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PIBIDPrograma de Iniciação à Docência
PROJETO
BASE ARTÍSTICA E REFLEXIVA
PROFESSORAS: BRUNA MARIA, DÉBORAH CORREIA, GORETTE
ANDRADE, HAIANY LEÔNCIO, STEFANIE NASCIMENTO
MÓDULO III
FOLCLORE NORDESTINO
ALUNO:____________________________________________________
NORTE NORDESTE ME VESTE
O Nordeste é poesia,
Deus quando fez o mundo
Fez tudo com primazia,
Formando o céu e a Terra
Cobertos com fantasia.
Para o Sul deu a riqueza,
Para o Planalto a beleza
E ao Nordeste a poesia.
(trecho de Patativa do Assaré).
Rasgo de leste a oeste como peste do sul ao
sudeste
Sou rap agreste norte-nordeste epiderme
veste
Arranco roupas das verdades poucas das
imagens foscas
Partindo pratos e bocas com tapas mato
essas moscas
Toma! Eu meto lacres com backs derramo
frases ataques
Atiro charques nas bases dos meus sotaques
Oxe! Querem entupir nossos fones a
repetirem nomes
Reproduzindo seus clones se afastem dos
microfones
Trazem um nível baixo, para singles fracos,
astros de
cadastros
Não sigo seus rastros, negados padrastos
Cidade negada como madrasta, enteados já
não arrasta
Esses órfãos com precatas, basta! Ninguém
mais empata
Meto meu chapéu de palha sigo pra batalha
Com força agarro a enxada se crava em
minhas mortalhas
Tive que correr mais que vocês pra alcançar
minha vez
Garra com nitidez rigidez me fez monstro
camponês
Exerce influência, tendência, em vivência
em crenças destinos
Se assumam são clandestinos se negam não
nordestinos
Vergonha do que são, produção sem expressão própria
Se afastem da criação morrerão por que são cópias
Não vejo cabra da peste só carioca e paulista
Só frestyleiro em nordeste não querem ser repentistas
Rejeitam xilogravura o cordel que é literatura
Quem não tem cultura jamais vai saber o que é
Rapadura
Foram nossas mãos que levantaram os concretos os
prédios
Os tetos os manifestos, não quero mais intermédios
Eu quero acesso direto às rádios palcos abertos
Inovar em projetos protestos arremesso fetos
Escuta! A cidade só existe por que viemos antes
Na dor desses retirantes com suor e sangue imigrante
Rapadura eu venho do engenho rasgo os canaviais
Meto o norte nordeste o povo no topo dos festivais,
toma!
Refrão:
Êha! Ei! Nortista agarra essa causa que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste
Êha! Hei! Nortista agarra essa causa que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste
POESIA:
MINHAS IRMÃS, MEUS IRMÃOS, OXE! SE
ASSUMAM COMO
REALMENTE SÃO
NÃO DEIXEM QUE SUAS MATRIZES, QUE SUAS
RAIZES MORRAM
POR FALTA DE IRRIGAÇÃO
SER NORTISTA & NORDESTINO MEUS
CONTERRÂNEOS NUM É SER
SECO NEM LITORÂNEO
É TER EM NOSSAS MÃOS UM DESTINO NUNCA
CLANDESTINO PARA
OS DESFECHOS METROPOLITANOS.
Devasto as galerias tão frias cuspo
grafias em vias
Espalho crias nas linhas trilhas
discografias
Arrasto lp?s, Ep?s CDs, DVDs
Cachês, Clichês, Surdez, vocês? Não
desta vez!
Esmago boicotes com estrofes em
portes cortes nos
Flogs
Poetas pobres em montes dão choques
em hip pops
Versos ferozes em vozes dão mortes aos
tops blogs
Repente forte do norte sacode em trotes
galopes
Meto a fita embolada do engenho em
bilhetes de states
Dou breaks em fakes enfeites cacete nas
mix tapes
Bloqueio esses eixos os deixo sem
alimentação
Alheios fazem feio nos meios de
comunicação
Essas rádios que não divulgam os
trabalhos criados em
nossos estados
Ouvintes abitolados é o que produz
Contratos que pagam eventos forçados
com pratos sobre enlatados
Plágios sairão entalados com esse
cuscuz
Ao extremo venho ao terreno me
empenho em trampo agrônomo
Espremo tudo que tenho do engenho a
um campo autônomo
Juntos fazemos demos oxigênios
anônimos
E não gêmeos fenômenos homogêneos
homônimos
Caros exteriores agrários são os
criadores
Diários com seus labores contrários a
importação
São raros nossos autores amparo pra
agricultores
Calcários pra pensadores preparo pra
incitação
Sou côco e faço cocada embolada bolo
na hora
Minha fala é a bala de agora é de aurora
e de alvorada
Cortando o céu da estrada do nada eu
faço de tudo
Com a enxada aro esse mundo e no
estudo faço morada
Sou doce lá dos engenhos e venho com
essa doçura
Contenho poesia pura a fartura de rima
tenho
Desenho nossa cultura por cima e não
por de baixo
Não sabe o que é cabra macho? Me
apresento Rapadura
Espanco suas calças largas com vagas
para calouros
Estranha o som do Gonzaga a minha
sandália de couro
Que esmaga cigarras besouros mata nos
criadouros
Meu povo o maior tesouro amor
regional duradouro
Recito os ribeirinhos o Mara - baixo em
vivência
Um norte com essência não enxerga
essa concorrência
São tão iguais ouvi vários e achei que
era só um
Se no nordeste num tem grupo bom
Não tem em lugar nenhum, toma!
Refrão:
Êha! Ei! Nortista agarra essa causa
que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te
veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste
Êha! Ei! Nortista agarra essa causa
que trouxeste
Nordestino agarra a cultura que te
veste
Eu digo norte vocês dizem nordeste
Norte nordeste norte nordeste.
(Rapadura XC)
Nordeste Independente – Bráulio Tavares
Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
"Asa Branca" era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar
O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta
LENDA DA MANDIOCA
Em uma certa tribo indígena a filha do cacique ficou grávida. Quando o cacique
soube deste fato, ficou muito triste, pois seu maior sonho era que a sua filha se casasse
com um forte e ilustre guerreiro. No entanto, agora ela estava esperando um filho de um
desconhecido. À noite, o cacique sonhou que um homem branco aparecia a sua frente e
dizia para que ele não ficasse triste, pois sua filha não o havia enganado e que ela
continuava sendo pura. A partir deste dia, o cacique voltou a ser alegre e a tratar bem
sua filha. Algumas luas se passaram e a índia deu a luz a uma linda menina de pele
muito branca e delicada, que recebeu o nome de Mani . Mani era uma criança muito
inteligente e alegre, sendo muito querida por todos da tribo.
Um dia, em uma manhã ensolarada, Mani não acordou cedo como de costume.
Sua mãe foi acordá-la e a encontrou morta. A índia desesperada resolveu enterrá-la
dentro da maloca. Todos os dias a cova de Mani era regada pelas lágrimas saudosas de
sua mãe. Um dia, quando a mãe de Mani fora até a cova para regá-la novamente com
suas lágrimas, percebeu que uma bela planta havia nascido naquele local. Era uma
planta totalmente diferente das demais e desconhecida de todos os índios da floresta. A
mãe de Mani começou a cuidar desta plantinha com todo carinho, até que um dia
percebeu que a terra à sua volta apresentava rachaduras. A índia imaginou que sua filha
estava voltando à vida e, cheia de esperanças, começou a cavar a terra. Em lugar de sua
querida filhinha encontrou raízes muito grossas, brancas como o leite, que vieram a
tornar-se o alimento principal de todas as tribos indígenas. Em sua homenagem deram o
nome de MANDIOCA, que quer dizer Casa de Mani.
O PAPA-FIGO
Papa figo é uma figura lendária do
folclore brasileiro, conhecida principalmente
na Bahia.
Há relatos em que ele se parece com
uma pessoa normal; para outros, teria unhas de
ave de rapina, e orelhas e dentes de vampiro.
Ele matava meninos e meninas
mentirosos para chupar-lhes o sangue e
comer-lhes o fígado (daí o nome, corruptela de
papa-fígado). Isso porque ele sofria de uma doença rara (para alguns, o mal de Hansen,
o que explicaria sua aparência grotesca), e acreditava que sangue e fígado de crianças o
curariam. O mal de Hansen (também chamado de lepra) foi uma doença que matou
muita gente no início do século 20, talvez daí venha a lenda.
Outros relatos dão conta de que pessoas acometidas do mal de Chagas eram
confundidas com o papa-figo, por causa do inchaço em algumas partes do corpo e no
fígado.
O CORPO SANTO
Conta-se e garante-se que isso aconteceu no
Recife. Numa noite cheia de raios e trovões, caía
uma chuva forte. Alguém bateu à porta do
convento do Carmo. O porteiro abriu e deu de
cara com um velhinho a pedir algo, mas mandou-
o buscar outro lugar para dormir.
O velho foi embora, debaixo de chuva, desceu rua abaixo e foi bater à porta da
velha igreja de São Pedro, pedindo pousada ao sacristão, que não apenas permitiu, como
arranjou um lugar para ele na sacristia.
No dia seguinte, porém, qual não foi o espanto do sacristão: o velhinho tinha
desaparecido, e no lugar onde ele tinha passado a noite estava uma bela imagem do
Senhor Bom Jesus dos Passos. Nem é preciso dizer – o sacristão pôs-se a rezar. A
história correu rápida. O Senhor Bom Jesus dormiu na sacristia. Um culto à imagem
surgiu, mas os frades do convento, dizendo que o Bom Jesus tinha ido, em primeiro
lugar, pedir abrigo lá, quiseram ficar com ela, depois de repreender o porteiro.
Os padres da igreja não deixam, criando-se um conflito que acabou na justiça,
mas teve uma solução: a imagem ficaria em São Pedro, mas uma vez ao ano ela seria
levada para o convento.
E era por isso que, nos tempos remotos, na procissão dos Passos, a imagem do
Senhor do Corpo Santo era levada até o convento, de onde retornava para sua igreja.
DE ONDE VEIO O ALGODÃO
Nos primeiros tempos da criação, os índios eram muito atrasados. Não sabiam cultivar a
terra nem criar os animais, e só ficavam em cavernas ou no alto das árvores, com medo
dos bichos maiores. Um dia, porém, surgiu um grande chefe que se chamava Sacaibu.
Era sábio e levou seus companheiros para um lugar melhor, onde havia caça. Lá
construíram suas malocas.
Tupã foi mais além e lhe deu uma semente para que plantasse. Sacaibu obedeceu
logo, ficando à espera de que ela germinasse. Enquanto isso, andando pela região,
descobriu um grande abismo que todos queriam conhecer, mas não tinham condições de
descer até lá.
Nesses dias a planta dada por Tupã deu flores, que se transformaram depois em
muitos tufos brancos, os quais os índios, ainda aconselhados pelo grande deus, teceram,
deles fazendo cordas. Com elas desceram ao grande abismo que ali vivia um povo forte,
organizado e de grande cultura, que lhes ensinou os modos de cultivar a terra e os
animais, e a viver melhor, bem como a fazer roupas a outros utensílios com o produto
da semente de Tupã, o algodão.
