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Ficha Informativa/ Trabalho nº 1




   O século XVIII foi marcado pelo            crescimento demográfico, expansão do

comércio      colonial,   maior   dinamismo     produtivo   interno,   associado   ao

aperfeiçoamento/invenção científico-técnico – haveriam de conduzir, no final deste

período de tempo e a partir da Inglaterra, ao arranque de uma das revoluções mais

significativas da História, como conhecida como Revolução Industrial.


  Esta época deu origem a um desenvolvimento das classes populares e fiz crescer

a burguesia. Esta, esteve extraordinariamente activa a todos os campos de

actividade, impregnando-os com o individualismo, pragmatismo e racionalismo que

são apanágio da sua mentalidade. Associavam-se à aristocracia através de

casamentos e nos hábitos de vida. Em conjunto, nobres e alta burguesia formaram

as elites do Antigo Regime e, tiveram, nesta época, a sua “Idade de Ouro”,

beneficiados pelo enriquecimento geral da época. Os nobres, nos seus palacetes

citadinos ou nos seus castelos de campo, (modelos copiados do Palácio de

Versalhes) desenvolveram um estilo de vida requintado, como nas próprias cortes

(bailes, banquetes, caçadas, passeios, e saraus).


Nas mansões da aristocracia ou da burguesia, o salão passou a ser o centro da vida
social, dependência nobre, de amplas dimensões, faustosamente decorado e
mobilado. Aí se reunia a família após as refeições e tarefas do dia; ai se recebiam
as visitas mais solenes; e aí também se faziam reuniões mais alargadas por ocasião
de alguma festividade, banquete, baile ou outra efeméride. O crescente interesse
das elites pelas coisas do espírito tornou usuais as reuniões elegantes, realizadas
na privacidade dos palácios, que tinham como atracção principal a apresentação de
personalidades em voga: músicos, cantores de ópera, escritores, filósofos e
cientistas.
Assim, estes espaços privados e íntimos tornaram-se os centros da vida social,
cultural e artística, exercendo acção importante na divulgação das novidades
intelectuais e políticas, foi ai, que as ideias iluministas, aquelas que mais tarde
conduziram à Revolução Francesa, conheceram os seus primeiros passos.



Profª Carla Teixeira                                                         Página 1
Ficha Informativa/ Trabalho nº 1


                              A Revolução científica

Nos século XVII e XVIII verificou-se, na Europa, um tão grande e
importante desenvolvimento científico, sobretudo nos domínios da Matemática,
da Astronomia, da Física, da Química e da Medicina, que se pode falar de uma
verdadeira Revolução Científica.

Na origem desta revolução encontra-se o chamado Método Experimental ou
Científico que se baseia em cinco etapas:

observação;

§ levantamento de um problema;

§ formulação de uma hipótese;

§ experimentação;

§ conclusão e generalização (leis gerais).

É no séc. XVII que se afirma um novo paradigma científico que tenta explicar o
Mundo e os mistérios do universo através do critério da Razão, por oposição ao
pensamento mitológico e ao paradigma religioso.

Este processo, que prolonga a renovação renascentista, inicia-se a partir dos finais
do séc. XVI, devendo destacar-se figuras como Galileu Galilei, Francis Bacon, René
Descartes ou Isaac Newton, entre muitos outros.

Uma das maiores figuras deste tempo foi Galileu Galilei.




Profª Carla Teixeira                                                        Página 2
Ficha Informativa/ Trabalho nº 1




