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Cadernos BC
      Série Educativa




O que é o dinheiro?
Cadernos BC
      Série Educativa




O que é o dinheiro?
Banco Central do Brasil


Editada em dezembro de 2002.
As moedas e as notas usadas para comprar quase tudo aquilo de que você
precisa ou que você quer (comida, roupas, brinquedos) são uma invenção recente na
história da humanidade.


                                                                                    3
Há milhares de anos, os homens não precisavam do dinheiro. As poucas pessoas
que existiam moravam em cavernas, cobriam seus corpos com peles de animais e comiam
aquilo que caçavam ou pescavam.
       Mais tarde, quando o número de pessoas aumentou, formaram-se pequenas
comunidades. Além da caça e da pesca, algumas pessoas passaram a se dedicar à
agricultura e a produzir ferramentas, armas e vasilhas de barro para cozinhar.
       Quando as pessoas de uma comunidade precisavam de um objeto que não
produziam, iam a uma comunidade vizinha e faziam a troca por coisas que não existiam
por lá. Assim foi criado o escambo, que é a troca de um objeto por outro.
       O escambo foi a primeira forma de comércio.
É claro que nem tudo era tão simples. Para trocar um objeto por outro,
    primeiro era preciso haver concordância entre as partes.
            Se alguém quisesse trocar uma vasilha por uma faca, por exemplo, teria que
    procurar por quem tivesse uma faca e verificar se essa pessoa estaria disposta a
    receber a vasilha em troca. Às vezes, o negócio acabava sem problemas:
            – Tome a sua faca! Dê a minha vasilha!
            Outras vezes, porém, não era interesse do dono da faca trocá-la por uma
    vasilha e sim por um colar de conchas do mar.
            Então, o dono da vasilha, que queria a faca, teria que procurar por alguém
    que possuísse um colar de conchas do mar e que quisesse trocá-lo pela vasilha. Em
    seguida, se conseguisse trocar a vasilha, voltaria à casa do dono da faca e,
    finalmente, faria a troca pelo colar de conchas do mar.


6
7
Como você pode ver, essa troca causava
    muita confusão. Por isso, as pessoas entraram em
    acordo para dar um valor a alguns objetos ou alimentos
    e poder trocá-los por aquilo que cada um quisesse ou de
    que necessitasse.
           Assim, através do tempo e em diversas comunidades, certos objetos e
    alimentos, como conchas, plumas, tabaco, peles, pedras, sementes, cereais e sal
    foram usados como dinheiro para comprar e vender mercadorias. Quando alguém
    realizava um trabalho para outra pessoa, também podia receber em troca uma
    quantidade desses objetos.
           No Brasil, após a chegada dos portugueses, o pau-brasil passou a ser a
    principal mercadoria utilizada como elemento de troca. Posteriormente, o pano de
    algodão, o açúcar, o fumo e o zimbo (tipo de concha utilizada nas trocas entre os
    escravos) foram utilizados como moeda-mercadoria.


8
9
Muito antes da descoberta do Brasil, à medida que as comunidades cresciam e
 aumentava a troca entre diferentes povos, os metais - especialmente os metais
 preciosos, como a prata e o ouro - começaram a ser utilizados como instrumento de
 troca para facilitar o comércio. Isso porque, além de serem muito desejados, por causa
 de sua beleza e dificuldade de obtenção - o que aumentava seu valor -, eram muito
 resistentes e podiam ser divididos em pequenas partes.
        Assim, os primeiros comerciantes viajavam carregando seus sacos de ouro e
 prata e algumas balanças, com as quais pesavam a quantidade necessária de metal para
 comprar ou vender mercadorias.
        Porém, o trabalho de carregar todo esse peso era complicado. Foi então que
 apareceram as primeiras moedas - peças de ouro ou de prata, ou de uma combinação dos
 dois metais. Essas moedas, onde eram inscritos seu peso e seu valor, eram marcadas,
 também, com os nomes, desenhos ou legendas dos governantes que as faziam circular
 em seus domínios.


