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O Museu Histórico e Cultural das Regiões Serranas de Itapipoca Apresenta o livro virtual: “Memórias da Serra de Itapipoca” Uma ação educativa para a 9ª Semana Nacional de Museus – Maio/2011
“ Memórias da Serra de Itapipoca” 9ª Semana de Museus 16 a 20 de Maio de 2011 MUSEU HISTÓRICO E CULTURAL DAS REGIÕES SERRANAS DE ITAPIPOCA
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Mocambo Aluna: Maria Leilane. Na minha comunidade  Esta acontecendo um desastre estão fazendo muitas queimadas e o solo já não dá mais nada que preste. Na comunidade de Mocambo é bem legal É composto por pessoas legais pois essas pessoas Vivem unidas em paz. Onde não existe amor não existe Paz pois paz é fruto de tudo como na nossa comunidade faz. Não existe comunidade  Igual a de mocambo pois ela preserva a suas culturas e delas fazem festas onde todo povo participa. A comunidade de mocambo Existe uma tradição Todos os anos no mês de dezembro  Acontece a festa de São Sebastião.
Comunidade de Mucambo Aluno: Natanael Meus pais sempre falavam Sobre a comunidade Quando dela me afastar Sentirei muita saudade Porque nela não existe Nem um pouco de maldade. Comunidade igual aquela É difícil de encontrar É tranquila, bem tranquila Desde quando eu nasci para cá Meus amigos me respeitam E a eles eu também devo respeitar. Vida boa igual aquela  Não encontro em outro canto Comunidade da volta do rio Comunidade do Mucambo Quem mora por lá são chamados de mano...
...Violentos na comunidade  Não existe nem um pouco Guerreiro existe muito Para a alegria do povo. Professora de história  Vou terminando mais um cordel Professora bem legal Amo você e tiro o chapéu Quem fala e seu aluno Que se chama Natanael.
O Lugar onde eu moro (São Miguel) Aluno: Thalia Patrícia Eu moro em São Miguel Um lugar de mulher inteligente De homens pacientes E crianças obedientes. Todos aqui são legais Com as pessoas e com os animais Os filhos obedecem os pais  Falar da vida alheia jamais. No meu lugar  É bom de morar Porque você pode namorar E o povo nem vai falar. As mulheres daqui por onde passam Todos falam com desejo Quem me dera daquela donzela ganhar um gostoso beijo. No São Miguel os homens são educados Bonitos e arrumados Alguns são atrapalhados Mas também bem humorados.
Comunidade de Ramos Aluno: Carlos André O lugar que moro É um lugar bom de se morar Pois tem bastante água para beber E comida até lascar A minha casa é mais importante do lugar Pois fazemos muitas festas  Até o dia raiar O lugar onde eu moro Tem moças muito bonitas São tão bonitas que dói na vista As moças do meu lugar  São moças boas de casar  Assim o homem  Tem coragem para trabalhar.
Literatura de cordel Aluno: Sebastião Boa tarde alunos e alunas, Pois minha história vou contar Fazendo vocês se alegrar Quando minhas rimas começar Já se ouve e se fala Só não sei se é verdade De um bicho muito esquisito Que apareceu no meu lugar Deixando muita gente Com sua história a contar Dizem que é um lobisomem  Que passa naquele lugar Assuntando muita gente Que está ali a lhe esperar Para ver o bicho passar Dizem que ele passa Na sexta feira treze Às doze horas da noite Assustando muita gente Que mora naquele lugar Mas meu amigo André É um cabra muito doido Não acredita nessas coisas Mas já fez ele se borrar Nas noites de luar...
...Dizem que é tão feio O rincho desse animal Sabe o que é aquilo Que fez ele se borrar Na noite de luar Mas meu amigo André Não tinha nada a declarar Pois ele ouviu o rincho Mas não viu o bicho Que passa rinchando Naquele lugar E eu já muito curioso Queria também minha história contar Daquele bicho que passa Assombrando o meu lugar Com o seu rincho de espantar Convidei então o meu amigo André Para pastorar o bicho Era ver como ele é Tivemos uma grande surpresa Quando vimos quem ele é Era só um pobre jumento Que passava assombrando O meu tranquilo lugar Fazendo a gente se borrar Ou até mesmo desmaiar  Na noite de luar.
