3. Na História
• A anticoncepção tem uma história milenar. Hipócrates (377
a.C.) já sabia que a semente da cenoura selvagem era capaz
de prevenir a gravidez
• Em 1961 chegou ao Brasil o primeiro anticoncepcional
hormonal oral; - A “pílula”, que significou uma reviravolta
no conceito de sexualidade.
• Em 1997 foi criada a Política Nacional de Planejamento
Familiar , que inclui oferta de oito métodos contraceptivos
gratuitos e também a venda de anticoncepcionais a preços
reduzidos na rede Farmácia Popular.
4. Segundo o IBGE, na última pesquisa, o Acre é o
estado onde as mulheres têm mais filhos, em média
2,59 filhos por mulher.
Entre as brasileiras, no começo da vida
sexual, dificilmente utilizam métodos
contraceptivos hormonais. Na faixa de 15 a 20
anos, 70% das entrevistadas declararam recorrer a
camisinha como contraceptivo de escolha.
6. O QUE SÃO?
Contraceptivos são métodos ou
substâncias que evitam a gravidez
e alguns previnem as DSTs.
São classificados em cinco grupos:
• Métodos comportamentais
• Métodos de barreira
• Dispositivos intrauterinos
• Contracepção hormonal
• Contracepção cirurgica
7. Métodos Comportamentais
Tem por base os conhecimentos sobre a fisiologia
feminina
Ogino Knaus (tabelinha)
Billings (muco cervical)
8. Ogino Knaus (tabelinha)
Procura calcular o início e o fim
do período fértil. É adequado
somente para mulheres com
ciclo menstrual regular, mantendo
abstinência sexual com
contato genital durante o período
fértil, que deve ser acompanhado
de 6 a 12 ciclos.
Pouco eficaz, pois depende da
abstenção voluntária nos
períodos férteis da mulher, onde
o libido se encontra em alta.
9. Billings
(Muco Cervical)
Baseia-se na identificação do período fértil
pelas modificações cíclicas do muco
cervical. O muco cervical aparece cerca de
2 a 3 dias depois da menstruação.
Testa-se colocando o muco entre o
indicador e o polegar, verificando a
consistência do muco que no período fica
bem “grudento”. É necessária a interrupção
da atividade sexual nesta
fase, permanecendo em abstinência por no
mínimo 4 dias a partir do pico de
produção, período em que inicia o período
fértil novamente.
10. Billings
(Muco Cervical)
O Billings é um método pouco
confiável, pois exige observação
sistemática e responsabilidade da
mulher durante vários meses, até
conhecer bem o seu ciclo e o muco.
11. Métodos de Barreira
Métodos que imobilizam os
espermatozóides, impedindo-os de entrar em contato
com o óvulo e de haver fecundação.
Preservativo Feminino
Preservativo Masculino
12. Preservativo Feminino
A camisinha feminina é feita de poliuretano, consistindo em
uma “bolsa” lubrificada de 17 cm de comprimento, com uma
extremidade fechada (interna) e outra aberta (externa). O
produto tem dois anéis, sendo que o interno deve ser
posicionado no fundo vaginal (anel flexível e removível), e
funciona como âncora no órgão genital feminino.
A camisinha feminina deve ser usada em todas as relações
sexuais. A mulher deve colocar a camisinha antes de ter
qualquer contato da vagina com o pênis, mesmo durante a
menstruação, e pode ser colocada até oito horas antes da
relação sexual.
Tem eficácia de 90%, prevenindo a gestação e as DSTs.
13. Preservativo Masculino
O preservativo é um invólucro de látex, de
borracha fina que funciona como uma barreira
e impede os espermatozóides de entrarem na
vagina, evitando assim uma gravidez.
É o método contraceptivo mais utilizado em
todo o mundo, que ajuda não só no
planejamento familiar como também evita a
transmissão de diversas DSTs, sendo o método
mais eficiente contra a transmissão do
vírus HIV. Deve estar presente durante todo
o ato sexual: deve ser colocado no pênis assim
que este fica ereto, antes de iniciar a
penetração e deve ser retirado após a
ejaculação, antes que o pênis perca a ereção.
Pode ser utilizado apenas uma vez.
15. DIU
O DIU é um artefato de polietileno, que exerce efeito
anticonceptivo quando colocado dentro da cavidade
uterina de uma mulher.
Existem basicamente duas categorias:
DIUs não medicados (ou inertes): não contém ou
liberam substâncias ativas. São unicamente
constituídos de polietileno;
DIUs medicados (ou ativos): além da matriz de
polietileno, contém substâncias (metais ou
hormônios) que exercem ação bioquímica
local, aumentando sua eficácia anticonceptiva.
Dos DIUs medicados, os mais utilizados são os que
contém cobre ou progesterona.
16. DIU
O DIU é um método
anticonceptivo muito
eficaz, apresentando uma
taxa de falha de 0,2% ao
ano.
