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Sexualidade e Poder 
segundo Foucault
SUPERSABER 
 Fenômeno cultural, social 
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Ilha de Pompéia
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 “O menino, no qual 
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costuma obter prazer 
estimulando esse 
órgão com a mão. 
Seus pais e sua ama o 
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Onde estão os mecanismos de Poder em 
nossa sociedade?
SEXO, SEXUALIDADE E GÊNERO 
 SEXO: Divisão biológica, macho e fêmea 
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acima de tudo, substituindo comportamentos sexuais promíscuos por 
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qualitativo. Ao lado de muitas coisas boas no cenário considerado, 
e que Reich teria aprovado, há outras que eram a antítese do que 
ele entendia por liberação genuína. A ênfase corriqueira na 
pornografia, no senso de glorificação de muitos dos elementos 
perversos, infantis e destrutivos da sexualidade “reprimida mas não 
liberada”, corre o risco de abafar a tomada de consciência mais 
tranqüila de atitudes mais abertas e saudáveis. As celebrações 
orgásticas e a abordagem “fria” ameaçam e minam a nova 
liberdade descoberta que possibilita construir e quebrar relações 
sexuais duradouras sem os conflitos econômicos e culturais e as 
pressões decorrentes de casamentos recentes ou compulsivos.” 
(Boadella, 1985)
CORPOS QUE ESCAPAM 
 “Os corpos somente 
são o que são na 
cultura. Sendo assim, 
os significados de 
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apenas deslizam e 
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(Louro, 2003)
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 A drag repete e exagera, se aproxima, legitima 
e, ao mesmo tempo, subverte o sujeito que 
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tal paródia — característica da pós-modernidade 
— não significa a imitação ridicularizadora, mas 
sim uma “repetição com distância crítica que 
permite a indicação irônica da diferença no 
próprio âmago da semelhança” 
(Hutcheon,1991:.47). 
 (Louro, 2003)
AMOR E SEXO 
(Arnaldo Jabor – cantado por Rita Lee) 
Amor é cristão 
Sexo é pagão 
Amor é latifúndio 
Sexo é invasão 
Amor é divino 
Sexo é animal 
Amor é bossa 
nova 
Sexo é carnaval 
Amor é isso, 
Sexo é aquilo 
E coisa e tal... 
E tal e coisa... 
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E demora 
O amor nos torna 
patéticos 
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Amor é cristão 
Sexo é pagão 
Amor é latifúndio 
Sexo é invasão 
Amor é divino 
Sexo é animal 
Amor é bossa 
nova 
Sexo é carnaval 
Amor é para 
sempre 
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Amor é um livro 
Sexo é esporte 
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Amor é sorte 
Amor é 
pensamento, 
teorema 
Amor é novela 
Sexo é cinema 
Sexo é 
imaginação, 
fantasia 
Amor é prosa 
Sexo é poesia
BIBLIOGRAFIA 
 Boadella, D. (1985). Nos Caminhos de Reich. São Paulo: Editora 
Summus. 
 Costa, J. F. (1994). Os gregos antigos e o prazer homoerótico. Em 
Ética e o Espelho da Cultura. Rio de Janeiro: Rocco. 
 Foucault, M. (2004 [1978]). Sexualidade e Poder. Em Ética, 
Sexualidade , Política: Coleção Ditos & Escritos. Rio de Janeiro: 
Forense Universitária. 
 Freud, S. (1976 [1908]). Sobre as Teorias Sexuais das Crianças. 
Em Edição Standard das Obras Psicológicas Completas. Vol. IX. 
Rio de janeiro: Imago. 
 Louro, G. L. (2003). Corpos que escapam. Estudos feministas: 
volume 04. Brasília/Montreal/Paris: Labrys.

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Sexualidade poder

  • 1. Sexualidade e Poder segundo Foucault
  • 2. SUPERSABER  Fenômeno cultural, social  FREUD: Desconhecimento do sujeito sobre seu desejo ou de sua sexualidade  FOCAULT: Problema da produção de teorias sobre sexualidade – como ocorre o fenômeno?
  • 3. HISTÓRIA DA SEXUALIDADE  Sociedades Orientais: métodos e meios para intensificar o prazer sexual Kamasutra
  • 4. HISTÓRIA DA SEXUALIDADE  Sociedade Ocidental: Scientia Sexualis  1. Antigüidade Grega e Romana  2. Cristianismo e Sociedade Burguesa  3. Freud, séc.XIX
  • 5. GRÉCIA E ROMA  “Na Grécia antiga não existiam palavras para designar o que chamamos de “homossexualidade” e “heterossexualidade” porque simplesmente não existia a idéia de “sexualidade”.” (Costa, 1994)
  • 6.  “O Eros da pederastia por princípio era virtuoso, ao contrário da “homossexualidade” contemporânea, tida como vício, doença, “degeneração” ou perversão, desde que foi inventada pelas ideologias jurídico-médico-psiquiátricas do seculo XIX” (Costa, 1994)
  • 8. CRISTIANISMO (até séc. XIX)  Princípios de moral sexual:  Monogamia, Função Reprodutiva e Desqualificação do Prazer  Já existiam no mundo romano  O que o Cristianismo trouxe foram novas técnicas de repressão: Mecanismos de Poder
  • 9. MECANISMOS DE PODER  Poder individualista: “todo indivíduo tem a obrigação de obter sua salvação”  Aceitação da autoridade do outro: o pastor pode exigir obediência absoluta  Conhecimento da interioridade do indivíduo Santo Agostinho
  • 10. FREUD  “O menino, no qual dominam principalmente as excitações do pênis, costuma obter prazer estimulando esse órgão com a mão. Seus pais e sua ama o surpreenderam nesse ato e o intimidam com a ameaça de cortar-lhe o pênis.” (Freud, 1908)
  • 11. Onde estão os mecanismos de Poder em nossa sociedade?
