4. O QUE É A RECICLAGEM
• Segundo o DL 178/2006, de 5 de setembro, é o
reprocessamento de resíduos com vista à recuperação e ou
regeneração das suas matérias constituintes em
novos produtos . Pode ser:
– Reciclagem multimaterial - Reciclagem dos materiais
constituintes dos resíduos (vidro, papel, plásticos, metais),
tendo em vista a sua reentrada no circuito produtivo.
– Reciclagem orgânica - Tratamento aeróbio (compostagem) ou
anaeróbio (biometanização), através de microrganismos em
condições controladas, das partes biodegradáveis dos
resíduos.
5. O QUE SÃO RESÍDUOS
• Resíduo (definição segundo o DL 178/2006, de 5 de
setembro) são quaisquer substâncias ou objetos de que o
detentor se desfaz ou tem intenção ou obrigação de se
desfazer, nomeadamente os identificados na lista europeia
de resíduos (portaria 209/2004, de 3 de março). Pode ser
de vários tipos, entre eles:
– Resíduo agrícola - proveniente de exploração agrícola e, ou
pecuária ou similar.
– Resíduo biodegradável – que pode ser sujeito a
decomposição anaeróbia ou aeróbia, como, por exemplo, os
resíduos alimentares a de jardim, o papel e o cartão.
6. O QUE SÃO RESÍDUOS
– Resíduo comercial - resíduo proveniente de estabelecimento
comercial ou similar.
– Resíduo de construção e demolição - resíduo proveniente de
obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração,
conservação e demolição e da derrocada de edificações.
– Resíduo doméstico - proveniente de habitações ou similares.
– Resíduo hospitalar - resultante de atividades médicas
desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de
saúde e outras.
– Resíduo industrial - resulta de processos produtivos
industriais, bem como das atividades relativas à eletricidade,
gás e água.
7. Língua – texto de análise
Quando se trata um problema de controlo de resíduos é
necessário que essa abordagem siga uma hierarquia:
i) Em primeiro lugar é necessário verificar se não será possível evitar a
produção do resíduo, por exemplo, utilizando produtos fabricados de
forma diferente, ou prolongando o tempo de vida útil do produto.
ii) Em segundo lugar, é necessário verificar se não é possível
encontrar uma nova serventia para esse produto, em que grande
parte das suas propriedades ainda possam ser rentabilizadas caso,
por exemplo, de um pneu que seja recauchutado; grande parte dos
materiais usados para o seu fabrico e toda a tecnologia vão ser
aproveitados, apenas se acrescentando a borracha gasta durante o
seu primeiro ciclo de vida.
8. iii) Finalmente, quando não é possível aproveitar grande parte do
valor do produto podemos tentar a terceira alternativa, ou seja,
aproveitar a matéria prima que o constitui, em alguns casos para
fabricar produtos idênticos. Neste caso estamos perante uma
operação que atualmente se denomina reciclagem.
Os três princípios constituem a conhecida sigla dos 3 Rs: Reduzir,
Reutilizar e Reciclar. Dada a grande perda de trabalho e tecnologia
incorporada na maioria dos produtos quando passamos da segunda
para a terceira opção, importa aqui questionar-nos se os esforços
necessários à implementação das duas primeiras hipóteses estão ser
encarados de forma igual à atualmente dedicada à reciclagem (…).
9. (…) Importa avaliar, antes de procurar uma solução para os resíduos, se
estarão a ser desenvolvidos os necessários esforços para evitar a
produção dos resíduos perigosos, pois como é do senso comum, a melhor
forma de resolver um problema é evitar o seu aparecimento. Se cada vez
que um problema deste tipo surgir nos limitarmos a procurar medidas
para a sua remediação, então estaremos de forma, porventura
inconsciente, a contribuir para a perpetuação da situação.
Para a implementação do princípio da redução e para o da reutilização
pouco mais se tem feito do que uma vaga campanha moral, com efeitos
muito reduzidos. Sugerem-se assim que se tomem medidas concretas
para que a redução de resíduos deixe de ser uma atitude meramente
verbalizada mas sem consequências práticas.
In http://paginas.fe.up.pt/~jotace/gtresiduos/recic.htm(adaptado)
10. RECICLAGEM E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
• Desenvolvimento sustentável significa atingir o
crescimento económico necessário, mas garantindo a
preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social
do presente e gerações futuras.
• Portanto, para que se verifique este desenvolvimento
sustentável, é necessária a harmonização entre a
economia, a preservação do meio ambiente, a qualidade de
vida e o uso racional dos recursos da natureza.
• A reciclagem de resíduos, assim como qualquer outra
atividade, pode causar impactos ao meio ambiente.
11. RECICLAGEM E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
• Assim sendo, o processo de reciclagem também conduz a
riscos ambientais que precisam de ser geridos.
• A quantidade de materiais e energia necessários ao
processo de reciclagem pode representar um grande
impacto para o meio ambiente.
• Além disso, muitas vezes, são necessárias novas matérias-
-primas para modificar os resíduos, física ou mesmo
quimicamente.
• Sugere-se assim, o aproveitamento de materiais que
possam ser reutilizados, sem que isso acarrete mais
poluição para o meio ambiente.
12. RECICLAGEM E ARTE
• “Reciclar por reciclar” é o lema de ambientalistas, com vista
a tentar abrandar o processo de degradação ambiental do
nosso planeta.
• No seguimento dessas ideias ecologicamente corretas,
muitos artistas, artesãos, estilistas e designers encontraram
uma nova e interessante forma de expressão artística.
• A arte deixa de ser vista apenas como fruto de materiais
ricos para passar a ter uma conotação de sustentabilidade
e de riqueza ambiental.
