O documento discute vários tópicos relacionados a desigualdades e preconceitos sociais. Primeiro, explica como diferentes formas de desigualdade se associam e se reforçam mutuamente. Em seguida, distingue entre igualdade de oportunidades e igualdade de condições. Por fim, discute como gênero é uma construção social e não biológica, e explica dois tipos de preconceito racial.
8. Monitorando a aprendizagem
1. As desigualdades são processos e experiências sociais
que colocam alguns indivíduos e grupos em vantagem
em relação a outros. As diferentes manifestações de
desigualdade não produzem efeitos apenas dentro de
área. As desigualdades podem se associar, acentuando
as desvantagens entre grupos ou indivíduos. Por
exemplo, a desigualdade econômica não cria apenas
vantagens na área econômica para alguns segmentos:
ela também interfere no acesso à cultura, à educação,
à saúde etc. Assim, o privilégio econômico reforça as
desigualdades culturais e educacionais, que, por sua
vez, reforçam as desigualdades de renda,
consequentemente.
9. Monitorando a aprendizagem
2. Igualdade de oportunidades – sem levar em conta as
condições iniciais dos indivíduos, o acesso a determinados
bens é distribuído igualmente: a educação fundamental
pública por exemplo. A oferta no ponto de partida é igual
e pode gerar uma desigualdade aceitável, decorrente do
mérito de cada um.
Igualdade de condições: partindo do princípio da
equidade”, oferece-se mais aos que têm menos vantagens,
a fim de igualar as condições de competição. A
distribuição das oportunidades é realizada de forma
desigual porque se subentende que os indivíduos ou grupos
sociais são desiguais desde o ponto de partida.
10. Monitorando a aprendizagem
3. Existe uma diferença biológica entre os sexos
masculinos e feminino, porém não existe na natureza
algo que estabeleça os papéis dos sexos. São a cultura
e a sociedade que definem as noções de feminino e
masculino. O conceito sociológico usado nos estudos
dos papéis sociais dos sexos é gênero.
11. Monitorando a aprendizagem
4. Preconceito de marca: fundamenta-se na aparência.
A discriminação se dá em função do fenótipo do
indivíduo (se ele é negro, pardo, "moreno claro”,
“moreno escuro” etc.). Segundo Oracy Nogueira, esse é
o preconceito racial mais comum no Brasil contra
afrodescendentes, sendo que quanto mais escura for a
cor, maior é a intensidade da discriminação.
Preconceito de origem: fundamenta-se no "sangue”.
Basta ter um ancestral negro que o indivíduo, mesmo se
tiver a cor da pele clara, será considerado negro. Esse é
o padrão do preconceito racial que ocorre nos EUA.