COMADRE FLORZINHA (CUMADI FULOZINHA)
Comadre Fulozinha é uma personagem
mitológica do Nordeste brasileiro, o espírito
de uma cabocla de longos cabelos, ágil, que
vive na mata protegendo a natureza dos
caçadores, e gosta de ser agradada com
presentes, principalmente mingau, fumo e
mel.
Algumas pessoas a confundem com Caipora
(ou Caapora) ou Curupira. Tem personalidade
zombeteira, algumas vezes malvada, outras
vezes prestimosa.
Diz-se que corta violentamente com seu cabelo aqueles que a mata adentram sem levar
uma quantidade de fumo como oferenda e também lhes enrola a língua. Furtiva, seu
assovio se torna mais baixo quanto mais próxima ela estiver, parecendo estar distante.
Ela também gosta de fazer tranças e nós em crina e rabo de cavalo, que ninguém
consegue desfazer, somente ela, se for agradada com fumo e mel.
Diziam alguns que a Comadre Fulozinha era uma criança que se perdeu na mata quando
ainda era pequena, ela procurou o caminho de volta para sua casa mais não achou e
acabou morrendo, seu espirito passou a vagar pela floresta em busca do caminho de
volta para casa.
Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra
Criado em 1° de maio de 1986, na cidade de Campina Grande-PB, o Grupo de
Tradições populares Acauã da Serra, pertence à Universidade Estadual da Paraíba.
Tendo como coordenador o geógrafo e professor-mestre da UEPB Agnaldo Barbosa, e
como coreógrafo e dançarino, Roberto Gomes de Almeida, o grupo conta atualmente
com aproximadamente 40 componentes, entre dançarinos e músicos. Hoje o grupo é
sediado no Museu de Artes Assis Chateaubriand.
Ao longo de sua trajetória já participou de diversos festivais nacionais e internacionais a
convite do CIOFF(Conselho Internacional das Organizações dos Festivais Folclóricos) e
Pró-Locco.
Em Agrigento, na Ilha da Sicília-Itália, participou da abertura do Mundial de Ciclismo,
realizado no dia 27 de agosto de 1994. Em Marconia-Itália, recebeu o prêmio de 1º
lugar do Festival Italiano.
Em 2000 foi o premiado com o I Troféu Imprensa da Paraíba, promovido pelo
Sindicado Profissional dos Jornalistas da Paraíba. Em 2003, através da Assembléia
Legislativa do Estado da Paraíba, recebeu a Medalha Augusto dos Anjos, de autoria do
deputado e então presidente da assembléia Rômulo Gouveia.
Em 2004 esteve representando o Brasil no Festival Latino Americano Realizado em
Milão-Italia, com participação novamente em 2006 à convite do CIOFF, da folclorada
na Itália.
No Brasil, já participou de festivais diversos, a exemplo do Festival Brasileiro de
Folclore de Belém-PA, Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo-RS, Festival
do Folclore de Olímpia-SP, Festival Internacional de Folclore de Caruaru-PE.
Em agosto de 2007, a sede do grupo Acauã da Serra foi incendiada. Foi destruído no
episódio, grande parte das indumentárias, documentos, fotografias e arquivo histórico
do grupo. As suspeitas são de que os vândalos do Parque Evaldo Crus tenham causado a
tragédia, porém até hoje, ninguém foi punido.
Como consequência o Acauã da Serra viu-se obrigado a passar 3 anos sem realização de
espetáculos. Foi preciso buscar a reconstrução de tudo o que foi perdido. Agora o grupo
está de volta com o seu espetáculo “Raízes do Brasil”, tendo como objetivo principal
retomar a difusão da cultura brasileira.
DANÇAS FOLCLÓRICAS
XOTE
Xote (também escrito xótis, chote ou chótis) é um ritmo musical binário ou quaternário
e uma dança de salão de origem centroeuropeu. É um ritmo/dança muito executado no
forró.
De origem alemã, a palavra "xote" é corruptela de "schottisch", uma palavra alemã que
significa "escocesa", em referência à polca escocesa, tal como conhecida pelos
alemães.1 Conhecido atualmente em Portugal como [chotiça], o Schottisch foi levado
para o Brasil por José Maria Toussaint, em 18512 e tornou-se apreciado como dança da
elite no período do Segundo Reinado. Daí, quando os escravos negros aprenderam
alguns passos da dança, acrescentado sua maneira peculiar de bailado, o Schottisch caiu
no gosto popular, com o nome de "xótis" ou simplesmente 'xote'.
É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas, desde o
extremo sul do Brasil (o xote gaúcho), até no nordeste do país, nos forrós nordestinos.
Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para
dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da
música latino-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e
mambo.
Hoje em dia, o xote é um dos ritmos mais tocados e dançados em todo o Brasil.
BAIÃO
Baião é um ritmo de dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo
de lundu, denominado "baiano", de cujo nome é corruptela.1 O baião é um ritmo
musical nordestino, acompanhado de dança, muito popular na região nordeste e norte do
Brasil. Foi na década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos Luiz
Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”).
O baião utiliza muito os seguintes instrumentos musicais: viola caipira, sanfona,
triângulo, flauta doce e acordeom. Os sons destes instrumentos são intercalados ao
canto. A temática do baião é o cotidiano dos nordestinos e as dificuldades da vida. O
baião recebeu, na sua origem, influências das modas de viola, música caipira e também
de danças indígenas.
LUNDU
O lundu ou lundum é um gênero musical contemporâneo e uma dança brasileira de
natureza híbrida, criada a partir dos batuques dos escravos bantos trazidos ao Brasil de
Angola e de ritmos portugueses. Da África, o lundu herdou a base rítmica, uma certa
malemolência e seu aspecto lascivo, evidenciado pela umbigada, os rebolados e outros
gestos que imitam o ato sexual. Da Europa, o lundu, que é considerado por muitos o
primeiro ritmo afro-brasileiro, aproveitou características de danças ibéricas, como o
estalar dos dedos, e a melodia e a harmonia, além do acompanhamento instrumental do
bandolim.
XOTE BATIDO
É uma dança de salão, aristocrata, de origem alemã (schottisch), que penetrou em todas
as regiões do Brasil.
Desaparecendo do meio da alta sociedade, incorporou-se aos bailes populares e
regionais. No nordeste, xote, é uma dança obrigatória, sendo mais difundida na época
junina, a exemplo do camaleão e Araruna.
No Brasil, a mesma foi introduzida em 28 de Junho de 1851, no Campestre Clube e
cassinos do Rio de Janeiro, pelo prof. de danças JULES FOUSSANIT.
Seus passos caracterizam-se pela batida do pé ao ritmo da zabumba. Dança-se aos pares
alegremente numa variação de passos respeitando o desenho coreográfico, geralmente
em fileiras.
QUADRILHA
A quadrilha é uma contradança de origem holandesa com influência portuguesa, da ilha
de Açores, e também inglesa, que teve seu apogeu no seculo XVIII na França, onde
recebeu o nome de “Neitherse”, tornando-se popular nos salões aristocráticos e
burgueses do século XVII em todo o mundo ocidental.1
No Brasil, a quadrilha primeiro foi chamada de "Quadrilha de Arraiais", é parte das
comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases
enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com
as mesmas, no sentido Militar, colonial. Para alguns cientistas sociais, especialmente
antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento
evolucionista muito em voga principalmente mais tarde, pelas influências do século
XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada,
zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.
XAXADO
A palavra xaxado é uma onomatopeia do barulho xa-xa-xa, que os dançarinos fazem ao
arrastar as [alpercatas] no chão durante a dança.
Há controvérsias, sobre a origem do xaxado. Alguns pesquisadores, como Benjamin e
Camara_Cascudo, afirmam que é uma dança originária do alto Sertão de Pernambuco,
outros que ela tem sua origem em Portugal e alguns outros ainda dizem que sua origem
é indígena.
O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos cangaceiros,
notoriamente do bando de Lampião, no inicio dos anos 1920, em Vila Bela, atual Serra
Talhada. Na época, tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados
pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente masculina, por isso nunca foi
considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela época ainda não havia
mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em fila indiana, o da frente,
sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o restante do bando respondia em
coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando mortes de companheiros ou
enaltecendo suas aventuras e façanhas.
Originalmente a estrutura básica do xaxado é da seguinte forma: avança o pé direito em
três e quatro movimentos laterais e puxa o pé esquerdo, num rápido e deslizado
sapateado. Os passos estão relacionados com gestos de guerra, são graciosos porém
firmes. A presença feminina apareceu depois da inclusão de Maria Bonita e outras
mulheres ao bando de Lampião. A palavra do xaxado não era só por causa dos barulhos
das sandálias. O xaxado pode ser visto de varias maneiras de acordo com o seu ponto de
vista por exemplo: A dança do xaxado é vista uma dança rica em sua cultura e
extremamente folclórica que tem seus estilos naturais e sem alterações. Porém a sua
música seja agresiva e satiricas ,motivos pelo qual a Câmara Cascudo considerou o
xaxado com uma variante do parraxaxá, um canto de insulto dos cangaceiros,
executados nos intervalos das descargas de seus fuzis contra a polícia. O rifle na época
substituia a mulher, como dizia o cantor e compositor Luiz Gonzaga, um dos grandes
divulgadores do xaxado.O rifle é a dama. E seus instrumentos eram o pífano, zabumba,
triângulo e a sanfona.
COMÍCIO EM BECO ESTREITO
“Pra se fazer um comício
Em tempo de eleição
Não carece de arrodei
Nem dinheiro muito não
Basta um F-4000
Ou qualquer mei caminhão
Entalado em beco estreito
E um bandeirado má feito
Cruzando em dez posição.
Um locutor tabacudo
De converseiro comprido
Uns alto-falante rouco
Que espalhe o alarido
Microfone com flanela
Ou vermelha ou amarela
Conforme a cor do partido.
Uma ganbiarra véa
Banguela no acender
Quatro faixa de bramante
Escrito qualquer dizer
Dois pistom e um taró
Pode até ficar melhor
Uma torcida pra torcer
Aí é subir pra riba
Meia dúzia de corruto
Quatro babão, cinco puta
Uns oito capanga bruto
E acunhar na promessa
E a pisadinha é essa:
Três promessa por minuto.
Anunciar a chegança
Do corruto ganhador
Pedir o "V" da vitória
Dos dedo dos eleitor
E mandar que os vira-lata
Do bojo da passeata
Traga o home no andor.
Protegendo o monossílabo
De dedada e beliscão
A cavalo na cacunda
Chega o dono da eleição
Faz boca de fechecler
E nesse qué-ré-qué-qué
Vez por outra um foguetão.
Com voz de vento encanado
Com os viva dos babão
É só dizer que é mentira
Sua fama de ladrão
Falar dos roubo dos home
E tá ganha a eleição.
E terminada a campanha
Faturada a votação
Foda-se povo, pistom
Foda-se caminhão
Promessa, meta e programa...
