SlideShare a Scribd company logo
1 of 11
HUMANISMOHUMANISMO
Portugal – Idade MédiaPortugal – Idade Média
Séc. XV - XVIISéc. XV - XVII
A melhoria técnica da imprensa propiciou uma divulgação mais
ampla e rápida do livro, democratizando o acesso a ele. O
homem passa a se interessar mais pelo saber,adquire novas
ideias e outras culturas, percebendo-se capaz, importante e
agente. Conscientiza-se do "livre arbítrio" e sua postura torna-
se antropocêntrica e passa, aos poucos, a assumir uma
posição racionalista. O Humanismo é um período de transição
entre duas posturas. Por isso, a arte da época é marcada pela
convivência de elementos espiritualistas (teocêntricos) e
terrenos (antropocêntricos ).
CONTEXTO HISTÓRICOCONTEXTO HISTÓRICO
GÊNERO DRAMÁTICOGÊNERO DRAMÁTICO
ComédiasComédiasTragédiasTragédias
Representa o ridículo acerca dasRepresenta o ridículo acerca das
imperfeições e vícios presentesimperfeições e vícios presentes
nos homens.nos homens.
Representa homens cujo universoRepresenta homens cujo universo
é elevado, superior, em ações queé elevado, superior, em ações que
provoquem terror ou piedade noprovoquem terror ou piedade no
espectador.espectador.
É o tipo de texto feito para ser representado, comÉ o tipo de texto feito para ser representado, com
presença de rubricas e indicações depresença de rubricas e indicações de
personagens.personagens.
HAMLET — Que vento forte! O frio é insuportável.
HORÁCIO — E o ar cortante e agitado.
HAMLET — Que horas são?
HORÁCIO — Penso que falta pouco para as doze.
HAMLET — Não; já bateram.
HORÁCIO — Já? Não ouvi; então não falta muito para que o fantasma volte a aparecer-nos.
(Toque de trombetas e tiros de canhão atrás da cena) Que significa esse barulho, príncipe?
HAMLET — O rei está acordado e dá banquete. Bebe a valer, rodando tudo em torno. Cada gole
de Reno é por trombetas e timbales marcado, que o triunfo do brinde lhe proclamam.
HORÁCIO — É costume?
HAMLET — É, de fato. Mas a meu ver — embora aqui eu tivesse o berço e a educação — é um
desses hábitos cuja quebra honra mais do que a observância. Essas orgias torpes nos difamam de
leste a oeste, junto aos outros povos. Só nos chamam de bêbedos, alcunha que nos deprime, por
privar os nossos empreendimentos, ainda os mais brilhantes, da essência medular de nosso mérito.
Isso acontece às vezes noutros meios: se nasce alguém com algum defeito ingênito — do que não
é culpado, porque a origem para si não escolhe a natureza, pelo excesso de sangue, que, por vezes,
os fortes da razão e os diques rompem, ou somente por hábito, que estraga a moral cotidiana —
esse coitado, que leva pela vida tal defeito, seja mancha do acaso ou vestimenta da natureza,
embora suas virtudes sejam tão puras quanto a graça e em número infinito, no máximo de nossa
capacidade, perde no conceito geral por essa falha. A massa nobre se torna recalcada e diminuída
pelo grão do defeito. (Entra o Fantasma)
HUMANISMOHUMANISMO
Transição da Idade Média para a Era Antropocêntrica
Crônicas Históricas (Fernão Lopes)
Dissociação entre poesia e música
FERNÃO LOPESFERNÃO LOPES
Supõe-se que nasceu entre os anos de 1370 e 1380
Foi nomeado cronista-mor da Torre do Tombo
Responsabilizou-se pelo registro de parte da história portuguesa
GIL VICENTEGIL VICENTE
Renovação do teatro português
Autos: peças cuja moralidade era
religiosa
Farsas: peças cuja moralidade era
profana
Peça cuja ação é desenvolvida através de um único espaço e de duas personagens fixas: o
Anjo e o Diabo. Inicia-se num porto imaginário, onde se encontram duas barcas: a Barca do
Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como
tripulação um Anjo na proa.
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:
− Fidalgo - D. Anrique
− Onzeneiro
− Sapateiro - Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina
− Joane – o parvo vivia simples e inconscientemente
− Frade - cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença
− Brísida Vaz - uma alcoviteira
− Judeu – usurário chamado Semifará
− O corregedor e o procurador - altos funcionários da Justiça
− Ο Enforcado
− Os Quatro Cavaleiros Cruzados
AUTO DA BARCA DOAUTO DA BARCA DO
INFERNOINFERNO
“Anjo – Eu não sei quem te cá traz...
Brísida – Peço-vo-lo de giolhos! (joelhos)
Cuidais que trago piolhos,
anjo de Deos, minha rosa?
Eu sô aquela preciosa
que dava as moças a molhos,
a que criava as meninas
pera os cónegos da Sé...
Passai-me, por vossa fé,
meu amor, minhas boninas, (margaridas)
olhos de perlinhas finas!
E eu som apostolada,
angelada e martelada,
e fiz cousas mui divinas.
Santa Úrsula nom converteu
tantas cachopas como eu (...)” (meninas, raparigas)
FARSA DE INÊS PEREIRAFARSA DE INÊS PEREIRA
MOTE
“Mais quero asno que me carregue, que cavalo que me derrube.”
Inês Pereira, uma típica pequeno-burguesa que despreza a vida
rústica do campo, sonha em conseguir através do casamento sua
ascensão social. A figura de seu homem ideal (cavalheiro
elegante, educado e com trato social) é o típico representante da
fidalguia. A ausência de escrúpulos de Inês Pereira, que primeiro
casa-se por interesse com Brás da Mata e, após ficar viúva, casa-
se com Pero Marques e o trai descaradamente, é emblemática da
forma de pensar disseminada na época.
GARCIA DEGARCIA DE
RESENDERESENDE
Representante da poesia palaciana
Dous cavaleiros irosos,
que tais palavras lh'ouviram,
mui crus e nam piadosos,
perversos, desamorosos,
contra mim rijo se viram;
com as espadas na mam
m'atravessam o coraçam,
a confissam me tolheram:
este é o galardam
que meus amores me deram.
Garcia de Resende, Cancioneiro Geral, V, 357-364