Comunidade Escalvado Aluna: Joesla Rodrigues de Sousa Na minha terra natal Anda rico anda podre Sem se importar com os nobres As pessoas desta serra  Gostam muito de se mostrar Mesmo sem ter nada Só faltam não andar Gosto de onde moro Porque é calmo e tranquilo Gosto da minha família Porque é sempre unida No Escalvado também tem Gente que não aturo Uns são bestas demais E outros são imaturos Com muita gente doente Só faltam matar a gente De tanto fumar charuto Não pode chegar gente de fora Que eles querem expulsar Pensando que o lugar é deles Mas não sabem nem cuidar ...
... Não querem que os outros levem As moças deste lugar Da minha terra natal  Quando muitas recordações, Desde que eu nasci Quando muitas emoções Vivendo crescendo e criando ilusões. Não pense que eu critico  Falo apenas a verdade,  Gosto do meu lugar,  Mas não perdôo as maldades Da minha terra natal Espero amor e amizade.
Comunidade do Escalvado Aluno: Cidiane Marques Certo dia no Escalvado. Houve uma festa de bacana, que pena Que no Escalvado só existe gente bacana. No meio da festa dos bacanas Dançavam uma valsa, que pena O serrano achava brega E começa a contar piada. Os bacanas falavam tanto  Que os serranos ficavam irritados, Mas de tanto eles falarem Ainda falava errado. Você, caro serrano, tem o futuro Pela a frente, nunca se iluda com a Riqueza que só leva a amargura. As ricas pensam que tem tudo, Mas quem tem tudo mais,  Não são mais do que o serrano, Que é vaidoso e harmonista. Com muita história e conhecimento Vou escrever para você Que se ilude com a riqueza Que viu por toda terra Destruindo a juventude. Nunca que ser rico é boa coisa, Não vá entrar nessa onda que nela você se afoga Pois neste mar não existe nem piranha para lhe  Dar salvação e morrer dentro da ganância.
Comunidade de Arapari Aluno: Jalâny da Silva Nogueira Vou contar para vocês  O que aconteceu Uma historia no Arapari Que todo mundo se surpreendeu. Uma moça, bem novinha. Encontrou belo rapaz Casaram-se, bem cedinho Para a tristeza dos seus pais. Logo a moça engordou  E todo mundo reparou Para a surpresa do casal. A moça logo engravidou. Então ela falou Como vou contar isso Para minha mãe Que sempre me educou. Pois logo o rapaz afirmou, Vou contar para minha sogra Que você engravidou Então a moça falou  O que será que a minha mãe Vai fazer quando souber Que o nosso filho está para nascer. Pois quando eu apareci Minha mãe me perguntou. Por que você demorou? E calada eu fiquei Então minha mãe exclamou: Estou sabendo que você engravidou! Para a tristeza do meu pai Ele logo falou ai meu Deus eu já vou ser avô. Então á moça chorando explicou. É um lindo menino que Deus me enviou.
Distrito de Arapari Aluna: Maria Vilane Santos de Sousa Arapari é um lugar  De gente muito bacana É um lugar cultivador De manga, banana e cana Pessoas vegetarianas Minha comunidade cria Coisas muito inteligentes Ficam até surpreso Turistas inconvenientes Que querem roubar idéias De pessoas inteligentes A paisagem do meu lugar É muito bonita mesmo A gente quando vê Fica caindo o queixo Porque mostra belezas Naturais de todo jeito As pessoas do meu lugar São legais e engraçadas E elas também gostam  De pessoas educadas Para conversarem muito Sobre questões civilizadas Aqui termino esses versos Com muita satisfação Em falar do meu lugar Preferido do coração Que as pessoas o gostam E o amam de paixão.
Arapari Aluno: Bruno Benigno Teodósio Arapari de Nossa Senhora  A padroeira de Assunção Está localizada em ótima região Defendendo a todos nós Por meio de intercessão Orgulho-me de minhas raízes Ser aqui deste distrito Por isso deve divulgar Esse lugar que habito E a história aqui eu deixo No papel o manuscrito Um povo hospitaleiro Não é mais região Onde tinha cangaceiro Que muitos deles eram mortos Por mão de justiceiro. Hoje tudo mudou E tanta coisa é diferente Naquela época não havia  Nem igreja de crente Só a Igreja de Nossa Senhora  Recebia muitos viventes. Encerro este cordel Com muito amor e carinho Pedindo a Mãe do Céu  Que ilumine os meus caminhos Que por essa vida afora Nunca me deixe sozinho.
