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Agronegócio em Análise
                                                                                             Janeiro de 2013




                                                       Mudanças estruturais no mercado de café devem favorecer fluxos mais
                                                        equilibrados de oferta e de demanda, implicando menores níveis de
                                                                             volatilidade das cotações

                                                                                                                                                       Regina Helena Couto Silva



                                                 Três dinâmicas distintas podem ser identificadas                     outros países africanos. Com esta configuração,
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos




                                                 no mercado mundial de café e, embora estejam                         a participação dos desenvolvidos no consumo
                                                 ocorrendo lentamente, os resultados já podem ser                     global caiu de 64% em 2002 para 59% em 2012,
                                                 vistos: (i) expansão do consumo de café nos países                   ao passo que a participação dos emergentes
                                                 emergentes; (ii) avanço da fronteira agrícola para                   se elevou de 36% para 41%. No período em
                                                 o oeste baiano com investimentos em agricultura                      análise, os emergentes responderam por 66% da
                                                 tecnificada e (iii) correção da bienalidade da lavoura               expansão global de consumo de café, enquanto os
                                                 no Brasil. Estas mudanças estruturais devem trazer                   desenvolvidos responderam por 34%.
                                                 melhor ajuste tanto pelo lado da oferta quanto pelo
                                                 lado da demanda, suavizando a volatilidade das                       Desse modo, tendo em vista que projetamos um
                                                 cotações internacionais.                                             incremento médio de 5,4% para o PIB dos países
                                                                                                                      emergentes e de 1,9% para o PIB dos países
                                                 Nos últimos dez anos, o consumo global de                            desenvolvidos para os próximos cinco anos,
                                                 café cresceu a uma taxa média de 2,3% ao ano,                        podemos inferir que a demanda será sustentada nos
                                                 com expansão mais robusta sendo registrada                           dois grupos de países, sendo que a demanda nos
                                                 nos países emergentes, com elevação média                            emergentes deverá crescer a taxas mais expressivas.
                                                 anual de 4% (entre 2003 e 2012), ao passo                            Reforça este argumento o fato de que o café vem
                                                 que nos tradicionais consumidores, os países                         sendo cada vez mais agregado à cesta básica de
                                                 desenvolvidos, o consumo cresceu em média                            consumo nos países de baixa renda, tanto pela
                                                 1,4% ao ano. Nesses países, o café faz parte da                      crescente ocidentalização dos hábitos alimentares
                                                 cesta básica da população, portanto não há muito                     quanto pela elevação de renda da população, o que
                                                 espaço para avanço.                                                  favorece a ampliação de itens consumidos.

                                                 Dentre os emergentes, duas divisões são passíveis Como destacamos, o consumo está um pouco
                                                 de análise. Nos países emergentes tradicionalmente mais diversificado entre os países, no entanto,
                                                 produtores, o consumo cresceu em média 4,2% a dependência da oferta ainda seguirá elevada
                                                 ao ano. No Brasil, maior produtor e exportador em poucos países produtores – Brasil, Vietnã e
                                                 mundial, o crescimento também foi robusto, Colômbia concentram 60% da produção global.
                                                 alcançando uma média de 4,1% ao ano. Além Deve-se isso ao fato de que o café é produzido em
                                                 do Brasil,Crescimento médio anual dooutros global de caféprodutores USDA Elaboração: Bradesco tropical, ao passo que o consumo
                                                            o consumo de consumo países 2003 - 2013 Fonte: países de clima
                                                 também tem avançado, como Indonésia, Vietnã, é mais elevado em países de clima frio e de renda
                                                 Índia, México, Filipinas, Tailândia, Uganda e alguns elevada.


