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Alunos: João Victor Mendonça , Jhonatan dos Santos Mendonça , Vinícius Bastos




                         REVISTA
                                    DE
                     HISTORIA

  Embarcações da época
CARAVELAS:

                               Introdução




 As caravelas foram embarcações, de formato alongado, típicas da época das
 Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Países
   como Espanha,Portugal, Holanda, Inglaterra e França possuíam grandes
    esquadras de caravelas. Pesavam, em média, de 100 a 400 toneladas.

  As caravelas consistiam em grandes embarcações feitas de madeira. Eram
   capazes de transportar centenas de homens e toneladas de mercadorias.
Possuíam uma ou mais velas grandes e altas de formato, geralmente, retangular.
                  Estas velas eram presas em altos mastros
Importância




Foram muito importantes na época das Grandes Navegações para o transporte de
 especiarias asiáticas (pimenta, gengibre, noz moscada, açafrão, cravo, canela e
   seda). Nos porões das caravelas, comerciantes portugueses, genoveses e
 venezianos transportaram toneladas de mercadorias das Índias para a Europa,
 obtendo fabulosos lucros. Os espanhóis usaram as caravelas para transportar o
      ouro e a prata que retiraram do continente americano no século XVI.

  As caravelas conseguiam obter uma boa velocidade em dias de vento forte.
Porém, como os sistemas de navegação da época eram precários, muitas vezes
     os navegadores saíam das rotas originais se perdendo pelo oceano.

   Foram em caravelas (Santa Maria, Pita e Nina) que o navegador genovês,
navegando pela coroa espanhola, Cristóvão Colombo chegou à América em 1492.
Com este mesmo tipo de embarcação, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em
                                    1500.
Descrição




A caravela foi aperfeiçoada durante os séculos XV e XVI. Tinha inicialmente pouco
  mais de 20 tripulantes. Era uma embarcação rápida, de fácil manobra, capaz de
 bolinar e que, em caso de necessidade, podia ser movida a remos. Com cerca de
 25 m de comprimento, 7 m de boca (largura) e 3 m de calado deslocava cerca de
  50 toneladas, tinha 2 ou 3 mastros, convés único e popasobrelevada. As velas
   latinas (triangulares) permitiam-lhe bolinar (navegar em ziguezague contra o
vento). Gil Eanes utilizou um barco de vela redonda, mas seria numa caravela (tipo
 carraca) que Bartolomeu Dias dobraria o Cabo da Boa Esperança em 1488. É de
          salientar que a caravela é um desenvolvimento dos portugueses.
 Se bem que a caravela latina se tenha revelado muito eficiente quando utilizada
  em mares de ventos inconstantes, como o Mediterrâneo, devido às suas velas
triangulares, com as viagens às Índias, com ventos mais calmos, tal não era uma
 vantagem, já que se mostrava mais lenta que na variação de velas redondas. A
necessidade de maior tripulação, armamentos, espaço para mercadorias fez com
                    que fosse substituída por navios maiores.
Curiosidade




Entre os séculos XV e XVI, os piratas também utilizaram caravelas para saquear
 regiões e atacar outras caravelas. Elas eram adaptadas com canhões para ser
                        usadas em ataques e combates.
Naus:


                                Introdução




 Naus eram navios de alto bordo, de aparelho redondo, usado pelos portugueses
                            destinado ao comércio


Portugal era o único país, ao tempo, que usava madeira de sobro e de azinho para
 o cavername, por ser resistente à água e o sobreiro dar muitas curvas naturais,
das usadas nesta construção para certas partes do navio. A quilha, a roda de proa,
   o cadaste e o forro das obras-vivas até aonde chegava a água eram de pinho
   resinoso. As obras-mortas onde não chegava água eram de pinho manso. Por
vezes, aparece o carvalho e o castanho, usados nos dormentes e peças miúdas, e
  raramente no forro, por ser pouco resistente nos mares temperados e quentes.
    Também se usaram madeiras exóticas (teca, angelim), logo que começou a
 construção naval nas terras descobertas pelos portugueses, o que se deu muito
                                cedo no século XVI.
Descrição