10
Mas sair com um saco de moedas para comprar mercadorias não era uma
     boa idéia. As estradas estavam cheias de ladrões, assaltantes e bandidos. Então, os
     comerciantes encontraram uma solução. Começaram a depositar suas moedas na
     casa de uma pessoa em quem confiavam: o ourives, que era o encarregado de
     trabalhar com o ouro e com os outros metais nobres. Ali suas moedas estariam
     seguras.
            Em troca das moedas que lhe davam para guardar, o ourives entregava um
     recibo no qual prometia devolvê-las quando o dono as pedisse. Sempre que
     comprava mercadorias, o comerciante ia à casa do ourives para retirar parte de suas
     moedas. Por sua vez, o dono da mercadoria recebia as moedas do comerciante e
     também as depositava na casa do ourives.



12
13
Os ourives estavam cansados de tanto
     dar recibos pelas mesmas moedas. Tiveram,
     então, uma grande idéia: em vez de ficarem
     entregando e guardando o ouro e a prata, era melhor que o comprador pagasse o
     vendedor com o recibo, que era, no final das contas, a prova de que o comprador
     tinha depósitos na casa do ourives. Essas foram as primeiras cédulas: recibos de
     papel que representavam uma quantidade de ouro e de prata.
            Além de guardar o dinheiro, os ourives começaram a emprestá-lo a reis,
     governantes e outras pessoas em troca de algum benefício ou favor. Assim, muitos
     ourives se tornaram os primeiros banqueiros.
            Durante muito tempo, os recibos dos ourives foram usados como cédulas,
     trocados pelo ouro e prata depositados nas arcas dos banqueiros. Hoje, continuamos
     usando cédulas, mas já não as trocamos por ouro e prata, como se fazia antes. Com
     elas, compramos as coisas de que precisamos ou que queremos.


14
15
No mundo moderno, quase tudo tem um preço. Se você quer, por exemplo,
um chocolate, deve pagar o valor que o vendedor pede. A mesma coisa acontece com
os outros alimentos que você come, com a roupa que você usa, com a luz que ilumina a
sua casa à noite, com a água que você usa para tomar banho e com o telefone que você
usa para conversar com seus amigos. Como você pode ver, cada coisa tem um preço
que se mede com dinheiro. E sendo o preço uma medida comum, expressa por cédulas
e moedas, pode-se comparar o valor dos diferentes bens
e serviços.
Pode-se também guardar o dinheiro para usá-lo de outras maneiras. As
     pessoas trabalham e, por seu trabalho, recebem um pagamento em dinheiro. Esse
     pagamento é chamado de salário. Com o salário que recebem, as pessoas pagam a
     comida, a roupa, o lugar onde moram, a escola, a luz, a água e as demais coisas de
     que necessitam. Se, depois de todos esses gastos, lhes sobra algum dinheiro, elas o
     guardam em um banco, fazendo uma poupança para utilizar no futuro. Pode ser
     para comprar um carro novo, viajar, pagar um médico se ficarem doentes, ou ainda
     para abrir um negócio próprio, como uma sorveteria, um restaurante ou uma
     fábrica de sapatos, e assim ganhar mais dinheiro.



18
19
Atualmente, além das moedas e das cédulas, existem outras formas de
     pagamento. Você se lembra de que os ourives entregavam aos comerciantes um
     recibo em troca do ouro e da prata? Da mesma maneira, se tivermos dinheiro em um
     banco, poderemos receber um talão de cheques ou um cartão de crédito. Com o
     desenvolvimento da informática, outras formas de pagamento passaram a ser
     usadas, como o pagamento eletrônico, feito também com cartão ou por computador.
     Não parece mais cômodo e seguro pagar assim?



20
21
O fato é que, quando uma família trabalha, usa bem o dinheiro e tem alguma
poupança, pode viver melhor.
       A mesma coisa acontece com os países. Por isso se diz que a verdadeira riqueza
de um país é a capacidade de produção de seus habitantes.
       Quanto mais eles produzirem, melhor viverão.
C       uriosidades...
                                                      Em geral, cada país
                                                      tem a sua própria moeda:
     A palavra dinheiro vem do latim denarius,        no Japão, o iene; nos Estados
                                                      Unidos, o dólar; no México,
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     palavra foi usada para denominar uma moeda       vários países do Continente Europeu, a exemplo
     de prata e cobre que circulava em Castilha, na   de Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal,
     Espanha; depois foi utilizada para todas as      uniram-se, formando a Comunidade Econômica
     moedas e todo o tipo de dinheiro.                Européia, e, a partir de 2002, adotaram uma
                                                      moeda única para todos eles. Essa moeda chama-
                                                      se “euro”. No Brasil, a moeda que nós utilizamos
     A  palavra troca vem do Catalão troc e quer      é o real.
     dizer “golpear”, “chocar”, pelo choque ou
     aperto de mãos que se davam os comerciantes
     no momento de fechar um negócio.                 A palavra moeda significa peça de metal,
                                                      normalmente de formato circular, usada como
                                                      meio de pagamento. Pode também ter um sentido
                                                      mais amplo, significando dinheiro, englobando as
                                                      moedas propriamente ditas e as cédulas.