                                                                                                                                                       Crescimento médio
                                                                 Produtores                                                   Part. 28,8%   4,2%       anual do consumo
                                                                                                                                                       global de café
                                                                                                                                                       2003 - 2013
                                                    Importadores Emergentes                                    Part. 12,2%   3,2%




                                                                   Mundial                                     2,3%




                                                 Importadores Desenvolvidos       Part. 59,0%    1,4%
                                                                                                                                                     Fonte: USDA
                                                                                                                                                     Elaboração: BRADESCO
                                                                          0,0%        0,9%          1,8%          2,7%          3,6%          4,5%




                                                                                                                                                                               1
Fonte e projeção (*): USDA         PARTICIPAÇÃO % DOS GRUPOS DE PAÍSES NO CONSUMO MUNDIAL DE CAFÉ – 2003 - 2013
                                                                       Elaboração: Bradesco




                              Participação                                    64,4%                  63,6%             64,1%            62,9%                                         62,3%
                             % dos grupos                        64,0%                                                                                 62,0%
                                                                                                                                                                        60,8%
                                                                                                                                                                                                     59,4%      59,7%
                              de países no                                             Produtores                                                                                                                               59,0%
                          consumo mundial                                              Importadores Desenvolvidos
                                   de café                                             Importadores Emergentes
                               2003 - 2013                       46,0%




                                                                                                                                                                                                     28,2%      28,6%
                                                                                                                                                                        26,9%         26,0%                                     28,8%
                                                                 28,0%                               25,5%             24,5%           24,8%           25,0%
                                                                               24,2%



                                                                                                                                        12,3%          12,9%            12,3%                        12,4%      11,7%
                                                                                                     10,8%             11,4%                                                          11,7%
                                                                              11,3%                                                                                                                                             12,2%
                              Fonte e (*) projeção: USDA         10,0%
                                Elaboração: BRADESCO                             2003/04         2004/05               2005/06          2006/07        2007/08          2008/09      2009/10         2010/11   2011/12     2012/13*




                         Outra dinâmica que vem ocorrendo no mercado é de recuo de 5,5% para a safra 2013/14 nacional
                         brasileiro de café é a correção da bienalidade da de café arábica, para esta região a estimativa é de
                         lavoura. De fato, ao longo dos últimos dez anos a elevação de 13,4% da produção.
                         diferença entre as safras de alta e de baixa bienalidade
                         vem se reduzindo, como resultado de uma combinação Normalmente a variação de uma safra para outra gira
                         de fatores, entre eles estão: (i) tratos culturais mais entre 20% e 30% para mais, em ano de bienalidade
                         adequados e maior uso de sistemas de irrigação, (ii) alta, ou para menos, em ano de bienalidade baixa.
                         poda dos cafeeiros, (iii) adensamento das lavouras, (iv) No entanto esta variância vem diminuindo para
                         investimento na renovação dos cafezais e por fim, mas intervalos de 15%, devendo chegar a apenas 5,5%
                         não menos importante, (v) a inversão da bienalidade na projeção: Conab Elaboração:na atual safra 2013/14, segundo
                                   Variação % entre as safras de café arábica- 2003 - 2013 Fonte e
                                                                                                   (para menos) Bradesco
                         Zona da Mata em Minas Gerais. Enquanto a estimativa estimativa da Conab.


                         80,0%
                                                                                                                                                                                                          Variação % entre
                                               57,9%
                                                                                                                                                                                                          as safras de café
                         60,0%
                                                                                                                                                                                                          arábica-
                                                                           38,6%                             41,4%                                                                                        2003 - 2013
                         40,0%
                                                                                                                                            27,6%
                         20,0%
                                                                                                                                                                              19,1%


                          0,0%
                                                                                                                                                                                             -5,5%
                                                                                                                                                                     -12,6%
                         -20,0%                                                                                                        -18,7%
                                                                     -24,9%                          -24,0%

                         -40,0%
Agronegócio em Análise




                                  -47,1%
                         -60,0%
                                     2003/04




                                                2004/05




                                                           2005/06




                                                                             2006/07




                                                                                           2007/08




                                                                                                             2008/09




                                                                                                                             2009/10




                                                                                                                                             2010/11




                                                                                                                                                           2011/12




                                                                                                                                                                           2012/13




                                                                                                                                                                                       2013/14*




                                                                                                                                                                                                          Fonte e projeção*: Conab
                                                                                                                                                                                                          Elaboração: BRADESCO




                         Este movimento, muito ligado aos investimentos                                                                    as cotações internacionais, dada a possibilidade
                         realizados nas lavouras de café que foram                                                                         de melhor previsibilidade das safras. A renovação
                         propiciados pelo bom nível de rentabilidade da                                                                    dos cafezais vem sendo realizada principalmente
                         cultura registrado nos últimos três anos, deverá                                                                  no Brasil e em alguns países produtores como no
                         trazer o benefício de uma menor volatilidade para                                                                 Vietnã.