                Galileu Galilei nasceu em 15 de Fevereiro de 1564 na cidade de Pisa.
                Filho de Vicenzo Galilei e de Giulia Ammannati, herdou do pai um
                grande gosto pela música e uma enorme aptidão para a matemática,
                e da mãe um carácter forte e persistente. os 17 anos ingressou na
                Universidade de Pisa, para estudar Medicina, e aí permaneceu
                durante quatro anos, tendo abandonado em 1585 para se dedicar ao
                estudo da física, da astronomia e da matemática. A ciência moderna
                tem em Galileu , um dos seus pais. Galileu revolucionou a ciência,
                separando-a da magia. Esta união era comum até então,
                principalmente durante o período em que as explicações científicas
                eram baseadas em imposições religiosas. Com esta revolução, a
                metodologia científica mudou de 2 oque é”, para “como é”. Através
                do aperfeiçoamento do telescópio conseguiu observar melhor o
                universo, fazendo com isso diversas explorações do céu, trazendo
                informações totalmente novas para a época. Conseguiu descobrir as
                manchas solares, as montanhas da lua, alguns satélites de Júpiter e
                as várias estrelas da Via Láctea. Mas talvez o seu estudo que mais
                tenha tido divulgação foi a divulgação da Teoria Heliocêntrica.

                Em 1632, Galileu publicou “Dialogo Sopra i Due Massimi Sistemi del
                Mondo”, onde produzia uma conversa entre três personagens:
                Salviati, Sagredo e Simplicius. Nesta obra, Galileu afirmou que a
                terra girava em torno do sol, o que contrariava a teoria aceite pela
                Igreja Católica. Os Diálogos foram proibidos e Galileu foi
                interrogado diversas vezes. Apesar das ameaças de tortura, Galileu
                manteve as suas convicções sobre a teoria heliocêntrica, que
                segundo o Santo Ofício de Roma, era incompatível com a Sagrada
                Escritura. Galileu foi obrigado a negar a publicamente a teoria
                copernicana e condenado a viver em prisão domiciliária. Diz a lenda
                que, quando foi julgado por heresia, em 1633, e forçado a abjurar a
                sua crença de que a Terra se movia à volta do Sol, Galileu teria
                murmurado: "Eppur si muove" ("No entanto move-se").
                Morreu em 8 de Janeiro de 1642 em Arcetri, completamente cego




Profª Carla Teixeira                                                          Página 3
Ficha Informativa/ Trabalho nº 1



                                     Iluminismo:

No século XVIII, a elite intelectual europeia julgava-se a caminho de um futuro

melhor. Os brilhantes resultados obtidos pelo experimentalismo tinham conduzido

à convicção de que o raciocínio humano era um dom prodigioso, com potencialidades

quase ilimitadas.


O século XVIII é, por excelência, na Europa, o «século das Luzes». Como

movimento cultural, o iluminismo expressava uma nova forma de conceber o ser

humano, conferindo um inegável valor às faculdades intelectuais do homem.


A crença no valor da Razão como motor do progresso                         rapidamente

extravasou    o     campo   científico     para   se   aplicar   à   reflexão   sobre   o

funcionamento das sociedades em geral.Acreditava-se que a Razão seria a Luz

que igualaria a Humanidade. A razão crítica seria a principal responsável pela

condução do espírito em direcção às grandes verdades, que fariam do homem

um ser autónomo, pensante e actuante.


  Havia também, nesta época, um grande interesse pela educação e pela cultura,

que foi uma consequência da propagação do pensamento Iluminista. Os filósofos

iluministas (humanistas e racionalistas), consideravam a Ciência e todo o

conhecimento racional como motores do Progresso e construtores da Felicidade,

supremo objectivo da Humanidade. Consideravam, também, que só pela educação

seria possível levar os homens a entender os erros em que viviam.


Princípios defendidos pelos iluministas:


   •   Crença no valor da Razão( pensamento crítico) como forma de libertação do

       homem da ignorância


   •   Defesa da educação como forma de libertação das mentes , considerando-a

       como essencial ao progresso de um país


Profª Carla Teixeira                                                             Página 4
Ficha Informativa/ Trabalho nº 1

    •   Defesa da tolerância,igualdade social, progresso e bem estar como forma

        de atingir a felicidade




.




                   Responde às seguintes questões:

1-Observa a figura e lê a frase:


“O salão era o centro da vida social e cultural”




Profª Carla Teixeira                                                   Página 5
Ficha Informativa/ Trabalho nº 1

1-Explica a importância do salão no século XVIII.


_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________


2-Explica a importância de Galileu para o progresso científico.