     A   palavra comércio vem do                      O primeiro papel-moeda
     latim comercium, formada com                     (as primeiras cédulas) foram utilizadas na China,
     as palavras cum e merx-cis, que                  no século VII,
     queriam dizer comércio de coisas miúdas ou de    há mais de mil anos.
     pouco valor.




24
As primeiras formas de dinheiro conhecidas são   O gado foi uma mercadoria muito utilizada
os lingotes (ou barras de metal), que eram       como dinheiro. Era um tipo de dinheiro
usados na Babilônia há uns 5.000 anos.           interessante porque se multiplicava quando as
                                                 vacas davam cria; porém davam prejuízo quando
                                                 o gado ficava doente e morria. Além disso, era
                                                 uma moeda de difícil transporte. Em latim, gado
                                                 se chama pecus. Dessa palavra surgiu a
                                                 expressão "valores pecuniários" que até hoje
                                                 significa "valores em dinheiro".
As moedas foram inventadas na Lídia, uma
parte da Turquia atual, há uns 2.500 anos. Não
eram totalmente de forma redonda e somente um
dos lados era gravado.




O sal também foi usado como dinheiro em          Um dos benefícios que o aparecimento do
                                                 dinheiro trouxe para as pessoas foi o de facilitar
determinada época
                                                 a vida daqueles que pretendiam guardar parte
da história. Os soldados romanos eram pagos em
                                                 dos seus ganhos para gastar no futuro. É muito
sal. Daí a
                                                 mais fácil guardar dinheiro do que vacas,
origem da palavra salário
                                                 cereais, sal, que podem desaparecer
para definir o pagamento
                                                 repentinamente.
que os trabalhadores
recebem dos seus patrões.




                                                                                                      25
H       á muito tempo, existem provérbios, adivinhações, trava-
     línguas, rimas, versos, canções e até orações que expressam bem a
     sabedoria popular sobre o dinheiro. A seguir, damos alguns exemplos.
     Caso você tenha dúvidas, pergunte a alguém mais velho o que
     significam.




                                                       Branco sou,
           Nem tudo que reluz é ouro.                  da água nasci,
                                                       pobres e ricos comem de mim.
           Quem tudo quer
           tudo perde.
                                                       Na água nasci,
           Quem parte e reparte                        na água me criei.
           fica com a melhor parte.                    Se na água me jogarem,
                                                       na água morrerei.




26
Por que a moeda é redonda?



Mais vale um amigo na praça
do que dinheiro no bolso.



Quando a esmola é demais,     Mais vale um pássaro na mão
o santo desconfia.            do que dois voando.



                              De grão em grão,
                              a galinha enche o papo.




                                                            27
Agradecemos a autorização para
reprodução e adaptação concedida pelo
Banco Central da Venezuela.
Gerência de Comunicações Institucionais:
Mary Batista Lorenzo


Créditos da publicação original:

Créditos da publicação original
Dirección Editorial:
María Elena Maggi y Pedro Parra Deleaud
Asesoría técnica: Víctor Fajardo Cortez
Diseño e ilustraciones: Rosana Faría
Producción y supervisión de imprenta:
Mirna Ferrer
ISBN 980-6395-00-X
Impreso en Venezuela por Refolit

Textos e ilustrações adaptados pelo
Banco Central do Brasil
Secretaria Executiva da Diretoria,
Secretaria de Relações Institucionais.
Ilustração da página 9 por
Paulo Eduardo Flores.
A palavra economia vem do grego oikos (casa) e
némein (administrar). Desse significado de cuidar e lidar
com os bens de uma casa, a palavra tomou o sentido que
tem agora de administrar a riqueza pública de uma
comunidade, região ou país. Daí também vem o nome da
ciência que estuda os processos econômicos.
       Com esta série de cadernos, o Banco Central do
Brasil acredita estar oferecendo às crianças brasileiras,
por meio de textos simples e ilustrações divertidas,
alguns temas e conceitos básicos de economia
que permitirão a elas compreender a complexidade do
mundo econômico
de hoje.