Para se ter idéia do enorme desgaste sofrido pelos montados de sobro, basta dizer
que uma nau de 17,5 R de quilha (26,95 m) exigia trinta e cinco chãos de caverna,
 setenta braços , cento e quarenta e cinco segundas aposturas, mais treze enchi-
mentos de proa com vinte e seis hastes e vinte e um enchimentos de popa e picas,
 com quarenta e dois arrevesados, fora toda a outra madeira que não menciona-
 mos. Cada chão de caverna necessitava duma tábua com pelo menos 8,10 m de
  comprimento por 0,50 m de largura e 0,30 m de grossura. Cada braço e cada
apostura exigiam tábuas de pelo menos 2,00 m de comprimento por 0,50 m de lar-
  gura e 0,20 m de grossura. Era sobretudo para as picas e enchimentos que se
 usavam as curvas naturais do sobreiro. Chegava-se ao extremo de deitar abaixo
                      uma árvore para obter uma única curva.
As madeiras depois de preparadas eram cortadas segundo bitolas para cada tipo
               de peça e depois armazenadas nas taracenas.
Curiosidade




   O sobro provinha dos montados da Beira Baixa e sobretudo do Alentejo, cujo
desbaste já nos meados do século XVI levantava receios e no início do século XVII
   a falta desta madeira era apontada como causa da má construção das naus,
 devido a que se usavam madeiras verdes e já não havia abundância das curvas
  naturais, o que obrigava a fazer curvas de várias peças. Pelo menos, desde D.
   João II que estava regulada a obrigação dos donos das matas fornecerem as
madeiras para a construção naval. O corte também estava regulamentado e era o
mestre carpinteiro com os seus oficiais que procedia à escolha das árvores. Havia
 preceitos sobre a época do ano e hora do dia do corte. Certas madeiras, como o
        pinho-de-flandres, usadas para antenas e mastros, eram importadas
                                        .
Fragatas
                                      Introdução




A fragata é um tipo de navio de guerra. O termo tem sido usado, ao longo dos séculos,
para designar uma gama alargada de navios, com diferentes tamanhos e funções.
No século XVIII, eram designadas fragatas, navios de guerra com três mastros de velas
redondas, com comprimento semelhante ao das naus, mas menores, mais rápidos e com
armamento mais ligeiro, usados em missões de escolta e de reconhecimento. As fragatas
dispunham de uma única bateria coberta de canhões, em comparação com as duas ou
mais baterias cobertas das naus.
Funções




         As fragatas eram, talvez, os navios mais empregues pelas marinhas dos
séculos XVIII e XIX. Apesar de menos poderosas que as naus de linha, podiam enfrentar
  facilmente embarcações de guerra menores, já para não falar de navios mercantes.
 Capazes de aprovisionar mantimentos para seis meses, dispunham de uma autonomia
bastante elevada, podendo operar de forma isolada e indendente - ao contrário das naus
 de linha que eram consideradas demasiado importantes e valiosas para operarem sem
                                         escolta.
Curiosidades




As fragatas da classe Pereira da Silva, foram três unidades da classe americana Dealey,
  que são dos primeiros navios construídos depois da segunda guerra mundial, com o
   objectivo de contrariar o esperado aumento exponencial do numero de submarinos
                    soviéticos a operar nas águas do Atlântico Norte.

   Estas fragatas, dispunham de uma velocidade elevada para a altura, em que ainda
estavam ao serviço muitos dos contratorpedeiros e escoltadores vários, construídos para
    perseguir submarinos e escoltar os lentos navios de transporte, que supriam as
                     necessidades dos exércitos aliados na Europa.

     A principal arma, era a nova torre dupla com dois canhões de 76mm com funções
  antiaéreas, que era controlada por radar. O navio era extremamente eficiente, mas ao
                 mesmo tempo, também foi considerado extremamente caro.
 A situação em África, no inicio dos anos 60, levou Portugal a restringir os investimentos
 militares em áreas consideradas não vitais. Por isso, a marinha portuguesa, encontrava-
    se na altura, numa situação algo complicada, com apenas um navio relativamente
   moderno, sendo o resto da frota, constituída por navios anteriores à segunda guerra
mundial. (Em 1961, é afundado em combate o Aviso (canhoneira) Afonso de Albuquerque,
  em combate contra fragatas da União Indiana, o que demonstrou a total obsolescência
 dos meios navais portugueses. Perante a pressão norte-americana, são encomendados
em Abril de 1961, inicialmente dois navios, a que se junta mais tarde a encomenda de um
                              terceiro em Novembro de 1962.

