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catequistas
     SETEMBRO 2012 | Ano 9 | Mensal | Portugal. 1,20€   a revista para uma catequese actual
                                                                                                #81




                                                                            50 ANOS DO CONCÍLIO
                                                                            O SOPRO DO ESPÍRITO
                                                                            DINÂMICAS PARA A FÉ
                                                                            EU CREIO EM DEUS PAI




                  Para uma catequese
        DOSSIER




                  comunic-activa
Catequistas-SET12 FINAL.indd 1                                                                9/13/2012 3:59:44 PM
APPS PARA A CATEQUESE


                                                   BENTO OLIVEIRA bento.m.oliveira@gmail.com




         Para começar
         A pastoral vive momentos de profunda transforma-
         ção: novas formas de comunicar, novas ferramentas,
         novos conceitos, novos paradigmas. A Mensagem con-
         tinua a ser a mesma, mas os intervenientes são outros.




         Conselho de sábio: queres comunicar
         O segredo da sabedoria?
         Não escrevas nenhum tratado filosófico:
         só aborrecerias os leitores.
         Conta-lhes antes uma história,
         uma história autêntica e vigorosa,
         uma grande história de amor.
         Talvez eles não acreditem,
         mas hão-de sonhar com ela,
         e em sonhos verão acender-se
         a bela estrela da esperança.

         Como são as paróquias actuais?
         Hoje vivemos uma profunda mudança: económica, financeira, social, de mercados, de FMI, etc.
         Bento XVI diz-nos que a “crise obriga-nos a projectar de novo o nosso caminho, a impor-nos regras
         novas e encontrar novas formas de empenhamento, a apostar em experiências positivas e rejeitar as
         ­negativas. Assim, a crise torna-se ocasião de discernimento e elaboração de nova planificação” (CV 21).
          Em mandarim a palavra crise escreve-se com dois caracteres: um significa risco e o outro oportunidade.
          Como vemos as nossas paróquias, hoje?

                                                                                                 CATEQUISTAS SET. 2012   33


Catequistas-SET12 FINAL.indd 33                                                                                  9/13/2012 4:00:17 PM
APPS PARA A CATEQUESE




                                      Que se diz da paróquia? Antiquada; fechada; burocrática; cansada;
                                      isolada; competitiva? Segregadora? Autónoma? Ignorada?
                                      Que pensamos dos nossos jovens? Tiranos; competitivos; individua­
                                      listas; não nos escutam; não fazem os trabalhos de casa; insultam;
                                      não respeitam os mais velhos.
                                      Que dizemos das famílias? Agoniadas; não colaboram; não partici-
                                      pam; têm mil problemas; não se preocupam; não educam os filhos.
                                      Que pensamos da Igreja? Em três letras sintetizam o pensamento
                                      da Igreja: NÃO. Não ao bem-estar; não ao ter; não sabem rezar; não
                                      vêm à igreja; não vêm à catequese; não vêm às aulas de religião, etc...
                                      Não há saída!
                                      Isto cria em nós, cristãos, uma grande oportunidade: somos porta-
                                      dores de uma esperança. Uma esperança que se estrutura e ­radica
                                      no Evangelho, e que assenta em 4 pilares: a dignidade da pessoa
                                      ­humana; o bem comum; a subsidiariedade e a solidariedade.
                                      Os agentes pastorais
                                      Vivemos hoje este sentir: a sociedade em busca da “ressurreição da
                                      humanidade” e em busca do sentido último da tarefa educativa: a
                    ... uma grande    educação integral. Por isso, este é o tempo favorável para nos ouvi-
                    oportunidade:     rem falar novamente sobre isto outra vez.
                 somos portadores      a) Cultura educativa 2.0
                de uma esperança.        As novas tecnologias têm-nos apresentado uma mudança para-
                                         digmática. É importante, é urgente, olhar para os nossos agentes
                                         como seres distintos, únicos, irrepetíveis, criativos, com neces-
                                         sidade de experimentar, curiosos, divertidos que buscam o que
                                         faça sentido.
                                         Novo paradigma: SER e FAZER. Continuar a viver a nossa própria
                                         identidade, enraizada na partilha, flexibilidade e de adaptações
                                         necessárias à nossa realidade.
                                         Diríamos que esta cultura 2.0 se pautaria pela cooperação,
                                         ­escuta, partilha, participação, produção e experimentação.
                                          Só conseguiremos produzir uma alteração quando disfrutarmos
                                          do que fazemos e quando nos sentirmos apaixonados pelo que
                                          fazemos. O Deus que é amor; o Deus que é desafio para ­sairmos
                                          de uma vida medíocre; um Deus que quer o meu bem, que Se
                                          preo­cupa comigo; um Deus que gosta de festa; um Deus que
                                          gosta de silêncio, porque é no silêncio que Ele fala; um Deus que
                                          tem um projecto para cada um de nós: A FELICIDADE.
                                          Urge cuidar da/a forma de comunicar: temos que tornar a nossa
                                          mensagem mais apelativa, mais dinâmica, mais envolvente.
                                       b) Desafios
                                       1. Redes Sociais
                                      Todos conhecemos as virtudes das redes sociais, o que represen-
                                      tam de desafio. Servindo-nos da 45ª Mensagem de Bento XVI para
        34    CATEQUISTAS SET. 2012




