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Ficha de leitura<br />Referência bibliográfica<br />Cunha, Teresa; Reis, Inês (2007) “Aprender a aprender por outros currículos” in Cunha, Teresa; Santos, Celina, “Artigo feminino – andar por outros caminhos”, AJP Editora<br />Sinopse<br />O diálogo conceptual e pedagógico entre diferentes experiências e conhecimentos amplifica os instrumentos e os horizontes que estão à disposição das pessoas e comunidades que queiram exercitar e inovar os seus actos educativos.<br />Para pensar e problematizar a educação, precisamos não só de conhecer o mundo, mas também de construir participativamente outros instrumentos. As actividades de educação não-formal são a matriz fundadora da nossa reflexão e também uma ferramenta de rebeldia numa era de hegemonia autoritária e de desvalorização, ainda que imprudente, da importância da educação democrática e cidadã. Uma dinâmica da educação que aprende a aprender e por isso se ocupa e se movimenta por entre a poesia ou sociologia para fazer emergir os outros currículos que são também sua parte constitutiva.<br />Neste texto as autoras procuram pensar, analisar e discutir três questões a partir da educação não-formal, desenvolvidas no âmbito de um projecto de intervenção sócio-educativa. O objectivo é apresentar o projecto e analisar as potencialidades e os limites que este tem vindo a colocar enquanto processo educativo, interessando também reflectir através desta experiência e elaborar o que se pode construir como a base do pensamento crítico. Por fim é também objectivo das autoras analisar as características e funcionalidades da educação não-formal, e os critérios e princípios que julgam ser fundamentais para a definição das pedagogias.<br />Capítulo I<br />Procura explicar os objectivos e quem foram os protagonistas<br />Capítulo II<br />As autoras escrevem quais são as suas inspirações teóricas e seus fundamentos<br />Capítulo III<br />As autoras definem a educação não-formal<br />Descritos:<br />-Educação não-formal<br />-Aprendizagem cooperativa e experiencial<br />-Humanização de democratização<br />-Dialogicidade<br />-Aprender<br />-Racionalidade<br />-Pedagogia<br />Estrutura do texto:<br />A obra está dividida em vários capítulos: a introdução, o problema, violências, identidades e diversidades, género e direitos humanos das mulheres, paz e inconclusões.<br />Panorâmica geral de cada capítulo:<br />Capítulo I procura explicar os objectivos e quem foram os protagonistas. Os objectivos que guiaram o trabalho da AJPaz foram: colocar no centro das preocupações das comunidades escolares a igualdade de oportunidades e a dignidade humana; promover actividades e iniciativas que sensibilizassem para a igualdade de oportunidades e para a dignidade e os direitos humanos; criar espaços de conscientização e de capacitação das jovens mulheres e homens para a acção e para a mudança; desenvolver a capacidade de argumentar e reflectir criticamente; suscitar a mudança de atitudes e comportamentos quotidianos; criar e aprofundar espaços de reflexão-acção nas escolas.<br />Os protagonistas foram os alunos do ensino básico.<br />Capítulo II – Tem uma pequena explicação do ponto de vista das autoras e do ponto de vista de Paulo Freire que se baseia em cinco fundamentos: a educação como acção para o desenvolvimento humano e para a formação das pessoas enquanto sujeitas/os; a educadora/or tem a necessidade de compreender e de trabalhar as matrizes básicas da formação das/os sujeitas/os em processo formador; a necessidade de provocar o debate sobre a própria educação entre as diversas pessoas participantes nos processos formadores; um quarto fundamento é o entendimento de que a educação também é cultivo, é intencionalidade, é acompanhamento, é persistência, é aprender e ajudar no cultivo da pedagogia do cuidado com a Terra; o último fundamento é deixar-se educar pelas/os outras/os e pelos processos da educação.<br />O pensamento crítico é baseado na racionalidade cosmopolita (modo/mecanismos de pensar), racionalidade cidadã (coerência no pensamento), racionalidade ecológica (aposta na interdependência vital), racionalidade não-sexista (não descriminar ninguém de ordem ou sexo), racionalidade pacífica(todos os conflitos se podem resolver a bem).<br />Capítulo III- As autoras definem educação não formal como sendo um conjunto de acções educativas pensadas com a finalidade de desenvolver pessoal e socialmente as/os sujeitos, através da intervenção sobre as suas competências e respectivos processos de desenvolvimento em contextos variados. Poderemos dizer que a educação não-formal é um processo de aprendizagem ao longo da vida. O conceito envolve um vasto conjunto de valores sociais e éticos e incide no desenvolvimento de métodos participativos, baseados na experiência, na autonomia e na responsabilidade de cada pessoa e do grupo em formação. Deste modo, estamos perante um campo de realização humana que implica um conjunto de fundamentos metodológicos aos quais chamamos pedagogias. Por um lado, a educação não-formal existe pedagogias inclusivas, ou seja abordagens metodológicas que impliquem e mobilizem, em processos integradores, conhecimentos, competências e atitudes. Pedagogias cooperativas, estas têm de respeitar todos os seguintes pressupostos: têm de estabelecer uma relação de interdependência positiva entre os diversos membros do grupo; tem de fomentar interacções entre as pessoas; implica o grupo no processo de aprendizagem em que os contributos individuais são tão importantes quanto os colectivos; tem de estimular o desenvolvimento de relacionamento interpessoal; tem de instituir estratégias grupais de auto-regulação das interacções e aprendizagens seguintes.<br />Por fim, a educação não-formal também requer pedagogias experienciais que representam a valorização da individualidade e da actividade livre, da aprendizagem por descoberta e através da experiência.<br />Apreciação crítica:<br />Na minha opinião o projecto “Na escola, Um caminho para a Igualdade” apresentado no texto pode ser uma mais-valia para a sociedade uma vez que o principal objectivo é construir e educar uma sociedade sólida e sem descriminações. Assim através da Educação não – formal podemos construir a pouco e pouco um mundo melhor, começando nas faixas etárias mais baixas as crianças sendo estas mais fáceis de incutir conhecimentos e normas, com mais igualdade.<br />Trabalho realizado por:<br />Ana Rita Martins<br />ASE / 1º ano<br />
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