É só mergulhar na Brahma
E curtir a posição.
Sendo um cabra despachudo
De politiquice quente
Batedorzão de carteira
Vigaristão competente
É só mandar pros otário
A foto num calendário
Bem família, bem decente:
Ele, um diabo sério, honrado
Ela, uma diaba influente
Bem vestido e bem posado
Até parecendo gente
Carregando a tiracolo
Sem pose, sem protocolo
Um diabozinho inocente".
(Jessier Quirino)
AGRURAS DA LATA D'ÁGUA
...E eu que fui enjeitada
Só porque era furada.
Me botaram um pau na boca,
Sabão grudaram no furo,
Me obrigaram a levar água
Muitas vezes pendurada,
Muitas vezes num jumento.
Era aquele sofrimento,
As juntas enferrujadas.
Fiquei com o fundo comido.
Quando pensei que tivesse
Minha batalha cumprido,
Um remendo me fizeram:
Tome madeira no fundo
E tome água e leva água,
E tome água e leva água.
Daí nasceu minha mágua:
O pau da boca caía,
Os beiços não resistiam.
Me fizeram um troca-troca:
Lá vem o fundo pra boca,
Lá vai o pau para o fundo.
Que trocado mais sem graça
Na frente de todo mundo.
E tome água e leva água
E tome água e leva água.
Já quase toda enfadada,
Provei lavagem de porco,
Ai mexeram de novo:
Botaram o pau na beirada.
E assim desconchavada,
Medi areia e cimento,
Carreguei muito concreto
Molhado duro e friento,
Sofri de peitos aberto,
Levei baque dei peitada.
Me amassaram as beiradas,
Cortaram minhas entranhas.
Lá fui eu assar castanha,
Fui por fim escancarada.
Servi de cocho de porco
Servi também de latada.
Se a coisa não complica,
Talvez eu seja uma bica
Pela próxima invernada.
E inverno é chuva, é água,
E eu encherei outras latas
Cumprindo minha jornada.
(Jessier Quirino)
MILONGA
Milonga é doidinho e vive catando coisinhas no chão, na cidade de São José do
Egito e ninguém (nem ele mesmo) lhe sabe o nome, ou de onde veio.
Mulato e baixinho, tem o tipo físico dos habitantes da zona canavieira de
Pernambuco, lugar de onde acham que ele veio. Solícito, não é homem para negar um
mandado a ninguém, por isso, um lhe dá a roupa outro a comida e assim vai tocando a
sua vida, debaixo da benevolência e da imensa piedade de Deus.
Otacílio era um rapaz ainda muito novo, quando morreu de um “sucesso”.
Uma “Lazarina” de cano fino, uma medida de chumbo seis, outra de pólvora
“Elefante”, duas buchas de corda bem vaquetadas, uma espoleta “Pica-pau”, e um
garrancho que bateu na queixa da espingarda, que era “muito doce” (espingarda doce é
aquela que dispara com muita facilidade e que a gente conduz com muito cuidado, nos
braços, assim como quem carrega roupa engomada), promoveram o tiro que lhe varou a
titela.
O que foi uma pena pois era um rapaz muito moço ainda.
Como ninguém tinha coragem de dar a notícia ao seu avô, já velhinho e morando
a uma certa distância, Milonga se encarregou de ser o emissário de tão triste novidade
.para o coitado que era louco pelo neto a quem chamava de Tercílio por que não
conseguia pronunciar-lhe o nome corretamente.
Lá vai Milonga cumprir a sua missão macabra... Encontra o velhinho, sentado
numa espreguiçadeira, na sala da casinha onde morava, conversando com as suas
“apragatas”, assuntando coisas da vida, sem importância.
Milonga, sem “arrodeios”, botou a cabeça na janela e foi logo anunciando a
tragédia:
– Seu Chiquinho, sabe Tercílio, seu neto ?
– Sim, o que foi que houve?
– Morreu! – Morreu dum tiro de espingarda, lá nele, bem na caixa dos peitos!
O pobre não se conteve:
– Ah meu Deus, meu neto morreu e eu não quero mais viver, eu quero ir junto
com ele!, Eu quero ir pro céu com ele!
Milonga, que a tudo assistia impassível, foi providencial:
– Apois "côide" logo, seu Chiquinho, que já tão fechando o caixão!
A DOR DE BARRIGA REPENTINA DO PREFEITO
Casa de prefeito em cidade pequena é a gota serena pra ser procurada. Tem delas
que o infeliz do gestor nem acorda e o povo já está na cozinha tomando cafezinho ou na
porta do quarto com um cigarro no bico. Às vezes os tristes até se sufocam com a
fumaça que entra pelas brechas da porta.
Geralmente aparecem aquelas pobres mulheres, raquíticas, de dentes furados,
cabelos maltratados, unhas sujas, há vários dias sem banho com um menino no braço
dando de mamar. Do interior do quarto mesmo de porta fechada escutam: - Vai peste
mama logo, porque daqui a pouco o prefeito acorda e eu não vou falar com ele dando de
mamar não! O pobre do inocente espia pra dita cuja cum uns butico de oi da bixiga lixa.
Aí a outra colega que está aguardando também o poderoso chefão, reclama: -
mulher num diz isso cum o inocente, o bichim tá cum fome. Ela dar uma tragada bem
forte no cigarro e responde: - basta, mais fome tô eu aqui que num tomei hoje nem um
gole de café. Mas também ninguém oferece uma gota de água não as miseráveis... Mas
também oh, língua essa minha!
Nisso, o menino começa a chorar porque ela guardou a peitica. Irritada a mãe
chama a atenção do bruguelo, por sinal feio que só a palavra teje preso: - Ô boba serena
ruim, cala boca se não eu quebro teus dentes, febrento! No quarto, aborrecida a primeira
dama reclama ao marido: - eu não acredito que essa gentalha já está aí tirando a
privacidade da gente. Manda essas desgraças pra prefeitura, é lá que você deve atender.
Já estou cheia desse entra e sai nesta casa.
Mas o que peste tem eu a ver com essas pobres mães de família? Pois bem, havia
numa cidade que eu não vou citar nome, mas o leitor deve interpretar e associar a quem
bem entender um prefeito arrogante da febe do rato. Poupeiro que só jumento ruim,
metido a importante e capcioso pra caramba... Ainda pro riba grosso que só papel de
enrolar prego.
Certa feita, duas mulheres resolveram ir à casa do dito cujo pedir uma ajuda para
comprar uns brebotos. Não deu outra. Meteram os pés na estrada e foram na esperança
de serem atendidas e colocarem alguma coisa no fogo, pois, já era quase meio dia. De
longe avistaram o prefeito sentado numa cadeira na maior tranqüilidade. Quando se
aproximaram, notaram o brutongo saindo às carreiras para o interior da casa.
Imediatamente o homi tomou Doril. Ora, sumiu...
Aí uma delas sem saber do que se tratava indignada virada num maribondo doido
pra dar uma ferruada no rabo de um cristão falou: - oi a peste muié, bem que disseram
que esse mardito num gosta de pobre. Pia, o infiteto assim que viu a gente correu,
parecia um relâmpago, desapareceu num minuto. A outra respondeu: - eu te disse que
muita gente falava que esse desgramado é ruim que só a gangrena. Sorte nossa porque
ele correu, pior é se ficasse aí você ia ver o cão chupando manga. O bicho ia dar tanta
poupa que você ia descer aqui virada na molesta. Aí veio a decisão. - Sendo assim
muiézinha vamos embora, melhor do que levar esporro. As duas desceram a rampa
fumaçando e bufando de raiva.
Mas o cabra quando pega uma má impressão é a brucuta mesmo! Deixa que o
infeliz do prefeito por coincidência naquele momento sentiu uma dor forte na barriga e
teve que correr as pressas para o cagador, de luxo claro. Mas também tem uma coisa, a
merda dele fede igual à de um pobre, ou quem sabe até pior. Dizem as más línguas que
é bem pior, já que essas pestes só comem enlatados, com preguiça de cozinhar e mais
ainda de gastar gás de cozinha.
Quando saiu do banheiro, depois da caganeira repentina, o homem 100%
ingnorantiun, perguntou a uma das pessoas que estava na proximidade: - cadê aquelas
duas mulheres que vinham quando eu corri para o banheiro? Alguém respondeu: -
saíram prefeito, inclusive lamentando a sua ausência repentina. Logo, esse pobre
alguém ouviu as dóceis palavras do bichão: - mas agora sim, eu vou deixar de fazer
minhas necessidades biológicas pra tá atendendo o povo, quem quiser que me procure
na prefeitura.
Moral da história: “Quando o camarada ganha uma fama, por mais que esteja certo,
há de alguém divergir ou duvidar”.
NÓIS TAMO É LASCADO!
Dois matutos de Monteiro no Cariri paraibano, cansados da seca e das promessas
dos políticos, decidiram tentar a vida em uma cidade grande. Venderam o burro, o
jumento e o cavalo e na esperança de um dia voltar, rumaram para o Rio de Janeiro.
Chegando lá, por sorte, arranjaram empregos de serventes em uma pequena
construção, o salário era pequeno mal dava para sobreviver e raramente sobravam
alguns trocados para enviarem para aos familiares na Paraíba.
Durante o período do carnaval dois árabes, fazendo turismo no Rio, passaram em
frente à obra e viram os paraibanos de enxadas nas mãos, mexendo areia e cimento. O
sol estava escaldante e os nordestinos suavam até pela ponta do nariz. Os turistas se
aproximaram e admirados de tanta bravura, perguntaram quais os salários dos dois. Eles
informaram que ganhavam o salário mínimo e que era muito pouco.
Os turistas, perguntaram se eles não aceitavam ir morar na Arábia Saudita e
trabalhar lá recebendo salários mais justos. Os paraibanos esclareceram que não seria
possível viajar para um lugar tão longe, pois faltava o dinheiro das passagens. Os árabes
afirmaram que isto não seria um problema já que os mesmos estavam de avião
particular e daria para levar os dois.
Depois do carnaval e após uma prece ao Padim Pade Ciço, os nossos irmãos
embarcaram para mais uma aventura. Quando o avião estava sobrevoando o deserto do
Saara, apresentou uma pane, sendo necessário um pouso não programado.
Um dos paraibanos desceu do avião, olhou em frente só viu areia, do lado direito
areia, do lado esquerdo e na parte de trás também só se via areia e ai ele com ar de
preocupação virou-se para o companheiro e falou: SEVERINO, NÓIS TAMO É
LASCADO QUANDO CHEGAR O CIMENTO!
Agora que já vimos Lendas e Causos, vamos conceituar esses
gêneros tão divertidos?!
LENDA
Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos
tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com
fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana.
Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente
fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm
explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou
sobrenaturais. Podemos entender que lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o
dito popular "Quem conta um conto aumenta um ponto", as lendas, pelo fato de serem
repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo
recontadas.
Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na
origem do povo brasileiro. Devemos levar em conta que uma lenda não significa uma
mentira, nem tão pouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma
história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das
pessoas, ela deve ter no mínimo uma parcela de fatos verídicos.