Catequistas-SET12 FINAL.indd 34                                                                      9/13/2012 4:00:17 PM
o Dia Mundial das Comunicações, podemos afirmar que o grande
         ­desafio “na busca de partilha, de «amizades», … [é] o desafio de ser
          autênticos, fiéis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artifi-
                                                                                   ... o Deus que é desafio
          cialmente o próprio «perfil» público”.
                                                                                   para sairmos de uma
          “Quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si
                                                                                   vida medíocre...
          mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais.
          Segue-se daqui que existe um estilo cristão de presença também
          no mundo digital: traduz-se numa forma de comunicação honesta e
          aberta, responsável e respeitadora do outro”.
             “Comunicar o Evangelho através dos novos media significa não
          só inserir conteúdos declaradamente religiosos nas plataformas
          dos diversos meios, mas também testemunhar com coerência, no
          próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferên-
          cias, ­juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho,
          ­mesmo quando não se fala explicitamente dele. Aliás, também no
           mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um
           testemunho coerente por parte de quem anuncia. Nos novos con-
           textos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado
           de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da
           esperança que está nele” (cf. 1 Pd 3, 15).
           Com criatividade e responsabilidade “a web está a contribuir para o
           desenvolvimento de formas novas e mais complexas de consciência
           intelectual e espiritual, de certeza compartilhada. Somos chamados
           a anunciar, neste campo também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o
           Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas
           alcançam a sua perfeição” (cf. Ef 1, 10).
           Por fim, “os crentes, testemunhando as suas convicções mais pro-
           fundas, prestam uma preciosa contribuição para que a web não se
           torne um instrumento que reduza as pessoas a categorias, que pro-
           cure manipulá-las emotivamente ou que permita aos poderosos
           monopolizar a opinião alheia”.
            2. Formação
           Apostar numa nova forma de comunicar. Apostar numa formação
           arrojada, inovadora, livre. A melhor publicidade é o boca a boca. Uma
           formação transversal.
            3. Os jovens
           Os jovens podem ser o grande agente de mudança, poderão ser os
           grandes provocadores. Nunca tivemos tanta adesão juvenil em cau-
           sas humanitárias (talvez pela falência crescente das ideologias polí-
           ticas que já não prometem nada), na oração comunitária (ex. Taizé),
           talvez também pelo facto de se procurar hoje educar os jovens para
           a paz e conciliação como jamais se fez na História da Igreja.
           O desafio está lançado. Nos próximos artigos iremos abordar uma
           série de recursos digitais que facilitarão a nossa acção pastoral.
           ­Recursos que serão úteis.
                                                                                        CATEQUISTAS SET. 2012   35


Catequistas-SET12 FINAL.indd 35                                                                         9/13/2012 4:00:18 PM

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Apps e redes sociais para uma catequese 2.0

