vulcões em erupções;
   • Atentados terroristas e
   • Mudanças climáticas.


Outros fatores contribuíram para essa linha de pensamento sobre o fim do
mundo como questões de ordem sóciopolíticos e econômicas nos paises.




                                                                              2
A mecânica da teologia foi utilizada para representar o começo da criação
                  como: o passado, já nos dias de hoje, o presente, e o futuro no fim do mundo.
                  Como ilustra o quadro abaixo sobre o pensamento escatológico apocalíptico.




                            Visão Humana - Pensamento escatológico apocalíptico


                                                                   Teologia               Visão
Odrem dos fatos




                            Tempo               Espaço
                                                                 apocalíptica            do homem
                   1º Começo                Passado           Criação              Deus cria
                   2º Meio (dias de hoje)   Presente          Evolução             Homem procria
                   3º Fim                   Futuro            Destruição           Deus destrói




                  Este velha forma primitiva teológica e escatológica de pensar possivelmente
                  esteja ligada às impressões equivocadas dos relatos bíblicos, no qual
                  decorreram fontes de ensino nas igrejas evangélicas brasileiras com base em
                  pressuposto ideológico praticadas por líderes de ministério das igrejas
                  evangélicas, na pregação de pastores e teólogos ortodoxos. O que de cerca
                  forma a igreja evangélica ocidental foi “teologizada” sofrendo fortes influencias
                  por parte da teologia norte-americana. Que são ensinados até hoje por gente
                  pouco especializada para milhões piedosos que vão desde criança até idosos.


                  Esse pensamento escatológico apocalíptico foi desenvolvido ao longo da
                  história da igreja possivelmente pela falta de hermenêutica bíblica.




                     2.     O pensamento escatológico profético


                  Enquanto a forma de pensamento escatológica apocalíptica descreve um
                  quadro que “engessa” a ação humana, onde Deus age fora da história, o




                                                                                                  3
pensamento escatológico profético impele uma ação humana, onde Deus age
na história através do agente humano1.
A maneira mais coesa de abordar o pensamento escatológico profético retrata
o presente, o agora, o hoje, e não algo que está para além, distante ou no
futuro.
Se na época de Jesus de cultura extremamente religiosa um cristão, como
Paulo de Tarso, já pensava na escatologia profética, não usando esse termo,
mas que baseava a ação de Deus através do homem no tempo presente quem
dirá agora, nos tempos de hoje. Uma passagem bíblica do Novo Testamento
escrita pelo apóstolo Paulo na carta a Roma. Serve como referência de um
pensamento escatológico profético latente em suas cartas, onde expressa de
forma cristalina uma ação de Deus na forma humana da história que
surpreende qualquer cristão. Ao ponto da criação esperar, no sentido de
esperança, um futuro certo, ou seja, todos sem exceção, aguardam com
expectativa, que aqueles que acreditam na obra de Jesus mediante uma ação
humana, intervenham ao encontro de sua criação. Em Romanos 8:19,20d,21
Paulo assegura que a criação espera um futuro certo pelas mãos dos homens –
“A    natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus
sejam revelados.” “na esperança de que a própria natureza criada será
libertada da escravidão decadência em que se encontra”.


Note que o termo usado aqui é: “em que se encontra”, ou seja, no estado, na
posição, na maneira em que [você] se encontra, refere-se agora, hoje! Não
algo além, algo desconhecido e distante ou algo longe de nós como no futuro.


Este ensino de está nas entrelinhas da carta onde Paulo contrapõe o
pensamento escatológico apocalíptico que origina medo e pânico a todos
aqueles que não estão de acordo com esse pensamento e que apenas alguns
serão redimidos do grande e terrível fim do mundo.