_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________


3-Lê os documentos:


A razão está para o filósofo tal como a graça está para o cristão. A graça obriga o

cristão a agir; a razão obriga o filósofo... Ele gosta de saber os mais pequenos

detalhes e de aprofundar tudo o que de mal se adivinha; assim, olha como sendo um

princípio totalmente oposto ao progresso das luzes do espírito o facto de se limitar

somente à meditação e de acreditar que o homem não encontra a verdade senão no

fundo de si próprio. (...) O espírito filosófico é um espírito de observação e de

justiça      que   relaciona   tudo   com   os   seus   verdadeiros   princípios   (...).

O filósofo é, em suma, um homem honesto que age em todas as circunstâncias pela

razão e que junta a um espírito de reflexão e de justiça, os costumes e as qualidades

sociáveis.


                                                                              Diderot




Profª Carla Teixeira                                                        Página 6
Ficha Informativa/ Trabalho nº 1


As nossas esperanças sobre o estado futuro da espécie humana podem reduzir-se a

estes pontos importantes: a destruição da desigualdade entre os homens e,

finalmente,                    o                    seu                  aperfeiçoamento.

Chegará o momento em que o sol só iluminará homens livres que apenas obedecerão à

razão;       em   que     os   tiranos   e     os     escravos...   já    não   existirão.

Por uma escolha feliz, não só dos próprios conhecimentos mas também dos métodos

de os ensinar; pode instruir-se a massa inteira dum povo acerca de tudo o que os

homens têm necessidade de saber sobre economia, administração, indústria e

direito...        para         serem         senhores         de         si      próprios.

A igualdade de Instrução corrigiria a desigualdade das aptidões, assim como uma

legislação preventiva diminuiria a desigualdade das riquezas, aceleraria o progresso

das ciências e das artes, multiplicando os artistas num meio que lhes fosse favorável.

O efeito seria um aumento de bem-estar para todos.

                                                                                Condorcet




3.1-Indica os princípios iluministas defendidos nos documentos. Justifica com

expressões.

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

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Ficha Informativa/ Trabalho nº 1

4-Lê os documentos com as ideias defendidas por Rousseau , Montesquieu e

Voltaire.


        (...) sendo todo o homem livre e senhor de si próprio, ninguém pode sob qualquer pretexto
 submetê-lo contra a sua vontade. Decidir que um filho de escravo nasça escravo, é decidir que ele
                                                                                não nasça homem.
        (...) O cidadão aceita todas as leis, mesmo aquelas que o contrariam e mesmo aquelas que o
       castigam quando ele violar alguma. A escolha consciente de todos os membros do estado é a
                                                         vontade geral; é essa que deve prevalecer.
   (…) É este o problema fundamental a que o contrato social dá solução. (...) O governo recebe do
   soberano as ordens que ele dá ao povo, e para que o Estado esteja num bom equilíbrio é preciso,
       com todas as compensações, que haja uma igualdade entre o produto ou o poder do governo
       tomado em si próprio e o produto ou o poder dos cidadãos, que são soberanos por um lado e
                                                                               súbditos por outro.


                                                  Jean-Jacques Rousseau, o Contrato Social, 1762




  Não é ao homem que eu me dirijo, é a ti, Deus de todos os seres de todos os mundos e
                                                                          de todos os tempos...
         Tu não nos deste um coração para odiar e mãos para matarem: faz com que nos
     ajudemos a suportar mutuamente o fardo de uma vida penosa e passageira; que as
      pequenas diferenças, entre as vestes que cobrem os nossos pobres corpos, entre os
  nossos costumes ridículos, entre todas as nossas leis imperfeitas, entre todas as nossas
  opiniões insensatas, que distinguem os átomos chamados homens, não sejam sinal de
   ódio e perseguição; que todos aqueles que acendem círios em pleno meio-dia para te
  louvar, suportem os que se contentam com a luz do teu sol; os que se cobrem com um
       pano branco para dizerem que é necessário amar-te, não detestem os que dizem a
                                                   mesma coisa sob um manto de lã negra...