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O que é o dinheiro

  • 1. Cadernos BC Série Educativa O que é o dinheiro?
  • 2.
  • 3. Cadernos BC Série Educativa O que é o dinheiro?
  • 4. Banco Central do Brasil Editada em dezembro de 2002.
  • 5. As moedas e as notas usadas para comprar quase tudo aquilo de que você precisa ou que você quer (comida, roupas, brinquedos) são uma invenção recente na história da humanidade. 3
  • 6. Há milhares de anos, os homens não precisavam do dinheiro. As poucas pessoas que existiam moravam em cavernas, cobriam seus corpos com peles de animais e comiam aquilo que caçavam ou pescavam. Mais tarde, quando o número de pessoas aumentou, formaram-se pequenas comunidades. Além da caça e da pesca, algumas pessoas passaram a se dedicar à agricultura e a produzir ferramentas, armas e vasilhas de barro para cozinhar. Quando as pessoas de uma comunidade precisavam de um objeto que não produziam, iam a uma comunidade vizinha e faziam a troca por coisas que não existiam por lá. Assim foi criado o escambo, que é a troca de um objeto por outro. O escambo foi a primeira forma de comércio.
  • 7.
  • 8. É claro que nem tudo era tão simples. Para trocar um objeto por outro, primeiro era preciso haver concordância entre as partes. Se alguém quisesse trocar uma vasilha por uma faca, por exemplo, teria que procurar por quem tivesse uma faca e verificar se essa pessoa estaria disposta a receber a vasilha em troca. Às vezes, o negócio acabava sem problemas: – Tome a sua faca! Dê a minha vasilha! Outras vezes, porém, não era interesse do dono da faca trocá-la por uma vasilha e sim por um colar de conchas do mar. Então, o dono da vasilha, que queria a faca, teria que procurar por alguém que possuísse um colar de conchas do mar e que quisesse trocá-lo pela vasilha. Em seguida, se conseguisse trocar a vasilha, voltaria à casa do dono da faca e, finalmente, faria a troca pelo colar de conchas do mar. 6
  • 9. 7
  • 10. Como você pode ver, essa troca causava muita confusão. Por isso, as pessoas entraram em acordo para dar um valor a alguns objetos ou alimentos e poder trocá-los por aquilo que cada um quisesse ou de que necessitasse. Assim, através do tempo e em diversas comunidades, certos objetos e alimentos, como conchas, plumas, tabaco, peles, pedras, sementes, cereais e sal foram usados como dinheiro para comprar e vender mercadorias. Quando alguém realizava um trabalho para outra pessoa, também podia receber em troca uma quantidade desses objetos. No Brasil, após a chegada dos portugueses, o pau-brasil passou a ser a principal mercadoria utilizada como elemento de troca. Posteriormente, o pano de algodão, o açúcar, o fumo e o zimbo (tipo de concha utilizada nas trocas entre os escravos) foram utilizados como moeda-mercadoria. 8
  • 11. 9
  • 12. Muito antes da descoberta do Brasil, à medida que as comunidades cresciam e aumentava a troca entre diferentes povos, os metais - especialmente os metais preciosos, como a prata e o ouro - começaram a ser utilizados como instrumento de troca para facilitar o comércio. Isso porque, além de serem muito desejados, por causa de sua beleza e dificuldade de obtenção - o que aumentava seu valor -, eram muito resistentes e podiam ser divididos em pequenas partes. Assim, os primeiros comerciantes viajavam carregando seus sacos de ouro e prata e algumas balanças, com as quais pesavam a quantidade necessária de metal para comprar ou vender mercadorias. Porém, o trabalho de carregar todo esse peso era complicado. Foi então que apareceram as primeiras moedas - peças de ouro ou de prata, ou de uma combinação dos dois metais. Essas moedas, onde eram inscritos seu peso e seu valor, eram marcadas, também, com os nomes, desenhos ou legendas dos governantes que as faziam circular em seus domínios. 10
  • 13.
