1. SUGESTÕES DE
ATIVIDADES
PARA
TRABALHAR OS
EIXOS DA
ALFABETIZAÇÃO
2. 1º Compreensão e Valorização da Cultura Escrita
- Fazer o Baú da Escrita:
* cobrir uma caixa ou um caixote de papel ou tecido e enfeitá-lo
conforme o gosto do(a) professor(a) e alunos.
*Enchê-lo com os diferentes gêneros textuais em diferentes
portadores e explicar que aquele será o “tesouro da turma”
(aproveitar o material levado pelo aluno).
*Todos os dias os textos do baú devem ser analisados pela
turma, com enfoques diferenciados: é um documento, é um
texto de divulgação à distância de informações em massa
(jornais, revistas, etc) , é registro de compromissos (agenda),
preservação
e socialização dos saberes sociais (Ciências, História, Religião,
etc), comunicação entre pessoas (carta, bilhetes, e-mail) etc?
*durante a atividade procure explorar o conhecimento prévio
dos alunos em relação a cada gênero e portador .
*Guia do Alfabetizador – 1º semestre - Práticas pedagógicas:
sugestão para a construção dos combinados da turma (
procure focar o uso e funções da escrita da escrita para o
objetivo proposto (regras de convivência).
* O guia propõe um trabalho com parlendas e contação de
histórias. Antes de começar esse trabalho, familiarize os alunos
com esses gêneros textuais, apresentando variadas parlendas e
livros de história, para serem apenas recitadas e conhecidos
pelos alunos. Compare os textos e características das parlendas
e as características dos livros de histórias, para que os alunos
possam reconhecê-los sempre que depararem com algum.
3. 2º APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DA ESCRITA
Noção de frases:
conversar com os alunos sobre o que é uma frase. Que uma
frase tem que comunicar alguma coisa;
dar exemplo de frases utilizando o nome e ações dos alunos;
explorar a frase;
Laura viu uma borboleta amarela.
A frase contou o que? Quem? O que ela viu? Retirar partes
da frase e perguntar se ela continua com sentido.
Viu uma borboleta amarela.
Quem? O que ele fez?
Laura viu.
Quem? O que ela viu?
Apresentar outras frases faltando os sujeitos ou os
predicados e perguntar se são frases.
Apresentar outras frases completas e perguntar se são frases
ou não. Compará-las com as anteriores.
Apresentar a frase: Socorro! Perguntar: quem? O que fez?
Por quê?
Possibilitar a compreensão, pelos alunos, de que a frase
pode ter sentido, independente do número de palavras que
possui.
* Repetir a atividade utilizando outros recursos.
4. Noção de texto
Apresentar a parlenda, escrita em um cartaz .(ver no final
deste item, como trabalhar parlendas)
A macaca Sofia, reuniu a bicharada.
Subiu na pedra mais alta e falou apavorada:
__O leão, rei da floresta, parece que enlouqueceu!
Raspou toda a sua juba e de saia apareceu.
Quem diria, minha gente, que este bicho bravo e forte,
iria se tornar , de repente, um gatinho de saiote?
Explorar o portador, o gênero, a finalidade e função do
texto.
Possibilitar aos alunos compreenderem que o texto é
formado por um conjunto de palavras/frases com sentido e
que comunicam algo.
Explorar o texto da parlenda: quantas frases, como é a
formatação do texto, pontuação, o que cada frase
comunica, etc
Trabalhar, dessa mesma forma, outras parlendas e outros
textos pequenos.
Apresentar vários gêneros para os alunos compará-los:
bilhetes, anúncios, histórias infantis, romances com muitas
e poucas páginas, reportagens, etc.
Possibilitar ao aluno a compreensão de que o tamanho do
texto se deve ao número de palavras/frases que possuem.
No entanto, o fato de um texto ter poucas palavras/frases
não prejudica o seu sentido.
5. Rimas
Contação de história: Varre Vento – Cláudia Pacce ou outra história
rimada
- trabalhar o portador ( o livro: nome, características, etc)
- trabalhar o tipo (narrativo) e gênero do texto: história
(característica, funções, finalidades, como é produzido, onde pode
ser encontrado, etc)
- explorar a capa, ilustrações, dados sobre autor e editora
- ler ou contar a história e fazer interpretação oral
chamar a atenção para a forma que o autor escolheu para escrever o
texto (rimado)
identificar as palavras que combinam (rimam) em cada página
perguntar: por que as palavras combinam? (porque terminam com o
mesmo som)
Qual é o nome que se dá para esta combinação de palavras? (rimas)
quando eu escrevo combinando as palavras , o que eu faço? (faço
rimas)
Trabalhar poesias, parlendas, quadrinhas , conforme orientação
acima, até que os alunos estejam familiarizados com rimas.
