Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
As vanguardas: rupturas com os cânones das artes e da Literatura
1. História A
As Vanguardas:
Roturas com os cânones das artes
e da Literatura
2. "A arte não reproduz o que vemos.
Ela faz-nos ver.“
Paul Klee
3. Vanguardas
• Vanguarda Cultural:
– movimento inovador que rejeita os cânones estabelecidos
e antecipa tendências posteriores.
• Primeiras décadas do século XX
– experiências inovadoras;
– convulsiona o mundo da arte.
– movimento cultural = modernismo;
– Paris - o centro artístico da Europa.
5. O fauvismo
• Fauvismo:
– corrente vanguardista liderada pelo
pintor Henri Matisse;
– Defende
• o primado da cor na pintura e utiliza-a com
total liberdade, negligenciando a precisão
da representação.
Henri Matisse
1869-1954
6. O fauvismo
• Fauvismo
– a primeira vaga de assalto da arte moderna propriamente
dita;
– O escândalo fauve, provocado pelos impressionistas,
rebentou em 1905, no Salon d'Automne;
– As telas que se encontravam na sala eram chocantes;
– Tinham um colorismo muito intenso, aplicado de forma
aparentemente arbitrária, tornava-as, à primeira vista,
obras estranhas, quase selvagens.
7. Fauvismo
Henri Matisse, Le bonheur de vivre (The Joy of Life)
7
1905-1906
Óleo sobre tela, 175 x 241 cm, Barnes Foundation, Merion, PA
8. Fauvismo
Henri Matisse ,Harmony in Red, 1908
8
Óleo sobre tela
180 x 220 cm, Museu Hermitage, S. Petersburgo
9. Fauvismo
Henri Matisse , Dance (II), 1910
9
Óleo sobre tela
260 x 391 cm, Museu Hermitage, S. Petersburgo
12. Expressionismo
• Expressionismo
– Designa as formas artísticas que
tendem para a expressão subjectiva e
emotiva.
• Origem
– Surge quase ao mesmo tempo em
diversas cidades alemãs;
– Tentativa de abalar o conservadorismo
em que vegetava a arte oficial.
• Duas Correntes
– Die Brucke;
– Der Blaue Reiter Edvard Munch, O grito, 1893
13. Expressionismo
• Die Brucke;
– liderados por Ernst Ludwig
Kirchner;
– defendiam uma arte
impulsiva, fortemente
individual, que representasse
“directamente e sem
falsificações” o impulso artístico
criador.
14. Expressionismo
• Temáticas abordadas:
– Angústia – Desespero
– Morte -Sexo -Miséria social
• Para obterem maior expressividade, os pintores:
– distorciam e acentuavam o desenho de forma caricatural;
– Uma forte tensão emocional apossa-se dos
quadros, transmitindo ao espectador sensações de
desconforto, repulsa e mesmo angústia.
15. Expressionismo
Ernst Ludwig Kirchner
Girl Under a Japanese Parasol,
c. 1909
Óleo sobre tela
92.5 x 80.5 cm
Kunstsammlung Nordrhein-
Westfalen, Dusseldorf
15
16. Expressionismo
Ernst Ludwig Kirchner
Self-portrait as soldier, 1915
Óleo sobre tela
69.2 x 61 cm
Allen Memorial Art Museum,
Oberlin College, Ohio
16
17. Expressionismo
Ernst Ludwig Kirchner
Self-Portrait with Model,
1910/1926
Óleo sobre tela
150.4 x 100 cm
Kunsthalle, Hamburg
17
19. Otto Dix,
Memory of the Halls of Mirrors in Brussels
1920
Óleo sobre tela
Coleção particular
20. Expressionismo
• Der Blaue Reiter;
– liderados por Kandinsky e Franc
Marc;
– O desenho passa a ser menos
pesado;
– Intelectualização maior
comparada com a corrente
anterior
27. Cubismo
• Cubismo
– Movimento artístico que rejeita a representação do
objecto em função da percepção óptica e a substitui por
uma visão intelectualizada de tipo geométrico.