                                                    Voltaire, in Traité sur Ia Tolérance, 1763




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Ficha Informativa/ Trabalho nº 1

 Quando na mesma pessoa ou no mesmo órgão políticos o poder legislativo está
 reunido com o poder executivo não há liberdade. Também não há liberdade se o
 poder judicial não estiver separado dos poderes legislativo e executivo.

 Montesquieu, O espírito das Leis




4-Preenche o quadro:


Nome do filósofo              Obra                 Princípios defendidos

                         Contrato Social




   Montesquieu




                        Tratado sobre a

                           Tolerância




Profª Carla Teixeira                                                        Página 9
Ficha Informativa/ Trabalho nº 1




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Ficha de trabalho nº 1

  • 1. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 O século XVIII foi marcado pelo crescimento demográfico, expansão do comércio colonial, maior dinamismo produtivo interno, associado ao aperfeiçoamento/invenção científico-técnico – haveriam de conduzir, no final deste período de tempo e a partir da Inglaterra, ao arranque de uma das revoluções mais significativas da História, como conhecida como Revolução Industrial. Esta época deu origem a um desenvolvimento das classes populares e fiz crescer a burguesia. Esta, esteve extraordinariamente activa a todos os campos de actividade, impregnando-os com o individualismo, pragmatismo e racionalismo que são apanágio da sua mentalidade. Associavam-se à aristocracia através de casamentos e nos hábitos de vida. Em conjunto, nobres e alta burguesia formaram as elites do Antigo Regime e, tiveram, nesta época, a sua “Idade de Ouro”, beneficiados pelo enriquecimento geral da época. Os nobres, nos seus palacetes citadinos ou nos seus castelos de campo, (modelos copiados do Palácio de Versalhes) desenvolveram um estilo de vida requintado, como nas próprias cortes (bailes, banquetes, caçadas, passeios, e saraus). Nas mansões da aristocracia ou da burguesia, o salão passou a ser o centro da vida social, dependência nobre, de amplas dimensões, faustosamente decorado e mobilado. Aí se reunia a família após as refeições e tarefas do dia; ai se recebiam as visitas mais solenes; e aí também se faziam reuniões mais alargadas por ocasião de alguma festividade, banquete, baile ou outra efeméride. O crescente interesse das elites pelas coisas do espírito tornou usuais as reuniões elegantes, realizadas na privacidade dos palácios, que tinham como atracção principal a apresentação de personalidades em voga: músicos, cantores de ópera, escritores, filósofos e cientistas. Assim, estes espaços privados e íntimos tornaram-se os centros da vida social, cultural e artística, exercendo acção importante na divulgação das novidades intelectuais e políticas, foi ai, que as ideias iluministas, aquelas que mais tarde conduziram à Revolução Francesa, conheceram os seus primeiros passos. Profª Carla Teixeira Página 1
  • 2. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 A Revolução científica Nos século XVII e XVIII verificou-se, na Europa, um tão grande e importante desenvolvimento científico, sobretudo nos domínios da Matemática, da Astronomia, da Física, da Química e da Medicina, que se pode falar de uma verdadeira Revolução Científica. Na origem desta revolução encontra-se o chamado Método Experimental ou Científico que se baseia em cinco etapas: observação; § levantamento de um problema; § formulação de uma hipótese; § experimentação; § conclusão e generalização (leis gerais). É no séc. XVII que se afirma um novo paradigma científico que tenta explicar o Mundo e os mistérios do universo através do critério da Razão, por oposição ao pensamento mitológico e ao paradigma religioso. Este processo, que prolonga a renovação renascentista, inicia-se a partir dos finais do séc. XVI, devendo destacar-se figuras como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes ou Isaac Newton, entre muitos outros. Uma das maiores figuras deste tempo foi Galileu Galilei. Profª Carla Teixeira Página 2