• Obras resultantes do aproveitamento de caixas de papelão,
latas velhas… dão um outro ar aquilo que seria apenas lixo.
13. • A exposição Lixo Panorâmico (em Madrid, em 2006)
apresentava já uma série de objetos arquitetónicos feitos a
partir de material reciclado.
• Nesse contexto, a reciclagem não fica só no campo dos
materiais utilizados nos trabalhos, invade as ideias dos
criadores.
• Um exemplo são as esculturas verdes do escultor Patrick
Dougherty: usando pequenas mudas de plantas, dá as
formas do trabalho que pretende apresentar (que se
obtém quando as plantas crescem.
14.
15.
16. • Dois centros de mesa “Unda” desenhados por Siza Vieira e
uma taça “Restart”, desenhada por Alda Tomás, foram três
peças fabricadas com materiais reciclados, da coleção
Remade in Portugal, oferecidas às autoridades espanholas
presentes na cerimónia que assinalou o dia de Portugal na
Expo Saragoza.
17. • Destaca-se Vik Muniz (artista nascido no Brasil e residente
em Nova York). A diversidade de materiais recicláveis por
ele usados é uma característica da composição da maior
parte das suas obras
18.
19. • Em Portugal o caso mais famoso é, sem dúvida, o de Joana
de Vasconcelos. Esta artista plástica já passou as barreiras
do nosso país para se tornar um dos grandes nomes da arte
mundial.
• Famosa pela dimensão das suas peças, pela temática que
trás de volta os assuntos do quotidiano e da nossa história,
tornou-se ainda um símbolo desta destreza nova, que usa
os materiais e resíduos para os transformar em arte que
todos podem apreciar.
Atelier
20. “Sou uma mulher e sou portuguesa, e isso condiciona a forma
como olho para as coisas e como vejo o mundo.”
21. “Este carro "representa um pouco a minha entrada no mundo
adulto", conta. O carro transformou-se agora no Carro a Pilhas.
A obra nasceu no âmbito da iniciativa Pilhas de Livros, cujo
objetivo é sensibilizar as crianças para a reciclagem, propondo
que troquem pilhas velhas por livros. Este ano, a marca
convidou Joana Vasconcelos para participar neste projeto
criando uma obra em torno do conceito da reciclagem. .”
22. • Os Estilistas também têm mostrado o potencial dos
materiais descartáveis no mundo da moda. Um exemplo,
já com alguns anos, foi o Fashion Rio (primavera-verão
2008-2009) que teve como tema “repensar, reciclar,
renovar”.
• Mas a reciclagem começou nos bairros, onde os locais
começaram a aplicar material reaproveitado em carteiras
e roupas.
23.
24. A RECICLAGEM E A PUBLICIDADE
• Cada vez mais empresas optam por transmitir uma postura
de responsabilidade através de campanhas publicitárias.
• A publicidade é o mecanismo mais visível das estratégias
de marketing social.
• O recurso à publicidade é explícito – atrair a atenção sobre
a atividade de quem a produz e sobretudo, dar a
compreender a importância dos problemas com que se
debate.
• Portanto, a publicidade é o veículo selecionado para atingir
dois objetivos: 1º informar e 2º fazer agir.
25. • A tendência para aliar a componente económica das
marcas à componente social das marcas é um fenómeno
complexo. Mas também uma estratégia que garante
sucesso, que vende. Basta lembrar o sucesso da Benetton
na era Toscani, cuja estratégia publicitária se baseava em
imagens que retratavam problemas sociais chocantes.
26. • Às vezes, deparamos-nos com campanhas publicitárias que
são verdadeiras obras de arte, seja pela mensagem que
transmitem ao público ou pela originalidade.
30. A RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS
• O Decreto–Lei n.º 147/2008, de 29 de julho (Diploma da
Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei n.º
245/2009, de 22 de setembro, pelo Decreto-Lei n.º 29-
A/2011, de 1 de março e pelo Decreto-Lei n.º 60/2012, de
14 de março, estabelece o regime jurídico da
responsabilidade por danos ambientais e transpõe para a
ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 2004/35/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril de
2004, que aprovou, com base no princípio do poluidor-pagador,
o regime relativo à responsabilidade ambiental
aplicável à prevenção e reparação dos danos ambientais.
31. • Em contexto profissional, a problemática do
desenvolvimento sustentável é algo importante.
• O assunto é debatido em reuniões, quer sindicais, quer de
diretoria. Este debate de ideias acompanha a publicidade
feita pelas empresas e é, assim, fundamental para a
preservação do ambiente e do desenvolvimento
sustentável.
• Os profissionais são constantemente alertados para a
necessidade de cumprirem as normas de sustentabilidade e
as medidas previstas pelas empresas para a preservação do
meio em que se inserem.
32. EM CONTEXTO PROFISSIONAL: Dicas
• Utilização de papel reciclado nas impressões internas;
• Uso racional da água, através da instalação de torneiras
inteligentes e sistemas de tratamento e reaproveitamento
da água;
• Reciclagem dos materiais usados (pilhas, cápsulas de café);
• Uso de lâmpadas economizadoras;
• Criação de projetos educacionais voltados para a
preservação do meio ambiente.
• Uso de materiais recicláveis para a confeção de
embalagens dos produtos;
33. EM CONTEXTO PROFISSIONAL: Dicas
• Uso de sacos biodegradáveis;
• Não despejar resíduos químicos em rios, lagos…;
• Respeito total pelas leis ambientais do país;
• Uso nos processos de produção, quando for possível, de
fontes de energia limpa e renovável;
• Uso de práticas de produção que garantam a total
segurança dos funcionários no ambiente de trabalho.
• Adoção do sistema de logística reversa. As empresas
fabricantes de pneus, pilhas e outros produtos que possam
poluir o meio ambiente devem utilizar este processo.