1) O documento discute antipsicóticos e nootrópicos para o tratamento de esquizofrenia e Alzheimer, incluindo suas patofisiologias e mecanismos de ação.
2) Aborda a teoria dopaminérgica da esquizofrenia e a neuroquímica da dopamina e acetilcolina.
3) Também discute o diagnóstico, genética e tratamentos atuais para essas doenças, além do uso ético de nootrópicos.
1. Farmacologia
Aula 5: Antipsicóticos e nootrópicos para o Alzheimer
Professor: Caio Maximino
Ementa: Psicoses: Gnosiologia e diagnóstico; Patofisiologia da esquizofrenia: Anormalidades estruturais e alterações na migração celular;
Teoria dopaminérgica da esquizofrenia; Neuroquímica da dopamina: Receptores, distribuição neuroanatômica, sinapses dopaminérgicas, síntese
e metabolismo da dopamina; Mecanismos de ação dos antipsicóticos típicos e atípicos; Outros mecanismos: Receptores serotoninérgicos na
alucinação, inflamação e esquizofrenia; Demência de Alzheimer: Gnosiologia e diagnóstico; Patofisiologia da demência de Alzheimer:
Anormalidades estruturais, acúmulo de placas β-amilóides, alterações na proteína τ, apoptose e falhas na neurotransmissão colinérgica central;
Neuroquímica da acetilcolina: Receptores, distribuição neuroanatômica, síntese e metabolismo; Genética da demência de Alzheimer: ApoE,
APP, proteína τ; Tratamento da demência de Alzheimer: Inibidores da acetilcolina transferase, vitamina E e antioxidantes, agentes
antiinflamatórios, estrógeno, produtos naturais; Nootrópicos e psicofarmacologia “cosmética”.
Objetivos: Ao final da aula, os alunos devem ser capazes de 1) Descrever o diagnóstico da esquizofrenia, com especial interesse para os
sintomas positivos e negativos; 2) Conhecer as principais anormalidades estruturais e de desenvolvimento neuronal associadas à esquizofrenia; 3)
Descrever a teoria dopaminérgica da esquizofrenia; 4) Descrever e entender a neuroquímica e farmacologia da dopamina, incluindo tipos de
receptores, distribuição no cérebro, funcionamento das sinapses dopaminérgicas, e síntese e metabolismo da dopamina; 5) Correlacionar a
neuroquímica e a farmacologia da dopamina com a teoria dopaminérgica da esquizofrenia, de forma a entender o mecanismo de ação dos
antipsicóticos típicos e atípicos e seus efeitos colaterais; 6) Descrever outros mecanismos relacionados à esquizofrenia, incluindo as analogias
entre psicose e agentes psicotomiméticos e a possível ligação entre inflamação e esquizofrenia; 7) Descrever o diagnóstico da demência de
Alzheimer, incluindo as alterações neuropsicológicas e os sinais patofisiológicos (anormalidades estruturais, acúmulo de placas β-amilóides,
alterações na proteína τ); 8) Discutir o papel da transmissão colinérgica central na demência de Alzheimer e nas capacidades cognitivas em geral;
9) Descrever e entender a neuroquímica e farmacologia da acetilcolina, incluindo os tipos de receptores, sua distribuição no cérebro, e síntese e
2. metabolismo; 10) Descrever os principais achados genéticos na demência de Alzheimer (ApoE, APP e proteína τ); 11) Discutir as alternativas
atuais no tratamento da demência de Alzheimer; 12) Discutir elementos epistemológicos e éticos no uso de nootrópicos de forma “cosmética”.
Introdução • Neurofarmacologia das funções superiores.
• Desenvolvimento neural e patologia
15 min. Exposição dialogada
Desenvolvimento • Psicoses: Gnosiologia e diagnóstico.
• Patofisiologia da esquizofrenia.
• Teoria dopaminérgica da esquizofrenia.
• Neuroquímica e neurofarmacologia da dopamina.
• Efeitos da dopamina na sincronização neuronal.
• Mecanismo de ação dos antipsicóticos típicos e atípicos.
• Paralelos entre efeitos de drogas alucinógenas e esquizofrenia prodrômica.
• Inflamação e esquizofrenia.
• Demência de Alzheimer: Gnosiologia e diagnóstico.
• Patofisiologia da demência de Alzheimer.
• Neuroquímica da acetilcolina.
• Genética da doença de Alzheimer.
• Tratamento da demência de Alzheimer.
75 min. Exposição dialogada
Conclusão • Fechamento: Nootrópicos e psicofarmacologia “cosmética” 40 min. Debate
Bibliografia:
Buccafusco JJ (2007). Dementia and pharmacotherapy: Memory drugs. In: Sibley DR, Hanin I, Kuhar M, Skolnick P (Eds.), Handbook of
Contemporary Neuropharmacology, Volume 3, pp.461-478. Nova Iorque: John Wiley & Sons.
