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Universidade Eduardo Mondlane
    Faculdade de Letras e Ciencias Socias
         Departamento de Geografia



Docente:Prof. Dr. Jose Menete


Discentes:
Paulino Fernando Muholove
Calisto da Paz Hilario
Celia Adelino Chongole
Canito Paulo Patricio
Tema: Indústria do gás em
Moçambique “estudo do
caso Pande e Temane”
Introdução
O presente trabalho visa desenvolver uma proposta metodológica de
inventariação, caracterização especificamente da indústria de gás em
Moçambique e com particular ênfase para Pande e Temane na
província de Inhambane, a distribuição geográfica e espacialmente,
das áreas potenciais de produção de gás. Apresenta um panorama
da indústria de gás natural, destacando os principais segmentos da
cadeia de formação das bacias sedimentares, o processo produtivo,
as componentes físico geográficas e os impactos ambientais da
produção de gás natural.
2.Objectivos
Geral:
Avaliar o estágio da evolução da produção de gás.


Especificos:


Identificar as áreas potenciais para a produção de gás;

Caracterizar cada uma das “áreas potenciais de produção”; e

Analisar as interrelacoes existentes entre a producao do gas e
estrutura territorial
3.Metodologia
A metodologia usada na realiização deste trabalho passou
necessariamente pela revisão bibliográfica de diversas obras,
tendo como base a literatura dos estudos feitos noutras
áreas. Lakato e Marconni ( 1991:225) afirmam que avaliação
de uma situação concreta desconhecida, em um dado local,
alguem ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito
pesquisas     iguais     ou   e    semelhantes,     ou    mesmo
complementares.        Uma procura de tais fontes, documentais
ou   bibliográfico,    torna-se   inprescendível   para   a   não-
duplicação de esforços, a não descobertas de ideias já
expressas, e a não inclusão de lugares comuns no trabalho. A
revisão bibliográfica permiteu o quadro teórico da indústria
extractiva de Gás assim como a caracterização da área de
estudo.
Metodologia: Métodos
Para realização do trabalho baseou-se em métodos,
como afirma MUCHANGOS, (2009: 1), a Geografia, tal
como as outras ciências se caracterizam por uso de
métodos científicos. Na ciência os métodos constituem
os instrumentos básicos que ordenam o ínicio de
conhecimento em sistema, ou seja, o constituem o
modo de proceder para alcançar os objectivos. Para o
levantamento   de   dados   usou-se    os   seguintes
métodos:
Cont.
Cartográfico: uso de mapa topográfico e geomorfológico
para obter dados que permitem caracterizar as formas de
relevo, mapas geológico identificar as áreas dos jazigos de
Pande, Temane e Búzi e a sua distribuição ou representação
espacial.

Observação     indirecta   e   interpretação:    este   foi
fundamental na medida em que permitiu observar no mapa
tográfico o comportamento do relevo e descrever, ainda, as
imagens de satélite para relacionar visualmente os aspectos
do quadro natural com os aspectos;
Cont.
Histórico: permitiu identificar e perceber o histórico da
produção de gás natural no país ao longo do tempo;

Estatístico: obter dados de temperatura e precipitação para
produção de gráficos e classificação do clima, ainda, dados de
vendas e consumo que ilustram a produção desde o incio da
actividade de Pande e Temane a área que está já em
exploração;

Bibliográfico:   permiteu   o   quadro   teórico   a   indústria
extractiva de Gás assim como a caracterização da área de
estudo.
4.Enquadramento teórico

A indústria a chamada actividade secundária, é o acto de transformar por
meio de um certo trabalho, objectos em bruto em objectos que tenham
aplicação, sendo que ela comporta tanto a produção de matérias-primas
como a utilização destas matérias-primas (R. Blanchard, citada por Mme
Veyret, s/d).



Indústria de gás faz     parte   de uma redes de energias,   caracterizada
por   ser   de capital   intensiva, principalmente em infraestrutura de
transporte e distribuição, (Mathias,   2011,   Agência   Internacional   de
Energia (IEA), 2012 e Pinto Juniór et. al., 2007
Cont.
Gás Natural Liquefeito(GNL)    é um gás natural resfriado a
temperaturas inferiores a 160°C, visando   transferência   e
estocagem como líquido. É composto predominantemente por
metano    e pode conter também quantidades variáveis de
etano, propano e nitrogénio (ANP, 2007).



Gasodutos - É o meio pelo qual o gás natural é transportado
para o mercado, sendo apto a deslocar grandes volumes de
fluido, SANTAREM, (2007:4).
5.Localização das   áreas
potenciais da produção de
gás
Pande e Temane
Pande fica situado a nordeste da província de
Inhambane, entre os paralelos 21º 18’ a 21º
25’Sul e entre os meridianos 34º 50’ a 35º
00’ Este, assim como Temane está entre os
paralelos 21º 35’ a 21º 50’Sul e entre os
meridianos 35º 00’ a 35º 10’Este,                              CARTA

TOPOGRÁFICA, folha nº878) e ALTAS DE MOÇAMBIQUE, (1986: 11).
Búzi
Buzí fica situado a sudeste da provincia de Sofala, entre os
paralelos 19º30’ a 20º45’ Sul e meridianos 34º45’ a 35º 20’Este .
Esta área de ocorrência, encontra-se dentro de mesmo distrito,
onde limita-se a norte com o distrito de Dondo e Beira (Sofala),
sul Machanga, oeste Gondolo (Manica) e Chibabava e este Oceano
indico. Os acidentes geográficos verificados ao longo do distrito é
o rio Buzi ALTAS DE MOCAMBIQUE, (2009:22).
Palma: Bacia de Rovuma
Fica situada a nordeste da província de Cabo
Delgado, entre os paralelos 10º00’ a 12º00’
Sul e meridianos 40º00’ a 42º 00’ Este,) . Os
seus limites, oeste distrito de Palma e outros
os extremos é banhando pelo oceano Índico.
ALTAS DE MOÇAMBIQUE, (2009:22).
Caracteristicas Gerais:          Pande,

Temane, Buzi e Bacia do Rovuma
Fisico-Naturais
Geologia
Pande, Temane, Buzi e Bacia de Rovuma


A área de exploração pertence a bacia Sedimentar do Ceno-Mesozoico
dos periodos Terciario e Quaternario, com ocorrencia nesta zona da
bacia, falhas e fracturas excepto a área de prospenccao pertecente a
bacia do Rovuma, que nao presenta falhas e fracturas . MUCHANGOS,
1999 E AMINOSSE, 2008.