More Related Content

What's hot

Barroco contexto e caract
Barroco   contexto e caractBarroco   contexto e caract
Barroco contexto e caract
Helena Coutinho
 

What's hot (20)

Humanismo e Classicismo
Humanismo e ClassicismoHumanismo e Classicismo
Humanismo e Classicismo
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Conceitos básicos de Literatura
Conceitos básicos de LiteraturaConceitos básicos de Literatura
Conceitos básicos de Literatura
 
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIASLITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
 
Narracao
NarracaoNarracao
Narracao
 
Realismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaRealismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - Literatura
 
O Humanismo
O Humanismo O Humanismo
O Humanismo
 
Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.
 
Mapa mental humanismo
Mapa mental humanismoMapa mental humanismo
Mapa mental humanismo
 
Mapa mental Vanguardas Europeias
Mapa mental Vanguardas Europeias Mapa mental Vanguardas Europeias
Mapa mental Vanguardas Europeias
 
Humanismo - Literatura
Humanismo - LiteraturaHumanismo - Literatura
Humanismo - Literatura
 
Literatura brasileira
Literatura brasileiraLiteratura brasileira
Literatura brasileira
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo
 
Humanismo
HumanismoHumanismo
Humanismo
 
Charge, Cartum, Caricatura
Charge, Cartum, CaricaturaCharge, Cartum, Caricatura
Charge, Cartum, Caricatura
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Arte e literatura
Arte e literaturaArte e literatura
Arte e literatura
 
Barroco contexto e caract
Barroco   contexto e caractBarroco   contexto e caract
Barroco contexto e caract
 
Romantismo em Portugal
Romantismo em PortugalRomantismo em Portugal
Romantismo em Portugal
 
Escolas literarias - 2º ano
Escolas literarias -  2º anoEscolas literarias -  2º ano
Escolas literarias - 2º ano
 

Viewers also liked

Educação humanistas
Educação humanistasEducação humanistas
Educação humanistas
Isabel Castro
 
Renascimento e grandes navegações
Renascimento e grandes navegações Renascimento e grandes navegações
Renascimento e grandes navegações
Laguat
 
Slides Humanismo
Slides   HumanismoSlides   Humanismo
Slides Humanismo
ISJ
 

Viewers also liked (11)

A EducaçãO Renascentista
A  EducaçãO  RenascentistaA  EducaçãO  Renascentista
A EducaçãO Renascentista
 
Educação humanistas
Educação humanistasEducação humanistas
Educação humanistas
 
Resumo educação humanista
Resumo   educação humanistaResumo   educação humanista
Resumo educação humanista
 
Educacao hulmanista
Educacao hulmanistaEducacao hulmanista
Educacao hulmanista
 
Pedagogia humanista e renascimento
Pedagogia humanista e renascimentoPedagogia humanista e renascimento
Pedagogia humanista e renascimento
 
Pedagogia humanista - RENASCIMENTO
Pedagogia humanista - RENASCIMENTOPedagogia humanista - RENASCIMENTO
Pedagogia humanista - RENASCIMENTO
 
Renascimento e grandes navegações
Renascimento e grandes navegações Renascimento e grandes navegações
Renascimento e grandes navegações
 