• Pablo Picasso
– Em 1907, decide pintar um óleo de grandes
proporções;
– Tema: cinco mulheres nuas, provavelmente uma
cena de bordel.
• Correntes Cubistas
– Cubismo analítico
– Cubismo sintético
28. Cubismo
Pablo Picasso
As meninas de Avignon,
1907.
Óleo sobre tela.
243,9 x 233,7 cm.
28
Museu de Arte Moderno.
Nova Yorque. USA.
30. Cubismo
• Cubismo analítico:
– Novidade
• destruição completa das leis da perspetiva;
– Desenvolvimento
• Braque e Picasso continuam o percurso que já tinham iniciado:
– os motivos são cada vez mais decompostos em facetas geométricas
que se intercetam e se sucedem;
– Ao volume fechado e circunscrito, os cubistas opõem assim um
volume aberto, que ocupa todo o espaço do quadro;
– as cores restringem-se a uma paleta monocromática de
azuis, cinzentos e castanhos, de forma a não perturbar o rigor
geométrico da representação.
31. Cubismo
Georges Braque
Le Sacré-Coeur, 1910.
Óleo sobre tela.
55.5 x 41 cm.
31
Museu d´ Art Moderne du Nord.
Villeneuve d´ Asq.
32. Cubismo
Georges Braque
The Emigrant, 1912.
Óleo sobre tela
32
117 x 81 cm.
Museu de Arte de Basileia. Suíça.
33. Cubismo
Pablo Picasso
El Aficionado Sorgues, (El torero), 1912.
Óleo sobre tela.
33
135 x 82 cm.
Museu de Arte de Basileia. Suíça.
34. Cubismo
Pablo Picasso
Souvenir de Havre 1912.
Óleo sobre tela.
34
92 x 65 cm.
Colecção Privada.
35. Cubismo
• Cubismo sintético:
– processo de reconstrução/recriação;
– Elementos fundamentais que resultam do desmantelamento analítico
do motivo foram reagrupados de uma maneira mais coerente e mais
lógica;
– Regresso da cor às telas.
– Novos materiais
• papéis, cartão, tecidos, madeira, corda…
• Criou-se com o relevo, novos planos no quadro, enriquecia as tonalidades
do colorido confinadas até então, ao uso da tinta, acentuando sobretudo
a essência e a verdade das representações.
36. Cubismo
Juan Gris
Maisons à Paris, 1911.
Óleo sobre tela.
52.4 x 34.3 cm. 36
Museu Guggenheim. Nova Iorque. EUA.
37. Cubismo
Juan Gris
La Table de café, 1912.
Óleo sobre tela.
46 x 38 cm.
The Art Institute. 37
Chicago . EUA.
38. Juan Gris
O Jardim
1916
Óleo sobre Madeira
65 x 54 cm
39. Pablo Picasso
Natureza morta
66.4 x 49.6 cm
1913
Museum of Modern Art, New York, USA
41. Georges Braque
O Musico
1918
220.8 x 113 cm
Kunstmuseum Basel, Basileia, Suiça
42. Cubismo
• Conclusão
– Destruição das leis tradicionais da perspectiva e da
representação, conduzindo à arte abstracta, verdadeiro
emblema da arte do século XX;
– Alargamento dos horizontes plásticos introduzindo neles
materiais comuns;
– Proporcionou meios de expressão a outras correntes.
44. Abstraccionismo
• Abstraccionismo
– Movimento artístico que rejeita o tema ligado à realidade
concreta, à descrição do visível.
– Já se fazia sentir desde do final do s século XIX
• Correntes
– Abstraccionismo sensível ou lírico;
– Abstraccionismo geométrico.
45. Abstraccionismo
• Abstraccionismo sensível ou lírico:
– Principal impulsionador – Kandinsky;
– Defende que:
• as formas e as cores, ao reproduzirem imagens figurativas perdem
muita da força expressiva que, por si mesmas, possuem, pois
somos incapazes de as dissociar do significado do objecto;
• as formas que despertam em cada pessoa reacções e sugestões
diferentes, numa variedade e multiplicidade muito superiores às
da figuração.
