O documento discute estatísticas globais e nacionais sobre o uso de drogas ilícitas. Aproximadamente 5% da população mundial usou drogas ilícitas no último ano, enquanto no Brasil entre 0,5-1% usaram cocaína. Embora o uso de cocaína esteja diminuindo em alguns países, vem aumentando no Brasil, assim como o uso de maconha e metanfetaminas.
1. Dados sobre uso de drogas
no Brasil e no mundo,
segundo Mina
Carakushansky, Diretora de
Prevenção da ABRAD
(Associação Brasileira de
Alcoolismo e Drogas)
2. • - 5% da população mundial (de 15 a 64
anos) consumiu algum tipo de droga
ilícita no último ano.
• Isso significa que a grande maioria
das pessoas do mundo, 95% (falando
em aspecto macro) não usam drogas
ilícitas
• (Dados do último relatório das Nações
Unidas de
2012).
3. BRASIL
• No Brasil, de 0,5 a 1% das
pessoas já usaram cocaína, o
que em termos comparativos
não é muito diferente aos
índices de muitos outros países
do mundo.
4. • Mas enquanto em outros países
como nos EUA, o uso de
cocaína
• tem diminuído bastante, no
Brasil, vem aumentando.
5. • Apreensões de cocaína
triplicaram em poucos anos no
Brasil, que tem se transformado
em uma rota de drogas da
América do Sul para a África e
para a Europa.
• (Dados do último relatório das
Nações Unidas de 2012).
6. • - Outro aspecto preocupante no
Brasil é o aumento do consumo
de maconha (por ser
considerada "uma droga leve",
mas que na realidade é 10 a 20
vezes mais potente do que a
maconha de 20 anos atrás)
7. O uso de metanfetaminas
também aumentou no Brasil (o
maior consumidor do mundo),
cujo uso é muitas vezes
associado aos regimes para
emagrecer.
• (Dados do último relatório das
Nações Unidas de 2012).
8. • Em estudos feitos com jovens
brasileiros, mais de uma década
atrás, as classes C e D
consumiam menos drogas do que
as classes A e B.
• Mas isso está mudando pois
parece que à medida que há mais
disponibilidade de recursos, os
menos favorecidos
economicamente, começam
também a usar mais.
9. • O Brasil ainda se ressente pela
falta de estudos estatísticos
confiáveis (elaborados com
rigor cientifico). Alguns estudos
parciais que já foram feitos
mais recentemente, e por
projeções feitas pelo IBGE,
quantificam um milhão e
duzentos mil usuários de crack.
10. • Os números são dramáticos e
motivaram a liberação pela
Presidente Dilma de uma verba
de 4 bilhões de reais para tentar
enfrentar o problema do crack
no Brasil.
11. OUTROS PAÍSES
• - Quanto ao número de mortes por
causa do uso de drogas, em países
que têm uma política mais
permissiva sobre as drogas, podem
ser citados os próprios números que
o Observatório Europeu sobre Drogas
(em Portugal) e o Instituto Português
de Drogadependência divulgam
sobre esse aspecto específico no
país (Portugal):
12. • O número de novos casos de
HIV/Sida e Hepatite C
constatados em Portugal entre
toxicodependentes é oito vezes
superior à média verificada nos
demais estados membros da
União Européia.
13. • Relatório relativo a 2006 coloca
Portugal no topo da lista dos países
europeus com mais elevado número de
consumidores de drogas injetáveis
infectados com
• HIV (703 casos).
• Fonte: Observatório Europeu das
Drogas e Toxicodependência –
Novembro
• de 2007.
14. • “Continua a ser notório um
crescente consumo de cocaína no
país,
• embora não seja tão grave como
aquele que é verificável em Espanha.
O
• aumento do consumo da cocaína é
verdadeiramente problemático.”
15. • No capítulo “Tendências” do
consumo de cocaína, os novos dados
• (Inquéritos de 2005-2007) confirmam
a tendência crescente registrada no
• último ano em França, Irlanda,
Espanha, Reino Unido, Itália,
Dinamarca e
• Portugal.
16. • - Com 219 mortes de overdose
por ano, Portugal apresenta um
dos piores resultados com uma
morte todos os dois dias.
• Com a Grécia, a Áustria e a
Finlândia, somos um dos países
que registrou um aumento
superior a 30% em 2005.
17. • Os óbitos com resultados
positivos nos exames
toxicológicos de drogas efetuados
em 2007, no Instituto Nacional de
Medicina Legal, representam o
valor mais elevado desde 2001,
consolidando assim a tendência
de crescimento verificada desde
2005.
18. • Entre 2001 e 2007 o consumo de droga
aumentou 4,2%, tendo a percentagem
de pessoas que alguma vez na vida
consumiram drogas, passado de 7,8%
para 12%:
• - Maconha de 12,4% para 17%;
• - Cocaína de 1,3% para 2,8%;
• - Heroína de 0,7% para 1,1%:
• - Ecstasy de 0,7% para 1,3%.
19. • - Portugal é o segundo país europeu
atrás do Luxemburgo, com maior
taxa de consumidores problemáticos
e de drogas por via injetável.
