1. AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS DE
ESCRITÓRIOS BRASILEIROS: DIRETRIZES E BASE
METODOLÓGICA
Tese apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo, para obtenção do título de Doutor em Engenharia junto
ao Departamento de Engenharia de Construção Civil.
Área de Concentração: Engenharia de Construção Civil e
Urbana
Vanessa Gomes da Silva, Arq.
Vahan Agopyan, Prof. Dr.
Orientador
São Paulo
2003
2. FICHA CATALOGRÁFICA
Silva, Vanessa Gomes.
Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros:
diretrizes e base metodológica. São Paulo, 2003.
210 pp.
Tese (Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Departamento de Engenharia de Construção Civil.
1. Sustentabilidade. 2. Avaliação de edifícios.
I. Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de
Construção Civil. II.t.
3. “We can’t solve problems by using the same kind
of thinking we used when we created them”
Albert Einstein
4. A meus pais, sempre presentes, mesmo estando tão
longe. A minha família, que fez a mágica para a
distância não ser tão longa assim.
5. Agradecimentos
À CAPES, pela bolsa no primeiro ano de doutoramento. À FAPESP,
por financiar o projeto de pesquisa que foi o embrião deste
trabalho. Ao FAEP/UNICAMP, a iiSBE, à UFES, à CST e ao
PCC/EPUSP, pelos pequenos ou grandes auxílios que me
permitiram comparecer a eventos importantes.
Aos membros da banca avaliadora, por aceitarem o convite para
participar.
A Vahan Agopyan, pelo milagre de multiplicação de agenda que
permitiu que me orientasse em meio a suas inúmeras atividades.
A Vanderley John, por, além da amizade, ter despertado o
interesse pelo tema da pesquisa, ter-me acolhido como orientanda
e dado uma contribuição inestimável no último ano do trabalho.
A Antonio Figueiredo, pela extrema boa vontade que permitiu que
eu concluísse os créditos a tempo; e aos professores Vahan
Agopyan, Orestes Gonçalves e Vanderley John, por haverem
sacrificado seus poucos momentos de descanso para que o meu
exame de qualificação pudesse ser realizado, à noite, antes do
meu afastamento para a Holanda.
Ao SINDUSCON-SP, especialmente Francisco Vasconcellos e Lílian
Sarrouf, por abraçarem a causa e promoverem os workshops.
Muitas pessoas contribuíram provendo informações, revisando o
material ou como colegas no processo de produção deste trabalho.
Agradeço aos colegas do Departamento de Arquitetura e
Construção da Faculdade de Engenharia Civil da UNICAMP, que me
encorajaram pelos corredores e, na impossibilidade de concessão
de afastamento de atividades, compensaram minha carga horária.
A Marina, pela levantada de ânimo e prontidão logística. A
Stelamaris, Paulon, Chico Borges, Ana Góes e Núbia, pelas doses
diárias de alegria. A Lucila, pela serenidade que restaurava meu
equilíbrio. Correndo o risco de ser perseguida pelo resto da minha
vida acadêmica, dedico um agradecimento especial a Doris e Silvia,
pela confiança que superava em muitas vezes a minha própria.
A Elaine, pelas intermináveis sessões de reclamação na secretaria
do DAC, e de diversão, fora dela. Aos prediletos da sessão de
informática, que sempre davam um jeitinho de me ajudar no dia a
dia. A Paula, Giovana e Seigi, alunos de AU da UNICAMP, e
Stelamaris pela ajuda nos estudos de casos. A Marina, Kai, Neide e
Mariotoni, pela participação no workshop.
A Francisco Vasconcellos, Prof. Luiz Xavier, e BlochSó Arquitetura,
por fornecerem dados para os estudos de casos.
A Maristela, pela leitura e estímulo; pela capacidade de fomento
que dirimiu as barreiras financeiras; e pela companhia no desafio
de buscar uma construção brasileira mais sustentável.
A Ary, Paola e Janine, pela diligência na força-tarefa-antidepressão-e-à-prova-de-tese.
6. Ao exército que se manteve firme em todos os momentos. Aos
meus amigos, em especial a Rubiane, pela revisão atenta e,
principalmente, por incorporar o guru de auto-ajuda; e às meninas
da ONG: Engrácia e Jussara.