48. Abstraccionismo Lírico
Kandinsky, Composição VI, 1913.
Óleo sobre tela. 48
195 x 300 cm, Museu Hermitage, S. Petersburgo. Rússia.
49. Abstraccionismo Lírico
Kandinsky, Mancha Vermelha II, 1921.
Óleo sobre tela. 49
131 x 181 cm, Städtische Galerie im Lenbachhaus. Munique. Alemanha.
50. Abstraccionismo Lírico
Kandinsky
Kleine Welten IV
1922.
Litografia a cores
27,5 x 25,1 cm.
Museu de Belas Artes de S.
Francisco. EUA.
50
51. Abstraccionismo
• Abstraccionismo geométrico ou
neoplasticismo
– outra via;
– pintor holandês Piet Mondrian:
• Seduzido por Paris e pelo
cubismo, procurou fazer da pintura um
meio de expressar a verdade essencial e
inalterável das coisas;
• supressão de toda a emotividade pessoal
e também de tudo o que é efémero ou
acessório;
• Pretendeu atingir uma pintura
depurada, liberta de tudo o que não é
essencial, circunscrita aos elementos
básicos:
– a linha, a cor, a composição e o espaço
bidimensional.
52. Piet Mondrian
Quadro 1
1921.
Óleo sobre tela
96.5 x 60.5 cm.
Museum Ludwig
Colónia, Alemanha
53. Abstraccionismo geométrico
Piet Mondrian
Composição 2
1922.
Óleo sobre tela
55 x 53 cm.
Museu Guggenheim.
53
Nova Iorque EUA.
54. Abstraccionismo geométrico
Piet Mondrian
Quadro II
1921-25
Óleo sobre tela
90 x 60 cm 54
Coleção Max Bill. Alemanha.
55. Abstraccionismo geométrico
Piet Mondrian
Composição com duas linhas, 1931.
112 x 112 cm.
Museu Stedelijk de Arte Moderno.
Amesterdão. Holanda.
55
56. Abstraccionismo
• Conclusão:
– A “necessidade interior” de Kandinsky e a “realidade pura”
de Mondrian correspondem a duas teorias opostas sobre a
razão de ser da arte abstracta:
• a teoria subjectiva
• a teoria objectiva;
– Juntos protagonizam a corrente mais duradoura de todas
quantas se iniciaram no século XX.
58. Futurismo
• Futurismo
– Movimento artístico que se caracteriza pela rejeição total da estética
do passado e pela exaltação da sociedade industrial.
•
• Origem
– Itália;
– Em 1909, Filippo Marinetti proclamava, a partir de Milão, o
nascimento de uma nova estética.
– O Manifesto de Marinetti rejeita o passado e glorifica
o futuro que antevê prodigioso graças ao processo da
técnica.
– A máquina assume o lugar central de ídolo dos futuristas e, com ela, a
velocidade, a que devotam um verdadeiro culto.
59. Futurismo
• Fonte de inspiração
– a estética futurista centra-se na representação do mundo
industrial:
• a cidade, a máquina, a velocidade, o ruído;
• procura igualmente fazer-se eco do tempo que rege o dinamismo
universal:
– a obra de arte não pode ser estática porque nada o é;
– na Natureza tudo se transforma incessantemente.
60.
61. Futurismo
• Características das obras
– A busca de uma solução formal que representasse o
dinamismo conduziu:
• à diluição das formas;
• à justaposição das imagens fugazes;
• à decomposição da realidade em segmentos representando
pontos de vista simultâneos (esta última solução, os futuristas
aproximam-se dos cubistas e com eles partilham o simultaneísmo
e a decomposição fragmentada.)
62. Futurismo
Bocccioni, Dynamism of a Cyclist, 1913
Tempera e tinta sobre papel
21,1 x 30,8 cm, Civico Gabinetto dei Disegni, Castello Sforzesco. Milão. Itália.
63. Bocccioni, Charge of the Lancers, 1915
Tempera e colagem sobre cartão
32 x 50 cm, Colecção Ricardo e Magda Jucker. Milão. Itália.