• Fonte: Relatório Anual sobre a
Situação do País em Matéria de
Drogas em
• 2006.
20. • Enquanto as taxas de uso de
anfetaminas e cocaína
dobraram em Portugal, as
apreensões desta última droga
aumentaram sete vezes entre
• 2001 e 2006, a sexta mais
elevada do Mundo.
21. MACONHA
• É difícil avaliar as tendências do
consumo intensivo maconha na
Europa,
• mas entre os países que
participaram nas duas pesquisas de
campo, entre 2004 e 2007 (França,
Espanha, Irlanda, Grécia, Itália,
Países Baixos e
• Portugal), houve um aumento médio
de aproximadamente 20%.
22. • Desde a implementação da
descriminalização em Portugal, o
número de
• homicídios relacionados com a
droga aumentou 40%. “Foi o único
país
• europeu a evidenciar um aumento
significativo de homicídios entre
2001 e
• 2006.
23. • Os produtores de maconha, por
um processo de engenharia e/ou
• manipulação genética, têm vindo
a “carregar” nas taxas de THC
• (tetrahidrocannabinol) seu
princípio ativo, o que faz com que
a planta
• (cannabis sativa) seja hoje muito
mais viciante que há 30 anos
atrás
24. • semelhança aliás do que se passa com
as empresas fabricantes do tabaco
• como a Philip Morris que cada vez mais
carregam” na nicotina aumentando
• a sua representação no cigarro,
tornando-o, assim como a maconha,
mais
• viciante, como resposta às campanhas
contra seu consumo, cada vez em
• maior número.
25. • _Pela atrofia cerebral e pela destruição de
neurônios, ( “Science & Vie” de
• Maio de 2007 e (principalmente) “Lancet” de
Março de 2007), a maconha provoca uma
deterioração mental progressiva com déficits
mais ou menos
• acentuados (dependendo da frequência de
uso) de atenção, concentração e memória,
com inevitável repercussão na vida escolar
e/ou profissional
• (Portugal tem a maior taxa de abandono
escolar de toda a Europa).
26. • Assim se a média européia é de 18%,
Portugal tem uma taxa de 38%... )
• Segundo um estudo de 2007 do
“Lancet” reproduzido no britânico
“Independent” e no suíço “Matin”
previa-se que no ano de 2010 um terço
de todos os casos de esquizofrenia em
todo o mundo seriam
• devidos à maconha. As psicoses mais
comuns são esquizofrenia (mais) e
• psicose maníaco-depressiva(bipolar),
(menos).
27. • Uma especial referência ao pedido de
desculpa aos leitores, tão humilde
como nobremente assumido pela
direção do “Independent” através da
sua
• editora Rose Boycot, depois de
constatado o logro (engano) que
constituiu a
• campanha despenalizadora do
consumo da maconha assumida
emblematicamente pelo jornal desde
1997.
28. • Na Itália, desde 2006 não há mais
distinção entre drogas “leves” e
“duras” alinhando assim com o espírito
da Convenção Internacional das
• Nações Unidas de 1961 revista em
1972, que 165 países de todo o mundo
• incluindo Portugal assinaram, e que
inclui a maconha no grupo dos
narcóticos, como a heroína e a
cocaína.
29. A Itália, como a generalidade
dos países (168 que assinaram
a Convenção de Viena de 1987),
entendem que todo o uso não
médico ou científico de drogas
não faz sentido e como tal deve
ser proibido.
30. • A Inglaterra, a Austrália, a Suíça e a
Holanda (onde cada vez se restringe
• mais a venda de maconha através dos
coffee-shops) são países que estão
• voltando atrás em suas políticas
liberalizadoras, mas essa volta é
sempre
• difícil, pois já existem muitos “atores
econômicos” que não entregam
• facilmente o que passaram a lucrar
com essas políticas.(fornecedores,
política, comerciantes)
31. • A maioria dos países europeus,
com óbvias diferenças, são
• bastante similares em termos de
educação para os jovens,
moradia,
• alimentação. Na maioria dos
países desse continente, o uso de
maconha
• entre os jovens na faixa etária de
15-16 anos, varia de 1 a 10%.
32. • Mas na Espanha (com políticas
suaves em relação ao uso de
drogas), esse
• índice de uso de maconha é de
20%.
• Na Holanda é de 15%, na
Bélgica (12%), na Inglaterra
(11%).
33. • Os países que querem voltar atrás em
sua política, especialmente em
• relação à maconha, se convenceram
do que a ciência vem provando cada
• vez mais: que o uso de maconha, longe
de ser uma "droga leve", tem
• efeitos nocivos sobre o cérebro ainda
em formação dos jovens,
34. • que o uso de drogas "leves" abriu a
porta para o estabelecimento de
organizações
• criminosas e traficantes de drogas
"mais pesadas" como é o caso atual
da
• Holanda, onde o número de crimes
violentos aumentou.
35. • Em Nova Zelândia, entrará em vigor
uma lei (já aprovada) que exige que
• os fabricantes das chamadas "party
pills" (pilulas de festa) tipo Ecstasy,
e
• bebidas que produzem "um aumento
de energia", provem que os seus
• produtos não causam efeitos
nocivos, antes de poderem
comercializá-los.