  • 1. catequistas SETEMBRO 2012 | Ano 9 | Mensal | Portugal. 1,20€ a revista para uma catequese actual #81 50 ANOS DO CONCÍLIO O SOPRO DO ESPÍRITO DINÂMICAS PARA A FÉ EU CREIO EM DEUS PAI Para uma catequese DOSSIER comunic-activa Catequistas-SET12 FINAL.indd 1 9/13/2012 3:59:44 PM
  • 2. APPS PARA A CATEQUESE BENTO OLIVEIRA bento.m.oliveira@gmail.com Para começar A pastoral vive momentos de profunda transforma- ção: novas formas de comunicar, novas ferramentas, novos conceitos, novos paradigmas. A Mensagem con- tinua a ser a mesma, mas os intervenientes são outros. Conselho de sábio: queres comunicar O segredo da sabedoria? Não escrevas nenhum tratado filosófico: só aborrecerias os leitores. Conta-lhes antes uma história, uma história autêntica e vigorosa, uma grande história de amor. Talvez eles não acreditem, mas hão-de sonhar com ela, e em sonhos verão acender-se a bela estrela da esperança. Como são as paróquias actuais? Hoje vivemos uma profunda mudança: económica, financeira, social, de mercados, de FMI, etc. Bento XVI diz-nos que a “crise obriga-nos a projectar de novo o nosso caminho, a impor-nos regras novas e encontrar novas formas de empenhamento, a apostar em experiências positivas e rejeitar as ­negativas. Assim, a crise torna-se ocasião de discernimento e elaboração de nova planificação” (CV 21). Em mandarim a palavra crise escreve-se com dois caracteres: um significa risco e o outro oportunidade. Como vemos as nossas paróquias, hoje? CATEQUISTAS SET. 2012 33 Catequistas-SET12 FINAL.indd 33 9/13/2012 4:00:17 PM
  • 3. APPS PARA A CATEQUESE Que se diz da paróquia? Antiquada; fechada; burocrática; cansada; isolada; competitiva? Segregadora? Autónoma? Ignorada? Que pensamos dos nossos jovens? Tiranos; competitivos; individua­ listas; não nos escutam; não fazem os trabalhos de casa; insultam; não respeitam os mais velhos. Que dizemos das famílias? Agoniadas; não colaboram; não partici- pam; têm mil problemas; não se preocupam; não educam os filhos. Que pensamos da Igreja? Em três letras sintetizam o pensamento da Igreja: NÃO. Não ao bem-estar; não ao ter; não sabem rezar; não vêm à igreja; não vêm à catequese; não vêm às aulas de religião, etc... Não há saída! Isto cria em nós, cristãos, uma grande oportunidade: somos porta- dores de uma esperança. Uma esperança que se estrutura e ­radica no Evangelho, e que assenta em 4 pilares: a dignidade da pessoa ­humana; o bem comum; a subsidiariedade e a solidariedade. Os agentes pastorais Vivemos hoje este sentir: a sociedade em busca da “ressurreição da humanidade” e em busca do sentido último da tarefa educativa: a ... uma grande educação integral. Por isso, este é o tempo favorável para nos ouvi- oportunidade: rem falar novamente sobre isto outra vez. somos portadores a) Cultura educativa 2.0 de uma esperança. As novas tecnologias têm-nos apresentado uma mudança para- digmática. É importante, é urgente, olhar para os nossos agentes como seres distintos, únicos, irrepetíveis, criativos, com neces- sidade de experimentar, curiosos, divertidos que buscam o que faça sentido. Novo paradigma: SER e FAZER. Continuar a viver a nossa própria identidade, enraizada na partilha, flexibilidade e de adaptações necessárias à nossa realidade. Diríamos que esta cultura 2.0 se pautaria pela cooperação, ­escuta, partilha, participação, produção e experimentação. Só conseguiremos produzir uma alteração quando disfrutarmos do que fazemos e quando nos sentirmos apaixonados pelo que fazemos. O Deus que é amor; o Deus que é desafio para ­sairmos de uma vida medíocre; um Deus que quer o meu bem, que Se preo­cupa comigo; um Deus que gosta de festa; um Deus que gosta de silêncio, porque é no silêncio que Ele fala; um Deus que tem um projecto para cada um de nós: A FELICIDADE. Urge cuidar da/a forma de comunicar: temos que tornar a nossa mensagem mais apelativa, mais dinâmica, mais envolvente. b) Desafios 1. Redes Sociais Todos conhecemos as virtudes das redes sociais, o que represen- tam de desafio. Servindo-nos da 45ª Mensagem de Bento XVI para 34 CATEQUISTAS SET. 2012 Catequistas-SET12 FINAL.indd 34 9/13/2012 4:00:17 PM
  • 4. o Dia Mundial das Comunicações, podemos afirmar que o grande ­desafio “na busca de partilha, de «amizades», … [é] o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artifi- ... o Deus que é desafio cialmente o próprio «perfil» público”. para sairmos de uma “Quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si vida medíocre... mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais. Segue-se daqui que existe um estilo cristão de presença também no mundo digital: traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro”. “Comunicar o Evangelho através dos novos media significa não só inserir conteúdos declaradamente religiosos nas plataformas dos diversos meios, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferên- cias, ­juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, ­mesmo quando não se fala explicitamente dele. Aliás, também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia. Nos novos con- textos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da esperança que está nele” (cf. 1 Pd 3, 15). Com criatividade e responsabilidade “a web está a contribuir para o desenvolvimento de formas novas e mais complexas de consciência intelectual e espiritual, de certeza compartilhada. Somos chamados a anunciar, neste campo também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição” (cf. Ef 1, 10). Por fim, “os crentes, testemunhando as suas convicções mais pro- fundas, prestam uma preciosa contribuição para que a web não se torne um instrumento que reduza as pessoas a categorias, que pro- cure manipulá-las emotivamente ou que permita aos poderosos monopolizar a opinião alheia”. 2. Formação Apostar numa nova forma de comunicar. Apostar numa formação arrojada, inovadora, livre. A melhor publicidade é o boca a boca. Uma formação transversal. 3. Os jovens Os jovens podem ser o grande agente de mudança, poderão ser os grandes provocadores. Nunca tivemos tanta adesão juvenil em cau- sas humanitárias (talvez pela falência crescente das ideologias polí- ticas que já não prometem nada), na oração comunitária (ex. Taizé), talvez também pelo facto de se procurar hoje educar os jovens para a paz e conciliação como jamais se fez na História da Igreja. O desafio está lançado. Nos próximos artigos iremos abordar uma série de recursos digitais que facilitarão a nossa acção pastoral. ­Recursos que serão úteis. CATEQUISTAS SET. 2012 35 Catequistas-SET12 FINAL.indd 35 9/13/2012 4:00:18 PM