64. Futurismo
Bocccioni ,The City Rises
1910, Óleo sobre Tela
200 cm x 301 cm
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, EUA
65. Balla, G,
Menina a correr na Varanda
1912.
Óleo sobre tela
125 x 125 cm.
Civica Galleria d'Arte Moderna.
Milão. Itália.
66. Futurismo
Balla, G., Dinamismo de cão com trela, 1912.
Óleo sobre tela, Galería de Arte Albright-Knox de Buffalo. Nova Iorque. EUA.
69. Dadaísmo
• Dadaísmo
– Movimento de contestação artística que recusa todos os
modelos plásticos e a própria ideia de arte.
• Origem
– Zurique, na Suíça;
– Grupo de jovens de várias nacionalidades que procuravam
refúgio da guerra.
70. Dadaísmo
• Características
– absurdo;
– pela necessidade compulsiva de destruir os fundamentos
da Arte;
– As obras reflectem os elementos mais díspares:
• os assemblages de Kurt Schwitters;
• as composições ao acaso de Max Ernst e Hans Arp;
• os ready – made de Duchamp
tudo servia para negar a arte e o seu valor.
71. Kurt Schwitters
1887-1948
Hans Arp
1886-1966
Marcel Duchamp
Max Ernest 1882-1968
1891-1976
72. Dadaísmo
Marcel Duchamp
A Roda de Bicicleta, 1913 (cópia)
Roda de bicicleta e banco de madeira
Diâmetro, 64.8
Altura: 60.2 cm
Colecção Artur Schwarz, Milão
72
72
73. Dadaísmo
Marcel Duchamp
A Fonte, 1917 (desaparecido)
Urinol de porcelana
Alt. 60 cm
Museu de Arte Filadélfia, EUA 73
73
74. Dadaísmo
Marcel Duchamp,
“O belo ar de Paris ,”1919.
74
76. Dadaísmo
Marcel Duchamp
Tortura da morte
1959.
Gesso pintado e moscas sobre papel montado
em madeira.
29.5 x 13.5 x 5.5 cm.
Colecção Robert Lebel. Paris. França. 76
76
77. Dadaísmo
Marcel Duchamp
L.H.O.O.Q.
1919.
Ready-made rectificado:
lápis sobre reprodução da Gioconda
19.5 x 12.4 cm.
Coleção particular
Paris França. 77
77
78. Dadaísmo
Marcel Duchamp
Por favor, toca , 1947.
Peito de espuma de borracha e veludo
preto, montado sobre cartão.
23.5 x 20.5 cm.
Colecção particular. Paris. França.
78
78
79. Marcel Duchamp
Nú a descer a escada
1912
89 x 146 cm
Philadelphia Museum of Art,
Philadelphia, PA, USA
80. Otto Dix
O jogo de cartas
1920
87 x 110 cm
Óleo sobre tela
Nationalgalerie, Berlim, Alemanha
81. Otto Dix
Rua de Praga (em Dresden)
1920
101 x 81 cm
Óleo sobre tela
Staatsgalerie, Stuttgart, Alemanha
82. Man Ray
Le Violon d'Ingres
1924
Fotografia
Paul Getty Museum, EUA
83. Dadaísmo
• Objectivo
– Criação da antiarte
– Provocam;
• grande agitação nos meios artísticos com panfletos e artigos
obscenos.
– Acaba por:
• não passar de uma manifestação mais extrema e publicitária do
enorme movimento de subversão intelectual e artística das
primeiras décadas do século.
85. Surrealismo
• Surrealismo
– fez a apologia da arte como mecanismo de projecção do
inconsciente, procurando variados meios para expressar a
realidade interior do artista;
– Assim tornou-se necessária uma reorientação, por André
Breton, ex – dadaísta;
– Ao surrealismo aderiram homens de letras como Louis
Aragon e Paul Éluard; artistas plásticos e realizadores de
cinema.
86. Surrealismo
• Influências
– Freud e da psicanálise;
– o “modelo” da arte deslocava-se para o mundo da
interioridade, era procurado no inconsciente do artista;
– Aqui reside o carácter revolucionário do surrealismo cujas
obras devem realizar-se sem a intervenção do pensamento
racional.