Muitos pesquisadores, historiadores, ou folcloristas, afirmam que as lendas são
apenas frutos da imaginação popular, porém como sabemos as lendas em muitos povos
são "os livros na memória dos mais sábios".
CAUSO
Causo é uma história (representando fatos verídicos ou não), contada de forma
engraçada, com objetivo lúdico. Muitas vezes apresentam-se com rimas, trabalhando
assim a sonoridade das palavras. São conhecidos também como causos populares e já
fazem parte do folclore brasileiro.
A fantástica construção do nordestino Seu Lunga
(Ester de Carvalho Lindoso)
Joaquim dos Santos Rodrigues: o homem seu Lunga
Seu Lunga é apenas o apelido de Joaquim dos Santos Rodrigues. As piadas sobre
ele escondem atrás da personagem o homem real, nascido em Caririaçu, fronteira Norte
de Juazeiro, em 18 de Agosto de 1928. Viveu a infância com os pais e mais sete irmãos,
"no meio dos matos,"afastado da cidade. O apelido lhe acompanha desde esta época,
quando uma vizinha de sua família, que ele só identifica como preta velha, começou a
lhe chamar de Calunga, que virou Lunga e pegou.
O homem mais zangado do mundo: personagem seu Lunga
A fama da rudeza do seu Lunga, "o homem mais zangado do mundo," corre o
Ceará de norte a sul, nas historietas engraçadas contadas nas mesas de bar, nas rodas de
amigos, nos ônibus, nos versos do cordelista.
O único que não ri dessas piadas é seu Lunga. Para ele, o que andam contando a
seu respeito é invencionice. Mas ao mesmo tempo que ele nega a veracidade das
histórias, seu Lunga reconhece uma origem para elas. É que ele "não faz por menos,"
isto é, se perguntou errado, tem a resposta que merece. Essa é sua grande queixa com
relação aos brasileiros e seu principal discurso regular, isto é, aqui e ali ele retorna a
essa argumentação. É como se ele quisesse se justificar de sua grosseria.
CAUSOS POPULARES DO SEU LUNGA
Seu Lunga é o cabra mais ignorante do mundo. Ele não tem muita paciência com nada.
Aqui no Nordeste, sua fama se espalha devido a histórias como essas:
O cuscuz
Estava na hora do jantar então seu lunga falou pra empregada:
- Maria traga o leite. ai ela trouxe o leite.então seu lunga disse :
- Maria traga o cuscuz.aí ela trouxe o cuscuz.
Então seu lunga despejou um pouco de leite no cuscuz aí o cuscuz chupou o leite aí seu
lunga olhou desconfiado e colocou mais leite no cuscuz então o cuscuz chupou o leite
de novo então seu lunga já arretado pegou o prato com o cuscuz, jogou no rio e disse:
- Chupa isso ai agora, seu misera!!!!
Goteiras
Lunga estava tirando goteiras, defeitos das telhas de sua casa, um curioso passou e
perguntou: Tá tirando as goteiras seu Lunga? Ele responde: Tô não, tô é fazendo - e ai
saiu feito louco a quebrar as telhas.
A pêia
Uma certa vez dando uma surra em um dos seus filhos, quando ainda pequeno o menino
gritava: Tá bom pai, tá bom pai, pelo amor de deus, tá bom!!!!! Lunga responde: Tá
bom? Que legal! Pois quando tiver ruim diga que eu paro.
Seu Lunga: o comerciante
No seu comércio de sucata, ele também vende outros produtos dependendo da ocasião.
Uma vez tinha uma saca de arroz e um romeiro perguntou: Seu Lunga como tá o arroz?
Ele respondeu: Tá cru!!!!!!
Um outro parou pra comprar uns ovos que tinha exposto. Pegava cada ovo e balançava
perto do ouvido, um a um, quando lá ia pelos 6, 7 ovos, Lunga disse: Pare, pare, pare,
que chocalho tem é no mercado, pode sair.
Então devolva!
Numa madrugada dessas, a mulher de Lunga teve um mal-estar, e gemendo acordou o
marido:
- Lunguinha, Lunguinha, ta me dando uma coisa aqui...
- Então receba
- Mas Lunga, é uma coisa ruim...
- Então devolva!
Veneno de Rato
Seu Lunga entrando em uma loja:
- Tem veneno pra rato?
- Tem! Vai levar? - Pergunta o balconista.
- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!!! - responde seu Lunga.
A coceira
Seu Lunga resolve andar um pouco e sai com seu chapéu grande e antigo. Durante sua
caminhada ele resolve coçar a cabeça sem tirar o chapéu, então uma conhecida dele
pergunta:
-Oxe seu Lunga, num tira o chapéu pra coçar o cabelo não é?
Seu Lunga então responde:
-E a senhorita tira a calcinha pra coçar o tabaco?
Esse ônibus vai pra praia?
O Seu Lunga consegue um emprego de motorista de ônibus. No primeiro dia de
trabalho, já no final do dia, ele para o ônibus em um ponto. E uma mulher pergunta:
- Motorista, esse ônibus vai para a praia?
E o Seu Lunga responde:
- Se você conseguir um biquini que dê nele...
O café
O Seu Lunga estava em casa e resolveu tomar um café:
- Mulher! Traz um café!
- É pra trazer na xícara?
- Não! Joga no chão e traz com o rodo!
Vai tomar um leitinho?
Seu Lunga vinha chegando em sua casa com 1 litro de leite, quando uma pessoa
perguntou:
-Seu Lunga, vai tomar um leitinho?
-Não, é pra lavar a calçada.
Ele pegou, e jogou o leite na calçada.
O limão
Seu Lunga tava cortando uns limões, quando passa sua mulher e pergunta:
-Esse limão é pra fazer suco?
-Não, é pra eu usar de colírio!
Outro dia, estava chupando limão, quando cai um pouco no olho, quando passa alguém
e pergunta:
-Ardeu, Seu Lunga?
-Não, mas vai arder é agora – Disse espremendo limão nos olhos.
Os ovos
Seu Lunga estava no mercado com uma caixa de ovos. Daí perguntaram a ele:
- Comprando ovos Seu Lunga?
Dai Seu Lunga responde - Não - jogando um por um no chão - É traque!!!
A sopa
Seu Lunga estava num restaurante tomando sopa quando perguntam pra ele:
-Tomando sopa, hein, Seu Lunga?
E seu Lunga responde levantando o prato de sopa e derramando em cima dele mesmo
-Não, To tomando é banho!!!!!!
A porca
Um sujeito foi até a loja do Seu Lunga e pediu uma porca de determinado tamanho, seu
Lunga respondeu:
- Procure naquela caixa.
E o sujeito começou a procurar e no meio de tantas peças nada de ele conseguir achar a
porca que ele queria, então exausto falou para Seu Lunga:
- Seu Lunga, não consegui achar a porca...
Indignado, Seu Lunga foi até a caixa, procurou a tal porca e a achou, então virou-se para
o rapaz e respondeu:
- Eu não te disse que a porca tava aqui fi duma égua!!! - e jogando a porca novamente
na caixa e misturando com as outras peças diz - agora procura de novo direito que você
acha!!!
É aquele ali!!!!
O filho do Seu Lunga jogava futebol em um clube local, e um dia Seu Lunga foi assistir
a um jogo de seu filho no estádio, e o sujeito sentado ao lado pergunta:
- Seu Lunga, qual dos jogadores ali é o seu filho.
Seu Lunga aponta e diz:
- É aquele ali...
- Aquele qual?
- Aquele ali!!!!
- Não tô vendo...
Então Seu Lunga "P" da vida pega uma pedra, joga em cima de seu filho e diz:
- É aquele alí que começou a chorar!!!
Sabe nadar?
Seu Lunga, quando jovem, se apresentou à marinha para a entrevista:
Você sabe nadar? Pergunta o oficial.
-Sei não senhor.
-Mas se não sabe nadar, como é que quer servir à marinha?
-Quer dizer que se eu fosse pra aeronáutica, tinha que saber voar????
Na farmácia
Seu Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta:
Ta doente, seu Lunga?
- Quer dizer que seu fosse saindo do cemitério eu tava morto????
O relógio
Entra um sujeito na sucata de Seu Lunga, escolhe um relógio um pouco velho e
pergunta:
- Seu Lunga, esse relógio presta pra tomar banho?
- Eu prefiro um sabonete – Responde Seu Lunga.
A identidade
Seu lunga foi pegar um ônibus. O motorista, então, pede sua carteira de identidade...
Vendo sua carteira de identidade, o motorista diz:
- Essa carteira não é sua!
Seu lunga responde:
-E esse ônibus é seu?
AGORA VOCÊ É O AUTOR!
Leia com atenção o causo a seguir e a partir da leitura e de tudo o que
vimos nas aulas anteriores, elabore seu causo!
Estão preparados?!
Então... mão à obra!
ESSE SEU ZEZIM!!!
Parece que quando estamos mais apressados, aí é que aparece gente não sei de
onde para nos atrasar mais ainda. Foi o que aconteceu com Lilica.
Rapaz, Lilica saía de casa toda terça e toda quinta e ninguém sabia para onde,
tinha gente que ficava só olhando. Besteira deles! ninguém nunca lhe perguntava nada!
Mas, sempre tem aquele dia em que tudo o que não pode acontecer, acontece. Pois
bem, próximo à casa de Lilica morava um senhor chamado José, era o famoso Zezim, o
povo o chamava assim porque tudo no mundo ele queria saber, tim tim por tim tim.
Nesse dia, seu Zezim apareceu na frente de Lilica num alvoroço danado e perguntou:
- Minha fia, o que você tanto faz? Dizem as más línguas, não é o meu caso, que
você vai pra um tal de B. A. R., isso é verdade?!
Lilica riu e foi explicando que B. A. R. era o nome de um projeto que ela
participava e que já estava atrasada, porque nesse dia faria uma atividade importante
com os alunos, juntamente com suas colegas. E quem disse que seu Zezim entendeu?!
- Mas, minha fia, o B. A. R. que eu conheço é outro e só tem um. E que atividade
é essa?
Ô estresse viu! Lilica para ser educada, disse:
- Seu Zezim, o senhor já ouviu falar em causos populares?
- Se já?! eu gostava demais de escutar do meu pai quando era bem pequenininho.
Era bom demais!
- Pois é seu Zezim, hoje é o dia em que os alunos vão produzir os seus próprios
causos populares. Não é BACANA?!
Seu Zezim pensou um pouco e disse:
- Tá certo minha fia, vá em paz fazer seu trabalho.
Quando Lilica saiu, seu Zezim ficou pensando alto:
- Pense num negócio mal contado foi essa história de B. A. R.! Repare "mermo":
BACANA = B. A. R. + CANA. Vôte!!!
Mãos à obra!
Aluno (a):
 Releia atentamente o seu texto e, a partir das observações feitas e discutidas em sala, reescreva
o seu causo.
Título:
01
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18
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20
21
22
23
24
Reescrever é sobreviver!