Relevo

A area de exploracao de Pande e Temane ocorre numa zona de planície
de origem de acumulação, com cotas a oscilar entre 30 a 50m, CARTA
TOPOGRÁFICA, folha nº81 e ALTAS DE MOÇAMBIQUE, (2009:12 e 22).
Cont…
A area de Buzi ocorre numa zona de planície com vertentes,
vales e fundo dos rios, com cotas a oscilar entre 3 a 10m,
CARTA    TOPOGRÁFICA,     folha       nº878)    e       ALTAS   DE
MOCAMBIQUE, (2009: 12)

A area de prospenccao da bacia do Rovuma na parte
continental, ocorrem numa zona de planície com vertentes,
vales e fundo dos rios, com cotas a oscilar entre 10 a 50m,
CARTA   TOPOGRÁFICA,    folha   (nº    2   e   5)   e   ALTAS   DE
MOCAMBIQUE, (2009: 12).
Clima
Pande e Temane

Pela   a   classificação   de   Koppen,   o   distrito   de   Inhassoro
apresenta, clima quente de deserto, árido-BWh, com chuvas
escassas .

A precipitação média anual varia de 800 a 1000mm, enquanto a
evapotranspiração potencial média está na ordem de 1562mm.
A pluviosidade ocorre precipalmente entre os meses de Outubro
à Março, sendo que a temperatura média anual é de 26º C,
MAE, (2005: 02).
Cont…
Buzi

Pela a classificação de Koppen, o distrito de Buzi apresenta,
clima tropical seco de estepes-BSh.



A precipitação média anual é de 1089mm, enquanto a
evapotranspiração   potencial   média   está   na   ordem   de
1562mm. A pluviosidade ocorre precipalmente entre os
meses de Dezembro      à Março, sendo que a temperatura
média anual é de 24º C, MAE, (2005: 02).
Hidrografia
Bacia do Govuro o principal rio (Govuro) nasce a sul de Mapinhane,
corre no sentido sul-norte seguindo a depressão natural resultante da
morfologia litoral e que desagua por estuário, a norte de Inhassoro. Tem
um comprimento de acerca de 200km, com uma área de 11500Km2, em
muitas partes do seu percurso há escorrência subterrânea devido a
permeabidade dos terrenos do seu leito, ARA SUL, 2008.



Bacia do Buzi pussui uma bacia hidrográfica total de 28 800km2 dos
quais 25 600km2, nascem nas terras altas de Zimbabué e corta
sussecivamente e em escadaria as cadeias montanhosas mais elevadas do
país ,altiplanaltos e planaltos médios da província de Manica, antes de
desagua na baía de Mazanzane em Moçambique no oceano Índico, o seu
afluente é o rio Revué, MUCHANGOS, (1997: 55 a 56).
Cont.
A bacia do Rovuma ocupa uma área total de 152200
km2 dos quais 65.39% se situam em Moçambique,
34.30%. O rio é perene com a sua nascente a montante
dos seus principais afluentes os rios Lucheringo, Likonde e
Lugenda em Moçambique, e nas montanhas Matagoro, a
sudeste da Tanzânia, segundo DNA, (2008:5). O rio
pricinpal nasce no planalto de Ungone na Tanzania e atinge
Moçambique na sua confluência com rio Messinge, onde
toma a direcção oeste-este numa extensão de mais de
650km até deguar no        oceano Índico em forma de
estuário, MUCHANGOS, (1999:50).
7.Interrelação existente entre a produção
de Gás e as componentes geográficas.
7.1 Estrutura territorial física-geográfico.
7.1.1 Geologia

Estado sólido (betumes), líquido (petróleo) ou gasoso (gás
natural), Manual de geologia para Geografia e agronomia,
(s/d:111).

No geral os hidrocarbonetos não se encontram no local em que
se formam (rocha-mãe), sendo fluídos/plásticos e de densidade
baixa, têm tendência a migrar através de fracturas e dos poros
das rochas para outros locais (rochas-armadilha), acumulando-se
por baixo destas em rochas que os armazenam (rochas-
armazém). Manual de geologia para Geografia e agronomia,
(s/d:111)
Estrutura de jazigos de Hidrocarbonetos
7.1.2 Clima: temperatura e
pressão
O clima é o factor que isoladamente contribui mais para o
intemperismo nas rochas ao longo da história geológica,
(THOMPSON E TURK et al, 2005;).

O   gás   é   uma    mistura   de   hidrocarbonetos   gasosos,
originados na decomposição de matéria orgânica, sofre o
processo de diagênese. O material sedimentar após a sua
deposição em condições de baixa pressão e temperatura,
soterra-se em profundidade e a imaturidade chega ao final(
diagenese).    Nos    60ºC     começa   a   liberar   pequenas
quantidades de hidrocarbonetos, quando o querogênio
entra na catagênese.
Estrutura de formacao de
                                    Hidrocarnoneto
 Cont


Nos 100ᵒC libertam-se
grandes quantidades de
hidrocarbonetos     (HCs)
principalmente o gas
líquidos    (metano)    e
gasoso      ou     humido
(etano     e    propano),
resultantes     da    sua
degradação térmica. A
partir de 180 oC o gás
humido (metanogênese)
se     transforma      em
metano      (gás    seco),
MIGUEL,      (2008:2)   e
CAPUTO, (s/d: 42).
7.2 Estrutura territorial
socioeconómica
7.2.1 População:

O gás natural é usado para o consumo doméstico (nas casas) e nas
empresas. Ele fornece os ingredientes básicos para uma variedade de
produtos   como    plástico, fertilizantes (usado na actividade agricola), anti-
congelantes, fábricas, etc, MIREM,(2011: 10)

