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Os mundos, as sensações
    e as propriedades
      organolépticas




Olhares cotidianos que revelam
 as ciências naturais das ruas
• Escritas dispersas a carregar nelas mesmas, em
    sua insustentável leveza, uma traduzibilidade
  ilimitada e sempre indefinida até que, nesta ou
        naquela circunstância, encontrem um
         leitor, quem sabe um leitor alheio às
       fronteiras, aos limites, esse que faz suas
  misturas, suas combinações, assim como esses
     encontros aqui propostos. IgnorAR também
       entendido como potência do deixAR-se
  contemplar, pensar, acontecer, necessitar viver.
• A exposição das imagens e dos desejos...



                                    • pausa
Uma invasão organoléptica:
• O toque:

     • O seu corpo,
     • O corpo do outro.
     • A água.
• O sabor:

  – A descrição dos saberes preferidos sem os
    adjetivos que remetem ao paladar.
• A visão:

  – Como eu vejo o mundo?

  – Como eu acho que o mundo me vê?
• O olfato:

  – A redescoberta dos cheiros e a sua catalogação.
• A audição:

  – Os sons.

     • E os modos de vida.
PROJETO DE ESTAGIO
    SUPERVISIONADO I
   (Explorar com/na/das
 imagens as sensações, os
  silêncios, os saberes, a
        memória...)




Olhares cotidianos que revelam
 as ciências naturais das ruas
O estágio será um ateliê de produção de
                sensações
Esgotar um cotidiano que se permite experimentar pelas andanças,

  contemplações, escritas, criptas, imagens, logos e grafias do projeto

 Olhares Cotidianos. Olhos sem tempo. Olhos que (se) olham e molham

  sem líquido. Humores o (de)compõem. Tempos não encontráveis ou

ilegíveis que se esquivam entre um passado-presente que dá ao cotidiano

 matizes muito variados, expressos larga e demoradamente através das

 fotografias, silêncios e vozes: um rodeio de palavras e de imagens, de

    grafias e sons formando uma superfície instável de inscrição [...]

                           (ANDRADE, 2011)
Louvado seja Deus, meu senhor
Por que meu coração está cortado a lâmina
Mas sorrio no espelho ao que
À revelia de tudo se promete;
Por que sou desgraçado
como um homem tangido para a forca,
Mas me lembro de uma noite na roça
O luar nos legumes e um grilo
Minha sombra na parede.


Louvado sejas por que eu quero pecar
contra o afinal sítio aprazível dos mortos,
Violar as tumbas com o arranhão das unhas,
Mas vejo a tua cabeça pendida
e escuto o galo cantar
Três vezes em meu socorro.


Louvado sejas, porque a vida é horrível
Porque mais é o tempo que eu passo
Recolhendo os despojos
- velho ao fim de uma gerra como uma cabra -
Mas limpo os olhos e o muco de meu nariz
Por um canteiro de grama.


Louvado sejas por que eu quero morrer, mas tenho medo
E insisto em esperar o prometido


Uma vez quando eu era menino
Abri a porta de noite
A horta estava branca de luar
E acreditei, sem nenhum sofrimento:
LOUVADO SEJAS!!!!

                                                        Adélia Prado
Problema:
• A chegada da mineração, do parque eólico,
  estiagem... E o cotidiano das pessoas.




            • Os saberes da ciências em meio a tudo isso.
O que vamos fazer:




• Ir para as escolas e para as ruas buscar as
  imagens que “representam” isso.
E quais serão os registros?
Fotográficos
Cinematográfico
Exposição
Musical: Vocal
Os versos e versos... As poesias
E onde estão os conteúdos:
• Nos livros;

• Nas ruas.



                    • Uma negociação...
As escolhas:
• Os casais de estágio:
• Jéssica, Noélia, Cléia, Robson, Fabiana –
  fotográfico;
• Adriana – vocal



                      ...
Cai a rosa
 Cai a festa da vida na minha mão,
  caem as rosas nos meus olhos.
           Caem os sonhos,
          caem os destinos
     Fica um pouco de música
     mas mesmo a música cai.
             Cai, termina,
       e ainda assim, renasce.
Atravessam as rosas os meus olhos.
      As estrelas singram a luz,
     as cores singram os olhos
    e os olhos singram as cores
         e eu, por instantes,
          ferida de alegrias,
       fendida de felicidades,
        sou a vida que nasce.