Aluno (a):
01
02
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Módulo Folclore

  • 1. PIBIDPrograma de Iniciação à Docência PROJETO BASE ARTÍSTICA E REFLEXIVA PROFESSORAS: BRUNA MARIA, DÉBORAH CORREIA, GORETTE ANDRADE, HAIANY LEÔNCIO, STEFANIE NASCIMENTO MÓDULO III FOLCLORE NORDESTINO ALUNO:____________________________________________________
  • 2. NORTE NORDESTE ME VESTE O Nordeste é poesia, Deus quando fez o mundo Fez tudo com primazia, Formando o céu e a Terra Cobertos com fantasia. Para o Sul deu a riqueza, Para o Planalto a beleza E ao Nordeste a poesia. (trecho de Patativa do Assaré). Rasgo de leste a oeste como peste do sul ao sudeste Sou rap agreste norte-nordeste epiderme veste Arranco roupas das verdades poucas das imagens foscas Partindo pratos e bocas com tapas mato essas moscas Toma! Eu meto lacres com backs derramo frases ataques Atiro charques nas bases dos meus sotaques Oxe! Querem entupir nossos fones a repetirem nomes Reproduzindo seus clones se afastem dos microfones Trazem um nível baixo, para singles fracos, astros de cadastros Não sigo seus rastros, negados padrastos Cidade negada como madrasta, enteados já não arrasta Esses órfãos com precatas, basta! Ninguém mais empata Meto meu chapéu de palha sigo pra batalha Com força agarro a enxada se crava em minhas mortalhas Tive que correr mais que vocês pra alcançar minha vez Garra com nitidez rigidez me fez monstro camponês Exerce influência, tendência, em vivência em crenças destinos
  • 3. Se assumam são clandestinos se negam não nordestinos Vergonha do que são, produção sem expressão própria Se afastem da criação morrerão por que são cópias Não vejo cabra da peste só carioca e paulista Só frestyleiro em nordeste não querem ser repentistas Rejeitam xilogravura o cordel que é literatura Quem não tem cultura jamais vai saber o que é Rapadura Foram nossas mãos que levantaram os concretos os prédios Os tetos os manifestos, não quero mais intermédios Eu quero acesso direto às rádios palcos abertos Inovar em projetos protestos arremesso fetos Escuta! A cidade só existe por que viemos antes Na dor desses retirantes com suor e sangue imigrante Rapadura eu venho do engenho rasgo os canaviais Meto o norte nordeste o povo no topo dos festivais, toma! Refrão: Êha! Ei! Nortista agarra essa causa que trouxeste Nordestino agarra a cultura que te veste Eu digo norte vocês dizem nordeste Norte nordeste norte nordeste Êha! Hei! Nortista agarra essa causa que trouxeste Nordestino agarra a cultura que te veste Eu digo norte vocês dizem nordeste Norte nordeste norte nordeste POESIA: MINHAS IRMÃS, MEUS IRMÃOS, OXE! SE ASSUMAM COMO REALMENTE SÃO NÃO DEIXEM QUE SUAS MATRIZES, QUE SUAS RAIZES MORRAM POR FALTA DE IRRIGAÇÃO SER NORTISTA & NORDESTINO MEUS CONTERRÂNEOS NUM É SER SECO NEM LITORÂNEO É TER EM NOSSAS MÃOS UM DESTINO NUNCA CLANDESTINO PARA OS DESFECHOS METROPOLITANOS.
  • 4. Devasto as galerias tão frias cuspo grafias em vias Espalho crias nas linhas trilhas discografias Arrasto lp?s, Ep?s CDs, DVDs Cachês, Clichês, Surdez, vocês? Não desta vez! Esmago boicotes com estrofes em portes cortes nos Flogs Poetas pobres em montes dão choques em hip pops Versos ferozes em vozes dão mortes aos tops blogs Repente forte do norte sacode em trotes galopes Meto a fita embolada do engenho em bilhetes de states Dou breaks em fakes enfeites cacete nas mix tapes Bloqueio esses eixos os deixo sem alimentação Alheios fazem feio nos meios de comunicação Essas rádios que não divulgam os trabalhos criados em nossos estados Ouvintes abitolados é o que produz Contratos que pagam eventos forçados com pratos sobre enlatados Plágios sairão entalados com esse cuscuz Ao extremo venho ao terreno me empenho em trampo agrônomo Espremo tudo que tenho do engenho a um campo autônomo Juntos fazemos demos oxigênios anônimos E não gêmeos fenômenos homogêneos homônimos Caros exteriores agrários são os criadores Diários com seus labores contrários a importação São raros nossos autores amparo pra agricultores Calcários pra pensadores preparo pra incitação Sou côco e faço cocada embolada bolo na hora Minha fala é a bala de agora é de aurora e de alvorada Cortando o céu da estrada do nada eu faço de tudo Com a enxada aro esse mundo e no estudo faço morada Sou doce lá dos engenhos e venho com essa doçura Contenho poesia pura a fartura de rima tenho Desenho nossa cultura por cima e não por de baixo Não sabe o que é cabra macho? Me apresento Rapadura
  • 5. Espanco suas calças largas com vagas para calouros Estranha o som do Gonzaga a minha sandália de couro Que esmaga cigarras besouros mata nos criadouros Meu povo o maior tesouro amor regional duradouro Recito os ribeirinhos o Mara - baixo em vivência Um norte com essência não enxerga essa concorrência São tão iguais ouvi vários e achei que era só um Se no nordeste num tem grupo bom Não tem em lugar nenhum, toma! Refrão: Êha! Ei! Nortista agarra essa causa que trouxeste Nordestino agarra a cultura que te veste Eu digo norte vocês dizem nordeste Norte nordeste norte nordeste Êha! Ei! Nortista agarra essa causa que trouxeste Nordestino agarra a cultura que te veste Eu digo norte vocês dizem nordeste Norte nordeste norte nordeste. (Rapadura XC) Nordeste Independente – Bráulio Tavares Já que existe no sul esse conceito Que o nordeste é ruim, seco e ingrato Já que existe a separação de fato É preciso torná-la de direito Quando um dia qualquer isso for feito Todos dois vão lucrar imensamente Começando uma vida diferente De que a gente até hoje tem vivido Imagina o Brasil ser dividido E o nordeste ficar independente Dividindo a partir de Salvador O nordeste seria outro país Vigoroso, leal, rico e feliz Sem dever a ninguém no exterior Jangadeiro seria o senador O cassaco de roça era o suplente Cantador de viola o presidente O vaqueiro era o líder do partido Imagina o Brasil ser dividido E o nordeste ficar independente Em Recife o distrito industrial O idioma ia ser nordestinense A bandeira de renda cearense "Asa Branca" era o hino nacional
  • 6. O folheto era o símbolo oficial A moeda, o tostão de antigamente Conselheiro seria o inconfidente Lampião, o herói inesquecido Imagina o Brasil ser dividido E o nordeste ficar independente O Brasil ia ter de importar Do nordeste algodão, cana, caju Carnaúba, laranja, babaçu Abacaxi e o sal de cozinhar O arroz, o agave do lugar O petróleo, a cebola, o aguardente O nordeste é auto-suficiente O seu lucro seria garantido Imagina o Brasil ser dividido E o nordeste ficar independente Se isso aí se tornar realidade E alguém do Brasil nos visitar Nesse nosso país vai encontrar Confiança, respeito e amizade Tem o pão repartido na metade, Temo prato na mesa, a cama quente Brasileiro será irmão da gente Vai pra lá que será bem recebido Imagina o Brasil ser dividido E o nordeste ficar independente Eu não quero, com isso, que vocês Imaginem que eu tento ser grosseiro Pois se lembrem que o povo brasileiro É amigo do povo português Se um dia a separação se fez Todos os dois se respeitam no presente Se isso aí já deu certo antigamente Nesse exemplo concreto e conhecido Imagina o Brasil ser dividido E o nordeste ficar independente Povo do meu Brasil Políticos brasileiros
  • 7. Não pensem que vocês nos enganam Porque nosso povo não é besta LENDA DA MANDIOCA Em uma certa tribo indígena a filha do cacique ficou grávida. Quando o cacique soube deste fato, ficou muito triste, pois seu maior sonho era que a sua filha se casasse com um forte e ilustre guerreiro. No entanto, agora ela estava esperando um filho de um desconhecido. À noite, o cacique sonhou que um homem branco aparecia a sua frente e dizia para que ele não ficasse triste, pois sua filha não o havia enganado e que ela continuava sendo pura. A partir deste dia, o cacique voltou a ser alegre e a tratar bem sua filha. Algumas luas se passaram e a índia deu a luz a uma linda menina de pele muito branca e delicada, que recebeu o nome de Mani . Mani era uma criança muito inteligente e alegre, sendo muito querida por todos da tribo. Um dia, em uma manhã ensolarada, Mani não acordou cedo como de costume. Sua mãe foi acordá-la e a encontrou morta. A índia desesperada resolveu enterrá-la dentro da maloca. Todos os dias a cova de Mani era regada pelas lágrimas saudosas de sua mãe. Um dia, quando a mãe de Mani fora até a cova para regá-la novamente com suas lágrimas, percebeu que uma bela planta havia nascido naquele local. Era uma planta totalmente diferente das demais e desconhecida de todos os índios da floresta. A mãe de Mani começou a cuidar desta plantinha com todo carinho, até que um dia percebeu que a terra à sua volta apresentava rachaduras. A índia imaginou que sua filha estava voltando à vida e, cheia de esperanças, começou a cavar a terra. Em lugar de sua querida filhinha encontrou raízes muito grossas, brancas como o leite, que vieram a
  • 8. tornar-se o alimento principal de todas as tribos indígenas. Em sua homenagem deram o nome de MANDIOCA, que quer dizer Casa de Mani. O PAPA-FIGO Papa figo é uma figura lendária do folclore brasileiro, conhecida principalmente na Bahia. Há relatos em que ele se parece com uma pessoa normal; para outros, teria unhas de ave de rapina, e orelhas e dentes de vampiro. Ele matava meninos e meninas mentirosos para chupar-lhes o sangue e comer-lhes o fígado (daí o nome, corruptela de papa-fígado). Isso porque ele sofria de uma doença rara (para alguns, o mal de Hansen, o que explicaria sua aparência grotesca), e acreditava que sangue e fígado de crianças o curariam. O mal de Hansen (também chamado de lepra) foi uma doença que matou muita gente no início do século 20, talvez daí venha a lenda. Outros relatos dão conta de que pessoas acometidas do mal de Chagas eram confundidas com o papa-figo, por causa do inchaço em algumas partes do corpo e no fígado. O CORPO SANTO Conta-se e garante-se que isso aconteceu no Recife. Numa noite cheia de raios e trovões, caía uma chuva forte. Alguém bateu à porta do convento do Carmo. O porteiro abriu e deu de cara com um velhinho a pedir algo, mas mandou- o buscar outro lugar para dormir.