A empresa Nacional de Hidrocarbonetos, desenvolveu um projecto piloto de
utilização de gás natural como energia eléctrica nos distritos de Inhassoro,
Govuro e Vilanculos, tendo trazido mais valia para as comunidades locais pois,
várias pessoas beneficiaram-se da rede de distribuição     de   gás   para   uso
doméstico e industrial, ENH, (2011:7).
Cont.
7.2.2 Produção
O Gás Natural é produzido através da extração nas bacias
sedimentares, esta produção é feita primeiramente usando
um equipamento de perfuração do solo e nas pedras para
alcançar o depósito de gás natural. Há dois tipos diferentes
de depósito de gás: profundo e convencional, o gás
convencional está sempre próximo da superfície e é
facilmente   acessível   por  batimentos   de    perfuração
convencionais, enquanto que muitos depósitos de gás
profundos estão localizados na profundidade da superfície
na terra.
Alcançado o depósito de gás, com o nitrogénio líquido
baixa-se a temperatura dentro do depósito de tal modo que
seja possível transformar o gás no seu estado líquido. O gás
natural líquido é depois transportado a superfície através
de bombas onde é tratado para remoção de impurezas, como
água e outros gases. A seguir ele é transportado por
gasodutos para as zonas de consumo e refino, pode ser
armazenado e transportado em tanques, MIREM,(2011: 10).
Cont.
7.2.3 Infraestrutura e tecnologias de transporte

O   gás   natural   apresenta    uma   característica    muito
particular em relação aos demais combustíveis, devido ao
seu estado físicogasoso, exigindo elevado investimento na
rede física de gasodutos.

CHANG (2001) citado por SANTÁREM, (2007: 2)             afirma
que as tecnologias disponíveis para transporte de gás
natural são extremamente limitadas e caras, sendo           os
métodos     mais    utilizados   o     GNL   (Gás       Natural
Liquefeito) e o Gasoduto.
7.2.4.Valor económico
O gás é de grande valor económico na matriz energética
do mundo e poderá continuar a crescer nas próximas
décadas, à uma taxa de crescimento anual de 2,0%. Sua
participação na oferta de energia primária em 2007 foi de
20,9% e deve aumentar para 21,2 em 2030, de acordo
com a Agência Internacional de Energia (IEA, 2009).
A utilização de gás natural afirma-se favorável em
detrimento de seus principais concorrentes em função de
dois aspectos.
 Gás natural deve permanecer com preços inferiores aos
  do petróleo.
 As crescentes pressões em favor do combate às
  mudanças climáticas vão estimular o crescimento da
  participação no mercado de combustíveis que emitam
  menos gases de efeito estufa, SOUSA, (2010:1).
8. Evolução histórica e situação
actual da Indústria de Gas em
Moçambique

A pesquisa de hidrocarbonetos em Moçambique data de
1904, porém, a deficiente tecnologia usada na altura
conduziu   as   tentativas   ao   fracasso.   Em   1948   foram
retomadas as pesquisas e como         resultado,    Pande   foi
descoberto em 1961, seguido das descobertas de gás em
Búzi (1962) e Temane (1967), CIP, (2009:8) e ENH, (2011:3
e 6).
9.Fases antecedentes à
produção de gas Natural em
Pande e Temane
Primeira fase (1981-1991)-caracterizada pela contratação
de empresas e a pesquisa, produção de Hidrocarbonetos.


Segunda fase (1991-2001)-Periodo de instalação de Infra-
estruturas de desenvolvimento de Hidrocarbonetos (produção
e a inciação dos trabalhos de construção da central do
processamento e gasoduto ligando Moçambique e África do
Sul).


Terceira fase (2001-2011)- caracterizado por uma intensa
produção e comercialização de gás natural, bem como pelas
novas actividades de pesquisas em várias partes das bacias
de Moçambique e Rovuma.
2a Fase            3a Fase
1a Fase      (1981-91)   01)
                                   (1991-
                                            (2001-2011)




Fonte: ENH
10 Reservas de gás de Pande e Temane

Na área de produção de Pande existem 18 furos, a
partir do qual o gás é enviado por pipeline para a
Instalação Central de Processamento e a área de
Temane é constituída por 16 furos, onde foram
instaladas as plataformas de produção, ROLO e
TSCHANZE, (2006: 57).
O valor das reservas de gás natural actualmente
provadas nas bacias sedimentares de Pande e
Temane são de 3,59 Trilhões de pés cúbicos-TCF
(Estratégia para o Desenvolvimento do Mercado do
Gás Natural em Moçambique) e        as    reservas
prováveis são de 4,63 TCF e presentemente as
reservas possíveis de gás natural são de 5,5 TCF,
ENH, (2009) e CIP, (2008:10).
11.Usos do gás
Comercializacao


     ANO          PRODUZIDO            VENDIDO


    2004               52,628,757.51                         49,704,017.74

    2005               88,886,692.31                         86,149,582.50

    2006              102,085,602.83                         97,950,273.63

    2007              104,766,729.86                       100,468,934.73

    2008              116,313,116.63                       111,768,453.03

    2009              107,777,659.78                       102,022,809.85

    2010              124,783,152.15                       118,817,009.04

    2011              131,557,967.42                       124,823,551.84

    2012               94,477,651.80                         88,856,578.64


                                                 Fonte: ENH, 2012.
11.2 Rede transporte e consumo nacional

O projecto de Pande e Temane dispõe de um gasoduto de
865 km, (Temane-africa do sul
 A Companhia de Gás da Matola – CGM, detém o gasoduto
de 75 km de extensão ligada a partir de Ressano Garcia
tem uma capacidade de transporte de 1,5 MGj de gás
natural por ano. O gás fornecido por este ramal está ser
utilizado como combustível pela Mozambique Aluminium –
MOZAL – e como fonte de energia primária para a
produção de electricidade que abastece o distrito de
Vilanculo, a vila de Inhassoro e o arquipélago de Bazaruto,
todos na província de Inhambane. Está, também, prevista
a sua utilização pela Maputo Iron and Steel Project – MISP.
Por outro lado, estão a ser projectadas as infra-estruturas
destinadas a fornecer gás natural às centrais eléctricas que
fornecem energia às cidades de Maputo, Matola e Chokwé.
ENH, (2011:11).
Rede transporte
Gasoduto Temane-Secunda




Fonte: ENH, 2012
Consumo Nacional, Fonte: ENH, 2012.



