A República Velha no Brasil (1889-1930) foi marcada por governos militares autoritários e pelo domínio das elites rurais e do Exército. A proclamação da República em 1889 resultou em um golpe liderado por militares e fazendeiros para proteger seus interesses, sem muitas mudanças nas estruturas econômicas e sociais. Os governos de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto enfrentaram crises políticas e econômicas, além de revoltas regionais como a Revolta Federalista no Rio
4. REPÚBLICA VELHA
Espada Oligárquica
1889 1894 1930
Procla-
Procla- Eleição Revolução
mação P. Morais Era Vargas
5. 1. Um Império em crise:
A – Fora de Contexto
o As modernizações trouxeram as
mudanças e novas elites.
o Aos barões do café e à burguesia
o Império era sinônimo de atraso.
o O conservadorismo não atendia
as exigências dos novos tempos.
6. B – Questão Militar
o A vitória na Guerra do Paraguai
elevou o moral da tropa e ampliou
as reivindicações do Exército.
o O Exército exigia aumento nos
soldos, promoções, aposentadorias
e maior participação política.
o D. Pedro omisso diante disso.
7. Punições:
o Tenente – coronel Sena Madureira
foi repreendido por manifestar – se
pela reforma do Montepio Militar.
o Sena Madureira foi demitido do
comando da Escola de Tiro por ter
homenageado um jangadeiro que
evitara o embarque de escravos do
Nordeste para o Sul.
8. Crise
o Fardados contra os paisanas.
o D. Pedro II demitiu, e vetou
aumentos e promoções, além de
proibir o Exército de manifestar – se
publicamente.
o Os ideais republicanos chegaram
aos quartéis.
9. C – Abolicionismo
o Com a Lei Áurea, fazendeiros
escravistas alegaram prejuízos e
passaram a exigir indenizações.
o Diante da negativa do Império, os
fazendeiros, antes base de apoio
de D. Pedro II, retiraram tal apoio.
o Isso também abalou o Império.
10. D – Questão Religiosa
o Igreja Católica e Estado estavam
ligados desde a colonização.
o Na Constituição de 1824 a religião
Católica tornou – se oficial.
Padroado
o Nomeações a cargos da Igreja só
com autorização do Estado.
11. Beneplácito (consentimento)
o Poder de veto ou sanção às ordens
que viessem de Roma.
o Cabia a D. Pedro II aprovar ou não
bulas ou encíclicas papais.
o Para isso o PLACET de D. Pedro II
era essencial.
12. Crise entre Estado e Igreja
Bula Syllabus (1864)
o O Papa vetou a participação da
maçonaria na Igreja e vice versa.
o D. Pedro II vetou a bula, puniu o
Padre Almeida Martins por discursar
na maçonaria e interditou os bispos
de Olinda e Belém.
13. 2. Movimento Republicano
o Poder militar supera o poder civil.
o Centralismo não combinava com a
descentralização dos novos tempos.
o O sistema federativo poria fim às
disputas regionalistas.
o O ultrapassado Império estava
sendo atropelado pela República.
14. Positivismo
Criado pelo francês Auguste Comte no séc. XIX. De
acordo com essa Filosofia, o método de
experimentação e observação das ciências
exatas deveria ser aplicado às ciências humanas.
Seu lema fundamental era:
“O amor por princípio, a Ordem por base e o
Progresso por fim.”
15. Manifesto Republicano (1870)
o Manifesto do PRP – SP propondo
a República como sistema político.
Evolucionistas
o República por meios pacíficos.
Revolucionários
o República pela revolução popular.
16. Reformas Liberais de Ouro Preto
o Liberdade de culto.
o Autonomia às províncias.
o Mandatos temporários.
o Ampliação do voto.
o Conselho de Estado funcionaria
com restrições de poder.
Acusado de moderado ou radical, Ouro Preto, Presidente
do Conselho de Ministros, teve seu projeto rejeitado,
agravando a crise entre Império e republicanos.
17. Crise política
o As reformas de Ouro Preto foram
rejeitadas e a Câmara dissolvida.
o A Guarda Nacional, reorganizada,
teve seus poderes ampliados.
o Irritado, o Exército, tendo como
aliado o setor cafeeiro, colocou – se
o Império.
18. A Proclamação de 15/11/1889
Golpe de Estado
o Benjamim Constant apoiado por
Marechal Deodoro articularam o
golpe de Estado contra o Império.
o Boatos de prisão de Deodoro e
Benjamim Constant apressaram a
Proclamação da República (15/11/89).
19. Significados:
o Golpe de Estado elitista.
o Exército e fazendeiros uniram –
se protegendo seus interesses.
o O povo foi mantido fora de
importantes decisões políticas.
o Não houve rupturas profundas
nas estruturas econômicas.