  • 14. Mas sair com um saco de moedas para comprar mercadorias não era uma boa idéia. As estradas estavam cheias de ladrões, assaltantes e bandidos. Então, os comerciantes encontraram uma solução. Começaram a depositar suas moedas na casa de uma pessoa em quem confiavam: o ourives, que era o encarregado de trabalhar com o ouro e com os outros metais nobres. Ali suas moedas estariam seguras. Em troca das moedas que lhe davam para guardar, o ourives entregava um recibo no qual prometia devolvê-las quando o dono as pedisse. Sempre que comprava mercadorias, o comerciante ia à casa do ourives para retirar parte de suas moedas. Por sua vez, o dono da mercadoria recebia as moedas do comerciante e também as depositava na casa do ourives. 12
  • 15. 13
  • 16. Os ourives estavam cansados de tanto dar recibos pelas mesmas moedas. Tiveram, então, uma grande idéia: em vez de ficarem entregando e guardando o ouro e a prata, era melhor que o comprador pagasse o vendedor com o recibo, que era, no final das contas, a prova de que o comprador tinha depósitos na casa do ourives. Essas foram as primeiras cédulas: recibos de papel que representavam uma quantidade de ouro e de prata. Além de guardar o dinheiro, os ourives começaram a emprestá-lo a reis, governantes e outras pessoas em troca de algum benefício ou favor. Assim, muitos ourives se tornaram os primeiros banqueiros. Durante muito tempo, os recibos dos ourives foram usados como cédulas, trocados pelo ouro e prata depositados nas arcas dos banqueiros. Hoje, continuamos usando cédulas, mas já não as trocamos por ouro e prata, como se fazia antes. Com elas, compramos as coisas de que precisamos ou que queremos. 14
  • 17. 15
  • 18. No mundo moderno, quase tudo tem um preço. Se você quer, por exemplo, um chocolate, deve pagar o valor que o vendedor pede. A mesma coisa acontece com os outros alimentos que você come, com a roupa que você usa, com a luz que ilumina a sua casa à noite, com a água que você usa para tomar banho e com o telefone que você usa para conversar com seus amigos. Como você pode ver, cada coisa tem um preço que se mede com dinheiro. E sendo o preço uma medida comum, expressa por cédulas e moedas, pode-se comparar o valor dos diferentes bens e serviços.
  • 19.
  • 20. Pode-se também guardar o dinheiro para usá-lo de outras maneiras. As pessoas trabalham e, por seu trabalho, recebem um pagamento em dinheiro. Esse pagamento é chamado de salário. Com o salário que recebem, as pessoas pagam a comida, a roupa, o lugar onde moram, a escola, a luz, a água e as demais coisas de que necessitam. Se, depois de todos esses gastos, lhes sobra algum dinheiro, elas o guardam em um banco, fazendo uma poupança para utilizar no futuro. Pode ser para comprar um carro novo, viajar, pagar um médico se ficarem doentes, ou ainda para abrir um negócio próprio, como uma sorveteria, um restaurante ou uma fábrica de sapatos, e assim ganhar mais dinheiro. 18
  • 21. 19
  • 22. Atualmente, além das moedas e das cédulas, existem outras formas de pagamento. Você se lembra de que os ourives entregavam aos comerciantes um recibo em troca do ouro e da prata? Da mesma maneira, se tivermos dinheiro em um banco, poderemos receber um talão de cheques ou um cartão de crédito. Com o desenvolvimento da informática, outras formas de pagamento passaram a ser usadas, como o pagamento eletrônico, feito também com cartão ou por computador. Não parece mais cômodo e seguro pagar assim? 20
  • 23. 21
  • 24.
  • 25. O fato é que, quando uma família trabalha, usa bem o dinheiro e tem alguma poupança, pode viver melhor. A mesma coisa acontece com os países. Por isso se diz que a verdadeira riqueza de um país é a capacidade de produção de seus habitantes. Quanto mais eles produzirem, melhor viverão.