                    Con. Nacional
4000000
3500000
3000000
2500000
2000000
                                        Con. Nacional
1500000
1000000
500000
     0
11.3 Gás natural como
matéria-prima para outras
indústrias
O   gás   é      usado   como importante matéria-prima,       as

indústrias que usam como matéria-prima incluem-na, na

produção de fertilizantes (ureia), metanol e liquefacção de

gases as outras usam como calor incluem na geração de

electricidade,     fundição     de   alumínio,       siderurgias,

petroquímicas,     refinação,   secagem,   cozinha    e   outras

actividades, PDGM, (2012: 7) e SANTOS et al, (2002: 67).
Gás como matéria prima, Fonte: ENH, 2012
Problemas Ambientais
decorrentes da producao de
Gas e metidas de metigacao
12.1 Fase de prospencção
I.Impacto ambiental de ruido gerado
pelos equipamentos de perifuração
As actividades de perfuração provocam uma série de ruídos
no ambiente, destacando-se sons de baixa freqüência e
altos por longos período. Os seres que freqüentam a região
sofrer   os    principais   efeitos   destes   ruídos,    afecta
potencialmente os dois ambientes, onde no marinho pode
se   impacto   negativo     na   comunicação   entre     grandes
cetáceos, tanto que os ruídos, interferem na distribuição,
abundância e comportamento, RIMA, (s/d: 54).
II.Perturbações na fauna marinha, durante as
perfurações

As   actividades    de   perfuração    provocavam    uma    série   de
pertubações no ambiente oceânico, variando em função da sua
intensidade.    As espécies de baleias, golfinhos (cetáceos)         e
peixe crustáceos que se concentram à superfície ou pouco abaixo
sofrem   grandes     pertubações      resultantes   das   perfurações,
máquinas de muita intensidade sismica e magnética. O que
afecta   na    distribuição,   abundância,   comportamento      e   na
comunicação desta comunidade biotica, RIMA, (s/d: 54) e BMZ,
(1996) e GTZ (1996), citado por BN, (s/d:209).

No estudo      do Impacto ambiental, 2006 de Pande e Temane,
indica que há perda ou redução temporária da quantia pescada
de crustáceos e peixes como resultado da fuga temporária
destes, causada pela emissão de impulsos sísmicos do canhão de
ar, ENH e SASOL, (2006: 121)
II.Impacto ambiental verificado no
subsolo

As condições atmosféricas podem alterar por factores
ligadas directamente a geração ou presença excessiva de
substâncias químicas tais como, metano, pó de carbono,
aeróssois que vão sendo lixiviado para profundidade pela
presença de água e vão alterar a composição do solo
tornando pobre para outras actividades como agricultura,
BMZ, (1996) e GTZ (1996), citado por BN, (s/d:209).
Medidas

   Estimular a geração e a difusão de tecnologias sustentáveis
    para lavra, beneficiamento e procedimentos de recuperação
    das áreas minerárias;

   Estimular a reutilização, a reciclagem e     o aproveitamento de
    resíduos e rejeitos no processo de produção de gás natural;

   Estimular e promover amplo debate sobre como efetuar o
    Zoneamento Ecológico econômico com inventário do patrimônio
    mineral e outros bens de       capital   natural   previamente   à
    definição   de   áreas   de desenvolvimento da produção de gás
    natural e
Cont…
   Definir políticas para a geologia, de maneira a

    contribuir     no    ordenamento    de solos      e   rochas

    potencialmente         geradoras       de        substancias

    poluidoras      do    meio    ambiente,      assim     como

    aquelas      fornecedoras    de   minerais   e    elementos

    químicos indispensáveis ao         equilíbrio    bioquímico

    dos seres humanos, da fauna e da flora.
12.2 Fase de exploração
 Problemas
 IV.Alteração da qualidade do ar devido às
 emissões atmosféricas da unidade de
 produção
Os hidrocarbonetos (HC) são o resultado da combustão
incompleta de derivados do carbono em que um dos produtos é
o gás natural, este hidrocarboneto no seu estado bruto, é
composto principalmente por metano, com proporções variadas
de etano, propano, butano, hidrocarbonetos mais pesados e
também CO2, N2, H2S, água, ácidoclorídrico, metanol e outras
impurezas. Os maiores teores de carbono são encontrados no
gás natural não-associado, (GASNET, 1999). Estes gases liberam
substancias tóxicas e poluentes na atmosfera, causando
irritação das mucosas e atacam o sistema nervoso, causando
alterações no sono, ALMEIDA, (2004:55).
Segundo o estudo de Impacto Ambiental da Bacia de Rovuma,
área 1, 2006, verifica-se que há redução da qualidade do ar
devido a emissões do projecto, ANADARCO, (2006:12).
Medidas
 Realizar levantamentos        ambientais periodicos gerados
  pela produção de gás natural e implementar políticas
  voltadas para as medidas de minitoramento.

 O uso de lavadores de gases ou filtros que permitam o
  resfriamento e eliminação a concentração de aerossois; e

 As substâncias prejudiciais para a camada do ozono
  (incluindo   halon   e   CFCs),   não   podem   ser   libertadas
  deliberadamente.
II.Alteração da biota
terrestre devido à instalação
de gasodutos terrestres
Um dos impactos decorrentes da instalação dos gasodutos tanto pode
provocar deslizamentos, afundamentos, desnível das camadas do solo e
compressão do solo, assim como causa danos à vegetação e fragmentação
da floresta. Os impactos sobre a componente vegetal e os ecossistemas
tem-se demostrado bastante negativos, imediatos permanentes e podem
ser considerados irreversíveis, IBAMA, (s/d: 209)    citado por BN,
(s/d:209) e RIMA, (s/d: 51).
Medidas
   Recuperação de áreas degradadas ou do meio físico impactadas pelas
    obras;

   Implementação de um Projeto de Controle Ambiental da Obra;

   Os danos permanentes devem ser evitados ao maximo;

   As intervenções inevitáveis devem ser adequada as condições naturais
    e

   Todas as condicionantes estabelecidas no projecto para a recuperação
    e/ou reabilitação da área devem ser implementadas integralmente.
VI. Alteração das superficies
 aquáticas
Os hidrocarbonetos no seu estado bruto são compostos, em especial
pelo metano também por gases pesados como CO2 , N2, H2, e outras
impurezas. Portanto durante a sua exploração pode ocorrer tanto a
lixiviação de materias, como o vazamento de gases e que por sua vez
vão acidificar a água, implicando a contaminação ou deterioração da
qualidade das águas subterrâneas, o que afecta não só o consumo
humano, bem como os ecossistemas frágeis da superficies, IBAMA,
(s/d: 209) citado por BN, (s/d:209) e RIMA, (s/d: 51).