                                                                                                                                                                                                           DEPEC                        2
Variação % da produção nacional de café arábica e variação % do preço internacional de café 2003 - 2013
                                                                 Fonte: Conab e Bloomberg Elaboração: Bradesco




                         70,0%
                                                57,9%                                                                                                                         Produção                          Variação % da
                                                                                                                                                                              preço
                         50,0%                                                                                                                 46,3%
                                                                                                                                                                                                                produção nacional
                                                        42,4%
                                                                             38,6%
                                                                                                              41,4%
                                                                                                                                  36,9%
                                                                                                                                                                                                                de café arábica e
                                                                                                                                          27,6%
                                                                                                                                                                                                                variação % do preço
                         30,0%
                                      23,5%
                                                                                                                                                                         19,1%                                  internacional de
                                                                                   8,5%
                                                                                                    12,6%
                                                                                                                                                                                               9,4%
                                                                                                                                                                                                                café
                         10,0%
                                                                                                                                                                                                                2003 - 2013
                                                                     -0,5%
                         -10,0%                                                                                      -5,2%                                                    -6,6% -5,5%
                                                                                                                                                         -12,6%
                                                                                                                             -18,7%
                         -30,0%                                 -24,9%                     -24,0%
                                                                                                                                                                -32,1%


                         -50,0% -47,1%
                                    2003/04




                                                      2004/05




                                                                   2005/06




                                                                                2006/07




                                                                                                  2007/08




                                                                                                                   2008/09




                                                                                                                                2009/10




                                                                                                                                             2010/11




                                                                                                                                                               2011/12




                                                                                                                                                                            2012/13




                                                                                                                                                                                           2013/14*
                                                                                                                                                                                                                Fonte: Conab, Bloomberg
                                                                                                                                                                                                                Elaboração: BRADESCO




                         Alterações regionais na produção de café também 10% em São Paulo e em Minas Gerais. O sistema de
                         estão contribuindo para a amenização da bienalidade produção garante, além do menor custo de produção
                         da cultura. Tradicionalmente produzido no Sul e comparativamente às demais regiões, um maior nível
                         Sudeste do País, a lavoura de café está avançando de produtividade. No cerrado baiano a produtividade
                         para o cerrado da Bahia, região que conta com chega a pouco mais de 40 sacas por hectare, sendo a
                         agricultura tecnificada, irrigada e mecanizada, o que média nacional de 23 sacas por hectare.
                         se traduz em menor custo com mão-de-obra. De fato,
                         a participação da mão-de-obra na lavoura de café na Com os investimentos realizados nos últimos anos a
                         Bahia é de 4%, segundo a Conab, enquanto que no participação da Bahia na produção nacional passou de
                         Sul de Minas é de 40% e em São Paulo é de quase 3,4% nos anos 1980 para 6% na média dos três últimos
                         60%. A título de comparação o custo com operação anos. Ao mesmo tempo a participação do Sul caiu de
                         com máquinas representa%quase 30% dos custos totais IBGE Elaboração: Bradesco
                                             Participação na produção nacional de café - 1970 - 2011 Fonte:
                                                                                                            14% para 4,4%, enquanto a participação do Sudeste
                         na Bahia enquanto esta participação é de menos de subiu de 78,4% para 84,1%.


                         90,0%
                                       Nordeste
                                                                                                                                                                82,1%
                                                                                                                                                                                                      84,1%   Participação % na
                         80,0%
                                       Sul                                                78,4%
                                                                                                                              79,9%
                                                                                                                                                                                                              produção nacional de
                                       Sudeste
                                                         69,9%
                                                                                                                                                                                                              café - 1970 - 2011
                         70,0%


                         60,0%


                         50,0%


                         40,0%


                         30,0%                26,1%
Agronegócio em Análise




                         20,0%
                                                                             13,9%