(Avaliar o conhecimento prévio do aluno e sua capacidade de
identificar rimas)
O professor fala uma palavra e a turma terá que fazer rimas. Quando
a turma não encontrar mais rimas para a palavra dita
pelo professor ele muda a palavra. A brincadeira pode ser feita em
equipes. Cada rima vale um ponto.
Brincar de falar trava-línguas, identificando a sílaba repetida.
Brincar de falar aliteração, identificando a sílaba que se repete: Quem
com ferro fere, com ferro será ferido.
6. Fonema iniciais e finais
Fonemas iniciais
- rodinha
- Brincadeira: “De quem é o nome? “
A professora explica aos alunos que irá dizer o
primeiro som do nome de um aluno e que eles
devem tentar adivinhar qual
é este nome. O nome é R – R – R – R (fazer o
som do R). Se tiver mais de um aluno que tem
o nome iniciado com o
mesmo som, o professor deve mostrar que um
mesmo fonema pode estar em nomes
diferentes.
A brincadeira deve ser repetidas várias vezes,
inclusive com nomes de: frutas, animais,
objetos escolares, etc
Fonemas finais:
- Repetir a brincadeira acima, porém focando o
fonema final das palavras.
.Repetir as brincadeiras das sílabas iniciais ou
finais com fonemas
7. 3º LEITURA
Criar, junto com os alunos, o cantinho de leitura na
sala de aula, fazendo uma campanha para aquisição de
livros, revista,
gibis, etc junto `a comunidade escolar.
Organizar o cantinho de leitura, se possível, com um
tapete e almofadas( que podem ser usados) para que
o aluno possa se
sentir confortável para ler.
Organizar, com os alunos, horários para leitura e
empréstimos dos livros da biblioteca da sala e
divulgação de livros e gibis
lidos.
Todos os dias fazer a rodinha para leitura de textos
diversos e de interesse dos alunos.
Solenidade festiva para a entrega do livro Cantalelê:
- contação de histórias; Características de um contador
de histórias (1ª à 9ª) – Guia do alfabetizador – 2º ano
– 1º bimestre -
Práticas pedagógicas – Hora da História...
- sarau musical, utilizando as músicas do Cantalelê
8. Colocar fichas de identificação nos objetos da
sala para que os alunos, ao precisar de algo ou
quando for guardar os
materiais no armário eles possam tentar
decodificar o que está escrito nas fichas. Ex.
ARMÁRIO DE MATERIAIS
ESCOLARES - dentro do armário, no espaço
destinado a colocar os livros escrever uma
ficha com a palavra LIVROS, no
espaço destinado aos lápis de cor, uma ficha
com LAPIS DE COR, na caixa destinada às
revistas escrever uma ficha com a
palavra REVISTAS e assim por diante. (não
etiquetar sem um objetivo claro para os
alunos.)
Apresentar pequenos textos como parlendas e
versos para os alunos decodificarem com a
ajuda do professor.
Se o método de alfabetização for silabação a
partir de palavras chaves, a professora pode
trabalhar a decodificação dessas
palavras com os alunos.
9. Ilustrar pequenos textos, lidos pelo
professor;
recontar pequenas histórias lidas pelo
professor
responder adivinhas
jogo:
- dividir a turma em dois grupos;
- colocar em um saco textos com o perfil
dos alunos;
- a professora chama um representante de
cada grupo à frente;
- a professora sorteia um perfil para cada
aluno, dizendo que são dicas;
- a professora lê o perfil item por item
para o aluno tentar adivinhar qual é o
colega descrito;
- o aluno que acertar o colega descrito
pela texto, com o menor número de digas,
ganha um ponto.
10. PRODUÇÃO DE TEXTO
Sempre que a escola for enviar bilhetes para os pais, ler em
voz alta para os alunos.
Construir os combinados com os alunos e perguntar: como
faremos para evitar que alguém esqueça os combinados?
(dirigir a discussão para que os alunos concluam que a
melhor opção é escrevê-los em um cartaz que ficará exposto
na sala, assim a professora poderá realçar o valor e o uso da
escrita)
No início da aula, combinar e registrar a rotina de atividades
do dia no quadro. Ao final da aula, avaliar o desenvolvimento
da aula.
Ao realizar jogos, combinar com os alunos a forma de
registrar os resultados.
Criar situações onde os alunos possam observar o valor, o uso
e a função da escrita na sociedade, tais como:
- procurar o endereço de alguém (outro uso do catálogo
telefônico);
- localizar ruas, bairros, cidades, estado e país em mapas do
bairro, da cidade, do estado, país, mundo;
- ler histórias, parlendas, poesias, etc. para os alunos;
-levar jornal e revistas para ler alguma notícia ou reportagem
interessante para os alunos;
-- registro das conclusões (texto coletivo, escrito em cartaz,
pela professora para ficar exposto na sala).