  • 9. O velho foi embora, debaixo de chuva, desceu rua abaixo e foi bater à porta da velha igreja de São Pedro, pedindo pousada ao sacristão, que não apenas permitiu, como arranjou um lugar para ele na sacristia. No dia seguinte, porém, qual não foi o espanto do sacristão: o velhinho tinha desaparecido, e no lugar onde ele tinha passado a noite estava uma bela imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos. Nem é preciso dizer – o sacristão pôs-se a rezar. A história correu rápida. O Senhor Bom Jesus dormiu na sacristia. Um culto à imagem surgiu, mas os frades do convento, dizendo que o Bom Jesus tinha ido, em primeiro lugar, pedir abrigo lá, quiseram ficar com ela, depois de repreender o porteiro. Os padres da igreja não deixam, criando-se um conflito que acabou na justiça, mas teve uma solução: a imagem ficaria em São Pedro, mas uma vez ao ano ela seria levada para o convento. E era por isso que, nos tempos remotos, na procissão dos Passos, a imagem do Senhor do Corpo Santo era levada até o convento, de onde retornava para sua igreja. DE ONDE VEIO O ALGODÃO Nos primeiros tempos da criação, os índios eram muito atrasados. Não sabiam cultivar a terra nem criar os animais, e só ficavam em cavernas ou no alto das árvores, com medo dos bichos maiores. Um dia, porém, surgiu um grande chefe que se chamava Sacaibu.
  • 10. Era sábio e levou seus companheiros para um lugar melhor, onde havia caça. Lá construíram suas malocas. Tupã foi mais além e lhe deu uma semente para que plantasse. Sacaibu obedeceu logo, ficando à espera de que ela germinasse. Enquanto isso, andando pela região, descobriu um grande abismo que todos queriam conhecer, mas não tinham condições de descer até lá. Nesses dias a planta dada por Tupã deu flores, que se transformaram depois em muitos tufos brancos, os quais os índios, ainda aconselhados pelo grande deus, teceram, deles fazendo cordas. Com elas desceram ao grande abismo que ali vivia um povo forte, organizado e de grande cultura, que lhes ensinou os modos de cultivar a terra e os animais, e a viver melhor, bem como a fazer roupas a outros utensílios com o produto da semente de Tupã, o algodão. COMADRE FLORZINHA (CUMADI FULOZINHA) Comadre Fulozinha é uma personagem mitológica do Nordeste brasileiro, o espírito de uma cabocla de longos cabelos, ágil, que vive na mata protegendo a natureza dos caçadores, e gosta de ser agradada com presentes, principalmente mingau, fumo e mel. Algumas pessoas a confundem com Caipora (ou Caapora) ou Curupira. Tem personalidade zombeteira, algumas vezes malvada, outras vezes prestimosa. Diz-se que corta violentamente com seu cabelo aqueles que a mata adentram sem levar uma quantidade de fumo como oferenda e também lhes enrola a língua. Furtiva, seu assovio se torna mais baixo quanto mais próxima ela estiver, parecendo estar distante. Ela também gosta de fazer tranças e nós em crina e rabo de cavalo, que ninguém consegue desfazer, somente ela, se for agradada com fumo e mel.
  • 11. Diziam alguns que a Comadre Fulozinha era uma criança que se perdeu na mata quando ainda era pequena, ela procurou o caminho de volta para sua casa mais não achou e acabou morrendo, seu espirito passou a vagar pela floresta em busca do caminho de volta para casa. Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra Criado em 1° de maio de 1986, na cidade de Campina Grande-PB, o Grupo de Tradições populares Acauã da Serra, pertence à Universidade Estadual da Paraíba. Tendo como coordenador o geógrafo e professor-mestre da UEPB Agnaldo Barbosa, e como coreógrafo e dançarino, Roberto Gomes de Almeida, o grupo conta atualmente com aproximadamente 40 componentes, entre dançarinos e músicos. Hoje o grupo é sediado no Museu de Artes Assis Chateaubriand.
  • 12. Ao longo de sua trajetória já participou de diversos festivais nacionais e internacionais a convite do CIOFF(Conselho Internacional das Organizações dos Festivais Folclóricos) e Pró-Locco. Em Agrigento, na Ilha da Sicília-Itália, participou da abertura do Mundial de Ciclismo, realizado no dia 27 de agosto de 1994. Em Marconia-Itália, recebeu o prêmio de 1º lugar do Festival Italiano. Em 2000 foi o premiado com o I Troféu Imprensa da Paraíba, promovido pelo Sindicado Profissional dos Jornalistas da Paraíba. Em 2003, através da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, recebeu a Medalha Augusto dos Anjos, de autoria do deputado e então presidente da assembléia Rômulo Gouveia. Em 2004 esteve representando o Brasil no Festival Latino Americano Realizado em Milão-Italia, com participação novamente em 2006 à convite do CIOFF, da folclorada na Itália. No Brasil, já participou de festivais diversos, a exemplo do Festival Brasileiro de Folclore de Belém-PA, Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo-RS, Festival do Folclore de Olímpia-SP, Festival Internacional de Folclore de Caruaru-PE. Em agosto de 2007, a sede do grupo Acauã da Serra foi incendiada. Foi destruído no episódio, grande parte das indumentárias, documentos, fotografias e arquivo histórico do grupo. As suspeitas são de que os vândalos do Parque Evaldo Crus tenham causado a tragédia, porém até hoje, ninguém foi punido. Como consequência o Acauã da Serra viu-se obrigado a passar 3 anos sem realização de espetáculos. Foi preciso buscar a reconstrução de tudo o que foi perdido. Agora o grupo está de volta com o seu espetáculo “Raízes do Brasil”, tendo como objetivo principal retomar a difusão da cultura brasileira. DANÇAS FOLCLÓRICAS XOTE
  • 13. Xote (também escrito xótis, chote ou chótis) é um ritmo musical binário ou quaternário e uma dança de salão de origem centroeuropeu. É um ritmo/dança muito executado no forró. De origem alemã, a palavra "xote" é corruptela de "schottisch", uma palavra alemã que significa "escocesa", em referência à polca escocesa, tal como conhecida pelos alemães.1 Conhecido atualmente em Portugal como [chotiça], o Schottisch foi levado para o Brasil por José Maria Toussaint, em 18512 e tornou-se apreciado como dança da elite no período do Segundo Reinado. Daí, quando os escravos negros aprenderam alguns passos da dança, acrescentado sua maneira peculiar de bailado, o Schottisch caiu no gosto popular, com o nome de "xótis" ou simplesmente 'xote'. É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas, desde o extremo sul do Brasil (o xote gaúcho), até no nordeste do país, nos forrós nordestinos. Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da música latino-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e mambo. Hoje em dia, o xote é um dos ritmos mais tocados e dançados em todo o Brasil. BAIÃO Baião é um ritmo de dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo de lundu, denominado "baiano", de cujo nome é corruptela.1 O baião é um ritmo musical nordestino, acompanhado de dança, muito popular na região nordeste e norte do Brasil. Foi na década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”). O baião utiliza muito os seguintes instrumentos musicais: viola caipira, sanfona, triângulo, flauta doce e acordeom. Os sons destes instrumentos são intercalados ao canto. A temática do baião é o cotidiano dos nordestinos e as dificuldades da vida. O baião recebeu, na sua origem, influências das modas de viola, música caipira e também de danças indígenas. LUNDU
  • 14. O lundu ou lundum é um gênero musical contemporâneo e uma dança brasileira de natureza híbrida, criada a partir dos batuques dos escravos bantos trazidos ao Brasil de Angola e de ritmos portugueses. Da África, o lundu herdou a base rítmica, uma certa malemolência e seu aspecto lascivo, evidenciado pela umbigada, os rebolados e outros gestos que imitam o ato sexual. Da Europa, o lundu, que é considerado por muitos o primeiro ritmo afro-brasileiro, aproveitou características de danças ibéricas, como o estalar dos dedos, e a melodia e a harmonia, além do acompanhamento instrumental do bandolim. XOTE BATIDO É uma dança de salão, aristocrata, de origem alemã (schottisch), que penetrou em todas as regiões do Brasil. Desaparecendo do meio da alta sociedade, incorporou-se aos bailes populares e regionais. No nordeste, xote, é uma dança obrigatória, sendo mais difundida na época junina, a exemplo do camaleão e Araruna. No Brasil, a mesma foi introduzida em 28 de Junho de 1851, no Campestre Clube e cassinos do Rio de Janeiro, pelo prof. de danças JULES FOUSSANIT. Seus passos caracterizam-se pela batida do pé ao ritmo da zabumba. Dança-se aos pares alegremente numa variação de passos respeitando o desenho coreográfico, geralmente em fileiras. QUADRILHA A quadrilha é uma contradança de origem holandesa com influência portuguesa, da ilha de Açores, e também inglesa, que teve seu apogeu no seculo XVIII na França, onde recebeu o nome de “Neitherse”, tornando-se popular nos salões aristocráticos e burgueses do século XVII em todo o mundo ocidental.1 No Brasil, a quadrilha primeiro foi chamada de "Quadrilha de Arraiais", é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas, no sentido Militar, colonial. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente mais tarde, pelas influências do século
  • 15. XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta. XAXADO A palavra xaxado é uma onomatopeia do barulho xa-xa-xa, que os dançarinos fazem ao arrastar as [alpercatas] no chão durante a dança. Há controvérsias, sobre a origem do xaxado. Alguns pesquisadores, como Benjamin e Camara_Cascudo, afirmam que é uma dança originária do alto Sertão de Pernambuco, outros que ela tem sua origem em Portugal e alguns outros ainda dizem que sua origem é indígena. O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos cangaceiros, notoriamente do bando de Lampião, no inicio dos anos 1920, em Vila Bela, atual Serra Talhada. Na época, tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente masculina, por isso nunca foi considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela época ainda não havia mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em fila indiana, o da frente, sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o restante do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas. Originalmente a estrutura básica do xaxado é da seguinte forma: avança o pé direito em três e quatro movimentos laterais e puxa o pé esquerdo, num rápido e deslizado sapateado. Os passos estão relacionados com gestos de guerra, são graciosos porém firmes. A presença feminina apareceu depois da inclusão de Maria Bonita e outras mulheres ao bando de Lampião. A palavra do xaxado não era só por causa dos barulhos das sandálias. O xaxado pode ser visto de varias maneiras de acordo com o seu ponto de vista por exemplo: A dança do xaxado é vista uma dança rica em sua cultura e extremamente folclórica que tem seus estilos naturais e sem alterações. Porém a sua
  • 16. música seja agresiva e satiricas ,motivos pelo qual a Câmara Cascudo considerou o xaxado com uma variante do parraxaxá, um canto de insulto dos cangaceiros, executados nos intervalos das descargas de seus fuzis contra a polícia. O rifle na época substituia a mulher, como dizia o cantor e compositor Luiz Gonzaga, um dos grandes divulgadores do xaxado.O rifle é a dama. E seus instrumentos eram o pífano, zabumba, triângulo e a sanfona. COMÍCIO EM BECO ESTREITO “Pra se fazer um comício Em tempo de eleição Não carece de arrodei Nem dinheiro muito não Basta um F-4000 Ou qualquer mei caminhão Entalado em beco estreito E um bandeirado má feito Cruzando em dez posição. Um locutor tabacudo De converseiro comprido Uns alto-falante rouco Que espalhe o alarido Microfone com flanela Ou vermelha ou amarela Conforme a cor do partido. Uma ganbiarra véa Banguela no acender Quatro faixa de bramante Escrito qualquer dizer Dois pistom e um taró Pode até ficar melhor Uma torcida pra torcer Aí é subir pra riba Meia dúzia de corruto Quatro babão, cinco puta Uns oito capanga bruto E acunhar na promessa E a pisadinha é essa: Três promessa por minuto. Anunciar a chegança Do corruto ganhador Pedir o "V" da vitória Dos dedo dos eleitor E mandar que os vira-lata Do bojo da passeata Traga o home no andor. Protegendo o monossílabo De dedada e beliscão A cavalo na cacunda Chega o dono da eleição Faz boca de fechecler E nesse qué-ré-qué-qué Vez por outra um foguetão. Com voz de vento encanado Com os viva dos babão É só dizer que é mentira Sua fama de ladrão Falar dos roubo dos home E tá ganha a eleição. E terminada a campanha Faturada a votação Foda-se povo, pistom Foda-se caminhão Promessa, meta e programa... É só mergulhar na Brahma E curtir a posição. Sendo um cabra despachudo De politiquice quente Batedorzão de carteira Vigaristão competente É só mandar pros otário A foto num calendário Bem família, bem decente: Ele, um diabo sério, honrado Ela, uma diaba influente Bem vestido e bem posado Até parecendo gente Carregando a tiracolo Sem pose, sem protocolo Um diabozinho inocente". (Jessier Quirino)
  • 17. AGRURAS DA LATA D'ÁGUA ...E eu que fui enjeitada Só porque era furada. Me botaram um pau na boca, Sabão grudaram no furo, Me obrigaram a levar água Muitas vezes pendurada, Muitas vezes num jumento. Era aquele sofrimento, As juntas enferrujadas. Fiquei com o fundo comido. Quando pensei que tivesse Minha batalha cumprido, Um remendo me fizeram: Tome madeira no fundo E tome água e leva água, E tome água e leva água. Daí nasceu minha mágua: O pau da boca caía, Os beiços não resistiam. Me fizeram um troca-troca: Lá vem o fundo pra boca, Lá vai o pau para o fundo. Que trocado mais sem graça Na frente de todo mundo. E tome água e leva água E tome água e leva água. Já quase toda enfadada, Provei lavagem de porco, Ai mexeram de novo: Botaram o pau na beirada. E assim desconchavada, Medi areia e cimento, Carreguei muito concreto Molhado duro e friento, Sofri de peitos aberto, Levei baque dei peitada.