Casanova MF, de Zeeuw L, Switala A, Kreczmanski P, Korr H, Ulfig N, Heinsen H, Steinbusch HWM, Schmitz C (2005). Mean cell spacing
abnormalities in the neocortex of patients with schizophrenia. Psychiatry Research 133: 1-12.
Cooper JR, Bloom FE, Roth RH (2003). The Biochemical Basis of Neuropharmacology, 8a. edição. Nova Iorque: Oxford University Press.
3. Davis KL (2002). Current and experimental therapeutics of Alzheimer disease. In: Davis KL, Charney D, Coyle JT, Nemeroff C (Eds.),
Neuropsychopharmacology: The Fifth Generation of Progress, pp. 1243-1252.
Ghose S, Tamminga C (2007). Phenomenology and clinical science of schizophrenia. In: Sibley DR, Hanin I, Kuhar M, Skolnick P (Eds.),
Handbook of Contemporary Neuropharmacology, Volume 2, pp.251-282. Nova Iorque: John Wiley & Sons.
Haase VG, Diniz LFM, Cruz MF (1997). A estrutura temporal da consciência. Psicologia USP 8: 227-243.
Katzung BG (2006). In: Farmacologia Básica & Clínica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara-Koogan.
Lewis DA (2002). Neural circuitry approaches to understanding the pathophysiology of schizophrenia. In: Davis KL, Charney D, Coyle JT,
Nemeroff C (Eds.), Neuropsychopharmacology: The Fifth Generation of Progress, pp. 729-743.
Lüllmann H, Mohr K, Hein L, Bieger D (2008). Farmacologia: Texto e Atlas. Porto Alegre: Editora ArtMed.
Missale C, Nash SR, Robinson SW, Jaber M, Caron MG (1998). Dopamine receptors: From structure to function. Physiological Reviews 78:
189-225.
Miyamoto S, Duncan GE, Goff DC, Lieberman JA (2002). Therapeutics of schizophrenia. In: Davis KL, Charney D, Coyle JT, Nemeroff C
(Eds.), Neuropsychopharmacology: The Fifth Generation of Progress, pp. 775-807.
Mohs RC, Haroutunian V (2002). Alzheimer disease: From earliest symptoms to end stage. In: Davis KL, Charney D, Coyle JT, Nemeroff C
(Eds.), Neuropsychopharmacology: The Fifth Generation of Progress, pp. 1189-1197.
Parvathy S, Buxbaum JD (2002). Molecular genetics of Alzheimer disease. In: Davis KL, Charney D, Coyle JT, Nemeroff C (Eds.),
Neuropsychopharmacology: The Fifth Generation of Progress, pp. 1199-1213.
Pijnenburg YA, van der Made Y, van Cappellen van Walsum AM, Knol DL, Scheltens P, Stam CJ (2004). EEG synchronization likelihood in
mild cognitive impairment and Alzheimer’s disease during a working memory task. Clinical Neurophysiology 115: 1332-1339.
4. Pull CB (2002). Diagnosis of schizophrenia: A review. In: Maj M, Sartorius N (Eds.), Schizophrenia, 2a.
edição, pp. 1-37. Sussex: John Wiley &
Sons.
RANG
Singer W (1996). Neuronal synchrony: A versatile code for the definition of relations? Neuron 24: 49-65.
Small GW (2002). Structural and functional brain imaging of Alzheimer disease. In: Davis KL, Charney D, Coyle JT, Nemeroff C (Eds.),
Neuropsychopharmacology: The Fifth Generation of Progress, pp. 1231-1242.
Stefan M, Travis M, Murray RM (2002). An Atlas of Schizophrenia. Londres: The Parthenon Publishing Group.
Stein DJ (2008). Philosophy of Pharmacology: Smart Pills, Happy Pills, and Pep Pills. Nova Iorque: Cambridge University Press.
Ulhaas PJ, Linden DEJ, Singer W, Haenschel C, Lindner M, Maurer K, Rodriguez E (2006). Dysfunctional long-range coordination of neural
activity during Gestalt perception in schizophrenia. Journal of Neuroscience 26: 8168-8175.
Webster RA (2001a). Schizophrenia. In: Webster RA (Ed.), Neurotransmitters, Drugs and Brain Function, pp.351-373. Nova Iorque: John
Wiley & Sons.
Webster RA (2001b). Alzheimer’s disease (AzD). In: Webster RA (Ed.), Neurotransmitters, Drugs and Brain Function, pp.375-393. Nova
Iorque: John Wiley & Sons.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil. Para ver uma cópia
desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/ ou envie uma carta para Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, San Francisco, California
94105, USA.