De acordo com Estudo de Impacto Ambiental de 2006, a qualidade do
produto de turismo está diminuindo, sobre tudo quando se refere o
turismo de praia, resultante da alteração da águas, o que tem
implicacões negativas não so para o ambiente mas também nos
rendimentos sócio económicas, ENH e SASOL, (2006: 107 e 124).
Medidas


 Todos   os   restantes   resíduos    sólidos   deverão    ser
  segregados e mantidos para tratamento apropriado e
  disposição de acordo com o Plano de Gestão de
  Resíduos;

 Os   resíduos   perigosos   não     podem,     sob   qualquer
  circunstância serem despejados ao mar.

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Indústria do gás em Moçambique

  • 1. Universidade Eduardo Mondlane Faculdade de Letras e Ciencias Socias Departamento de Geografia Docente:Prof. Dr. Jose Menete Discentes: Paulino Fernando Muholove Calisto da Paz Hilario Celia Adelino Chongole Canito Paulo Patricio
  • 2. Tema: Indústria do gás em Moçambique “estudo do caso Pande e Temane”
  • 3. Introdução O presente trabalho visa desenvolver uma proposta metodológica de inventariação, caracterização especificamente da indústria de gás em Moçambique e com particular ênfase para Pande e Temane na província de Inhambane, a distribuição geográfica e espacialmente, das áreas potenciais de produção de gás. Apresenta um panorama da indústria de gás natural, destacando os principais segmentos da cadeia de formação das bacias sedimentares, o processo produtivo, as componentes físico geográficas e os impactos ambientais da produção de gás natural.
  • 4. 2.Objectivos Geral: Avaliar o estágio da evolução da produção de gás. Especificos: Identificar as áreas potenciais para a produção de gás; Caracterizar cada uma das “áreas potenciais de produção”; e Analisar as interrelacoes existentes entre a producao do gas e estrutura territorial
  • 5. 3.Metodologia A metodologia usada na realiização deste trabalho passou necessariamente pela revisão bibliográfica de diversas obras, tendo como base a literatura dos estudos feitos noutras áreas. Lakato e Marconni ( 1991:225) afirmam que avaliação de uma situação concreta desconhecida, em um dado local, alguem ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou e semelhantes, ou mesmo complementares. Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliográfico, torna-se inprescendível para a não- duplicação de esforços, a não descobertas de ideias já expressas, e a não inclusão de lugares comuns no trabalho. A revisão bibliográfica permiteu o quadro teórico da indústria extractiva de Gás assim como a caracterização da área de estudo.
  • 6. Metodologia: Métodos Para realização do trabalho baseou-se em métodos, como afirma MUCHANGOS, (2009: 1), a Geografia, tal como as outras ciências se caracterizam por uso de métodos científicos. Na ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam o ínicio de conhecimento em sistema, ou seja, o constituem o modo de proceder para alcançar os objectivos. Para o levantamento de dados usou-se os seguintes métodos:
  • 7. Cont. Cartográfico: uso de mapa topográfico e geomorfológico para obter dados que permitem caracterizar as formas de relevo, mapas geológico identificar as áreas dos jazigos de Pande, Temane e Búzi e a sua distribuição ou representação espacial. Observação indirecta e interpretação: este foi fundamental na medida em que permitiu observar no mapa tográfico o comportamento do relevo e descrever, ainda, as imagens de satélite para relacionar visualmente os aspectos do quadro natural com os aspectos;
  • 8. Cont. Histórico: permitiu identificar e perceber o histórico da produção de gás natural no país ao longo do tempo; Estatístico: obter dados de temperatura e precipitação para produção de gráficos e classificação do clima, ainda, dados de vendas e consumo que ilustram a produção desde o incio da actividade de Pande e Temane a área que está já em exploração; Bibliográfico: permiteu o quadro teórico a indústria extractiva de Gás assim como a caracterização da área de estudo.
  • 9. 4.Enquadramento teórico A indústria a chamada actividade secundária, é o acto de transformar por meio de um certo trabalho, objectos em bruto em objectos que tenham aplicação, sendo que ela comporta tanto a produção de matérias-primas como a utilização destas matérias-primas (R. Blanchard, citada por Mme Veyret, s/d). Indústria de gás faz parte de uma redes de energias, caracterizada por ser de capital intensiva, principalmente em infraestrutura de transporte e distribuição, (Mathias, 2011, Agência Internacional de Energia (IEA), 2012 e Pinto Juniór et. al., 2007
  • 10. Cont. Gás Natural Liquefeito(GNL) é um gás natural resfriado a temperaturas inferiores a 160°C, visando transferência e estocagem como líquido. É composto predominantemente por metano e pode conter também quantidades variáveis de etano, propano e nitrogénio (ANP, 2007). Gasodutos - É o meio pelo qual o gás natural é transportado para o mercado, sendo apto a deslocar grandes volumes de fluido, SANTAREM, (2007:4).
  • 11. 5.Localização das áreas potenciais da produção de gás
  • 12.
  • 13. Pande e Temane Pande fica situado a nordeste da província de Inhambane, entre os paralelos 21º 18’ a 21º 25’Sul e entre os meridianos 34º 50’ a 35º 00’ Este, assim como Temane está entre os paralelos 21º 35’ a 21º 50’Sul e entre os meridianos 35º 00’ a 35º 10’Este, CARTA TOPOGRÁFICA, folha nº878) e ALTAS DE MOÇAMBIQUE, (1986: 11).
  • 14.
  • 15. Búzi Buzí fica situado a sudeste da provincia de Sofala, entre os paralelos 19º30’ a 20º45’ Sul e meridianos 34º45’ a 35º 20’Este . Esta área de ocorrência, encontra-se dentro de mesmo distrito, onde limita-se a norte com o distrito de Dondo e Beira (Sofala), sul Machanga, oeste Gondolo (Manica) e Chibabava e este Oceano indico. Os acidentes geográficos verificados ao longo do distrito é o rio Buzi ALTAS DE MOCAMBIQUE, (2009:22).
  • 16.