A Cristina Borba, pelas revisões de inglês ao longo deste período; e
a Leo, Alcione, Fátima e Cristina pela amizade e prontidão em
solucionar os pequenos e grandes problemas.
To Nils Larsson, multimedia from NRCan, GBC and iiSBE; and to
Nigel Howard, from USGBC, for being my friends, besides being
such an infinite source of competence and enthusiasm. To friends
and colleagues at Green Building Challenge and iiSBE, specially
Aleksander Panek, Alex Zimmermann, Andrea Moro, Bill Bordass,
Chiel Boonstra, Gail Lindsay, Ilari Aho, Javier Serra, Joel Ann Todd,
Luiz Alvarez-Ude, Mauritz Glaumann, Miguel Angel Romero, Nori
Yokoo, Norman Goijberg, Philipe Duchene-Marullaz, Rafael
Salgado, Rein Jaaniste, Ray Cole, Ronald Rovers, Silvia de Schiller,
Stephen Lau, Susanne Geissler, Sylviane Nibel, Tatsuo Oka, Sverre
Fossdal and Trine Dyrstad Pettersen, for the inspiring discussion,
continuous learning and healthy competition to show the wonders
of their respective countries and cultures.
To Suzy Edwards and Alan Yates (BRE); Anna Whiting (M4I); Joy
Wallbanks (BSRIA), Jiri Skopek (Green Globes), and Wayne Trusty
(Athena Institute), for the kindness and prompt posting of
publications.
To Marek Amrozy, Çigdem Kiliçaslan, Danny Cheng, Sabina
Pangrazzi, Felix de Vries, Ozan Emem and Jaap de Vries, friends I
found at SBUD Course at Institute for Housing and Urban Studies,
for the unforgettable moments during my stay at Rotterdam. To
the Municipality of Rotterdam, for granting the scholarship that
allowed for my participation in the course.
A todas as pessoas que participaram da minha vida nos últimos
cinco anos. E optaram por continuar participando.
7. SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
vi
LISTA DE TABELAS
x
LISTA DE ABREVIATURAS
xiii
SUMÁRIO EXECUTIVO
xviii
EXECUTIVE S UMMARY
xxi
RESUMO
xxiv
ABSTRACT
xxv
1
INTRODUÇÃO
1
1.1
CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVAS DA PESQUISA
1
1.1.1
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E AGENDA 21
1
1.1.2
CONSTRUÇÃO
SUSTENTÁVEL : CONCEITOS
AVALIAÇÃO DE EDIFÍCIOS
E
IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA
3
1.2
PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS , INICIATIVAS E CENTROS DE PESQUISA NO TEMA
8
1.3
FORMULAÇÃO DA HIPÓTES E DE TRABALHO
12
1.4
OBJETIVOS
13
1.5
M ETODOLOGIA
13
1.5.1
METODOLOGIA UTILIZADA NA ETAPA 1: VERIFICAÇÃO DA HIPÓTESE
14
1.5.2
METODOLOGIA
UTILIZADA NA ETAPA 2: PROPOSIÇÃO DE BASE METODOLÓGICA
PARA DESENVOLVIMENTO DE MODELO DE AVALIAÇÃO
14
1.6
ORGANIZAÇÃO DESTE TRABALHO
14
2
ABORDAGEM DE CICLO DE VIDA NA AVALIAÇÃO DE EDIFÍCIOS
17
2.1
INTRODUÇÃO
17
2.2
OBJETIVOS E APLICAÇÕES DE LCA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
18
2.3
ETAPAS DE UMA LCA
19
2.3.1
DEFINIÇÃO DO ESCOPO: OBJETIVOS, UNIDADE FUNCIONAL E LIMITES DO SISTEMA
20
2.3.2
CONSTRUÇÃO DO INVENTÁRIO
20
8. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
2.3.3
AVALIAÇÃO DO IMPACTO
ii
21
2.3.3.1 Classificação e caracterização
22
2.3.3.2 Normalização
24
2.3.3.3 Avaliação (ou valoração) de pontuação normalizada
24
2.3.4
INTERPRETAÇÃO DOS DADOS E ANÁLISE DAS MELHORIAS
26
2.4
LIMITAÇÕES INTRÍNSECAS À LCA
27
2.5
APLICAÇÃO DE LCA EM AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE EDIFÍCIOS
28
2.6
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
32
3
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE EDIFÍC IOS : ESTADO ATUAL E
DISCUSSÃO METODOLÓGICA
33
3.1
INTRODUÇÃO
33
3.2
PRINCIPAIS INICIATIVAS E ESTADO ATUAL
34
3.2.1
BUILDING RESEARCH ESTABLISHMENT ENVIRONMENTAL ASSESSMENT METHOD
(BREEAM) – 1990
38
3.2.1.1 Estrutura e Pontuação
39
3.2.1.2 Ponderação e comunicação de resultados
41
3.2.2
BUILDING ENVIRONMENTAL P ERFORMANCE ASSESSMENT CRITERIA (BEPAC) 1993
42
3.2.2.1 Estrutura e pontuação
44
3.2.2.2 Ponderação e comunicação de resultados
45
3.2.3
46
GREEN BUILDING CHALLENGE (GBC) - 1996
3.2.3.1 Estrutura e Pontuação
48
3.2.3.2 Ponderação
51
3.2.3.3 Comunicação de resultados
51
3.2.4
53
LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN (LEED™) - 1999
3.2.4.1 Estrutura e Pontuação
54
3.2.4.2 Ponderação e comunicação de resultados
57
3.2.5
COMPREHENSIVE ASSESSMENT
EFFICIENCY (CASBEE) – 2002
SYSTEM
FOR
BUILDING
ENVIRONMENTAL
57
3.2.5.1 Estrutura e pontuação
60
3.2.5.2 Ponderação e comunicação de resultados
61
3.3
DISCUSSÃO DE ASPECTOS METODOLÓGICOS
62
3.3.1
O QUE OS MÉTODOS EXISTENTES AVALIAM?
65
3.3.2
COMO ESTES MÉTODOS AVALIAM O DESEMPENHO AMBIENTAL?
67
9. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
iii
3.3.3
QUANTO É PRECISO ATINGIR?
72
3.4
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
74
4
ESTUDO EXPLORATÓRIO
78
4.1
INTRODUÇÃO
78
4.2
DEFINIÇÃO DA AMOSTRA
79
4.3
AVALIAÇÃO EXPLORATÓRIA
81
4.3.1
DEFINIÇÃO DE FATORES DE PONDERAÇÃO
81
4.3.1.1 Definição dos níveis hierárquicos
81
4.3.1.2 Construção das matrizes de comparação
82
4.3.1.3 Escala de importância relativa
85
4.3.1.4 Pesos obtidos com o auxílio da ferramenta AHP
86
4.3.2
DEFINIÇÃO DE BENCHMARKS
87
4.3.3
ESTUDO DE CASO 1: CONJUNTO
(ESCRITÓRIO E HOTEL)
COMERCIAL DE PADRÃO SIMPLES, USO MISTO
90
4.3.3.1 Descrição
90
4.3.3.2 Resultados da avaliação do Estudo de Caso 1
93
4.3.4
ESTUDO DE CASO 2: EDIFÍCIO
(ESCRITÓRIOS)
COMERCIAL DE PADRÃO MÉDIO, USO ÚNICO
96
4.3.4.1 Descrição
96
4.3.4.2 Resultados da avaliação do Estudo de Caso 2
99
4.4
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
101
4.5
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
106
4.5.1
SOBRE A NECESSIDADE DE DESENVOLVER UM MÉTODO BRASILEIRO
109
5
DIRETRIZES E BASE METODOLÓGICA PARA DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO
DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS
112
5.1
ESTRUTURA DE AVALIAÇÃO (“O QUE AVALIAR?”)