O Crime da Boca das Pedras Professora: Maria Sandra Mota Gonçalves Aconteceu em Assunção Em certo tempo passado Um crime que ainda hoje É por muitos falado. Em uma localidade Por nome Boca das pedras Um avô e um neto Foram as vítimas sem defesa Deixando no nosso povo Revolta e muita tristeza. O neto uma criança inocente O avô, um homem de bom coração Mortos em sua própria casa Sem dó e sem compaixão. Dois inocentes assassinados Quanta judiação Quem fez tanta maldade? Perguntava a população. Daí vem a surpresa. Foi grande a admiração Um de seus filhos, o suspeito Dessa terrível ação. O fato é que não se sabe Se depois do acontecido, Aquele homem por ali Tenha andado
Se foi um assassino Cometeu-se o crime sozinho ou não.  Isso é um mistério Que mexe com nossa imaginação. O certo é que esse crime  Foi o mais bárbaro da região E só Deus cabe  Condenar ou dá o seu perdão. O falatório foi geral. Um crime como aquele Assunção nunca viu igual. Daquele dia em diante O filho, pra onde foi não sei.  Não lembro se foi preso,  Isso eu não pesquisei. Só sei que durante muito tempo Ouviu-se o boato. De que andava escondido Por essa região.  Assustando quem andava De noite na escuridão. Lembro-me que um dia  Eu e as meninas batíamos um papo Lá na pracinha, quando surgiu O boato de que o sujeito ali vinha,  Correu gente pra todo lado. Teve até gente que falou com intrigado.
O Homi qui a terra num comeu Profª Maria Sandra Mota Gonçalves Amigos e bons leitores lhes peço a sua atenção pra eu contá um causo que se assucedeu no distrito da sunção O que eu vou contá num é mintira não o causo aconteceu mermo e assustou por dimais o povo daquela região era uma terde quarqué tarva quente pra danar fazia um sol tão forte de fazer os miolo isturricar Aquele dia era propiço pra fazer arguém delirar e o cimitero foi o locá adonde se deu o fato qui fez o povo se amendrontar...
... Tarva uma carma danada um silêncio de fazer grilo calar mas lá no campo santo, que um difunto seco, o coveiro estava a arrancar A notícia logo se ispaiou vinha gente de tudo quanto é lugar só pra vcer o difunto qui a terra num istragou O comentáro era geral o assunto era um só pois a cena era de fazer a garganta dá nó Quem viu se arrupiou pois o coro do corpo do home nos ossos grudou de tão seco parecia o couro dum bode que no sol secou...
...Uns dizia qui era formol qui butaro pro corpó num estragar o certo é que aquela cena fazia o istombo imbruiá Inté hoje eche assunto é comentado mas num se sabe a razão daquele pobre home ter morrido e ter secado Eu merma num fui oiar pois tirre medo de me assombrar só sei qui depois de muitos anos eche assunto ainda dá medo só in falar Chichico de Barro foi o homem que morreu e secou num se sabe ao certo do qui ele faliceu só se sabe que a Terra não lhe comeu Se aquele corpo ainda tá lá num sei dizer com precisão só qei qui eche fato ainda é um mistero pro povo da Sunção.
...Só se sabe que um dia O povo de assunção  Ficou sabendo que  Ele também foi assassinado. Dizem que antes de morrer Foi bastante judiado Em um lugar deserto Seu corpo foi colocado  E só depois de dias Em Assunção sepultado Se foi um assassino Cometeu-se o crime sozinho ou não.  Isso é um mistério Que mexe com nossa imaginação. O certo é que esse crime  Foi o mais bárbaro da região E só Deus cabe  Condenar ou dá o seu perdão. O falatório foi geral. Um crime como aquele Assunção nunca viu igual. Daquele dia em diante O filho, pra onde foi não sei.  Não lembro se foi preso,  Isso eu não pesquisei. Só sei que durante muito tempo Ouviu-se o boato. De que andava escondido Por essa região.  Assustando quem andava De noite na escuridão. Lembro-me que um dia  Eu e as meninas batíamos um papo Lá na pracinha, quando surgiu O boato de que o sujeito ali vinha,  Correu gente pra todo lado. Teve até gente que falou com intrigado.
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Realização Edição: Carmelita Rodrigues  Músicas: Rain on the pond e Forest piano.