           Márcio Ide

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Agua

  • 1. Os mundos, as sensações e as propriedades organolépticas Olhares cotidianos que revelam as ciências naturais das ruas
  • 2.
  • 3. • Escritas dispersas a carregar nelas mesmas, em sua insustentável leveza, uma traduzibilidade ilimitada e sempre indefinida até que, nesta ou naquela circunstância, encontrem um leitor, quem sabe um leitor alheio às fronteiras, aos limites, esse que faz suas misturas, suas combinações, assim como esses encontros aqui propostos. IgnorAR também entendido como potência do deixAR-se contemplar, pensar, acontecer, necessitar viver.
  • 4. • A exposição das imagens e dos desejos... • pausa
  • 5. Uma invasão organoléptica: • O toque: • O seu corpo, • O corpo do outro. • A água.
  • 6. • O sabor: – A descrição dos saberes preferidos sem os adjetivos que remetem ao paladar.
  • 7. • A visão: – Como eu vejo o mundo? – Como eu acho que o mundo me vê?
  • 8. • O olfato: – A redescoberta dos cheiros e a sua catalogação.
  • 9. • A audição: – Os sons. • E os modos de vida.
  • 10. PROJETO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO I (Explorar com/na/das imagens as sensações, os silêncios, os saberes, a memória...) Olhares cotidianos que revelam as ciências naturais das ruas
  • 11. O estágio será um ateliê de produção de sensações
  • 12. Esgotar um cotidiano que se permite experimentar pelas andanças, contemplações, escritas, criptas, imagens, logos e grafias do projeto Olhares Cotidianos. Olhos sem tempo. Olhos que (se) olham e molham sem líquido. Humores o (de)compõem. Tempos não encontráveis ou ilegíveis que se esquivam entre um passado-presente que dá ao cotidiano matizes muito variados, expressos larga e demoradamente através das fotografias, silêncios e vozes: um rodeio de palavras e de imagens, de grafias e sons formando uma superfície instável de inscrição [...] (ANDRADE, 2011)
  • 13. Louvado seja Deus, meu senhor Por que meu coração está cortado a lâmina Mas sorrio no espelho ao que À revelia de tudo se promete; Por que sou desgraçado como um homem tangido para a forca, Mas me lembro de uma noite na roça O luar nos legumes e um grilo Minha sombra na parede. Louvado sejas por que eu quero pecar contra o afinal sítio aprazível dos mortos, Violar as tumbas com o arranhão das unhas, Mas vejo a tua cabeça pendida e escuto o galo cantar Três vezes em meu socorro. Louvado sejas, porque a vida é horrível Porque mais é o tempo que eu passo Recolhendo os despojos - velho ao fim de uma gerra como uma cabra - Mas limpo os olhos e o muco de meu nariz Por um canteiro de grama. Louvado sejas por que eu quero morrer, mas tenho medo E insisto em esperar o prometido Uma vez quando eu era menino Abri a porta de noite A horta estava branca de luar E acreditei, sem nenhum sofrimento: LOUVADO SEJAS!!!! Adélia Prado
  • 14. Problema: • A chegada da mineração, do parque eólico, estiagem... E o cotidiano das pessoas. • Os saberes da ciências em meio a tudo isso.
  • 15. O que vamos fazer: • Ir para as escolas e para as ruas buscar as imagens que “representam” isso.
  • 16. E quais serão os registros?
  • 21.
  • 22. Os versos e versos... As poesias
  • 23. E onde estão os conteúdos: • Nos livros; • Nas ruas. • Uma negociação...
  • 24. As escolhas: • Os casais de estágio: • Jéssica, Noélia, Cléia, Robson, Fabiana – fotográfico; • Adriana – vocal ...
  • 25. Cai a rosa Cai a festa da vida na minha mão, caem as rosas nos meus olhos. Caem os sonhos, caem os destinos Fica um pouco de música mas mesmo a música cai. Cai, termina, e ainda assim, renasce. Atravessam as rosas os meus olhos. As estrelas singram a luz, as cores singram os olhos e os olhos singram as cores e eu, por instantes, ferida de alegrias, fendida de felicidades, sou a vida que nasce. Márcio Ide