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Caravelas, naus e fragatas da era dos descobrimentos

  • 1. Alunos: João Victor Mendonça , Jhonatan dos Santos Mendonça , Vinícius Bastos REVISTA DE HISTORIA Embarcações da época
  • 2. CARAVELAS: Introdução As caravelas foram embarcações, de formato alongado, típicas da época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Países como Espanha,Portugal, Holanda, Inglaterra e França possuíam grandes esquadras de caravelas. Pesavam, em média, de 100 a 400 toneladas. As caravelas consistiam em grandes embarcações feitas de madeira. Eram capazes de transportar centenas de homens e toneladas de mercadorias. Possuíam uma ou mais velas grandes e altas de formato, geralmente, retangular. Estas velas eram presas em altos mastros
  • 3. Importância Foram muito importantes na época das Grandes Navegações para o transporte de especiarias asiáticas (pimenta, gengibre, noz moscada, açafrão, cravo, canela e seda). Nos porões das caravelas, comerciantes portugueses, genoveses e venezianos transportaram toneladas de mercadorias das Índias para a Europa, obtendo fabulosos lucros. Os espanhóis usaram as caravelas para transportar o ouro e a prata que retiraram do continente americano no século XVI. As caravelas conseguiam obter uma boa velocidade em dias de vento forte. Porém, como os sistemas de navegação da época eram precários, muitas vezes os navegadores saíam das rotas originais se perdendo pelo oceano. Foram em caravelas (Santa Maria, Pita e Nina) que o navegador genovês, navegando pela coroa espanhola, Cristóvão Colombo chegou à América em 1492. Com este mesmo tipo de embarcação, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em 1500.
  • 4. Descrição A caravela foi aperfeiçoada durante os séculos XV e XVI. Tinha inicialmente pouco mais de 20 tripulantes. Era uma embarcação rápida, de fácil manobra, capaz de bolinar e que, em caso de necessidade, podia ser movida a remos. Com cerca de 25 m de comprimento, 7 m de boca (largura) e 3 m de calado deslocava cerca de 50 toneladas, tinha 2 ou 3 mastros, convés único e popasobrelevada. As velas latinas (triangulares) permitiam-lhe bolinar (navegar em ziguezague contra o vento). Gil Eanes utilizou um barco de vela redonda, mas seria numa caravela (tipo carraca) que Bartolomeu Dias dobraria o Cabo da Boa Esperança em 1488. É de salientar que a caravela é um desenvolvimento dos portugueses. Se bem que a caravela latina se tenha revelado muito eficiente quando utilizada em mares de ventos inconstantes, como o Mediterrâneo, devido às suas velas triangulares, com as viagens às Índias, com ventos mais calmos, tal não era uma vantagem, já que se mostrava mais lenta que na variação de velas redondas. A necessidade de maior tripulação, armamentos, espaço para mercadorias fez com que fosse substituída por navios maiores.
  • 5. Curiosidade Entre os séculos XV e XVI, os piratas também utilizaram caravelas para saquear regiões e atacar outras caravelas. Elas eram adaptadas com canhões para ser usadas em ataques e combates.
  • 6. Naus: Introdução Naus eram navios de alto bordo, de aparelho redondo, usado pelos portugueses destinado ao comércio Portugal era o único país, ao tempo, que usava madeira de sobro e de azinho para o cavername, por ser resistente à água e o sobreiro dar muitas curvas naturais, das usadas nesta construção para certas partes do navio. A quilha, a roda de proa, o cadaste e o forro das obras-vivas até aonde chegava a água eram de pinho resinoso. As obras-mortas onde não chegava água eram de pinho manso. Por vezes, aparece o carvalho e o castanho, usados nos dormentes e peças miúdas, e raramente no forro, por ser pouco resistente nos mares temperados e quentes. Também se usaram madeiras exóticas (teca, angelim), logo que começou a construção naval nas terras descobertas pelos portugueses, o que se deu muito cedo no século XVI.