  • 12. SEXO, SEXUALIDADE E GÊNERO  SEXO: Divisão biológica, macho e fêmea  GÊNERO: Papel Social assumido ou atribuído  SEXUALIDADE: Preferências, predisposições ou experiências sexuais, na experimentação e descoberta da sua identidade e atividade sexual, num determinado período da sua existência.
  • 13. O Movimento Político Sexual de Reich  Objetivos principais:  Distribuição de contraceptivos e conscientização sobre o controle de natalidade, para que não houvesse necessidade de aborto;  Legalização do aborto e disponibilidade do mesmo em clínicas públicas;  Abolição da diferenciação entre casados e não casados no sentido legal, abolição do termo adultério e eliminação da prostituição por meio de reeducação;  Eliminação das doenças venéreas através de completa educação sexual e, acima de tudo, substituindo comportamentos sexuais promíscuos por relações sexuais saudáveis;  Estudos de pedagogia sexual e fundação de clínicas terapêuticas;  Treinamento de diversos profissionais da saúde nas questões relevantes da higiene sexual;  Proteção de crianças e adolescentes contra a sedução do adulto e substituição da pena de crimes de ordem sexual por tratamento.
  • 14. A revolução sexual depois de Reich  “A revolução permissiva é mais um fenômeno quantitativo do que qualitativo. Ao lado de muitas coisas boas no cenário considerado, e que Reich teria aprovado, há outras que eram a antítese do que ele entendia por liberação genuína. A ênfase corriqueira na pornografia, no senso de glorificação de muitos dos elementos perversos, infantis e destrutivos da sexualidade “reprimida mas não liberada”, corre o risco de abafar a tomada de consciência mais tranqüila de atitudes mais abertas e saudáveis. As celebrações orgásticas e a abordagem “fria” ameaçam e minam a nova liberdade descoberta que possibilita construir e quebrar relações sexuais duradouras sem os conflitos econômicos e culturais e as pressões decorrentes de casamentos recentes ou compulsivos.” (Boadella, 1985)
  • 15.
  • 16. CORPOS QUE ESCAPAM  “Os corpos somente são o que são na cultura. Sendo assim, os significados de suas marcas não apenas deslizam e escapam, mas são também múltiplos e mutantes.” (Louro, 2003)
  • 17. DINÂMICA: TRAVESTINDO-SE  A drag repete e exagera, se aproxima, legitima e, ao mesmo tempo, subverte o sujeito que copia. Conforme acentuam teóricas e teóricos, tal paródia — característica da pós-modernidade — não significa a imitação ridicularizadora, mas sim uma “repetição com distância crítica que permite a indicação irônica da diferença no próprio âmago da semelhança” (Hutcheon,1991:.47).  (Louro, 2003)
  • 18.
  • 19. AMOR E SEXO (Arnaldo Jabor – cantado por Rita Lee) Amor é cristão Sexo é pagão Amor é latifúndio Sexo é invasão Amor é divino Sexo é animal Amor é bossa nova Sexo é carnaval Amor é isso, Sexo é aquilo E coisa e tal... E tal e coisa... Sexo é do bom... Amor é do bem... Amor sem sexo, É amizade Sexo sem amor, É vontade Amor é um Sexo é dois Sexo antes, Amor depois Sexo vem dos outros, E vai embora Amor vem de nós, E demora O amor nos torna patéticos Sexo é uma selva de epiléticos Amor é cristão Sexo é pagão Amor é latifúndio Sexo é invasão Amor é divino Sexo é animal Amor é bossa nova Sexo é carnaval Amor é para sempre Sexo também Amor é um livro Sexo é esporte Sexo é escolha Amor é sorte Amor é pensamento, teorema Amor é novela Sexo é cinema Sexo é imaginação, fantasia Amor é prosa Sexo é poesia
  • 20. BIBLIOGRAFIA  Boadella, D. (1985). Nos Caminhos de Reich. São Paulo: Editora Summus.  Costa, J. F. (1994). Os gregos antigos e o prazer homoerótico. Em Ética e o Espelho da Cultura. Rio de Janeiro: Rocco.  Foucault, M. (2004 [1978]). Sexualidade e Poder. Em Ética, Sexualidade , Política: Coleção Ditos & Escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária.  Freud, S. (1976 [1908]). Sobre as Teorias Sexuais das Crianças. Em Edição Standard das Obras Psicológicas Completas. Vol. IX. Rio de janeiro: Imago.  Louro, G. L. (2003). Corpos que escapam. Estudos feministas: volume 04. Brasília/Montreal/Paris: Labrys.