Este documento descreve a atividade vulcânica, incluindo o que é um vulcão, tipos de erupções, distribuição geográfica de vulcões e classificação da atividade vulcânica. Explica que os vulcões ocorrem em zonas de falhas tectônicas, como o Anel de Fogo do Pacífico, e descreve características da paisagem vulcânica e manifestações secundárias de vulcanismo.
3. • Em geral, um vulc o apresenta-seã
como uma constru o em forma deçã
cone, o cone vulc nicoâ , com uma
abertura na parte superior por
onde s o expelidos os produtos daã
actividade vulc nica, aâ cratera.
• Os vulc esõ s o aberturas naturaisã
na crosta terrestre, por onde se
movimentam materiais em diferentes
estados f sicos (s lido, l quido eí ó í
gasoso) e a temperaturas e
press es muito elevadas. Essesõ
materiais prov m geralmente deê
magmas, que se encontram a uma
profundidade de 50 a 200 km, em
reservat rios denominadosó c marasâ
magm ticasá .
4. •Esta prolonga-se para o interior
de uma conduta por onde o magma
sobe, a chamin vulc nicaé â .
1. Câmara magmática
2. Chaminé principal
3. Cone principal
4. Cratera
5. Chaminé secundária
6. Cone secundário
7. Lavas
8. Produtos vulcânicos
5.
6. • Por vezes, adjacentes ao cone principal,
surgem cones menores, denominados
secundários ou adventícios, cujas
chaminés, na maioria dos casos, se
encontram ligadas à chaminé vulcânica
principal.
• O cone vulcânico é formado por rochas, lava
solidificada e outros produtos resultantes das
erupções vulcânicas.
10. Reservat rios de magmaó
• O magma pode
encontrar-se
contido em
câmaras,
bolsas ou
bolsadas
magmáticas,
reservatórios
que se
localizam no
interior da
Terra.
11. As rochas que envolvem essas bolsadas,
rochas encaixantes, estão sujeitas a enormes
pressões, provocadas pelo magma.
Se estas não suportarem
a pressão ou se nelas se
criar uma zona frágil, o
magma tem tendência a
escapar-se e dar origem
a actividade eruptiva.
15. Piroclastos
• Nas fases mais violentas podem formar-se materiais sólidos,
os piroclastos, que resultam de salpicos de lava com
dimensões variadas que arrefecem e solidificam no ar ou na
água logo após a sua emissão.
16.
17. • Dentre as rochas
piroclásticas lançadas
para o ar durante as
erupções vulcânicas, as
de maiores dimensões
são as bombas
vulcânicas, sujo
diâmetro é superior a
32 mm.
• O termo lapilli
designa “pedras
pequenas” (diâmetro
entre 4 e 32 mm).
19. Outros produtos conhecidos da erupção
vulcânica são:
e a cinza
(extremamente
tóxica e
mortal, quando
libertada)
a pedra-pomes (caracterizada
pela sua extrema leveza e
porosidade)
20.
21. Lava
• Uma erupção
vulcânica
depende do
grau de
viscosidade da
lava.
Assim, uma lava viscosa acumula-se na
cratera onde pode solidificar e dar origem a
uma erupção explosiva.
26. Erup o explosivaçã
A erupção explosiva
caracteriza-se pela
emissão violenta de
produtos vulcânicos,
sob a forma de
explosões.
Há projecções de
materiais sólidos
(piroclastos), um forte
desprendimento de
gases e pequenos
derrames lávicos.
27. Erup o efusivaçã
• Uma lava fluida ocasiona uma erupção efusiva, isto é,
uma erupção tranquila, com lenta emissão de lavas,
formando escoadas mais ou menos extensas, que
podem deslocar-se a grandes distâncias.
28. Erup o mistaçã
• Uma lava com um
grau intermédio de
viscosidade pode
originar uma erupção
mista, que se
caracteriza por
apresentar períodos de
tranquila emissão de
lava alternando com os
outros explosivos.
32. Actividade Vulc nicaâ
• Alfred Lacroix, célebre vulcanólogo francês,
classificou quatro tipos de actividade vulcânica,
tendo por base o seu caracter efusivo ou explosivo:
1. Tipo havaiano
2. Tipo estromboliano
3. Tipo vulcaniano
4. Tipo peleano
33. Erup o havaianaçã
• Erupções caracterizadas
pela lava fluida com
formação de extensas
escoadas.