20. Governo Provisório
Deodoro da Fonseca (1889/1891)
Disputas políticas
o Barões do café.
o Burguesia.
o Classe Média.
As elites esperavam que o Brasil republicano se
modernizasse. Os Barões do café tinham pretensões políticas,
a burguesia e a classe média pretendiam que o país se
industrializasse e gerasse novas e melhores oportunidades.
23. 3. República da Espada:
1889 1894
Proclamação Eleição Prudente Moraes
o Governos militares.
o Marechal Deodoro da Fonseca.
o Marechal Floriano Peixoto.
25. Primeiras medidas:
o República Federativa.
o EUB: Estados Unidos do Brasil.
o Banimento da Família Real.
o Fim do Senado vitalício.
o Fim do Conselho de Estado.
o Fim do Padroado e Beneplácito.
26. o Separação entre Estado e Igreja.
o Liberdade religiosa.
o Registro civil (para nascimentos,
casamentos e óbitos).
o Criação de uma nova bandeira.
o Direitos de cidadania a estrangeiros.
o Convocação de uma Assembléia
Constituinte.
31. Constituição de 1891:
o República Federativa.
o Presidencialismo.
o Voto direto, universal, masculino,
para alfabetizados maiores de 21.
o Províncias seriam estados.
o Poderes: Executivo, Legislativo e
Judiciário.
32. Aspectos econômicos:
Heranças e problemas
o Estruturas: latifúndios e monocultura.
o Dívida externa.
o Dependência externa.
o Estagnação econômica.
EXPECTATIVAS
Diante dos problemas econômicos, grandes expectativas.
Esperava – se que o governo republicano investisse na
industrialização, modernizando o país, em detrimento das
estruturas rurais herdadas do período colonial.
33. Política Econômica:
Rui Barbosa (Ministro da Fazenda)
o Estímulos à produção.
o Industrializar o país.
o Emissão de moedas e impostos.
o Empréstimos fartos à agricultura
e às indústrias.
o Juros baixos.
35. Crise do Encilhamento:
o Desvalorização de moeda e queda
nos impostos gerou queda na receita
do Estado.
o O Estado emitia moeda para cobrir
seus déficits gerando inflação.
o Empréstimos à empresas fantasmas.
o Endividamento do Estado, inflação
e falências.
36. Eleições de 1891:
Chapa 1:
o Mchal. Deodoro da Fonseca.
o Alm. Eduardo Vandenkolk.
Chapa 2:
o Prudente de Moraes.
o Machal. Floriano Peixoto.
37. Governo Constitucional
Marechal Deodoro da Fonseca
o Oposição: fazendeiros e industriais.
Problemas
o Efeitos da Crise do Encilhamento.
o Colocou o Barão de Lucena no
lugar de Rui Barbosa.
o Crise econômica e política.
39. Crise política:
o Centralismo e autoritarismo.
o Estado de sítio.
o Fechamento do Congresso.
o Censura e repressão.
o Prisões, greves e pressões.
o Golpe de Estado e renúncia de
Deodoro em Novembro de 1891.
40. Floriano Peixoto (1891 – 1894)
o Vice de Deodoro, assumiu com a
sua renúncia em 1891.
Medidas:
o Suspensão do Estado de Sítio.
o Reabertura do Congresso.
o Anistia/expulsão de presos políticos.
o Apoio de estrangeiros.
42. Política econômica
o Empréstimos à indústria.
o Tarifas protecionistas.
o Reforma bancária.
Reformas sociais
o Redução de aluguéis.
o Casas para os pobres.
o Controle de preços.
43. Oposição e Guerra Civil:
o Apoio popular e de industriais.
o Oposição das oligarquias rurais e
dos banqueiros estrangeiros.
o Teve a legalidade de sua posse
questionada, pois o mandato de
Deodoro durou menos de 2 anos.
o Assumiu contrariando a oposição.
44. Agravamento da crise
o Revolta nos quartéis.
o Repressão, prisões, exílios.
o Conflitos regionais.
o Explosão da Revolta da Armada.
o Explosão da Revolução Federalista.
o Guerra Civil.
45. Revolução Federalista:
Rio Grande do Sul – 1893/1895
Federalistas (maragatos).
o Poder central forte/Parlamentarismo.
o Silveira Martins/Gumercindo Saraiva.
Republicanos (pica – paus)
o República e reeleição presidencial.
o Júlio de Castilhos, apoio de Floriano.
46. Revolta da Armada – 1891
o Custódio de Melo rompeu com
Deodoro e liderou a Revolta da
Armada.
o Ação armada, bombardeios e
união com os federalistas contra
Floriano Peixoto.
o Repressão, eleição e consolidação
da República.