  • 17. Palma: Bacia de Rovuma Fica situada a nordeste da província de Cabo Delgado, entre os paralelos 10º00’ a 12º00’ Sul e meridianos 40º00’ a 42º 00’ Este,) . Os seus limites, oeste distrito de Palma e outros os extremos é banhando pelo oceano Índico. ALTAS DE MOÇAMBIQUE, (2009:22).
  • 18.
  • 19.
  • 20. Caracteristicas Gerais: Pande, Temane, Buzi e Bacia do Rovuma
  • 21. Fisico-Naturais Geologia Pande, Temane, Buzi e Bacia de Rovuma A área de exploração pertence a bacia Sedimentar do Ceno-Mesozoico dos periodos Terciario e Quaternario, com ocorrencia nesta zona da bacia, falhas e fracturas excepto a área de prospenccao pertecente a bacia do Rovuma, que nao presenta falhas e fracturas . MUCHANGOS, 1999 E AMINOSSE, 2008. Relevo A area de exploracao de Pande e Temane ocorre numa zona de planície de origem de acumulação, com cotas a oscilar entre 30 a 50m, CARTA TOPOGRÁFICA, folha nº81 e ALTAS DE MOÇAMBIQUE, (2009:12 e 22).
  • 22. Cont… A area de Buzi ocorre numa zona de planície com vertentes, vales e fundo dos rios, com cotas a oscilar entre 3 a 10m, CARTA TOPOGRÁFICA, folha nº878) e ALTAS DE MOCAMBIQUE, (2009: 12) A area de prospenccao da bacia do Rovuma na parte continental, ocorrem numa zona de planície com vertentes, vales e fundo dos rios, com cotas a oscilar entre 10 a 50m, CARTA TOPOGRÁFICA, folha (nº 2 e 5) e ALTAS DE MOCAMBIQUE, (2009: 12).
  • 23.
  • 24. Clima Pande e Temane Pela a classificação de Koppen, o distrito de Inhassoro apresenta, clima quente de deserto, árido-BWh, com chuvas escassas . A precipitação média anual varia de 800 a 1000mm, enquanto a evapotranspiração potencial média está na ordem de 1562mm. A pluviosidade ocorre precipalmente entre os meses de Outubro à Março, sendo que a temperatura média anual é de 26º C, MAE, (2005: 02).
  • 25. Cont… Buzi Pela a classificação de Koppen, o distrito de Buzi apresenta, clima tropical seco de estepes-BSh. A precipitação média anual é de 1089mm, enquanto a evapotranspiração potencial média está na ordem de 1562mm. A pluviosidade ocorre precipalmente entre os meses de Dezembro à Março, sendo que a temperatura média anual é de 24º C, MAE, (2005: 02).
  • 26.
  • 27. Hidrografia Bacia do Govuro o principal rio (Govuro) nasce a sul de Mapinhane, corre no sentido sul-norte seguindo a depressão natural resultante da morfologia litoral e que desagua por estuário, a norte de Inhassoro. Tem um comprimento de acerca de 200km, com uma área de 11500Km2, em muitas partes do seu percurso há escorrência subterrânea devido a permeabidade dos terrenos do seu leito, ARA SUL, 2008. Bacia do Buzi pussui uma bacia hidrográfica total de 28 800km2 dos quais 25 600km2, nascem nas terras altas de Zimbabué e corta sussecivamente e em escadaria as cadeias montanhosas mais elevadas do país ,altiplanaltos e planaltos médios da província de Manica, antes de desagua na baía de Mazanzane em Moçambique no oceano Índico, o seu afluente é o rio Revué, MUCHANGOS, (1997: 55 a 56).
  • 28. Cont. A bacia do Rovuma ocupa uma área total de 152200 km2 dos quais 65.39% se situam em Moçambique, 34.30%. O rio é perene com a sua nascente a montante dos seus principais afluentes os rios Lucheringo, Likonde e Lugenda em Moçambique, e nas montanhas Matagoro, a sudeste da Tanzânia, segundo DNA, (2008:5). O rio pricinpal nasce no planalto de Ungone na Tanzania e atinge Moçambique na sua confluência com rio Messinge, onde toma a direcção oeste-este numa extensão de mais de 650km até deguar no oceano Índico em forma de estuário, MUCHANGOS, (1999:50).
  • 29.
  • 30. 7.Interrelação existente entre a produção de Gás e as componentes geográficas. 7.1 Estrutura territorial física-geográfico. 7.1.1 Geologia Estado sólido (betumes), líquido (petróleo) ou gasoso (gás natural), Manual de geologia para Geografia e agronomia, (s/d:111). No geral os hidrocarbonetos não se encontram no local em que se formam (rocha-mãe), sendo fluídos/plásticos e de densidade baixa, têm tendência a migrar através de fracturas e dos poros das rochas para outros locais (rochas-armadilha), acumulando-se por baixo destas em rochas que os armazenam (rochas- armazém). Manual de geologia para Geografia e agronomia, (s/d:111)
  • 31. Estrutura de jazigos de Hidrocarbonetos
  • 32. 7.1.2 Clima: temperatura e pressão O clima é o factor que isoladamente contribui mais para o intemperismo nas rochas ao longo da história geológica, (THOMPSON E TURK et al, 2005;). O gás é uma mistura de hidrocarbonetos gasosos, originados na decomposição de matéria orgânica, sofre o processo de diagênese. O material sedimentar após a sua deposição em condições de baixa pressão e temperatura, soterra-se em profundidade e a imaturidade chega ao final( diagenese). Nos 60ºC começa a liberar pequenas quantidades de hidrocarbonetos, quando o querogênio entra na catagênese.
  • 33. Estrutura de formacao de Hidrocarnoneto Cont Nos 100ᵒC libertam-se grandes quantidades de hidrocarbonetos (HCs) principalmente o gas líquidos (metano) e gasoso ou humido (etano e propano), resultantes da sua degradação térmica. A partir de 180 oC o gás humido (metanogênese) se transforma em metano (gás seco), MIGUEL, (2008:2) e CAPUTO, (s/d: 42).
  • 34. 7.2 Estrutura territorial socioeconómica 7.2.1 População: O gás natural é usado para o consumo doméstico (nas casas) e nas empresas. Ele fornece os ingredientes básicos para uma variedade de produtos como plástico, fertilizantes (usado na actividade agricola), anti- congelantes, fábricas, etc, MIREM,(2011: 10) A empresa Nacional de Hidrocarbonetos, desenvolveu um projecto piloto de utilização de gás natural como energia eléctrica nos distritos de Inhassoro, Govuro e Vilanculos, tendo trazido mais valia para as comunidades locais pois, várias pessoas beneficiaram-se da rede de distribuição de gás para uso doméstico e industrial, ENH, (2011:7).