Exemplos: vulcões Kilauea e
Mauna Loa, nas ilhas do Hawai.
34.
35. Erup o estrombolianaçã
• Caracteriza-se pela
explosão com projecção
de materiais sólidos e com
alguns períodos calmos
com formação de extensas
escoadas.
O nome deste tipo de actividade deriva de Stromboli,
vulcão que forma uma das ilhas Lipárias, arquipélago
italiano do mar Tirreno.
36.
37. Erup o vulcanianaçã
• Neste tipo de erupção, as
explosões são muito
violentas e as escoada de
lava pouco extensas.
• O nome deste tipo de
actividade vem de vulcano,
vulcão situado nas ilhas
Lipárias.
38. Erup o peleanaçã
• A lava, muito viscosa,
solidifica logo na
chaminé originando um
tampão que, ao ser
empurrado, forma uma
agulha, domo ou cúpula.
Não ocorrem escoadas e
forma-se a nuvem
ardente.
• O nome deste tipo de actividade deriva de Montanha
Pelada, na Martinica.
40. Independentemente dos tipos de erupção
vulcânica, a forma como se processa o
fenómeno em si é no entanto muito
semelhante:
1. À medida que se vai descendo para o interior da
Terra, a temperatura vai aumentando cerca de 3°C
por cada 100 m de profundidade.
2. A determinadas profundidades a temperatura
pode ser tão alta que, independentemente da
pressão, as rochas aí presentes podem fundir-se. Se
tal acontecer, por fusão das rochas, formam-se os
magmas.
41. 4. A pressão que os magmas exercem na parede da
câmara magmática é elevada e as rochas fracturam.
3. Por serem menos densos que o resto dos materiais
da crosta, os magmas têm tendência para migrar para
regiões mais superficiais.
6. O magma é então projectado para fora, através da
cratera.
5. A abertura dessas fracturas vai aproximando-os da
superfície. De um reservatório vão passando para
outro. Finalmente podem abrir-se fendas ou chaminés
vulcânicas que atingem a superfície terrestre.
42. 7. A subida do magma através de fracturas e
a sua projecção à superfície faz-se com
maior ou menor violência. É a erupção
vulcânica.
8. A elevação de forma cónica que resulta da
deposição do material magmático projectado
durante a erupção é o cone vulcânico cuja
formação é sempre posterior à primeira
erupção.
44. Manifesta esçõ
secund rias deá
vulcanismo
• Associado ao vulcanismo existe uma série de
acontecimentos, caracterizados por emanações
(emissões) liquidas e gasosas, que se designam,
no seu conjunto, por Manifestações secundárias
de vulcanismo ou Vulcanismo residual.
45.
46. Fontes ou nascentes
termais
• Emanações de
água, vapor de
água e dióxido
de carbono a
elevadas
temperaturas.
São,
frequentemente,
usadas para fins
medicinais.
59. 6. Lavas encordoadas ou
pahoehoe cuja superfície,
após arrefecimento, tem
um aspecto rugoso
idêntico a cordas;
60.
61. 7. Lavas escoriáceas ou aa cuja superfície, após
a consolidação, apresenta um aspecto poroso
e fragmentado;
62. 8. Solos férteis resultantes da alteração das
rochas vulcânicas;
63.
64. 9. Caldeiras resultantes do abatimento do cone
vulcânico que, tal como as crateras, podem vir
a formar lagos a partir do armazenamento de
água das chuvas.
67. Vulc es no Mundoõ
• Os vulcões não têm uma
distribuição geográfica ao
acaso. Eles localizam-se,
naturalmente em zonas onde
há estruturas que são
consideradas grandes
acidentes tectónicos.
68. Quando ocorrem nos
continentes, a sua
actividade faz parte do
vulcanismo continental;
se os vulcões entram em
actividade nos fundos
marinhos é porque
pertencem ao domínio do
vulcanismo oceânico.
69.
70.
71.
72.