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  • 1. O Museu Histórico e Cultural das Regiões Serranas de Itapipoca Apresenta o livro virtual: “Memórias da Serra de Itapipoca” Uma ação educativa para a 9ª Semana Nacional de Museus – Maio/2011
  • 2. “ Memórias da Serra de Itapipoca” 9ª Semana de Museus 16 a 20 de Maio de 2011 MUSEU HISTÓRICO E CULTURAL DAS REGIÕES SERRANAS DE ITAPIPOCA
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6. Mocambo Aluna: Maria Leilane. Na minha comunidade Esta acontecendo um desastre estão fazendo muitas queimadas e o solo já não dá mais nada que preste. Na comunidade de Mocambo é bem legal É composto por pessoas legais pois essas pessoas Vivem unidas em paz. Onde não existe amor não existe Paz pois paz é fruto de tudo como na nossa comunidade faz. Não existe comunidade Igual a de mocambo pois ela preserva a suas culturas e delas fazem festas onde todo povo participa. A comunidade de mocambo Existe uma tradição Todos os anos no mês de dezembro Acontece a festa de São Sebastião.
  • 7. Comunidade de Mucambo Aluno: Natanael Meus pais sempre falavam Sobre a comunidade Quando dela me afastar Sentirei muita saudade Porque nela não existe Nem um pouco de maldade. Comunidade igual aquela É difícil de encontrar É tranquila, bem tranquila Desde quando eu nasci para cá Meus amigos me respeitam E a eles eu também devo respeitar. Vida boa igual aquela Não encontro em outro canto Comunidade da volta do rio Comunidade do Mucambo Quem mora por lá são chamados de mano...
  • 8. ...Violentos na comunidade Não existe nem um pouco Guerreiro existe muito Para a alegria do povo. Professora de história Vou terminando mais um cordel Professora bem legal Amo você e tiro o chapéu Quem fala e seu aluno Que se chama Natanael.
  • 9. O Lugar onde eu moro (São Miguel) Aluno: Thalia Patrícia Eu moro em São Miguel Um lugar de mulher inteligente De homens pacientes E crianças obedientes. Todos aqui são legais Com as pessoas e com os animais Os filhos obedecem os pais Falar da vida alheia jamais. No meu lugar É bom de morar Porque você pode namorar E o povo nem vai falar. As mulheres daqui por onde passam Todos falam com desejo Quem me dera daquela donzela ganhar um gostoso beijo. No São Miguel os homens são educados Bonitos e arrumados Alguns são atrapalhados Mas também bem humorados.
  • 10. Comunidade de Ramos Aluno: Carlos André O lugar que moro É um lugar bom de se morar Pois tem bastante água para beber E comida até lascar A minha casa é mais importante do lugar Pois fazemos muitas festas Até o dia raiar O lugar onde eu moro Tem moças muito bonitas São tão bonitas que dói na vista As moças do meu lugar São moças boas de casar Assim o homem Tem coragem para trabalhar.
  • 11. Literatura de cordel Aluno: Sebastião Boa tarde alunos e alunas, Pois minha história vou contar Fazendo vocês se alegrar Quando minhas rimas começar Já se ouve e se fala Só não sei se é verdade De um bicho muito esquisito Que apareceu no meu lugar Deixando muita gente Com sua história a contar Dizem que é um lobisomem Que passa naquele lugar Assuntando muita gente Que está ali a lhe esperar Para ver o bicho passar Dizem que ele passa Na sexta feira treze Às doze horas da noite Assustando muita gente Que mora naquele lugar Mas meu amigo André É um cabra muito doido Não acredita nessas coisas Mas já fez ele se borrar Nas noites de luar...
  • 12. ...Dizem que é tão feio O rincho desse animal Sabe o que é aquilo Que fez ele se borrar Na noite de luar Mas meu amigo André Não tinha nada a declarar Pois ele ouviu o rincho Mas não viu o bicho Que passa rinchando Naquele lugar E eu já muito curioso Queria também minha história contar Daquele bicho que passa Assombrando o meu lugar Com o seu rincho de espantar Convidei então o meu amigo André Para pastorar o bicho Era ver como ele é Tivemos uma grande surpresa Quando vimos quem ele é Era só um pobre jumento Que passava assombrando O meu tranquilo lugar Fazendo a gente se borrar Ou até mesmo desmaiar Na noite de luar.