112
5.1.1
INDICADORES: CONCEITO E IMPORTÂNCIA
114
5.1.2
ESTRUTURAS
ANALÍTICAS
PARA
SUSTENTABILIDADE DE NAÇÕES
ORGANIZAÇÃO
DE
INDICADORES
DE
117
5.1.2.1 Estruturas analíticas desenvolvidas
118
5.1.3
121
AGENDA 21 PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL NO BRASIL
5.1.3.1 Agendas 21 do CIB para a Construção Sustentável: da agenda verde para a
agenda marrom
121
10. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
iv
5.1.3.2 Proposta de uma agenda setorial multidimensional e integrada
124
5.1.4
AVALIAÇÃO E RELATO DA SUSTENTABILIDADE DE ORGANIZAÇÕES
132
5.1.5
INDICADORES PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DO SETOR E DE
EMPRESAS
DE CONSTRUÇÃO
135
5.1.6
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS
138
5.2
CRITÉRIO DE PONDERAÇÃO (“COMO AVALIAR?”)
142
5.2.1
EMPREGO
DE PROCESSO D ANÁLISE HIERÁRQUICA
E
(AHP) PARA
DERIVAÇÃO DE
143
PESOS
5.2.1.1 Definição da hierarquia de atributos
147
5.2.1.2 Determinação de importância relativa
148
Identidade, reciprocidade e consistência de matrizes de comparação
149
Inconsistência de matrizes de comparação
152
5.2.1.3 Escala de importânc ia relativa (escala de valor)
154
5.2.1.4 Determinação da pontuação global de alternativas
155
5.3
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
156
5.3.1
SOBRE A DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA DE AVALIAÇÃO
156
5.3.2
SOBRE O USO DE AHP PARA DEFINIR O CRITÉRIO DE PONDERAÇÃO
158
6
M ODELO PROPOSTO PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS
DE ESCRITÓRIOS BRASILEIROS
160
6.1
INTRODUÇÃO
160
6.2
SOBRE
A INCLUSÃO DA A
VALIAÇÃO DE GESTÃO DO PROCESSO E DOS AGENTES
ENVOLVIDOS
160
6.3
DESCRIÇÃO SUCINTA DA PROPOSTA INICIAL DE
162
6.4
REALIZAÇÃO DE CONSULT A ÀS PARTES INTERESSADAS
169
6.4.1
DINÂMICA UTILIZADA NA CONSULTA
169
6.4.2
RESULTADOS OBTIDOS
170
AVALIAÇÃO
6.4.2.1 Quanto à lista preliminar de indicadores
170
6.4.2.2 Quanto aos pesos obtidos e ao emprego de AHP no processo
171
6.4.2.3 Quanto à percepção de relevância dos itens no módulo ambiental de avaliação 175
6.5
MODELO MODIFICADO APÓS A CONSULTA (SIMPLIFICADO)
180
6.5.1
O QUE AVALIAR?
182
6.5.1.1 Uso previsto
182
6.5.1.2 Escopo da avaliação e limites do sistema
183
11. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
v
6.5.1.3 Estrutura da avaliação
184
6.5.2
COMO AVALIAR?
185
6.5.3
QUANTO DEVERÁ SER ATINGIDO?
187
6.5.3.1 Comunicação de resultados
188
6.5.4
P ROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO
190
6.6
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
190
7
CONCLUSÕES E CONTINUIDADE DA PESQUISA
192
8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIC AS
198
APÊNDICES (CR-ROM)
APÊNDICE 1 – NORMALIZAÇÃO
DOS MÉTODOS
AMBIENTAL DE EDIFÍCIOS .
EXISTENTES
PARA
AVALIAÇÃO
APÊNDICE 2 – PRINCIPAIS INICIATIVAS INTERNACIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DE
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DE NAÇÕES .
APÊNDICE 3 – UN WORKING LIST OF INDICATORS OF SUSTAINABLE DEVELOPMENT.
APÊNDICE 4 – CSD THEMATIC FRAMEWORK.
APÊNDICE 5 – ESTRUTURA ANALÍTICA PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR).
APÊNDICE 6 – ESTRUTURAS ANALÍTICAS FDES E FISD.
APÊNDICE 7 – LISTA DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS DE
ESCRITÓRIOS MODIFICADA APÓS CONSULTA ÀS PARTES INTERESSADAS
APÊNDICE 8 – M ATRIZES DE DECISÃO UTILIZADAS PARA DERIVAÇÃO DE PESOS DURANTE
A CONSULTA PÚBLICA.