  • 18. Me amassaram as beiradas, Cortaram minhas entranhas. Lá fui eu assar castanha, Fui por fim escancarada. Servi de cocho de porco Servi também de latada. Se a coisa não complica, Talvez eu seja uma bica Pela próxima invernada. E inverno é chuva, é água, E eu encherei outras latas Cumprindo minha jornada. (Jessier Quirino) MILONGA Milonga é doidinho e vive catando coisinhas no chão, na cidade de São José do Egito e ninguém (nem ele mesmo) lhe sabe o nome, ou de onde veio. Mulato e baixinho, tem o tipo físico dos habitantes da zona canavieira de Pernambuco, lugar de onde acham que ele veio. Solícito, não é homem para negar um mandado a ninguém, por isso, um lhe dá a roupa outro a comida e assim vai tocando a sua vida, debaixo da benevolência e da imensa piedade de Deus. Otacílio era um rapaz ainda muito novo, quando morreu de um “sucesso”. Uma “Lazarina” de cano fino, uma medida de chumbo seis, outra de pólvora “Elefante”, duas buchas de corda bem vaquetadas, uma espoleta “Pica-pau”, e um garrancho que bateu na queixa da espingarda, que era “muito doce” (espingarda doce é aquela que dispara com muita facilidade e que a gente conduz com muito cuidado, nos braços, assim como quem carrega roupa engomada), promoveram o tiro que lhe varou a titela. O que foi uma pena pois era um rapaz muito moço ainda. Como ninguém tinha coragem de dar a notícia ao seu avô, já velhinho e morando a uma certa distância, Milonga se encarregou de ser o emissário de tão triste novidade .para o coitado que era louco pelo neto a quem chamava de Tercílio por que não conseguia pronunciar-lhe o nome corretamente. Lá vai Milonga cumprir a sua missão macabra... Encontra o velhinho, sentado numa espreguiçadeira, na sala da casinha onde morava, conversando com as suas “apragatas”, assuntando coisas da vida, sem importância. Milonga, sem “arrodeios”, botou a cabeça na janela e foi logo anunciando a tragédia: – Seu Chiquinho, sabe Tercílio, seu neto ? – Sim, o que foi que houve?
  • 19. – Morreu! – Morreu dum tiro de espingarda, lá nele, bem na caixa dos peitos! O pobre não se conteve: – Ah meu Deus, meu neto morreu e eu não quero mais viver, eu quero ir junto com ele!, Eu quero ir pro céu com ele! Milonga, que a tudo assistia impassível, foi providencial: – Apois "côide" logo, seu Chiquinho, que já tão fechando o caixão! A DOR DE BARRIGA REPENTINA DO PREFEITO Casa de prefeito em cidade pequena é a gota serena pra ser procurada. Tem delas que o infeliz do gestor nem acorda e o povo já está na cozinha tomando cafezinho ou na porta do quarto com um cigarro no bico. Às vezes os tristes até se sufocam com a fumaça que entra pelas brechas da porta. Geralmente aparecem aquelas pobres mulheres, raquíticas, de dentes furados, cabelos maltratados, unhas sujas, há vários dias sem banho com um menino no braço dando de mamar. Do interior do quarto mesmo de porta fechada escutam: - Vai peste mama logo, porque daqui a pouco o prefeito acorda e eu não vou falar com ele dando de mamar não! O pobre do inocente espia pra dita cuja cum uns butico de oi da bixiga lixa. Aí a outra colega que está aguardando também o poderoso chefão, reclama: - mulher num diz isso cum o inocente, o bichim tá cum fome. Ela dar uma tragada bem forte no cigarro e responde: - basta, mais fome tô eu aqui que num tomei hoje nem um gole de café. Mas também ninguém oferece uma gota de água não as miseráveis... Mas também oh, língua essa minha!
  • 20. Nisso, o menino começa a chorar porque ela guardou a peitica. Irritada a mãe chama a atenção do bruguelo, por sinal feio que só a palavra teje preso: - Ô boba serena ruim, cala boca se não eu quebro teus dentes, febrento! No quarto, aborrecida a primeira dama reclama ao marido: - eu não acredito que essa gentalha já está aí tirando a privacidade da gente. Manda essas desgraças pra prefeitura, é lá que você deve atender. Já estou cheia desse entra e sai nesta casa. Mas o que peste tem eu a ver com essas pobres mães de família? Pois bem, havia numa cidade que eu não vou citar nome, mas o leitor deve interpretar e associar a quem bem entender um prefeito arrogante da febe do rato. Poupeiro que só jumento ruim, metido a importante e capcioso pra caramba... Ainda pro riba grosso que só papel de enrolar prego. Certa feita, duas mulheres resolveram ir à casa do dito cujo pedir uma ajuda para comprar uns brebotos. Não deu outra. Meteram os pés na estrada e foram na esperança de serem atendidas e colocarem alguma coisa no fogo, pois, já era quase meio dia. De longe avistaram o prefeito sentado numa cadeira na maior tranqüilidade. Quando se aproximaram, notaram o brutongo saindo às carreiras para o interior da casa. Imediatamente o homi tomou Doril. Ora, sumiu... Aí uma delas sem saber do que se tratava indignada virada num maribondo doido pra dar uma ferruada no rabo de um cristão falou: - oi a peste muié, bem que disseram que esse mardito num gosta de pobre. Pia, o infiteto assim que viu a gente correu, parecia um relâmpago, desapareceu num minuto. A outra respondeu: - eu te disse que muita gente falava que esse desgramado é ruim que só a gangrena. Sorte nossa porque ele correu, pior é se ficasse aí você ia ver o cão chupando manga. O bicho ia dar tanta poupa que você ia descer aqui virada na molesta. Aí veio a decisão. - Sendo assim muiézinha vamos embora, melhor do que levar esporro. As duas desceram a rampa fumaçando e bufando de raiva. Mas o cabra quando pega uma má impressão é a brucuta mesmo! Deixa que o infeliz do prefeito por coincidência naquele momento sentiu uma dor forte na barriga e teve que correr as pressas para o cagador, de luxo claro. Mas também tem uma coisa, a merda dele fede igual à de um pobre, ou quem sabe até pior. Dizem as más línguas que é bem pior, já que essas pestes só comem enlatados, com preguiça de cozinhar e mais ainda de gastar gás de cozinha. Quando saiu do banheiro, depois da caganeira repentina, o homem 100% ingnorantiun, perguntou a uma das pessoas que estava na proximidade: - cadê aquelas duas mulheres que vinham quando eu corri para o banheiro? Alguém respondeu: - saíram prefeito, inclusive lamentando a sua ausência repentina. Logo, esse pobre alguém ouviu as dóceis palavras do bichão: - mas agora sim, eu vou deixar de fazer minhas necessidades biológicas pra tá atendendo o povo, quem quiser que me procure na prefeitura. Moral da história: “Quando o camarada ganha uma fama, por mais que esteja certo, há de alguém divergir ou duvidar”. NÓIS TAMO É LASCADO!