  • 7. Descrição Para se ter idéia do enorme desgaste sofrido pelos montados de sobro, basta dizer que uma nau de 17,5 R de quilha (26,95 m) exigia trinta e cinco chãos de caverna, setenta braços , cento e quarenta e cinco segundas aposturas, mais treze enchi- mentos de proa com vinte e seis hastes e vinte e um enchimentos de popa e picas, com quarenta e dois arrevesados, fora toda a outra madeira que não menciona- mos. Cada chão de caverna necessitava duma tábua com pelo menos 8,10 m de comprimento por 0,50 m de largura e 0,30 m de grossura. Cada braço e cada apostura exigiam tábuas de pelo menos 2,00 m de comprimento por 0,50 m de lar- gura e 0,20 m de grossura. Era sobretudo para as picas e enchimentos que se usavam as curvas naturais do sobreiro. Chegava-se ao extremo de deitar abaixo uma árvore para obter uma única curva. As madeiras depois de preparadas eram cortadas segundo bitolas para cada tipo de peça e depois armazenadas nas taracenas.
  • 8. Curiosidade O sobro provinha dos montados da Beira Baixa e sobretudo do Alentejo, cujo desbaste já nos meados do século XVI levantava receios e no início do século XVII a falta desta madeira era apontada como causa da má construção das naus, devido a que se usavam madeiras verdes e já não havia abundância das curvas naturais, o que obrigava a fazer curvas de várias peças. Pelo menos, desde D. João II que estava regulada a obrigação dos donos das matas fornecerem as madeiras para a construção naval. O corte também estava regulamentado e era o mestre carpinteiro com os seus oficiais que procedia à escolha das árvores. Havia preceitos sobre a época do ano e hora do dia do corte. Certas madeiras, como o pinho-de-flandres, usadas para antenas e mastros, eram importadas .
  • 9. Fragatas Introdução A fragata é um tipo de navio de guerra. O termo tem sido usado, ao longo dos séculos, para designar uma gama alargada de navios, com diferentes tamanhos e funções. No século XVIII, eram designadas fragatas, navios de guerra com três mastros de velas redondas, com comprimento semelhante ao das naus, mas menores, mais rápidos e com armamento mais ligeiro, usados em missões de escolta e de reconhecimento. As fragatas dispunham de uma única bateria coberta de canhões, em comparação com as duas ou mais baterias cobertas das naus.
  • 10. Funções As fragatas eram, talvez, os navios mais empregues pelas marinhas dos séculos XVIII e XIX. Apesar de menos poderosas que as naus de linha, podiam enfrentar facilmente embarcações de guerra menores, já para não falar de navios mercantes. Capazes de aprovisionar mantimentos para seis meses, dispunham de uma autonomia bastante elevada, podendo operar de forma isolada e indendente - ao contrário das naus de linha que eram consideradas demasiado importantes e valiosas para operarem sem escolta.
  • 11. Curiosidades As fragatas da classe Pereira da Silva, foram três unidades da classe americana Dealey, que são dos primeiros navios construídos depois da segunda guerra mundial, com o objectivo de contrariar o esperado aumento exponencial do numero de submarinos soviéticos a operar nas águas do Atlântico Norte. Estas fragatas, dispunham de uma velocidade elevada para a altura, em que ainda estavam ao serviço muitos dos contratorpedeiros e escoltadores vários, construídos para perseguir submarinos e escoltar os lentos navios de transporte, que supriam as necessidades dos exércitos aliados na Europa. A principal arma, era a nova torre dupla com dois canhões de 76mm com funções antiaéreas, que era controlada por radar. O navio era extremamente eficiente, mas ao mesmo tempo, também foi considerado extremamente caro. A situação em África, no inicio dos anos 60, levou Portugal a restringir os investimentos militares em áreas consideradas não vitais. Por isso, a marinha portuguesa, encontrava- se na altura, numa situação algo complicada, com apenas um navio relativamente moderno, sendo o resto da frota, constituída por navios anteriores à segunda guerra mundial. (Em 1961, é afundado em combate o Aviso (canhoneira) Afonso de Albuquerque, em combate contra fragatas da União Indiana, o que demonstrou a total obsolescência dos meios navais portugueses. Perante a pressão norte-americana, são encomendados em Abril de 1961, inicialmente dois navios, a que se junta mais tarde a encomenda de um terceiro em Novembro de 1962.