1) Aristides de Sousa Mendes nasceu em Cabanas de Viriato e trabalhou como cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra Mundial.
2) Apesar das ordens para não conceder vistos a judeus, ele desobedeceu e ajudou cerca de 30.000 pessoas fugindo da perseguição nazista, fornecendo vistos para Portugal.
3) Sua ação salvou muitas vidas, mas ele perdeu o emprego como consequência do processo disciplinar iniciado por Salazar.
2. Aristides de Sousa Mendes nasceu em Cabanas de Viriato,
estudou em Coimbra. Mais tarde, casou com D. Angelina.
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3. Aristides e D. Angelina tiveram catorze filhos e sempre
foram uma família unida e feliz.
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4. Aristides e a sua família viajaram muito. Aristides era
cônsul de Portugal. Um cônsul é um funcionário do
Ministério dos Negócios Estrangeiros que representa, na
cidade em que é colocado, os interesses dos cidadãos desse
país.
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5. Sempre que Aristides de Sousa Mendes regessava a
Portugal, ficava na sua casa de Cabanas de Viriato.
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6. Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Aristides
estava a trabalhar em Bordéus. O cônsul assistiu ao êxodo
de muitos Judeus e sentiu muita compaixão por estas
pessoas.
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7. Muitos deles esperavam horas à porta dos consulados
para obterem um visto de entrada no nosso país. Um visto
era um documento que permitia a entrada de cidadãos no
país. Nesta altura não era possível a livre circulação de
cidadãos pela Europa.
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8. Embora as autoridades portuguesas tivessem proibido
que os cônsules passassem vistos a Judeus ou a pessoas de
“nacionalidade desconhecida”, Aristides desobedeceu,
pois não concordava que aquelas crianças, mulheres e
homens fossem castigados só porque tinham uma religião
diferente.
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9. Ele ajudou muitas pessoas até à fronteira espanhola e
defendeu os seus direitos.
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10. He helped many of them to get near the Spanish border.
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11. As autoridades fronteiriças espanholas não gostaram
desta atitude, mas como os Judeus iam apenas atravessar a
Espanha e queriam entrar em Portugal, deixaram-nos
passar.
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12. Salazar também não gostou da atitude de Sousa Mendes e
chamou-o de imediato a Portugal, sujeitando-o a um
processo disciplinar.
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13. Quando lhe perguntaram porque tinha passado os vistos a
Judeus, Aristides disse que sabia o que lhe podia acontecer
se desobedecesse, mas que também sabia o que podia
acontecer àquelas pessoas se ele não fizesse nada.
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14. Ele não podia esquecer os amigos que tinha feito em
tempos tão difíceis.
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15. A sua consciência não lhe permitiria voltar as costas àquelas
pessoas que passavam por tão grandes provações.
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16. Em resultado do processo disciplinar a que foi sujeito,
Aristides perdeu o seu emprego.
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17. Embora Aristides e a sua família tivessem de enfrentar
situações difíceis, tanto o cônsul como a sua família estavam
de consciência tranquila, pois tinham feito algo para salvar
30.000 pessoas.
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18. Estes refugiados tinham tido a sorte de lhes ter sido dado
um visto de entrada em Portugal.
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19. Infelizmente nem todos tiveram essa sorte. Muitas
crianças, mulheres e homens, novos e velhos, foram enviados
para campos de concentração só porque pertenciam a uma
religião diferente ou porque recusavam aceitar as ideias de
Hitler.
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20. Aristides e a sua atitude nunca foram esquecidos por
aqueles que receberam a sua ajuda. Alguns anos após o final
da guerra(21-02-1961), os Judeus plantaram uma árvore na
Álea dos Justos em Jerusalém.
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Editor's Notes
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