73. Distribui o terrestreçã
De acordo com a distribuição das regiões superficiais
da Terra onde os vulcões são considerados activos,
podemos esquematizar a sua distribuição da seguinte
forma:
• Anel ou cintura de fogo do Pacífico
• Alinhamento euro-asiático
• Alinhamento do Atlântico
75. Anel de fogo do Pac ficoí
• Este alinhamento situa-se à volta do Oceano
Pacífico. É constituído por mais de metade dos
vulcões activos (cerca de 62%). Entre eles
podem citar-se os vulcões do Japão, Filipinas,
Indonésia, Cordilheira dos Andes e das
Montanhas Rochosas, Antilhas (montanha
Pelada)
76. Alinhamento Euro-asi ticoá
• Este alinhamento engloba parte dos vulcões
situados à volta do Mediterrâneo e da Ásia
Menor. Podemos citar, como exemplo, o
Vesúvio, o Etna, o Strombolli.
Alinhamento do Atl nticoâ
• Este alinhamento engloba os vulcões que se
localizam nas ilhas do Atlântico, tais como os
Açores e a Islândia.
77. • Muito mais importante do que a actividade vulcânica
nos continentes, é a actividade vulcânica no fundo
dos oceanos.
• Descobertas relativamente recentes levaram ao
conhecimento de uma cadeia montanhosa, vulcânica,
com o comprimento de 65 000 Km, no fundo dos
oceanos.
78. Esta cadeia montanhosa, conhecida por dorsal
oceânica, é contínua e estende-se pelos diferentes
oceanos.
O eixo da dorsal oceânica é ocupado por uma fractura
- o rifte - que constitui um alinhamento de
actividades vulcânicas submarinas, onde há emissões
de lava em abundância.
80. Classifica o quantoçã à
regularidade
da actividade vulc nicaâ
Os vulcões dizem-se activos se estão em erupção
ou se entram em actividade frequente;
Se permanecem inactivos durante longos
períodos ou apenas emitem pequenas
quantidades de gases denominam-se
adormecidos;
Dizem-se extintos quando não há conhecimento
da sua actividade durante o período histórico.
As erupções vulcânicas e os sismos são fenómenos que mostram a grande actividade do nosso planeta.
Filme1: Constituição de um vulcão.
Fonte: CD3
Lava – magma fundido e parcialmente desgaseificado que atinge a superfície da crosta terrestre
Magma – material rochoso total ou parcialmente fundido, rico em água e gases e com mobilidade, existente no interior da Terra, a altas temperaturas.
Fig.1 – Estrutura vulcânica
Fonte: Coelho, 1998
Erupções vulcânicas – subida e expulsão do magma para a superfície terrestre.
Fig.1 – Bomba vulcânica.
Fig.2 – Lapilli
Fonte: site 5
Fig.1 – Bomba vulcânica.
Fig.2 – Lapilli
Fonte: site 25
Fig.s 1 a 5 – lava
Fonte: CD6
A lava, de composição variada, é o produto vulcânico de natureza líquida.
Viscosidade da lava – velocidade de escoamento e do teor em gases.
Fig. Vulcão estromboliano
Site 26
Fig. 1 e 2 – esccoada lávica
Fonte: site 6
Fluido – que corre em estado líquido.
Escoada – torrente de lava que escorre ao longo das encostas do cone vulcânico, graças à sua fluidez.
Fig.1 – Lava de viscosidade intermédia
Fonte: CD6
A viscosidade de uma lava depende, essencialmente da composição do magma que lhe deu origem. Um magma rico em Fe e pobre em Si (magma básico) é fluido. No entanto, o inverso (magma ácido, rico em Si) torna-o viscoso.
Não existem dois vulcões iguais. A forma de um vulcão permite traçar-lhe a sua história passada. Um cone íngreme indica erupções provavelmente violentas, um vulcão baixo de vertentes suaves indica erupções possivelmente mais calmas.
Quando estão em actividade, os vulcões podem oferecer aspectos muito diversificados, resultando daí uma classificação específica para os diferentes tipos de erupção vulcânica.
Fig.1 – erupção havaiana
Fonte: Simões, 1997
Fig.2 Vulcão Manua Loa
Fonte: site 6
Erupções relativamente silenciosas em que a lava transborda da cratera e forma escoadas que podem atingir distâncias consideráveis – rios de lava.
Neste tipo de erupção não há explosões nem projecção de piroclastos uma vez que as lavas são muito fluidas e, por isso, libertam facilmente os gases.