88. Surrealismo
• Características
– importância conferida no inconsciente;
– Não se prende com querelas formais, cada um, exprime-se
à sua própria maneira, cada um encontra a sua via pessoal
de acesso ao inconsciente.
– Foi esta vanguarda que encerrou o período das primeiras
vanguardas que revolucionaram a arte europeia.
89. Surrealismo
Salvador Dali
Ruína com cabeça de Medusa e
paisagem, 1941.
Óleo sobre tela
36 x 25.4 cm 89
Colecção Juan Abelló Gallo. Espanha.
90. Surrealismo
Salvador Dali
Aranha de noite... Esperança, 1940.
Óleo sobre tela 90
40.5 x 50.8 cm, The Salvador Dalí Museum. EUA
91. Surrealismo
Salvador Dali
Premonição da Guerra Civil,
1936.
Óleo sobre tela
100 x 99 cm
The Philadelphia Museum. 91
EUA
93. Surrealismo
Salvador Dali
Cristo de San Juan de la Cruz
1951
Óleo sobre tela
205 x 116 cm
The Glasgow Art Gallery 93
Escócia
94. Surrealismo
Salvador Dali
O Cristo de Gala, 1978.
Óleo sobre tela
100 x 100 cm. 94
Coleção particular.
95. Surrealismo
Salvador Dali
Auto-retrato macio com
toucinho frito
1941
Óleo sobre tela.
61.3 x 50.8 cm.
Fundação Gala-Salvador Dalí.
Figueras. 95
Espanha
96. Surrealismo
Salvador Dali
Retrato de Picasso, 1947.
Óleo sobre tela.
64.1 x 54.7 cm.
Fundação Gala-Salvador Dalí.
Figueras. Espanha 96
97. Surrealismo
Salvador Dali, Persistências da memória, 1931
Óleo sobre tela 97
24 cm × 33 cm, Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, EUA
99. Conclusão
• Até ao século XX
– a pintura permaneceu fiel ao “princípio da realidade”;
– representando um mundo de aparência lógica e objectos
reconhecíveis.
As vanguardas vieram romper este universo plástico,
destruindo, os seus fundamentos.
100. Conclusão
• Assim:
– Libertaram a figuração da sujeição ao modelo, distorcendo
as formas e utilizando arbitrariamente as cores;
– Desconstruíram o espaço pictórico:
• os esbatimentos dos volumes e da profundidade nas telas
fauvistas anunciam o regresso na pintura da bidimensionalidade.
– Adoptaram novos objectos temáticos de índole abstracta:
• pintura desliga totalmente os seus temas da realidade sensível.
– Alargaram o universo da pintura ao introduzirem aspectos
como o movimento e o tempo (4ª dimensão);
– Introduziram um conjunto vasto de novos materiais
artísticos, aumentando o potencial plástico e expressivo da
pintura.
102. Os caminhos da literatura
• Início do século XX
– Correspondeu a uma verdadeira revolução que pôs em
causa, por vezes de forma radical, os valores e as tradições
literárias;
– Nas primeiras décadas, os esforços concentravam-
se, sobretudo, na libertação da obra literária face à
realidade concreta;
– Porém foi abandonada a descrição ordenada e realista da
sociedade e dos acontecimentos.
103. Os caminhos da literatura
• Características
– As obras voltam-se para a vida psicológica e interior das
personagens mais do que para a narrativa de uma acção;
– Há obras que se destacam pela introdução de novas
formas de expressão, ao nível da linguagem e da
construção frásica como por exemplo:
• os poemas caligramados de Apollinaire, que fundem a palavra e a
forma;
• Os dadaístas, como Hugo Ball, que transformam o nonsense em
poesia;
• James Joyce, obra cheia de simbolismo e alusões obscuras de
dificil descodificação;
• …
110. Os caminhos da literatura
• Estas correntes
– são efémeras;
– pouco produtivas em termos de qualidade literária;
– Porém:
• romperam convenções e abriram portas a obras de grande valor,
verdadeiramente inovadoras.