  • 13. Comunidade Escalvado Aluna: Joesla Rodrigues de Sousa Na minha terra natal Anda rico anda podre Sem se importar com os nobres As pessoas desta serra Gostam muito de se mostrar Mesmo sem ter nada Só faltam não andar Gosto de onde moro Porque é calmo e tranquilo Gosto da minha família Porque é sempre unida No Escalvado também tem Gente que não aturo Uns são bestas demais E outros são imaturos Com muita gente doente Só faltam matar a gente De tanto fumar charuto Não pode chegar gente de fora Que eles querem expulsar Pensando que o lugar é deles Mas não sabem nem cuidar ...
  • 14. ... Não querem que os outros levem As moças deste lugar Da minha terra natal Quando muitas recordações, Desde que eu nasci Quando muitas emoções Vivendo crescendo e criando ilusões. Não pense que eu critico Falo apenas a verdade, Gosto do meu lugar, Mas não perdôo as maldades Da minha terra natal Espero amor e amizade.
  • 15. Comunidade do Escalvado Aluno: Cidiane Marques Certo dia no Escalvado. Houve uma festa de bacana, que pena Que no Escalvado só existe gente bacana. No meio da festa dos bacanas Dançavam uma valsa, que pena O serrano achava brega E começa a contar piada. Os bacanas falavam tanto Que os serranos ficavam irritados, Mas de tanto eles falarem Ainda falava errado. Você, caro serrano, tem o futuro Pela a frente, nunca se iluda com a Riqueza que só leva a amargura. As ricas pensam que tem tudo, Mas quem tem tudo mais, Não são mais do que o serrano, Que é vaidoso e harmonista. Com muita história e conhecimento Vou escrever para você Que se ilude com a riqueza Que viu por toda terra Destruindo a juventude. Nunca que ser rico é boa coisa, Não vá entrar nessa onda que nela você se afoga Pois neste mar não existe nem piranha para lhe Dar salvação e morrer dentro da ganância.
  • 16. Comunidade de Arapari Aluno: Jalâny da Silva Nogueira Vou contar para vocês O que aconteceu Uma historia no Arapari Que todo mundo se surpreendeu. Uma moça, bem novinha. Encontrou belo rapaz Casaram-se, bem cedinho Para a tristeza dos seus pais. Logo a moça engordou E todo mundo reparou Para a surpresa do casal. A moça logo engravidou. Então ela falou Como vou contar isso Para minha mãe Que sempre me educou. Pois logo o rapaz afirmou, Vou contar para minha sogra Que você engravidou Então a moça falou O que será que a minha mãe Vai fazer quando souber Que o nosso filho está para nascer. Pois quando eu apareci Minha mãe me perguntou. Por que você demorou? E calada eu fiquei Então minha mãe exclamou: Estou sabendo que você engravidou! Para a tristeza do meu pai Ele logo falou ai meu Deus eu já vou ser avô. Então á moça chorando explicou. É um lindo menino que Deus me enviou.
  • 17. Distrito de Arapari Aluna: Maria Vilane Santos de Sousa Arapari é um lugar De gente muito bacana É um lugar cultivador De manga, banana e cana Pessoas vegetarianas Minha comunidade cria Coisas muito inteligentes Ficam até surpreso Turistas inconvenientes Que querem roubar idéias De pessoas inteligentes A paisagem do meu lugar É muito bonita mesmo A gente quando vê Fica caindo o queixo Porque mostra belezas Naturais de todo jeito As pessoas do meu lugar São legais e engraçadas E elas também gostam De pessoas educadas Para conversarem muito Sobre questões civilizadas Aqui termino esses versos Com muita satisfação Em falar do meu lugar Preferido do coração Que as pessoas o gostam E o amam de paixão.
  • 18. Arapari Aluno: Bruno Benigno Teodósio Arapari de Nossa Senhora A padroeira de Assunção Está localizada em ótima região Defendendo a todos nós Por meio de intercessão Orgulho-me de minhas raízes Ser aqui deste distrito Por isso deve divulgar Esse lugar que habito E a história aqui eu deixo No papel o manuscrito Um povo hospitaleiro Não é mais região Onde tinha cangaceiro Que muitos deles eram mortos Por mão de justiceiro. Hoje tudo mudou E tanta coisa é diferente Naquela época não havia Nem igreja de crente Só a Igreja de Nossa Senhora Recebia muitos viventes. Encerro este cordel Com muito amor e carinho Pedindo a Mãe do Céu Que ilumine os meus caminhos Que por essa vida afora Nunca me deixe sozinho.