                         10,0%                                                                                       7,8%
                                                                                                                                          6,0%         4,9%                 5,6%
                                  3,1%                               3,9%                                   4,0%                                                                        4,4%
                                                                                                                                                                                                              Fonte: IBGE
                          0,0%                                                                                                                                                                                Elaboração: Bradesco
                                              70-79                          80-89                                  90-99                              00-09                          2010-2012




                         Em conclusão, a combinação destas mudanças                                                                               que a expansão do consumo nos países emergentes
                         estruturais verificadas na lavoura cafeeira, devem se                                                                    deverá equilibrar melhor o fluxo de demanda, antes
                         traduzir em menores níveis de volatilidade das cotações                                                                  muito concentrada nos países desenvolvidos, onde
                         internacionais, pela combinação de melhor ajuste tanto                                                                   não há muito espaço para trajetória de elevação.
                         pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda. A
                         correção, mesmo que suave da bienalidade deverá                                                                          Uma ressalva importante a ser feita é que intempéries
                         favorecer um fluxo mais constante de oferta, enquanto                                                                    climáticas continuarão trazendo volatilidade às




                                                                                                                                                                                                                   DEPEC                  3
cotações tanto do café quanto de qualquer outra        de volatilidade sazonal dos mercados agrícolas,
                         commodity. No entanto, especificamente para o          porém sem frequências relevantes. Adicionalmente as
                         mercado cafeeiro, as mudanças trarão benefício, com    cotações devem seguir movimento de elevação nos
                         suavização desta volatilidade, antes muito acentuada   próximos meses, refletindo a safra de baixa bienalidade
                         pela concentração da demanda e pela característica     no Brasil. O piso para as cotações será dado pelos
                         de bienalidade.                                        estoques globais que estão baixos, mas que devem
                                                                                girar em torno deste novo patamar, algo entre 15% e
                         Nesse sentido, para este ano esperamos que as          20% do consumo global, lembrando que historicamente
                         cotações internacionais do café apresentem movimento   eram mais de 30%.


                         Retrato do Setor


                         •	 O Brasil exporta 67% do café que produz, sendo 90% das vendas na forma de café verde e 10% como café
                            solúvel. Os principais mercados de destino são os países desenvolvidos: Europa, EUA e Japão;

                         •	 Brasil é o único grande player mundial com safra no 1º semestre do ano. Os demais (Vietnã e Colômbia)
                            têm início de safra a partir do 2º semestre.

                         •	 Brasil: responde por 37% da produção mundial e por 28% das exportações. Exporta 67% da produção interna.
                            Safra tem início em maio. Produz café robusta e arábica;

                         •	 Vietnã: responde por 15% da produção mundial e por 21% das exportações. Exporta 95% da produção
                            interna, o consumo interno é muito baixo. Safra tem início em outubro. Produz café robusta;

                         •	 Colômbia: responde por 6% da produção mundial e por 8% das exportações. Exporta 92% da produção
                            interna e também tem o consumo interno muito baixo. Safra tem início em outubro. Produz café arábica.

                         •	 51% da produção de café estão concentrados em Minas Gerais, 27% no Espírito Santo e 7% em São Paulo.

                         •	 Os principais consumidores mundiais de café são os países desenvolvidos, que respondem por 59% do
                            consumo global e são dependentes de importação. Os países produtores de café respondem por 28%
                            da demanda global. Os emergentes, com exceção do Brasil, também são dependentes de importação e
                            respondem por 12% do consumo global.
Agronegócio em Análise




                                                                                                                  DEPEC              4
Agronegócio em Análise




                         Equipe Técnica
                         Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos
                         Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo
                         Economia Internacional:      	   Fabiana D’Atri / Leandro de Oliveira Almeida/ Felipe Wajskop França/ Andrea Marcos Angelo
                         Economia Doméstica:      	       Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Igor Velecico / Ellen Regina Steter / Myriã Bast / Priscila Pereira Deliberalli
                         Análise Setorial:   	            Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Rita de Cassia Milani
                         Pesquisa Proprietária:   	       Fernando Freitas / Ana Maria Bonomi Barufi / Leandro Câmara Negrão
                         Estagiários:   	                 Ana Beatriz Ract Pousada / Thiago Chaves-Scarelli / Andre Kengi Alves Hirata / Henrique Araújo da Silva / Elias Celestino Cavalcante / Alex Panoni 	
                         	                                Furtado/ Laura Marsiaj Ribeiro / Klaus Heinz Troetschel