Fig.1 - Corrente lávica
Fonte: CD6
Fig.1 – erupção estromboliana
Fonte: Simões, 1997
Fig.s 1 e 2 – Vulcão Stromboli
Fonte: CD6
Fig.1 – erupção vulcaniana
Fonte: Simões, 1997
As lavas apresentam uma viscosidade significativa. A erupção dá-se através de violentas explosões, com projecções de bombas, lapilli e cinzas. Estas, devido ao facto de serem muito leves e finas, podem permanecer na atmosfera durante longos períodos de tempo.
Fig.1 – erupção peleana
Fonte: Simões, 1997
Formam-se agulhas de lava sólida; através das fendas, os gases libertam-se transportando consigo, em suspensão, uma grande quantidade de materiais sólidos, essencialmente cinzas incandescentes, que formam uma nuvem, a nuvem ardente, que destrói tudo à sua passagem.
Fig.1 – Cone vulcânico
Fonte: CD5
Chaminés vulcânicas - São a abertura através da qual o magma sobe à superfície.
Erupção vulcânica: É a subida do magma à superfície através de fendas.
Fig.s 1 a 3 – manifestações secundárias de vulcanismo
Fonte: Simões, 1997
Após uma erupção, ou nos períodos de acalmia entre duas fases activas, a actividade vulcânica pode ficar limitada ao desprendimento de gases (actividade fumarólica) e emanações líquidas (fontes termais ou géisers).
Fig.1 – Fonte termal nos Açores
Fonte: Simões, 1997
Fig.1 – Furnas
Fonte: site 17
Mofetas – se os vapores ou fumos são ricos em dióxido de carbono
Sulfataras – se os vapores ou fumo são ricos em enxofre
Fig.s 1 e 2 – Fumarola
Fonte: site 5
Fig.1 – géiser
Fonte: site 5
Filme: mantos de lava
Fonte: site 28
Fig.1 – manto de lava
Fonte: site 26
Fig.1 a 3 – Fonte: Simões, 1997
Fig.4- pedra-pomes
Fonte: CD3
significa que não se formou qualquer escoada, devido à lava ter sido muito viscosa e, em consequência de uma erupção explosiva, foram emanados piroclastos.
Fig.1 – Fonte: site 26
Fig.2 – agulha vulcânica
Fonte: Simões, 1997
- consequência de lavas muito viscosas.
Fig.1 - Ilha do Faial – Açores
Fonte: Simões, 1997
Fonte: site 13
Fonte: Coelho, 1998
Animação – Fonte: site 28
Acidentes tectónicos – grandes deformações das rochas que podem conduzir a deslocamentos ou dobramentos destas.
Fig. 1 e 2 – Fonte: site 5
Fonte: Coelho, 1998
Actualmente, a actividade vulcânica está restringida a algumas zonas geográficas, coisa que não acontecia há milhares de milhões de anos, quando a actividade vulcânica influenciava todo o planeta. Há muitos vulcões que hoje são considerados extintos. Isto porque não se lhes conhece erupções no tempo histórico. Outros, cerca de mil, são considerados activos, o que não significa que estejam permanentemente em actividade.
Anel ou cintura de fogo do Pacífico (cordilheira dos Andes, Filipinas, Japão e Indonésia).
Alinhamento do Atlântico: Crista médio-atlântica (Açores, Canárias, Islândia, etc.)
No Pacífico central, no Oceano Índico, na África Oriental e nas Antilhas surgem, também, numerosos vulcões.
Exemplo: As ilhas do Açores apresentam erupções submarinas nas vizinhanças e manifestações secundárias de vulcanismo (fontes termais e fumarolas). Ex: erupção dos Capelinhos em Setembro de 1957.
- Uma erupção vulcânica é geralmente de curta duração, relativamente à vida do vulcão. A maioria dos vulcões tem um período de dormência entre as erupções que pode ser caracterizado por emissão de pequenas quantidades de gás e por vezes alguma lava, ou de total inactividade, parecendo inertes.
- O período de dormência é geralmente muito maior do que o período de actividade e pode demorar dezenas ou mesmo centenas de anos.
Inactividade - Que não apresenta qualquer actividade.
Fonte: site 5
Fonte: CD6
Fonte: site 5
Fonte: site 5
Fonte: CD3
Esta erupção durou cerca de 1 mês.
Fig.s 1 a 7 – Fonte: site 25