11. IMPORTANTE: As atividades de introdução desta capacidade
devem partir sempre de gêneros textuais já conhecidos e trabalhados
sistematicamente com os alunos, pois não podemos construir um
texto segundo os padrões de composição usuais na sociedade, se
não conheço seu gênero, seu texto e nem o seu contexto de
circulação.
Antes de começar a construção, planeje o texto:
- qual o gênero textual que vamos produzir (Explicar aos alunos, que
dependendo de quem vai receber e ler, o objetivo ou função social
do texto que será escrito, é que escolhemos o gênero. Ex. Se quero
pedir algo ao diretor da SRE, escrevo um ofício. Se vou
pedir a um amigo, posso escolher uma carta - se o ele está distante -
ou um bilhete – se ele está próximo. Se vou pedir aos meus pais,
posso escrever um bilhete, mas o jeito de escrever vai ser diferente
do bilhete do amigo).
- Para que vamos escrever?
- Para quem vamos escrever?
- O que vamos escrever?
EX. A turma quer fazer uma excursão e falta transporte. Eles poderão
escolher um ofício para fazer o pedido do transporte à SRE.
Antes de fazê-lo, eles terão que manusear vários ofícios, conhecer a
finalidade do documento (ofício), o que o texto contém, o tipo de
linguagem usada em um ofício, etc. Somente depois da construção
desse conhecimento, é que o professor introduz a construção do
texto coletivo, que é uma atividade de introdução desta capacidade.
Utilizar de várias situações reais para promover o conhecimento do
gênero e a construção de textual coletiva:
Convites, cartazes, reportagens, relatórios, etc.
12. PARA DESENVOLVER A IMAGINAÇÃO:
-Narre, para seus alunos, o final de um filme e peça
que eles imaginem o início.-Selecione gravuras de uma
história completa. Retire uma das cenas para os alunos
recomporem de outras maneiras a história
apresentada-Peça seus alunos para:
•observar o ambiente da sala de aula. Do ambiente
ele deverá escolher um objeto(enfeites, materiais
escolares, móveis...) e descrever o que ele representa,
como ele se sente, qual sua finalidade, etc.;Imaginar e
escrever sobre:
•Como as pessoas viveriam em casas só de vidro?
•Como seria o mundo se todas as coisas fossem
vermelhas?
•O que aconteceria se as bicicletas fossem os únicos
veículos de uma cidade?
•Como seria o mundo se os pássaros vivessem só em
gaiolas?
•Se pudesse morar na lua ou em marte? Qual desses
lugares escolheria? Quando mudaria para lá? O que e
quem levaria?
13. DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE
É necessário que o (a) professor (a) crie, com sua turma, o
hábito de ouvir com atenção e compreensão. Para isso ele
(ela) pode brincar com os alunos de:
- telefone sem fio;
- ouvir música e bater palmas em determinada parte dela;
- cochicho (a professora fala alguma coisa com a turma,
diminuindo cada vez mais o tom de sua voz e a turma tem de
repetir o que ela disse);
-trabalhar os cálculos orais deixando que um aluno dê as
batidas e os outros contem e façam a operação.
-- promover disputas dividindo a turma em 2 grupos. Um
aluno do grupo adversário dá as batidas e o outro faz a
mental. (Combinar o maior total ou o maior minuendo, que
deve ser dentro da capacidade de toda a turma)
Ganha o ponto, quem responder corretamente.
Acostumar os alunos a emitir opiniões, principalmente os
mais tímidos:
- como organizar a sala
- onde colocar um cartaz, os trabalhos que eles fizeram, etc.
- como escrever as fichas com os nomes deles;
- como estava a merenda e o recreio;
- avaliação das atividades da aula no final do dia, dando voz e
vez a todos;
14. Leitura de revista em quadrinhos da Turma
da Mônica, chamando atenção para a
maneira do Cebolinha (troca o r pelo l) e do
Chico Bento e seus amigos falarem (caipira) e
a maneira de seus amigos tratarem essas
diferenças de formas de
expressão;
Roda de conversa sobre as variadas
maneiras das pessoas falarem: crianças,
velhos, adultos, jovens, adolescentes, etc.
Uso de gírias e expressões regionais
Contar pequenas histórias e em seguida
dramatizá-la
Brincadeiras de ouvir: todos ficam em
silêncio ouvindo os barulhos da sala, da
escola, da rua, etc.
Celismara Seleguin Gnann