  • 3. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 Galileu Galilei nasceu em 15 de Fevereiro de 1564 na cidade de Pisa. Filho de Vicenzo Galilei e de Giulia Ammannati, herdou do pai um grande gosto pela música e uma enorme aptidão para a matemática, e da mãe um carácter forte e persistente. os 17 anos ingressou na Universidade de Pisa, para estudar Medicina, e aí permaneceu durante quatro anos, tendo abandonado em 1585 para se dedicar ao estudo da física, da astronomia e da matemática. A ciência moderna tem em Galileu , um dos seus pais. Galileu revolucionou a ciência, separando-a da magia. Esta união era comum até então, principalmente durante o período em que as explicações científicas eram baseadas em imposições religiosas. Com esta revolução, a metodologia científica mudou de 2 oque é”, para “como é”. Através do aperfeiçoamento do telescópio conseguiu observar melhor o universo, fazendo com isso diversas explorações do céu, trazendo informações totalmente novas para a época. Conseguiu descobrir as manchas solares, as montanhas da lua, alguns satélites de Júpiter e as várias estrelas da Via Láctea. Mas talvez o seu estudo que mais tenha tido divulgação foi a divulgação da Teoria Heliocêntrica. Em 1632, Galileu publicou “Dialogo Sopra i Due Massimi Sistemi del Mondo”, onde produzia uma conversa entre três personagens: Salviati, Sagredo e Simplicius. Nesta obra, Galileu afirmou que a terra girava em torno do sol, o que contrariava a teoria aceite pela Igreja Católica. Os Diálogos foram proibidos e Galileu foi interrogado diversas vezes. Apesar das ameaças de tortura, Galileu manteve as suas convicções sobre a teoria heliocêntrica, que segundo o Santo Ofício de Roma, era incompatível com a Sagrada Escritura. Galileu foi obrigado a negar a publicamente a teoria copernicana e condenado a viver em prisão domiciliária. Diz a lenda que, quando foi julgado por heresia, em 1633, e forçado a abjurar a sua crença de que a Terra se movia à volta do Sol, Galileu teria murmurado: "Eppur si muove" ("No entanto move-se"). Morreu em 8 de Janeiro de 1642 em Arcetri, completamente cego Profª Carla Teixeira Página 3
  • 4. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 Iluminismo: No século XVIII, a elite intelectual europeia julgava-se a caminho de um futuro melhor. Os brilhantes resultados obtidos pelo experimentalismo tinham conduzido à convicção de que o raciocínio humano era um dom prodigioso, com potencialidades quase ilimitadas. O século XVIII é, por excelência, na Europa, o «século das Luzes». Como movimento cultural, o iluminismo expressava uma nova forma de conceber o ser humano, conferindo um inegável valor às faculdades intelectuais do homem. A crença no valor da Razão como motor do progresso rapidamente extravasou o campo científico para se aplicar à reflexão sobre o funcionamento das sociedades em geral.Acreditava-se que a Razão seria a Luz que igualaria a Humanidade. A razão crítica seria a principal responsável pela condução do espírito em direcção às grandes verdades, que fariam do homem um ser autónomo, pensante e actuante. Havia também, nesta época, um grande interesse pela educação e pela cultura, que foi uma consequência da propagação do pensamento Iluminista. Os filósofos iluministas (humanistas e racionalistas), consideravam a Ciência e todo o conhecimento racional como motores do Progresso e construtores da Felicidade, supremo objectivo da Humanidade. Consideravam, também, que só pela educação seria possível levar os homens a entender os erros em que viviam. Princípios defendidos pelos iluministas: • Crença no valor da Razão( pensamento crítico) como forma de libertação do homem da ignorância • Defesa da educação como forma de libertação das mentes , considerando-a como essencial ao progresso de um país Profª Carla Teixeira Página 4
  • 5. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 • Defesa da tolerância,igualdade social, progresso e bem estar como forma de atingir a felicidade . Responde às seguintes questões: 1-Observa a figura e lê a frase: “O salão era o centro da vida social e cultural” Profª Carla Teixeira Página 5