1
    Romanos 8:28 – Sabemos que Deus age em todas as coisas


                                                                               4

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Escatologia cósmica parte 2

  • 1. Escatologia cósmica – 2ª Parte Adauto César 19 de novembro de 2010 Introdução Para melhor compreensão no que diz respeito ao futuro, faz-se necessário entender o caráter e os ensinos da pessoa de Jesus Cristo. Ao lermos os Evangelhos na bíblia sagrada, simples características do ensino de Jesus causaram espanto e escândalo para uma nação e seus religiosos por uma simples forma de pensar [enxergar] sobre Deus e sua criação. Um exemplo clássico foi quando Jesus ensinou aos seus discípulos na oração a invocarem Deus por Abbá, de Pai, no sentido paternal, de pai para filhos. Ninguém jamais pensou [enxergou] esta relação com Deus. Naquela época tudo era atribuído a Deus, sejam boas ou ruins. Aliás, Deus nunca castigou o ser humano pelos seus atos irresponsáveis. Jamais Deus, o Criador, causaria guerras ou mortes das quais muitos acreditaram por gerações, que as causas de mortes, acidentes e fenômenos naturais foram obras de Deus. Mas a partir de Jesus a história da igreja ganha uma nova roupagem devido à ruptura para novas formas de pensamento a respeito de Deus e sua criação. Tudo que tinha de ruim, de castigo, de condenação, de acusação, de maldição pra acontecer já aconteceu na cruz do Calvário pela vida de Jesus na história da humanidade. De antemão almejo abordar três tópicos sobre a aula de ontem, ou seja, formas primitivas de pensamentos a cerca da escatologia. 1
  • 2. O pensamento primitivo cristão 1. A velha mentalidade cíclica humana A forma primitiva de pensamento de muitos cristãos de hoje, pertinente à escatologia, é pensar que tudo, literalmente tudo e todas as coisas norteiam a partir de uma perspectiva limitada e misteriosa, ou seja, como um ciclo de vida. Existe um começo, um meio e o fim. É a partir desta forma primitiva de pensamento que esboço está realidade que permanece latente no seio da igreja evangélica brasileira e enraizada na cultura ocidental. Por exemplo: Ao assistir um filme, todo e qualquer longa-metragem há um espaço de tempo da qual denomina: começo, meio e fim. Portanto, alguns cristãos adeptos a visão apocalíptica a cerca do porvir atribuem a este ciclo não só como exemplo de filmes, mas também à vida, as pessoas, os animais, as plantas etc. Nessa ótica rudimentar ainda permanece concentrada na igreja evangélica brasileira o a teologia escatológica chamada “o fim do mundo”. Onde o criador Deus fez todas as coisas (começo), em seguida vem à modernidade, (o meio) e o fim do mundo (fim). Dando a ideia de tempo remanescente, no sentido de estar acabando o mundo. Esse pensamento ganhou força com base nos últimos acontecimentos de fenômenos de ordem natural como: • Maremoto; • Terremoto; • Vulcões em erupções; • Atentados terroristas e • Mudanças climáticas. Outros fatores contribuíram para essa linha de pensamento sobre o fim do mundo como questões de ordem sóciopolíticos e econômicas nos paises. 2
  • 3. A mecânica da teologia foi utilizada para representar o começo da criação como: o passado, já nos dias de hoje, o presente, e o futuro no fim do mundo. Como ilustra o quadro abaixo sobre o pensamento escatológico apocalíptico. Visão Humana - Pensamento escatológico apocalíptico Teologia Visão Odrem dos fatos Tempo Espaço apocalíptica do homem 1º Começo Passado Criação Deus cria 2º Meio (dias de hoje) Presente Evolução Homem procria 3º Fim Futuro Destruição Deus destrói Este velha forma primitiva teológica e escatológica de pensar possivelmente esteja ligada às impressões equivocadas dos relatos bíblicos, no qual decorreram fontes de ensino nas igrejas evangélicas brasileiras com base em pressuposto ideológico praticadas por líderes de ministério das igrejas evangélicas, na pregação de pastores e teólogos ortodoxos. O que de cerca forma a igreja evangélica ocidental foi “teologizada” sofrendo fortes influencias por parte da teologia norte-americana. Que são ensinados até hoje por gente pouco especializada para milhões piedosos que vão desde criança até idosos. Esse pensamento escatológico apocalíptico foi desenvolvido ao longo da história da igreja possivelmente pela falta de hermenêutica bíblica. 2. O pensamento escatológico profético Enquanto a forma de pensamento escatológica apocalíptica descreve um quadro que “engessa” a ação humana, onde Deus age fora da história, o 3
  • 4. pensamento escatológico profético impele uma ação humana, onde Deus age na história através do agente humano1. A maneira mais coesa de abordar o pensamento escatológico profético retrata o presente, o agora, o hoje, e não algo que está para além, distante ou no futuro. Se na época de Jesus de cultura extremamente religiosa um cristão, como Paulo de Tarso, já pensava na escatologia profética, não usando esse termo, mas que baseava a ação de Deus através do homem no tempo presente quem dirá agora, nos tempos de hoje. Uma passagem bíblica do Novo Testamento escrita pelo apóstolo Paulo na carta a Roma. Serve como referência de um pensamento escatológico profético latente em suas cartas, onde expressa de forma cristalina uma ação de Deus na forma humana da história que surpreende qualquer cristão. Ao ponto da criação esperar, no sentido de esperança, um futuro certo, ou seja, todos sem exceção, aguardam com expectativa, que aqueles que acreditam na obra de Jesus mediante uma ação humana, intervenham ao encontro de sua criação. Em Romanos 8:19,20d,21 Paulo assegura que a criação espera um futuro certo pelas mãos dos homens – “A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.” “na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão decadência em que se encontra”. Note que o termo usado aqui é: “em que se encontra”, ou seja, no estado, na posição, na maneira em que [você] se encontra, refere-se agora, hoje! Não algo além, algo desconhecido e distante ou algo longe de nós como no futuro. Este ensino de está nas entrelinhas da carta onde Paulo contrapõe o pensamento escatológico apocalíptico que origina medo e pânico a todos aqueles que não estão de acordo com esse pensamento e que apenas alguns serão redimidos do grande e terrível fim do mundo. 1 Romanos 8:28 – Sabemos que Deus age em todas as coisas 4