2. A injeção intracitoplasmática de um espermatozoide é uma
técnica recente de fertilidade, descrita pela primeira vez em 1992.
É indicado recorrer a este método quando:
♀ Casais com falha de fertilização em ciclo prévio de FIV
convencional.
♂ Homens com espermograma alterado (ex. baixo número, baixa
mobilidade).
♀ Azoospermia (ausência completa de espermatozoides no esperma),
homens que necessitam da obtenção cirúrgica de espermatozoides.
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♂ Quando os espermatozoides congelados possuem parâmetros
alterados tanto no número quanto na qualidade.
Injeção intracitoplasmática de um espermatozoide
3. A mulher usa drogas de fertilidade com o
objetivo de estimular simultâneamente o
crescimento de vários folículos maduros.
Os óvulos são aspirados por via vaginal
(orientação por ultrassons) e armazenados em
meio de cultura no laboratório.
A qualidade dos óvulos é examinada ao
microscópio.
Etapas do tratamento
Injeção intracitoplasmática de um espermatozoide
4. Posteriormente são incubados de 3-6 horas.
Após esse período os óvulos são classificados consoante
a maturidade. Se maduros, são preparados para injeção.
Os espermatozoides colhidos do sémen, do epidídimo
ou dos testículos são preparados em meio de cultura
especial.
Selecionado o óvulo, o espermatozoide é escolhido,
imobilizado e aspirado por uma agulha muito fina.
Durante a injeção, o citoplasma do oócito é aspirado e
colocado novamente para ter a certeza de que o
espermatozoide ficou dentro do citoplasma.
Injeção intracitoplasmática de um espermatozoide
5. Outros fatores que afetam as taxas de sucesso são a idade da mulher, a duração da
infertilidade e o número de embriões transferidos.
Em comparação com a FIV tradicional, a ICSI não aumenta as taxas de gravidez
múltipla.
Injeção intracitoplasmática de um espermatozoide
Nesta técnica as taxas de fertilização
são de 60-70% dos óvulos injetados e as
taxas de divisão cerca de 80%. As taxas
gerais de nascimento vivo/embrião
transferido varia de 23,1% a 28,7%.
As taxas de sucesso dependem da
habilidade e experiência dos médicos e
embriologistas.
Eficácia
6. Injeção intracitoplasmática de um espermatozoide
Riscos
Para a mulher, os riscos associados a um tratamento de ICSI são
idênticos aos de um tratamento de FIV convencional, no entanto, a ICSI é
um tratamento mais recente, havendo assim, menos informação.
Neste método, embora seja sempre escolhido um óvulo aparentemente
normal, nem sempre é possível identificar o melhor, mas se o procedimento
for realizado corretamente, a injeção não parece ter efeitos negativos sobre
o óvulo.
Atualmente, a maioria dos estudos realizados indica que as crianças
concebidas através da ICSI não têm mais probabilidades de sofrer de um
defeito hereditário do que as crianças concebidas de outras formas.
No que respeita ao desenvolvimento mental, um estudo realizado sobre
crianças do sexo masculino concebidas por este meio, aponta para um
desenvolvimento ligeiramente mais lento ao fim de um ano de idade. No
entanto, existem outros estudos que não o comprovam, sendo necessário
realizar mais.