  • 35. Cont. 7.2.2 Produção O Gás Natural é produzido através da extração nas bacias sedimentares, esta produção é feita primeiramente usando um equipamento de perfuração do solo e nas pedras para alcançar o depósito de gás natural. Há dois tipos diferentes de depósito de gás: profundo e convencional, o gás convencional está sempre próximo da superfície e é facilmente acessível por batimentos de perfuração convencionais, enquanto que muitos depósitos de gás profundos estão localizados na profundidade da superfície na terra. Alcançado o depósito de gás, com o nitrogénio líquido baixa-se a temperatura dentro do depósito de tal modo que seja possível transformar o gás no seu estado líquido. O gás natural líquido é depois transportado a superfície através de bombas onde é tratado para remoção de impurezas, como água e outros gases. A seguir ele é transportado por gasodutos para as zonas de consumo e refino, pode ser armazenado e transportado em tanques, MIREM,(2011: 10).
  • 36. Cont. 7.2.3 Infraestrutura e tecnologias de transporte O gás natural apresenta uma característica muito particular em relação aos demais combustíveis, devido ao seu estado físicogasoso, exigindo elevado investimento na rede física de gasodutos. CHANG (2001) citado por SANTÁREM, (2007: 2) afirma que as tecnologias disponíveis para transporte de gás natural são extremamente limitadas e caras, sendo os métodos mais utilizados o GNL (Gás Natural Liquefeito) e o Gasoduto.
  • 37. 7.2.4.Valor económico O gás é de grande valor económico na matriz energética do mundo e poderá continuar a crescer nas próximas décadas, à uma taxa de crescimento anual de 2,0%. Sua participação na oferta de energia primária em 2007 foi de 20,9% e deve aumentar para 21,2 em 2030, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, 2009). A utilização de gás natural afirma-se favorável em detrimento de seus principais concorrentes em função de dois aspectos.  Gás natural deve permanecer com preços inferiores aos do petróleo.  As crescentes pressões em favor do combate às mudanças climáticas vão estimular o crescimento da participação no mercado de combustíveis que emitam menos gases de efeito estufa, SOUSA, (2010:1).
  • 38. 8. Evolução histórica e situação actual da Indústria de Gas em Moçambique A pesquisa de hidrocarbonetos em Moçambique data de 1904, porém, a deficiente tecnologia usada na altura conduziu as tentativas ao fracasso. Em 1948 foram retomadas as pesquisas e como resultado, Pande foi descoberto em 1961, seguido das descobertas de gás em Búzi (1962) e Temane (1967), CIP, (2009:8) e ENH, (2011:3 e 6).
  • 39. 9.Fases antecedentes à produção de gas Natural em Pande e Temane Primeira fase (1981-1991)-caracterizada pela contratação de empresas e a pesquisa, produção de Hidrocarbonetos. Segunda fase (1991-2001)-Periodo de instalação de Infra- estruturas de desenvolvimento de Hidrocarbonetos (produção e a inciação dos trabalhos de construção da central do processamento e gasoduto ligando Moçambique e África do Sul). Terceira fase (2001-2011)- caracterizado por uma intensa produção e comercialização de gás natural, bem como pelas novas actividades de pesquisas em várias partes das bacias de Moçambique e Rovuma.
  • 40. 2a Fase 3a Fase 1a Fase (1981-91) 01) (1991- (2001-2011) Fonte: ENH
  • 41. 10 Reservas de gás de Pande e Temane Na área de produção de Pande existem 18 furos, a partir do qual o gás é enviado por pipeline para a Instalação Central de Processamento e a área de Temane é constituída por 16 furos, onde foram instaladas as plataformas de produção, ROLO e TSCHANZE, (2006: 57). O valor das reservas de gás natural actualmente provadas nas bacias sedimentares de Pande e Temane são de 3,59 Trilhões de pés cúbicos-TCF (Estratégia para o Desenvolvimento do Mercado do Gás Natural em Moçambique) e as reservas prováveis são de 4,63 TCF e presentemente as reservas possíveis de gás natural são de 5,5 TCF, ENH, (2009) e CIP, (2008:10).
  • 42. 11.Usos do gás Comercializacao ANO PRODUZIDO VENDIDO 2004 52,628,757.51 49,704,017.74 2005 88,886,692.31 86,149,582.50 2006 102,085,602.83 97,950,273.63 2007 104,766,729.86 100,468,934.73 2008 116,313,116.63 111,768,453.03 2009 107,777,659.78 102,022,809.85 2010 124,783,152.15 118,817,009.04 2011 131,557,967.42 124,823,551.84 2012 94,477,651.80 88,856,578.64 Fonte: ENH, 2012.
  • 43. 11.2 Rede transporte e consumo nacional O projecto de Pande e Temane dispõe de um gasoduto de 865 km, (Temane-africa do sul A Companhia de Gás da Matola – CGM, detém o gasoduto de 75 km de extensão ligada a partir de Ressano Garcia tem uma capacidade de transporte de 1,5 MGj de gás natural por ano. O gás fornecido por este ramal está ser utilizado como combustível pela Mozambique Aluminium – MOZAL – e como fonte de energia primária para a produção de electricidade que abastece o distrito de Vilanculo, a vila de Inhassoro e o arquipélago de Bazaruto, todos na província de Inhambane. Está, também, prevista a sua utilização pela Maputo Iron and Steel Project – MISP. Por outro lado, estão a ser projectadas as infra-estruturas destinadas a fornecer gás natural às centrais eléctricas que fornecem energia às cidades de Maputo, Matola e Chokwé. ENH, (2011:11).
  • 46. Consumo Nacional, Fonte: ENH, 2012. Con. Nacional 4000000 3500000 3000000 2500000 2000000 Con. Nacional 1500000 1000000 500000 0
  • 47. 11.3 Gás natural como matéria-prima para outras indústrias O gás é usado como importante matéria-prima, as indústrias que usam como matéria-prima incluem-na, na produção de fertilizantes (ureia), metanol e liquefacção de gases as outras usam como calor incluem na geração de electricidade, fundição de alumínio, siderurgias, petroquímicas, refinação, secagem, cozinha e outras actividades, PDGM, (2012: 7) e SANTOS et al, (2002: 67).
  • 48. Gás como matéria prima, Fonte: ENH, 2012
  • 49. Problemas Ambientais decorrentes da producao de Gas e metidas de metigacao