APÊNDICE 9 – PLANILHA DE PERCEPÇÃO DE RELEVÂNCIA DE ITENS A COMPOR O MÓDULO
AMBIENTAL DA AVALIAÇÃO UTLIZADA NA CONSULTA PÚBLICA.
APÊNDICE 10 – FORMULÁRIOS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE POR ETAPAS DO
CICLO DO EMPREENDIMENTO ( EM CONSTRUÇÃO).
12. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
vi
LISTA DE FIGURAS
C APÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
Figura 1 –
Figura 2 -
Reinterpretações da Agenda 21 relacionadas ao setor de construção
(CIB/UNEP-IETC, 2002).
Etapas de desenvolvimento desta pesquisa.
3
15
C APÍTULO 2 – ABORDAGEM DE CICLO DE VIDA NA AVALIAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Figura 1 –
Etapas de uma análise do ciclo de vida segundo a ISO 14.040 (ISO,
1996).
19
Representação do ciclo de vida de um produto como uma árvore de
processos.
21
Caracterização dos ciclos de vida de sacos de papel e de PEBD
(polietileno de baixa densidade). Outras classes não são mostradas no
gráfico, como pesticidas, uso de energia e disposição de resíduos sólidos
(PRÉ CONSULTANTS INC, 2001).
23
Normalização dos ciclos de vida de sacos de papel e de PEBD (dados
fictícios). Neste exemplo, a normalização evidencia contribuições
relativamente altas para aquecimento global, ecotoxicidade (acidificação,
eutroficação), toxicidade ao homem (metais pesados, carcinógenos) e
formação de nevoeiros (PRÉ CONSULTANTS INC, 2001).
24
Valoração de ciclos de vida de sacos de papel e de PEBD normalizados
(dados fictícios), evidenciando a significância dos efeitos de
ecotoxicidade (PRÉ CONSULTANTS INC, 2001).
25
Indicador de ciclos de vida de sacos de papel e de PEBD. A preferência
por sacos de papel torna-se evidente (PRÉ CONSULTANTS INC, 2001).
25
Figura 7 -
Ciclo de vida de um edifício genérico.
29
Figura 8 -
Inserção conceitual da LCA em avaliação da sustentabilidade de
edifícios.
31
Esquema dos fluxos ambientais ao longo do ciclo de vida de um edifício.
31
Figura 2 –
Figura 3 –
Figura 4 –
Figura 5 –
Figura 6 –
Figura 9 –
C APÍTULO 3 – SISTEMAS DE AVALIAÇÃO EXISTENTES: ESTADO ATUAL E
DISCUSSÃO METODOLÓGICA
Figura 1 Figura 2 Figura 3 –
Blocos de critérios no processo de avaliação do BREEAM (edifícios de
escritórios). Ver Tabela 3, sobre número mínimo de pontos.
40
Esquema da obtenção do Índice de Desempenho Ambiental (EPI),
utilizado pelo BREEAM (BALDWIN et al., 1998).
42
Estrutura do BEPAC.
44
13. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
vii
Figura 4 -
Blocos de entrada e saída de dados na GBTool.
49
Figura 5 -
Representação esquemática do processo de avaliação utilizado no Projeto
GBC.
50
Trechos da planilha original de definição de referências de desempenho
(benchmarks).
50
Figura 7 -
Trecho da planilha original de definição de fatores de ponderação.
51
Figura 8 -
Trecho da planilha original de avaliação (ponderada).
52
Figura 9 -
Saída gráfica de resultados: gráfico de desempenho global (esquerda) e
de cada categoria de desempenho.
52
Figura 6 -
Figura 10 - Estrutura conceitual do CASBEE.
59
Figura 11 - Formulários originais da avaliação com o DfE CASBEE (JSBC, 2002).
61
Figura 12 - Diagrama de eficiência ambiental do edifício (BEE).
62
TM
Figura 13 – Distribuição dos créditos ambientais do BREEAM, HKBEAM, LEED
MSDG, CASBEE e GBTool, após normalização.
,
Figura 14 - Tela original de apresentação de resultados de impacto ambiental do uso
de energia, segundo o EcoEffect (MALMQVIST, 2002).
65
69
C APÍTULO 4 – ESTUDO EXPLORATÓRIO
Figura 1 –
Definição dos níveis hierárquicos.