                         O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os
                         dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma
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Mudanças no mercado global de café favorecem equilíbrio entre oferta e demanda

  • 1. Agronegócio em Análise Janeiro de 2013 Mudanças estruturais no mercado de café devem favorecer fluxos mais equilibrados de oferta e de demanda, implicando menores níveis de volatilidade das cotações Regina Helena Couto Silva Três dinâmicas distintas podem ser identificadas outros países africanos. Com esta configuração, Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos no mercado mundial de café e, embora estejam a participação dos desenvolvidos no consumo ocorrendo lentamente, os resultados já podem ser global caiu de 64% em 2002 para 59% em 2012, vistos: (i) expansão do consumo de café nos países ao passo que a participação dos emergentes emergentes; (ii) avanço da fronteira agrícola para se elevou de 36% para 41%. No período em o oeste baiano com investimentos em agricultura análise, os emergentes responderam por 66% da tecnificada e (iii) correção da bienalidade da lavoura expansão global de consumo de café, enquanto os no Brasil. Estas mudanças estruturais devem trazer desenvolvidos responderam por 34%. melhor ajuste tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda, suavizando a volatilidade das Desse modo, tendo em vista que projetamos um cotações internacionais. incremento médio de 5,4% para o PIB dos países emergentes e de 1,9% para o PIB dos países Nos últimos dez anos, o consumo global de desenvolvidos para os próximos cinco anos, café cresceu a uma taxa média de 2,3% ao ano, podemos inferir que a demanda será sustentada nos com expansão mais robusta sendo registrada dois grupos de países, sendo que a demanda nos nos países emergentes, com elevação média emergentes deverá crescer a taxas mais expressivas. anual de 4% (entre 2003 e 2012), ao passo Reforça este argumento o fato de que o café vem que nos tradicionais consumidores, os países sendo cada vez mais agregado à cesta básica de desenvolvidos, o consumo cresceu em média consumo nos países de baixa renda, tanto pela 1,4% ao ano. Nesses países, o café faz parte da crescente ocidentalização dos hábitos alimentares cesta básica da população, portanto não há muito quanto pela elevação de renda da população, o que espaço para avanço. favorece a ampliação de itens consumidos. Dentre os emergentes, duas divisões são passíveis Como destacamos, o consumo está um pouco de análise. Nos países emergentes tradicionalmente mais diversificado entre os países, no entanto, produtores, o consumo cresceu em média 4,2% a dependência da oferta ainda seguirá elevada ao ano. No Brasil, maior produtor e exportador em poucos países produtores – Brasil, Vietnã e mundial, o crescimento também foi robusto, Colômbia concentram 60% da produção global. alcançando uma média de 4,1% ao ano. Além Deve-se isso ao fato de que o café é produzido em do Brasil,Crescimento médio anual dooutros global de caféprodutores USDA Elaboração: Bradesco tropical, ao passo que o consumo o consumo de consumo países 2003 - 2013 Fonte: países de clima também tem avançado, como Indonésia, Vietnã, é mais elevado em países de clima frio e de renda Índia, México, Filipinas, Tailândia, Uganda e alguns elevada. Crescimento médio Produtores Part. 28,8% 4,2% anual do consumo global de café 2003 - 2013 Importadores Emergentes Part. 12,2% 3,2% Mundial 2,3% Importadores Desenvolvidos Part. 59,0% 1,4% Fonte: USDA Elaboração: BRADESCO 0,0% 0,9% 1,8% 2,7% 3,6% 4,5% 1