  • 26. C uriosidades... Em geral, cada país tem a sua própria moeda: A palavra dinheiro vem do latim denarius, no Japão, o iene; nos Estados Unidos, o dólar; no México, nome dado a uma antiga moeda romana. Essa o peso mexicano; na Venezuela, o bolívar. Porém, palavra foi usada para denominar uma moeda vários países do Continente Europeu, a exemplo de prata e cobre que circulava em Castilha, na de Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal, Espanha; depois foi utilizada para todas as uniram-se, formando a Comunidade Econômica moedas e todo o tipo de dinheiro. Européia, e, a partir de 2002, adotaram uma moeda única para todos eles. Essa moeda chama- se “euro”. No Brasil, a moeda que nós utilizamos A palavra troca vem do Catalão troc e quer é o real. dizer “golpear”, “chocar”, pelo choque ou aperto de mãos que se davam os comerciantes no momento de fechar um negócio. A palavra moeda significa peça de metal, normalmente de formato circular, usada como meio de pagamento. Pode também ter um sentido mais amplo, significando dinheiro, englobando as moedas propriamente ditas e as cédulas. A palavra comércio vem do O primeiro papel-moeda latim comercium, formada com (as primeiras cédulas) foram utilizadas na China, as palavras cum e merx-cis, que no século VII, queriam dizer comércio de coisas miúdas ou de há mais de mil anos. pouco valor. 24
  • 27. As primeiras formas de dinheiro conhecidas são O gado foi uma mercadoria muito utilizada os lingotes (ou barras de metal), que eram como dinheiro. Era um tipo de dinheiro usados na Babilônia há uns 5.000 anos. interessante porque se multiplicava quando as vacas davam cria; porém davam prejuízo quando o gado ficava doente e morria. Além disso, era uma moeda de difícil transporte. Em latim, gado se chama pecus. Dessa palavra surgiu a expressão "valores pecuniários" que até hoje significa "valores em dinheiro". As moedas foram inventadas na Lídia, uma parte da Turquia atual, há uns 2.500 anos. Não eram totalmente de forma redonda e somente um dos lados era gravado. O sal também foi usado como dinheiro em Um dos benefícios que o aparecimento do dinheiro trouxe para as pessoas foi o de facilitar determinada época a vida daqueles que pretendiam guardar parte da história. Os soldados romanos eram pagos em dos seus ganhos para gastar no futuro. É muito sal. Daí a mais fácil guardar dinheiro do que vacas, origem da palavra salário cereais, sal, que podem desaparecer para definir o pagamento repentinamente. que os trabalhadores recebem dos seus patrões. 25
  • 28. H á muito tempo, existem provérbios, adivinhações, trava- línguas, rimas, versos, canções e até orações que expressam bem a sabedoria popular sobre o dinheiro. A seguir, damos alguns exemplos. Caso você tenha dúvidas, pergunte a alguém mais velho o que significam. Branco sou, Nem tudo que reluz é ouro. da água nasci, pobres e ricos comem de mim. Quem tudo quer tudo perde. Na água nasci, Quem parte e reparte na água me criei. fica com a melhor parte. Se na água me jogarem, na água morrerei. 26
  • 29. Por que a moeda é redonda? Mais vale um amigo na praça do que dinheiro no bolso. Quando a esmola é demais, Mais vale um pássaro na mão o santo desconfia. do que dois voando. De grão em grão, a galinha enche o papo. 27
  • 30. Agradecemos a autorização para reprodução e adaptação concedida pelo Banco Central da Venezuela. Gerência de Comunicações Institucionais: Mary Batista Lorenzo Créditos da publicação original: Créditos da publicação original Dirección Editorial: María Elena Maggi y Pedro Parra Deleaud Asesoría técnica: Víctor Fajardo Cortez Diseño e ilustraciones: Rosana Faría Producción y supervisión de imprenta: Mirna Ferrer ISBN 980-6395-00-X Impreso en Venezuela por Refolit Textos e ilustrações adaptados pelo Banco Central do Brasil Secretaria Executiva da Diretoria, Secretaria de Relações Institucionais. Ilustração da página 9 por Paulo Eduardo Flores.
  • 31.
  • 32. A palavra economia vem do grego oikos (casa) e némein (administrar). Desse significado de cuidar e lidar com os bens de uma casa, a palavra tomou o sentido que tem agora de administrar a riqueza pública de uma comunidade, região ou país. Daí também vem o nome da ciência que estuda os processos econômicos. Com esta série de cadernos, o Banco Central do Brasil acredita estar oferecendo às crianças brasileiras, por meio de textos simples e ilustrações divertidas, alguns temas e conceitos básicos de economia que permitirão a elas compreender a complexidade do mundo econômico de hoje.