  • 19. O Crime da Boca das Pedras Professora: Maria Sandra Mota Gonçalves Aconteceu em Assunção Em certo tempo passado Um crime que ainda hoje É por muitos falado. Em uma localidade Por nome Boca das pedras Um avô e um neto Foram as vítimas sem defesa Deixando no nosso povo Revolta e muita tristeza. O neto uma criança inocente O avô, um homem de bom coração Mortos em sua própria casa Sem dó e sem compaixão. Dois inocentes assassinados Quanta judiação Quem fez tanta maldade? Perguntava a população. Daí vem a surpresa. Foi grande a admiração Um de seus filhos, o suspeito Dessa terrível ação. O fato é que não se sabe Se depois do acontecido, Aquele homem por ali Tenha andado
  • 20. Se foi um assassino Cometeu-se o crime sozinho ou não. Isso é um mistério Que mexe com nossa imaginação. O certo é que esse crime Foi o mais bárbaro da região E só Deus cabe Condenar ou dá o seu perdão. O falatório foi geral. Um crime como aquele Assunção nunca viu igual. Daquele dia em diante O filho, pra onde foi não sei. Não lembro se foi preso, Isso eu não pesquisei. Só sei que durante muito tempo Ouviu-se o boato. De que andava escondido Por essa região. Assustando quem andava De noite na escuridão. Lembro-me que um dia Eu e as meninas batíamos um papo Lá na pracinha, quando surgiu O boato de que o sujeito ali vinha, Correu gente pra todo lado. Teve até gente que falou com intrigado.
  • 21. O Homi qui a terra num comeu Profª Maria Sandra Mota Gonçalves Amigos e bons leitores lhes peço a sua atenção pra eu contá um causo que se assucedeu no distrito da sunção O que eu vou contá num é mintira não o causo aconteceu mermo e assustou por dimais o povo daquela região era uma terde quarqué tarva quente pra danar fazia um sol tão forte de fazer os miolo isturricar Aquele dia era propiço pra fazer arguém delirar e o cimitero foi o locá adonde se deu o fato qui fez o povo se amendrontar...
  • 22. ... Tarva uma carma danada um silêncio de fazer grilo calar mas lá no campo santo, que um difunto seco, o coveiro estava a arrancar A notícia logo se ispaiou vinha gente de tudo quanto é lugar só pra vcer o difunto qui a terra num istragou O comentáro era geral o assunto era um só pois a cena era de fazer a garganta dá nó Quem viu se arrupiou pois o coro do corpo do home nos ossos grudou de tão seco parecia o couro dum bode que no sol secou...
  • 23. ...Uns dizia qui era formol qui butaro pro corpó num estragar o certo é que aquela cena fazia o istombo imbruiá Inté hoje eche assunto é comentado mas num se sabe a razão daquele pobre home ter morrido e ter secado Eu merma num fui oiar pois tirre medo de me assombrar só sei qui depois de muitos anos eche assunto ainda dá medo só in falar Chichico de Barro foi o homem que morreu e secou num se sabe ao certo do qui ele faliceu só se sabe que a Terra não lhe comeu Se aquele corpo ainda tá lá num sei dizer com precisão só qei qui eche fato ainda é um mistero pro povo da Sunção.
  • 24. ...Só se sabe que um dia O povo de assunção Ficou sabendo que Ele também foi assassinado. Dizem que antes de morrer Foi bastante judiado Em um lugar deserto Seu corpo foi colocado E só depois de dias Em Assunção sepultado Se foi um assassino Cometeu-se o crime sozinho ou não. Isso é um mistério Que mexe com nossa imaginação. O certo é que esse crime Foi o mais bárbaro da região E só Deus cabe Condenar ou dá o seu perdão. O falatório foi geral. Um crime como aquele Assunção nunca viu igual. Daquele dia em diante O filho, pra onde foi não sei. Não lembro se foi preso, Isso eu não pesquisei. Só sei que durante muito tempo Ouviu-se o boato. De que andava escondido Por essa região. Assustando quem andava De noite na escuridão. Lembro-me que um dia Eu e as meninas batíamos um papo Lá na pracinha, quando surgiu O boato de que o sujeito ali vinha, Correu gente pra todo lado. Teve até gente que falou com intrigado.
  • 25.
  • 26. Realização Edição: Carmelita Rodrigues Músicas: Rain on the pond e Forest piano.