Abordagem Humanista na Educação
Abordagem Humanista na EducaçãoAbordagem Humanista na Educação
Abordagem Humanista na Educação
 
Humanismo -slides
Humanismo  -slidesHumanismo  -slides
Humanismo -slides
 
Slides Humanismo
Slides   HumanismoSlides   Humanismo
Slides Humanismo
 
Humanista
HumanistaHumanista
Humanista
 

Similar to Humanismo

Literatura Medieval
Literatura MedievalLiteratura Medieval
Literatura Medieval
Zofia Santos
 
Literatura Medieval
Literatura MedievalLiteratura Medieval
Literatura Medieval
Zofia Santos
 
Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosa
Rotivtheb
 
Eurico o presbítero
Eurico o presbíteroEurico o presbítero
Eurico o presbítero
Márcio Nunes
 
Fragmentos pre modernistas
Fragmentos pre modernistasFragmentos pre modernistas
Fragmentos pre modernistas
Karin Cristine
 
Escola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzEscola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruz
BiiancaAlvees
 
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no MundoElogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Renata Zonatto
 

Similar to Humanismo (20)

Literatura Medieval Poesia e a Prosa Trovadoresca
Literatura Medieval  Poesia e a Prosa TrovadorescaLiteratura Medieval  Poesia e a Prosa Trovadoresca
Literatura Medieval Poesia e a Prosa Trovadoresca
 
Literatura Medieval
Literatura MedievalLiteratura Medieval
Literatura Medieval
 
Literatura Medieval
Literatura MedievalLiteratura Medieval
Literatura Medieval
 
7 tabuletas e visões d'ópio
7   tabuletas e visões d'ópio7   tabuletas e visões d'ópio
7 tabuletas e visões d'ópio
 
Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosa
 
Eurico o presbítero
Eurico o presbíteroEurico o presbítero
Eurico o presbítero
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Humanismo português
Humanismo portuguêsHumanismo português
Humanismo português
 
J herculano pires o menino e o anjo (juvenil)
J herculano pires   o menino e o anjo (juvenil)J herculano pires   o menino e o anjo (juvenil)
J herculano pires o menino e o anjo (juvenil)
 
Gil Vicente
Gil VicenteGil Vicente
Gil Vicente
 
Humanismo
HumanismoHumanismo
Humanismo
 
Conto crônica poema
Conto crônica poemaConto crônica poema
Conto crônica poema
 
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
 
Fragmentos pre modernistas
Fragmentos pre modernistasFragmentos pre modernistas
Fragmentos pre modernistas
 
Escola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzEscola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruz
 
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - HumanismoAs origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
 
Folclore
FolcloreFolclore
Folclore
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Estudo do livro Roteiro liçao 16
Estudo do livro Roteiro liçao 16Estudo do livro Roteiro liçao 16
Estudo do livro Roteiro liçao 16
 
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no MundoElogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
 

More from Andrezza Cameski

More from Andrezza Cameski (6)

Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Realismo naturalismo parnasianismo
Realismo naturalismo parnasianismoRealismo naturalismo parnasianismo
Realismo naturalismo parnasianismo
 
O pré modernismo
O pré modernismoO pré modernismo
O pré modernismo
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
Simbolismo portugal e brasil
Simbolismo   portugal e brasilSimbolismo   portugal e brasil
Simbolismo portugal e brasil
 
Trovadorismno
TrovadorismnoTrovadorismno
Trovadorismno
 

Recently uploaded

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 

Recently uploaded (20)

Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 

Humanismo

  • 1. HUMANISMOHUMANISMO Portugal – Idade MédiaPortugal – Idade Média Séc. XV - XVIISéc. XV - XVII
  • 2. A melhoria técnica da imprensa propiciou uma divulgação mais ampla e rápida do livro, democratizando o acesso a ele. O homem passa a se interessar mais pelo saber,adquire novas ideias e outras culturas, percebendo-se capaz, importante e agente. Conscientiza-se do "livre arbítrio" e sua postura torna- se antropocêntrica e passa, aos poucos, a assumir uma posição racionalista. O Humanismo é um período de transição entre duas posturas. Por isso, a arte da época é marcada pela convivência de elementos espiritualistas (teocêntricos) e terrenos (antropocêntricos ). CONTEXTO HISTÓRICOCONTEXTO HISTÓRICO
  • 3. GÊNERO DRAMÁTICOGÊNERO DRAMÁTICO ComédiasComédiasTragédiasTragédias Representa o ridículo acerca dasRepresenta o ridículo acerca das imperfeições e vícios presentesimperfeições e vícios presentes nos homens.nos homens. Representa homens cujo universoRepresenta homens cujo universo é elevado, superior, em ações queé elevado, superior, em ações que provoquem terror ou piedade noprovoquem terror ou piedade no espectador.espectador. É o tipo de texto feito para ser representado, comÉ o tipo de texto feito para ser representado, com presença de rubricas e indicações depresença de rubricas e indicações de personagens.personagens.
  • 4. HAMLET — Que vento forte! O frio é insuportável. HORÁCIO — E o ar cortante e agitado. HAMLET — Que horas são? HORÁCIO — Penso que falta pouco para as doze. HAMLET — Não; já bateram. HORÁCIO — Já? Não ouvi; então não falta muito para que o fantasma volte a aparecer-nos. (Toque de trombetas e tiros de canhão atrás da cena) Que significa esse barulho, príncipe? HAMLET — O rei está acordado e dá banquete. Bebe a valer, rodando tudo em torno. Cada gole de Reno é por trombetas e timbales marcado, que o triunfo do brinde lhe proclamam. HORÁCIO — É costume? HAMLET — É, de fato. Mas a meu ver — embora aqui eu tivesse o berço e a educação — é um desses hábitos cuja quebra honra mais do que a observância. Essas orgias torpes nos difamam de leste a oeste, junto aos outros povos. Só nos chamam de bêbedos, alcunha que nos deprime, por privar os nossos empreendimentos, ainda os mais brilhantes, da essência medular de nosso mérito. Isso acontece às vezes noutros meios: se nasce alguém com algum defeito ingênito — do que não é culpado, porque a origem para si não escolhe a natureza, pelo excesso de sangue, que, por vezes, os fortes da razão e os diques rompem, ou somente por hábito, que estraga a moral cotidiana — esse coitado, que leva pela vida tal defeito, seja mancha do acaso ou vestimenta da natureza, embora suas virtudes sejam tão puras quanto a graça e em número infinito, no máximo de nossa capacidade, perde no conceito geral por essa falha. A massa nobre se torna recalcada e diminuída pelo grão do defeito. (Entra o Fantasma)
  • 5. HUMANISMOHUMANISMO Transição da Idade Média para a Era Antropocêntrica Crônicas Históricas (Fernão Lopes) Dissociação entre poesia e música
  • 6. FERNÃO LOPESFERNÃO LOPES Supõe-se que nasceu entre os anos de 1370 e 1380 Foi nomeado cronista-mor da Torre do Tombo Responsabilizou-se pelo registro de parte da história portuguesa
  • 7. GIL VICENTEGIL VICENTE Renovação do teatro português Autos: peças cuja moralidade era religiosa Farsas: peças cuja moralidade era profana
  • 8. Peça cuja ação é desenvolvida através de um único espaço e de duas personagens fixas: o Anjo e o Diabo. Inicia-se num porto imaginário, onde se encontram duas barcas: a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa. Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens: − Fidalgo - D. Anrique − Onzeneiro − Sapateiro - Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina − Joane – o parvo vivia simples e inconscientemente − Frade - cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença − Brísida Vaz - uma alcoviteira − Judeu – usurário chamado Semifará − O corregedor e o procurador - altos funcionários da Justiça − Ο Enforcado − Os Quatro Cavaleiros Cruzados AUTO DA BARCA DOAUTO DA BARCA DO INFERNOINFERNO
  • 9. “Anjo – Eu não sei quem te cá traz... Brísida – Peço-vo-lo de giolhos! (joelhos) Cuidais que trago piolhos, anjo de Deos, minha rosa? Eu sô aquela preciosa que dava as moças a molhos, a que criava as meninas pera os cónegos da Sé... Passai-me, por vossa fé, meu amor, minhas boninas, (margaridas) olhos de perlinhas finas! E eu som apostolada, angelada e martelada, e fiz cousas mui divinas. Santa Úrsula nom converteu tantas cachopas como eu (...)” (meninas, raparigas)
  • 10. FARSA DE INÊS PEREIRAFARSA DE INÊS PEREIRA MOTE “Mais quero asno que me carregue, que cavalo que me derrube.” Inês Pereira, uma típica pequeno-burguesa que despreza a vida rústica do campo, sonha em conseguir através do casamento sua ascensão social. A figura de seu homem ideal (cavalheiro elegante, educado e com trato social) é o típico representante da fidalguia. A ausência de escrúpulos de Inês Pereira, que primeiro casa-se por interesse com Brás da Mata e, após ficar viúva, casa- se com Pero Marques e o trai descaradamente, é emblemática da forma de pensar disseminada na época.
  • 11. GARCIA DEGARCIA DE RESENDERESENDE Representante da poesia palaciana Dous cavaleiros irosos, que tais palavras lh'ouviram, mui crus e nam piadosos, perversos, desamorosos, contra mim rijo se viram; com as espadas na mam m'atravessam o coraçam, a confissam me tolheram: este é o galardam que meus amores me deram. Garcia de Resende, Cancioneiro Geral, V, 357-364