Em geral, os DIUs de cobre
são mais eficazes e
produzem menos efeitos
colaterais que os não
medicados.
17. Contracepção Hormonal
Os anticoncepcionais hormonais são esteróides
utilizados isoladamente ou em associação com
progesterona com a finalidade básica de impedir a
concepção.
ANEL VAGINAL
PÍLULA
ADESIVO
INJETÁVEIS
IMPLANTES
18. Pílula
Pílulas são anticoncepcionais
orais – hormônios combinados
de estrogênio associados ao
progesterona, impedindo a
concepção por inibir a ovulação
pelo bloqueio da liberação de
gonadotrofina pela hipófise.
É uma das formas de
contracepção mais
seguras, com 99% de eficiência
se utilizada corretamente.
19. Pílula
O anticoncepcional oral deve ser
tomado da seguinte forma: o 1º
comprimido da cartela no 1º dia da
menstruação, tomando 1 pílula por dia
até o fim da cartela.
Quando a cartela do anticoncepcional
acabar, deve-se esperar 7 dias e no 8º
dia iniciar uma nova cartela. Isso vale
para anticoncepcionais com 21
comprimidos. Durante esta pausa de 7
dias a mulher deverá ficar menstruada.
A menstruação de quem toma
anticoncepcional costuma durar de 3 a
4 dias.
20. Injetáveis
O anticoncepcional injetável apresenta-se em forma de injeção
intramuscular de hormônios (estrogênio e
progesterona), podendo ser aplicada a cada 30 ou 90 dias.
Além de inibir a ovulação, o anticoncepcional injetável também faz
com que o muco do colo do útero fique mais espesso impedindo a
passagem dos espermatozóides pelo canal.
Também muito eficazes, com taxas de gravidez muito baixas, ao
redor de 0,1% a 0,3% ao ano, aproximadamente.
21. Anel Vaginal
É um anel de silicone bastante flexível, libera
constantemente baixas doses de estrógeno e
progesterona, sendo estes absorvidos pela
mucosa vaginal, impedindo a ovulação. Também
aumentam o muco dessa região, dificultando a
passagem dos espermatozóides.
22. Anel Vaginal
O anel deve ser inserido na vagina no primeiro dia da
menstruação, quando se inicia o sangramento, e
removido após 3 semanas. Você só volta a utilizar um
novo anel depois de uma pausa de 7 dias.
Possui grande eficácia (de 99,6% a 99,8%), não
oferece incômodo e tampouco atrapalha o ato sexual.
23. Adesivo
É um adesivo fino constituído de progesterona e
estrogênio que são continuamente transferidos através
da pele para a corrente sanguínea.
Os hormônios liberados evitam que se dê a ovulação.
Também espessam as secreções do muco do
cervix, tornando a entrada do esperma no útero mais
difícil.
É um método muito confiável com 99,3% de eficácia.
24. Adesivo
Para utilizar o adesivo anticoncepcional basta colocá-lo na pele
no primeiro dia da menstruação e deixá-lo permanecer por 7
dias, sendo que após esse período, o adesivo deve ser trocado.
Além disso, depois do uso de 3 adesivos consecutivos é
necessário fazer intervalo de 7 dias, para então colocar um novo
adesivo na pele, a mulher inicia o método no primeiro dia de
menstruação e fica com o contraceptivo colado à pele por sete
dias consecutivos. No fim da terceira semana, ele é retirado e a
mulher fica sete dias sem usar para que ocorra a menstruação.
Existem quatro locais para aderir o adesivo:
braço, costas, abdômen e acima dos glúteos.
25. Contracepção Cirúrgica
Os métodos cirúrgicos ou de esterilização visam
bloquear os canais que, no homem ou na mulher, são
responsáveis pelo contato entre o esperma e o óvulo
potencializando a ocorrência de uma gravidez.
Laqueadura
Vasectomia
26. Laqueadura
Laqueadura é um processo de
esterilização definitiva, que consiste
no fechamento das tubas uterinas
para impedir a descida do óvulo e a
subida do espermatozóide. É uma
cirurgia simples, na qual as trompas
são cortadas e suas extremidades
amarradas de tal forma que a
passagem dos espermatozóides ficam
bloqueadas na sua porção mais distal
e a do óvulo bloqueada na porção
mais proximal. Embora simples, ela
implica a abertura da cavidade
abdominal para ter acesso às
trompas, diretamente ou por
laparoscopia.
27. Laqueadura
Embora sua eficácia teórica
seja de 100%, na prática é
observado, em média, falha
de 0,3 gestações para cada
100 mulheres/ano.
28. Vasectomia
Vasectomia é um procedimento cirúrgico que
interrompe a circulação dos espermatozóides
produzidos pelos testículos e conduzidos através
do epidídimo (tubo em forma de novelo que se
localiza na parte superior dos testículos) para os
canais deferentes que desembocam na uretra.
Trata-se de um método de contracepção muito
seguro que secciona os dois deferentes.