  • 6. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 1-Explica a importância do salão no século XVIII. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 2-Explica a importância de Galileu para o progresso científico. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 3-Lê os documentos: A razão está para o filósofo tal como a graça está para o cristão. A graça obriga o cristão a agir; a razão obriga o filósofo... Ele gosta de saber os mais pequenos detalhes e de aprofundar tudo o que de mal se adivinha; assim, olha como sendo um princípio totalmente oposto ao progresso das luzes do espírito o facto de se limitar somente à meditação e de acreditar que o homem não encontra a verdade senão no fundo de si próprio. (...) O espírito filosófico é um espírito de observação e de justiça que relaciona tudo com os seus verdadeiros princípios (...). O filósofo é, em suma, um homem honesto que age em todas as circunstâncias pela razão e que junta a um espírito de reflexão e de justiça, os costumes e as qualidades sociáveis. Diderot Profª Carla Teixeira Página 6
  • 7. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 As nossas esperanças sobre o estado futuro da espécie humana podem reduzir-se a estes pontos importantes: a destruição da desigualdade entre os homens e, finalmente, o seu aperfeiçoamento. Chegará o momento em que o sol só iluminará homens livres que apenas obedecerão à razão; em que os tiranos e os escravos... já não existirão. Por uma escolha feliz, não só dos próprios conhecimentos mas também dos métodos de os ensinar; pode instruir-se a massa inteira dum povo acerca de tudo o que os homens têm necessidade de saber sobre economia, administração, indústria e direito... para serem senhores de si próprios. A igualdade de Instrução corrigiria a desigualdade das aptidões, assim como uma legislação preventiva diminuiria a desigualdade das riquezas, aceleraria o progresso das ciências e das artes, multiplicando os artistas num meio que lhes fosse favorável. O efeito seria um aumento de bem-estar para todos. Condorcet 3.1-Indica os princípios iluministas defendidos nos documentos. Justifica com expressões. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Profª Carla Teixeira Página 7
  • 8. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 4-Lê os documentos com as ideias defendidas por Rousseau , Montesquieu e Voltaire. (...) sendo todo o homem livre e senhor de si próprio, ninguém pode sob qualquer pretexto submetê-lo contra a sua vontade. Decidir que um filho de escravo nasça escravo, é decidir que ele não nasça homem. (...) O cidadão aceita todas as leis, mesmo aquelas que o contrariam e mesmo aquelas que o castigam quando ele violar alguma. A escolha consciente de todos os membros do estado é a vontade geral; é essa que deve prevalecer. (…) É este o problema fundamental a que o contrato social dá solução. (...) O governo recebe do soberano as ordens que ele dá ao povo, e para que o Estado esteja num bom equilíbrio é preciso, com todas as compensações, que haja uma igualdade entre o produto ou o poder do governo tomado em si próprio e o produto ou o poder dos cidadãos, que são soberanos por um lado e súbditos por outro. Jean-Jacques Rousseau, o Contrato Social, 1762 Não é ao homem que eu me dirijo, é a ti, Deus de todos os seres de todos os mundos e de todos os tempos... Tu não nos deste um coração para odiar e mãos para matarem: faz com que nos ajudemos a suportar mutuamente o fardo de uma vida penosa e passageira; que as pequenas diferenças, entre as vestes que cobrem os nossos pobres corpos, entre os nossos costumes ridículos, entre todas as nossas leis imperfeitas, entre todas as nossas opiniões insensatas, que distinguem os átomos chamados homens, não sejam sinal de ódio e perseguição; que todos aqueles que acendem círios em pleno meio-dia para te louvar, suportem os que se contentam com a luz do teu sol; os que se cobrem com um pano branco para dizerem que é necessário amar-te, não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto de lã negra... Voltaire, in Traité sur Ia Tolérance, 1763 Profª Carla Teixeira Página 8
  • 9. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 Quando na mesma pessoa ou no mesmo órgão políticos o poder legislativo está reunido com o poder executivo não há liberdade. Também não há liberdade se o poder judicial não estiver separado dos poderes legislativo e executivo. Montesquieu, O espírito das Leis 4-Preenche o quadro: Nome do filósofo Obra Princípios defendidos Contrato Social Montesquieu Tratado sobre a Tolerância Profª Carla Teixeira Página 9
  • 10. Ficha Informativa/ Trabalho nº 1 Profª Carla Teixeira Página 10