  • 2. Fonte e projeção (*): USDA PARTICIPAÇÃO % DOS GRUPOS DE PAÍSES NO CONSUMO MUNDIAL DE CAFÉ – 2003 - 2013 Elaboração: Bradesco Participação 64,4% 63,6% 64,1% 62,9% 62,3% % dos grupos 64,0% 62,0% 60,8% 59,4% 59,7% de países no Produtores 59,0% consumo mundial Importadores Desenvolvidos de café Importadores Emergentes 2003 - 2013 46,0% 28,2% 28,6% 26,9% 26,0% 28,8% 28,0% 25,5% 24,5% 24,8% 25,0% 24,2% 12,3% 12,9% 12,3% 12,4% 11,7% 10,8% 11,4% 11,7% 11,3% 12,2% Fonte e (*) projeção: USDA 10,0% Elaboração: BRADESCO 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13* Outra dinâmica que vem ocorrendo no mercado é de recuo de 5,5% para a safra 2013/14 nacional brasileiro de café é a correção da bienalidade da de café arábica, para esta região a estimativa é de lavoura. De fato, ao longo dos últimos dez anos a elevação de 13,4% da produção. diferença entre as safras de alta e de baixa bienalidade vem se reduzindo, como resultado de uma combinação Normalmente a variação de uma safra para outra gira de fatores, entre eles estão: (i) tratos culturais mais entre 20% e 30% para mais, em ano de bienalidade adequados e maior uso de sistemas de irrigação, (ii) alta, ou para menos, em ano de bienalidade baixa. poda dos cafeeiros, (iii) adensamento das lavouras, (iv) No entanto esta variância vem diminuindo para investimento na renovação dos cafezais e por fim, mas intervalos de 15%, devendo chegar a apenas 5,5% não menos importante, (v) a inversão da bienalidade na projeção: Conab Elaboração:na atual safra 2013/14, segundo Variação % entre as safras de café arábica- 2003 - 2013 Fonte e (para menos) Bradesco Zona da Mata em Minas Gerais. Enquanto a estimativa estimativa da Conab. 80,0% Variação % entre 57,9% as safras de café 60,0% arábica- 38,6% 41,4% 2003 - 2013 40,0% 27,6% 20,0% 19,1% 0,0% -5,5% -12,6% -20,0% -18,7% -24,9% -24,0% -40,0% Agronegócio em Análise -47,1% -60,0% 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14* Fonte e projeção*: Conab Elaboração: BRADESCO Este movimento, muito ligado aos investimentos as cotações internacionais, dada a possibilidade realizados nas lavouras de café que foram de melhor previsibilidade das safras. A renovação propiciados pelo bom nível de rentabilidade da dos cafezais vem sendo realizada principalmente cultura registrado nos últimos três anos, deverá no Brasil e em alguns países produtores como no trazer o benefício de uma menor volatilidade para Vietnã. DEPEC 2
  • 3. Variação % da produção nacional de café arábica e variação % do preço internacional de café 2003 - 2013 Fonte: Conab e Bloomberg Elaboração: Bradesco 70,0% 57,9% Produção Variação % da preço 50,0% 46,3% produção nacional 42,4% 38,6% 41,4% 36,9% de café arábica e 27,6% variação % do preço 30,0% 23,5% 19,1% internacional de 8,5% 12,6% 9,4% café 10,0% 2003 - 2013 -0,5% -10,0% -5,2% -6,6% -5,5% -12,6% -18,7% -30,0% -24,9% -24,0% -32,1% -50,0% -47,1% 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14* Fonte: Conab, Bloomberg Elaboração: BRADESCO Alterações regionais na produção de café também 10% em São Paulo e em Minas Gerais. O sistema de estão contribuindo para a amenização da bienalidade produção garante, além do menor custo de produção da cultura. Tradicionalmente produzido no Sul e comparativamente às demais regiões, um maior nível Sudeste do País, a lavoura de café está avançando de produtividade. No cerrado baiano a produtividade para o cerrado da Bahia, região que conta com chega a pouco mais de 40 sacas por hectare, sendo a agricultura tecnificada, irrigada e mecanizada, o que média nacional de 23 sacas por hectare. se traduz em menor custo com mão-de-obra. De fato, a participação da mão-de-obra na lavoura de café na Com os investimentos realizados nos últimos anos a Bahia é de 4%, segundo a Conab, enquanto que no participação da Bahia na produção nacional passou de Sul de Minas é de 40% e em São Paulo é de quase 3,4% nos anos 1980 para 6% na média dos três últimos 60%. A título de comparação o custo com operação anos. Ao mesmo tempo a participação do Sul caiu de com máquinas representa%quase 30% dos custos totais IBGE Elaboração: Bradesco Participação na produção nacional de café - 1970 - 2011 Fonte: 14% para 4,4%, enquanto a participação do Sudeste na Bahia enquanto esta participação é de menos de subiu de 78,4% para 84,1%. 