  • 50. 12.1 Fase de prospencção I.Impacto ambiental de ruido gerado pelos equipamentos de perifuração As actividades de perfuração provocam uma série de ruídos no ambiente, destacando-se sons de baixa freqüência e altos por longos período. Os seres que freqüentam a região sofrer os principais efeitos destes ruídos, afecta potencialmente os dois ambientes, onde no marinho pode se impacto negativo na comunicação entre grandes cetáceos, tanto que os ruídos, interferem na distribuição, abundância e comportamento, RIMA, (s/d: 54).
  • 51. II.Perturbações na fauna marinha, durante as perfurações As actividades de perfuração provocavam uma série de pertubações no ambiente oceânico, variando em função da sua intensidade. As espécies de baleias, golfinhos (cetáceos) e peixe crustáceos que se concentram à superfície ou pouco abaixo sofrem grandes pertubações resultantes das perfurações, máquinas de muita intensidade sismica e magnética. O que afecta na distribuição, abundância, comportamento e na comunicação desta comunidade biotica, RIMA, (s/d: 54) e BMZ, (1996) e GTZ (1996), citado por BN, (s/d:209). No estudo do Impacto ambiental, 2006 de Pande e Temane, indica que há perda ou redução temporária da quantia pescada de crustáceos e peixes como resultado da fuga temporária destes, causada pela emissão de impulsos sísmicos do canhão de ar, ENH e SASOL, (2006: 121)
  • 52. II.Impacto ambiental verificado no subsolo As condições atmosféricas podem alterar por factores ligadas directamente a geração ou presença excessiva de substâncias químicas tais como, metano, pó de carbono, aeróssois que vão sendo lixiviado para profundidade pela presença de água e vão alterar a composição do solo tornando pobre para outras actividades como agricultura, BMZ, (1996) e GTZ (1996), citado por BN, (s/d:209).
  • 53. Medidas  Estimular a geração e a difusão de tecnologias sustentáveis para lavra, beneficiamento e procedimentos de recuperação das áreas minerárias;  Estimular a reutilização, a reciclagem e o aproveitamento de resíduos e rejeitos no processo de produção de gás natural;  Estimular e promover amplo debate sobre como efetuar o Zoneamento Ecológico econômico com inventário do patrimônio mineral e outros bens de capital natural previamente à definição de áreas de desenvolvimento da produção de gás natural e
  • 54. Cont…  Definir políticas para a geologia, de maneira a contribuir no ordenamento de solos e rochas potencialmente geradoras de substancias poluidoras do meio ambiente, assim como aquelas fornecedoras de minerais e elementos químicos indispensáveis ao equilíbrio bioquímico dos seres humanos, da fauna e da flora.
  • 55. 12.2 Fase de exploração Problemas IV.Alteração da qualidade do ar devido às emissões atmosféricas da unidade de produção Os hidrocarbonetos (HC) são o resultado da combustão incompleta de derivados do carbono em que um dos produtos é o gás natural, este hidrocarboneto no seu estado bruto, é composto principalmente por metano, com proporções variadas de etano, propano, butano, hidrocarbonetos mais pesados e também CO2, N2, H2S, água, ácidoclorídrico, metanol e outras impurezas. Os maiores teores de carbono são encontrados no gás natural não-associado, (GASNET, 1999). Estes gases liberam substancias tóxicas e poluentes na atmosfera, causando irritação das mucosas e atacam o sistema nervoso, causando alterações no sono, ALMEIDA, (2004:55). Segundo o estudo de Impacto Ambiental da Bacia de Rovuma, área 1, 2006, verifica-se que há redução da qualidade do ar devido a emissões do projecto, ANADARCO, (2006:12).
  • 56.
  • 57. Medidas  Realizar levantamentos ambientais periodicos gerados pela produção de gás natural e implementar políticas voltadas para as medidas de minitoramento.  O uso de lavadores de gases ou filtros que permitam o resfriamento e eliminação a concentração de aerossois; e  As substâncias prejudiciais para a camada do ozono (incluindo halon e CFCs), não podem ser libertadas deliberadamente.
  • 58. II.Alteração da biota terrestre devido à instalação de gasodutos terrestres Um dos impactos decorrentes da instalação dos gasodutos tanto pode provocar deslizamentos, afundamentos, desnível das camadas do solo e compressão do solo, assim como causa danos à vegetação e fragmentação da floresta. Os impactos sobre a componente vegetal e os ecossistemas tem-se demostrado bastante negativos, imediatos permanentes e podem ser considerados irreversíveis, IBAMA, (s/d: 209) citado por BN, (s/d:209) e RIMA, (s/d: 51).
  • 59.
  • 60. Medidas  Recuperação de áreas degradadas ou do meio físico impactadas pelas obras;  Implementação de um Projeto de Controle Ambiental da Obra;  Os danos permanentes devem ser evitados ao maximo;  As intervenções inevitáveis devem ser adequada as condições naturais e  Todas as condicionantes estabelecidas no projecto para a recuperação e/ou reabilitação da área devem ser implementadas integralmente.
  • 61. VI. Alteração das superficies aquáticas Os hidrocarbonetos no seu estado bruto são compostos, em especial pelo metano também por gases pesados como CO2 , N2, H2, e outras impurezas. Portanto durante a sua exploração pode ocorrer tanto a lixiviação de materias, como o vazamento de gases e que por sua vez vão acidificar a água, implicando a contaminação ou deterioração da qualidade das águas subterrâneas, o que afecta não só o consumo humano, bem como os ecossistemas frágeis da superficies, IBAMA, (s/d: 209) citado por BN, (s/d:209) e RIMA, (s/d: 51). De acordo com Estudo de Impacto Ambiental de 2006, a qualidade do produto de turismo está diminuindo, sobre tudo quando se refere o turismo de praia, resultante da alteração da águas, o que tem implicacões negativas não so para o ambiente mas também nos rendimentos sócio económicas, ENH e SASOL, (2006: 107 e 124).
  • 62. Medidas  Todos os restantes resíduos sólidos deverão ser segregados e mantidos para tratamento apropriado e disposição de acordo com o Plano de Gestão de Resíduos;  Os resíduos perigosos não podem, sob qualquer circunstância serem despejados ao mar.