  • 21. Dois matutos de Monteiro no Cariri paraibano, cansados da seca e das promessas dos políticos, decidiram tentar a vida em uma cidade grande. Venderam o burro, o jumento e o cavalo e na esperança de um dia voltar, rumaram para o Rio de Janeiro. Chegando lá, por sorte, arranjaram empregos de serventes em uma pequena construção, o salário era pequeno mal dava para sobreviver e raramente sobravam alguns trocados para enviarem para aos familiares na Paraíba. Durante o período do carnaval dois árabes, fazendo turismo no Rio, passaram em frente à obra e viram os paraibanos de enxadas nas mãos, mexendo areia e cimento. O sol estava escaldante e os nordestinos suavam até pela ponta do nariz. Os turistas se aproximaram e admirados de tanta bravura, perguntaram quais os salários dos dois. Eles informaram que ganhavam o salário mínimo e que era muito pouco. Os turistas, perguntaram se eles não aceitavam ir morar na Arábia Saudita e trabalhar lá recebendo salários mais justos. Os paraibanos esclareceram que não seria possível viajar para um lugar tão longe, pois faltava o dinheiro das passagens. Os árabes afirmaram que isto não seria um problema já que os mesmos estavam de avião particular e daria para levar os dois. Depois do carnaval e após uma prece ao Padim Pade Ciço, os nossos irmãos embarcaram para mais uma aventura. Quando o avião estava sobrevoando o deserto do Saara, apresentou uma pane, sendo necessário um pouso não programado. Um dos paraibanos desceu do avião, olhou em frente só viu areia, do lado direito areia, do lado esquerdo e na parte de trás também só se via areia e ai ele com ar de preocupação virou-se para o companheiro e falou: SEVERINO, NÓIS TAMO É LASCADO QUANDO CHEGAR O CIMENTO! Agora que já vimos Lendas e Causos, vamos conceituar esses gêneros tão divertidos?! LENDA Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos. De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana. Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Podemos entender que lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o dito popular "Quem conta um conto aumenta um ponto", as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas. Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro. Devemos levar em conta que uma lenda não significa uma
  • 22. mentira, nem tão pouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo uma parcela de fatos verídicos. Muitos pesquisadores, historiadores, ou folcloristas, afirmam que as lendas são apenas frutos da imaginação popular, porém como sabemos as lendas em muitos povos são "os livros na memória dos mais sábios". CAUSO Causo é uma história (representando fatos verídicos ou não), contada de forma engraçada, com objetivo lúdico. Muitas vezes apresentam-se com rimas, trabalhando assim a sonoridade das palavras. São conhecidos também como causos populares e já fazem parte do folclore brasileiro. A fantástica construção do nordestino Seu Lunga (Ester de Carvalho Lindoso) Joaquim dos Santos Rodrigues: o homem seu Lunga Seu Lunga é apenas o apelido de Joaquim dos Santos Rodrigues. As piadas sobre ele escondem atrás da personagem o homem real, nascido em Caririaçu, fronteira Norte de Juazeiro, em 18 de Agosto de 1928. Viveu a infância com os pais e mais sete irmãos, "no meio dos matos,"afastado da cidade. O apelido lhe acompanha desde esta época, quando uma vizinha de sua família, que ele só identifica como preta velha, começou a lhe chamar de Calunga, que virou Lunga e pegou. O homem mais zangado do mundo: personagem seu Lunga A fama da rudeza do seu Lunga, "o homem mais zangado do mundo," corre o Ceará de norte a sul, nas historietas engraçadas contadas nas mesas de bar, nas rodas de amigos, nos ônibus, nos versos do cordelista.
  • 23. O único que não ri dessas piadas é seu Lunga. Para ele, o que andam contando a seu respeito é invencionice. Mas ao mesmo tempo que ele nega a veracidade das histórias, seu Lunga reconhece uma origem para elas. É que ele "não faz por menos," isto é, se perguntou errado, tem a resposta que merece. Essa é sua grande queixa com relação aos brasileiros e seu principal discurso regular, isto é, aqui e ali ele retorna a essa argumentação. É como se ele quisesse se justificar de sua grosseria. CAUSOS POPULARES DO SEU LUNGA Seu Lunga é o cabra mais ignorante do mundo. Ele não tem muita paciência com nada. Aqui no Nordeste, sua fama se espalha devido a histórias como essas: O cuscuz Estava na hora do jantar então seu lunga falou pra empregada: - Maria traga o leite. ai ela trouxe o leite.então seu lunga disse : - Maria traga o cuscuz.aí ela trouxe o cuscuz. Então seu lunga despejou um pouco de leite no cuscuz aí o cuscuz chupou o leite aí seu lunga olhou desconfiado e colocou mais leite no cuscuz então o cuscuz chupou o leite de novo então seu lunga já arretado pegou o prato com o cuscuz, jogou no rio e disse: - Chupa isso ai agora, seu misera!!!! Goteiras
  • 24. Lunga estava tirando goteiras, defeitos das telhas de sua casa, um curioso passou e perguntou: Tá tirando as goteiras seu Lunga? Ele responde: Tô não, tô é fazendo - e ai saiu feito louco a quebrar as telhas. A pêia Uma certa vez dando uma surra em um dos seus filhos, quando ainda pequeno o menino gritava: Tá bom pai, tá bom pai, pelo amor de deus, tá bom!!!!! Lunga responde: Tá bom? Que legal! Pois quando tiver ruim diga que eu paro. Seu Lunga: o comerciante No seu comércio de sucata, ele também vende outros produtos dependendo da ocasião. Uma vez tinha uma saca de arroz e um romeiro perguntou: Seu Lunga como tá o arroz? Ele respondeu: Tá cru!!!!!! Um outro parou pra comprar uns ovos que tinha exposto. Pegava cada ovo e balançava perto do ouvido, um a um, quando lá ia pelos 6, 7 ovos, Lunga disse: Pare, pare, pare, que chocalho tem é no mercado, pode sair. Então devolva! Numa madrugada dessas, a mulher de Lunga teve um mal-estar, e gemendo acordou o marido: - Lunguinha, Lunguinha, ta me dando uma coisa aqui... - Então receba - Mas Lunga, é uma coisa ruim... - Então devolva! Veneno de Rato Seu Lunga entrando em uma loja: - Tem veneno pra rato? - Tem! Vai levar? - Pergunta o balconista. - Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!!! - responde seu Lunga. A coceira Seu Lunga resolve andar um pouco e sai com seu chapéu grande e antigo. Durante sua caminhada ele resolve coçar a cabeça sem tirar o chapéu, então uma conhecida dele pergunta: -Oxe seu Lunga, num tira o chapéu pra coçar o cabelo não é? Seu Lunga então responde: -E a senhorita tira a calcinha pra coçar o tabaco? Esse ônibus vai pra praia? O Seu Lunga consegue um emprego de motorista de ônibus. No primeiro dia de trabalho, já no final do dia, ele para o ônibus em um ponto. E uma mulher pergunta:
  • 25. - Motorista, esse ônibus vai para a praia? E o Seu Lunga responde: - Se você conseguir um biquini que dê nele... O café O Seu Lunga estava em casa e resolveu tomar um café: - Mulher! Traz um café! - É pra trazer na xícara? - Não! Joga no chão e traz com o rodo! Vai tomar um leitinho? Seu Lunga vinha chegando em sua casa com 1 litro de leite, quando uma pessoa perguntou: -Seu Lunga, vai tomar um leitinho? -Não, é pra lavar a calçada. Ele pegou, e jogou o leite na calçada. O limão Seu Lunga tava cortando uns limões, quando passa sua mulher e pergunta: -Esse limão é pra fazer suco? -Não, é pra eu usar de colírio! Outro dia, estava chupando limão, quando cai um pouco no olho, quando passa alguém e pergunta: -Ardeu, Seu Lunga? -Não, mas vai arder é agora – Disse espremendo limão nos olhos. Os ovos Seu Lunga estava no mercado com uma caixa de ovos. Daí perguntaram a ele: - Comprando ovos Seu Lunga? Dai Seu Lunga responde - Não - jogando um por um no chão - É traque!!! A sopa Seu Lunga estava num restaurante tomando sopa quando perguntam pra ele: -Tomando sopa, hein, Seu Lunga? E seu Lunga responde levantando o prato de sopa e derramando em cima dele mesmo -Não, To tomando é banho!!!!!! A porca Um sujeito foi até a loja do Seu Lunga e pediu uma porca de determinado tamanho, seu Lunga respondeu: - Procure naquela caixa. E o sujeito começou a procurar e no meio de tantas peças nada de ele conseguir achar a porca que ele queria, então exausto falou para Seu Lunga:
  • 26. - Seu Lunga, não consegui achar a porca... Indignado, Seu Lunga foi até a caixa, procurou a tal porca e a achou, então virou-se para o rapaz e respondeu: - Eu não te disse que a porca tava aqui fi duma égua!!! - e jogando a porca novamente na caixa e misturando com as outras peças diz - agora procura de novo direito que você acha!!! É aquele ali!!!! O filho do Seu Lunga jogava futebol em um clube local, e um dia Seu Lunga foi assistir a um jogo de seu filho no estádio, e o sujeito sentado ao lado pergunta: - Seu Lunga, qual dos jogadores ali é o seu filho. Seu Lunga aponta e diz: - É aquele ali... - Aquele qual? - Aquele ali!!!! - Não tô vendo... Então Seu Lunga "P" da vida pega uma pedra, joga em cima de seu filho e diz: - É aquele alí que começou a chorar!!! Sabe nadar? Seu Lunga, quando jovem, se apresentou à marinha para a entrevista: Você sabe nadar? Pergunta o oficial. -Sei não senhor. -Mas se não sabe nadar, como é que quer servir à marinha? -Quer dizer que se eu fosse pra aeronáutica, tinha que saber voar???? Na farmácia Seu Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta: Ta doente, seu Lunga? - Quer dizer que seu fosse saindo do cemitério eu tava morto???? O relógio Entra um sujeito na sucata de Seu Lunga, escolhe um relógio um pouco velho e pergunta: - Seu Lunga, esse relógio presta pra tomar banho? - Eu prefiro um sabonete – Responde Seu Lunga. A identidade Seu lunga foi pegar um ônibus. O motorista, então, pede sua carteira de identidade... Vendo sua carteira de identidade, o motorista diz: - Essa carteira não é sua! Seu lunga responde: -E esse ônibus é seu?
  • 27. AGORA VOCÊ É O AUTOR! Leia com atenção o causo a seguir e a partir da leitura e de tudo o que vimos nas aulas anteriores, elabore seu causo! Estão preparados?! Então... mão à obra! ESSE SEU ZEZIM!!! Parece que quando estamos mais apressados, aí é que aparece gente não sei de onde para nos atrasar mais ainda. Foi o que aconteceu com Lilica. Rapaz, Lilica saía de casa toda terça e toda quinta e ninguém sabia para onde, tinha gente que ficava só olhando. Besteira deles! ninguém nunca lhe perguntava nada! Mas, sempre tem aquele dia em que tudo o que não pode acontecer, acontece. Pois bem, próximo à casa de Lilica morava um senhor chamado José, era o famoso Zezim, o povo o chamava assim porque tudo no mundo ele queria saber, tim tim por tim tim. Nesse dia, seu Zezim apareceu na frente de Lilica num alvoroço danado e perguntou: - Minha fia, o que você tanto faz? Dizem as más línguas, não é o meu caso, que você vai pra um tal de B. A. R., isso é verdade?! Lilica riu e foi explicando que B. A. R. era o nome de um projeto que ela participava e que já estava atrasada, porque nesse dia faria uma atividade importante com os alunos, juntamente com suas colegas. E quem disse que seu Zezim entendeu?! - Mas, minha fia, o B. A. R. que eu conheço é outro e só tem um. E que atividade é essa? Ô estresse viu! Lilica para ser educada, disse: - Seu Zezim, o senhor já ouviu falar em causos populares? - Se já?! eu gostava demais de escutar do meu pai quando era bem pequenininho. Era bom demais! - Pois é seu Zezim, hoje é o dia em que os alunos vão produzir os seus próprios causos populares. Não é BACANA?! Seu Zezim pensou um pouco e disse: - Tá certo minha fia, vá em paz fazer seu trabalho.
  • 28. Quando Lilica saiu, seu Zezim ficou pensando alto: - Pense num negócio mal contado foi essa história de B. A. R.! Repare "mermo": BACANA = B. A. R. + CANA. Vôte!!! Mãos à obra! Aluno (a):  Releia atentamente o seu texto e, a partir das observações feitas e discutidas em sala, reescreva o seu causo. Título: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17
  • 29. 18 19 20 21 22 23 24 Reescrever é sobreviver! Aluno (a): 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19