90,0% Nordeste 82,1% 84,1% Participação % na 80,0% Sul 78,4% 79,9% produção nacional de Sudeste 69,9% café - 1970 - 2011 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 26,1% Agronegócio em Análise 20,0% 13,9% 10,0% 7,8% 6,0% 4,9% 5,6% 3,1% 3,9% 4,0% 4,4% Fonte: IBGE 0,0% Elaboração: Bradesco 70-79 80-89 90-99 00-09 2010-2012 Em conclusão, a combinação destas mudanças que a expansão do consumo nos países emergentes estruturais verificadas na lavoura cafeeira, devem se deverá equilibrar melhor o fluxo de demanda, antes traduzir em menores níveis de volatilidade das cotações muito concentrada nos países desenvolvidos, onde internacionais, pela combinação de melhor ajuste tanto não há muito espaço para trajetória de elevação. pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda. A correção, mesmo que suave da bienalidade deverá Uma ressalva importante a ser feita é que intempéries favorecer um fluxo mais constante de oferta, enquanto climáticas continuarão trazendo volatilidade às DEPEC 3
  • 4. cotações tanto do café quanto de qualquer outra de volatilidade sazonal dos mercados agrícolas, commodity. No entanto, especificamente para o porém sem frequências relevantes. Adicionalmente as mercado cafeeiro, as mudanças trarão benefício, com cotações devem seguir movimento de elevação nos suavização desta volatilidade, antes muito acentuada próximos meses, refletindo a safra de baixa bienalidade pela concentração da demanda e pela característica no Brasil. O piso para as cotações será dado pelos de bienalidade. estoques globais que estão baixos, mas que devem girar em torno deste novo patamar, algo entre 15% e Nesse sentido, para este ano esperamos que as 20% do consumo global, lembrando que historicamente cotações internacionais do café apresentem movimento eram mais de 30%. Retrato do Setor • O Brasil exporta 67% do café que produz, sendo 90% das vendas na forma de café verde e 10% como café solúvel. Os principais mercados de destino são os países desenvolvidos: Europa, EUA e Japão; • Brasil é o único grande player mundial com safra no 1º semestre do ano. Os demais (Vietnã e Colômbia) têm início de safra a partir do 2º semestre. • Brasil: responde por 37% da produção mundial e por 28% das exportações. Exporta 67% da produção interna. Safra tem início em maio. Produz café robusta e arábica; • Vietnã: responde por 15% da produção mundial e por 21% das exportações. Exporta 95% da produção interna, o consumo interno é muito baixo. Safra tem início em outubro. Produz café robusta; • Colômbia: responde por 6% da produção mundial e por 8% das exportações. Exporta 92% da produção interna e também tem o consumo interno muito baixo. Safra tem início em outubro. Produz café arábica. • 51% da produção de café estão concentrados em Minas Gerais, 27% no Espírito Santo e 7% em São Paulo. • Os principais consumidores mundiais de café são os países desenvolvidos, que respondem por 59% do consumo global e são dependentes de importação. Os países produtores de café respondem por 28% da demanda global. Os emergentes, com exceção do Brasil, também são dependentes de importação e respondem por 12% do consumo global. Agronegócio em Análise DEPEC 4
  • 5. Agronegócio em Análise Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Leandro de Oliveira Almeida/ Felipe Wajskop França/ Andrea Marcos Angelo Economia Doméstica: Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Igor Velecico / Ellen Regina Steter / Myriã Bast / Priscila Pereira Deliberalli Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Rita de Cassia Milani Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Ana Maria Bonomi Barufi / Leandro Câmara Negrão Estagiários: Ana Beatriz Ract Pousada / Thiago Chaves-Scarelli / Andre Kengi Alves Hirata / Henrique Araújo da Silva / Elias Celestino Cavalcante / Alex Panoni Furtado/ Laura Marsiaj Ribeiro / Klaus Heinz Troetschel O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). DEPEC 5