82
Figura 2 -
Matriz de decisão quanto à importância relativa entre Temas de
Desempenho avaliados pela GBTool, formato parcial.
83
Matriz de decisão quanto à importância relativa entre categorias do Tema
Consumo de Recursos.
84
Matriz de decisão quanto à importância relativa entre categorias do Tema
Cargas Ambientais.
84
Matriz de decisão quanto à importância relativa entre categorias do Tema
Qualidade do Ambiente Interno (IEQ).
85
Vista externa do bloco de escritórios (esquerda) e vista do lago a partir
do solarium no hotel
91
Interior do bloco de escritórios: átrio. À direita, janelas com brises e
filmes para sombreamento.
92
Figura 8 -
Bloco do hotel: átrio e interior de apartamento típico.
92
Figura 9 -
Bloco do hotel: átrio central e clarabóias para iluminação natural.
93
Figura 3 –
Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 -
Figura 10 - Resultado dos temas Consumo de Recursos, Cargas ambientais e
Qualidade do ambiente interno (os pesos dos temas não avaliados foram
zerados).
94
Figura 11 - Desagregação do resultado de Consumo de Recursos (nota 0,6).
94
14. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
viii
Figura 12 - Desagregação do resultado de Cargas Ambientais (nota 0,5).
95
Figura 13 – Desagregação do resultado de Qualidade do Ambiente Interno (nota 2,1).
95
Figura 14 -
Fachadas frontal (orientação sul) e lateral (oeste) do edifício.
97
Figura 15 – Vista de escritório duplex no 12o pavimento (esquerda), hall de entrada
(direita, superior) e entrada secundária.
98
Figura 16 – Plantas no nível térreo e de uma das duas configurações de pavimentotipo.
98
Figura 17 - Resultado dos temas Consumo de Recursos, Cargas ambientais e
Qualidade do ambiente interno (os pesos dos temas não avaliados foram
zerados).
99
Figura 18 - Desagregação do resultado do tema Consumo de Recursos (nota 1,3).
100
Figura 19 - Desagregação do resultado do tema Cargas Ambientais (nota 0,7).
100
Figura 20 – Desagregação do resultado do tema Qualidade do Ambiente Interno (nota
2,5).
100
Figura 21 - Indicadores normalizados apenas por unidade de área (unidade variável
no eixo das ordenadas).
105
Figura 22 - Indicadores normalizados apenas por unidade de área, excluindo edifícios
asiáticos (unidade variável no eixo das ordenadas).
105
Figura 23 - Indicadores normalizados por unidade de área e por ocupação (unidade
variável no eixo das ordenadas).
106
Figura 24 - Indicadores normalizados por unidade de área e por ocupação, excluindo
edifícios asiáticos (unidade variável no eixo das ordenadas).
106
C APÍTULO 5 – DIRETRIZES E BASE METODOLÓGICA PARA DESENVOLVIMENTO DE
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS
Figura 1 -
Diretrizes para o desenvolvimento de um método de avaliação da
sustentabilidade de edifícios.
113
Figura 2 -
Base conceitual para definição do conteúdo e estrutura analítica do
modelo de avaliação proposto.
114
Figura 3 –
Escalas de ação das principais iniciativas de organização de indicadores
ambientais /de desenvolvimento sustentável /de sustentabilidade.
116
Figura 4 -
Agendas do CIB como protocolo de ligação entre as agendas globais e as
agendas regionais e setoriais específicas, indicando posicionamento em
relação às agendas verde e marrom.
122
Figura 5 –
Integração dos quatro blocos conceituais da agenda
sustentabilidade do setor de construção civil brasileiro.
para
a
124
Figura 6 –
Construção de hierarquia de atributos.
148
Figura 7 –
Exemplo de comparação em pares: conjunto de três alternativas.
149
15. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
ix
C APÍTULO 6 – MODELO PROPOSTO PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE
EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS BRASILEIROS
Figura 1 -
Estrutura temática com blocos de avaliação do edifício e da empresa
construtora.
164
Figura 2 –
Escala linear de avaliação de desempenho.
165
Figura 3 -
Exemplo de definição de escala de desempenho para aspecto qua litativo.
166
Figura 4 -
Fluxograma do processo de avaliação e classificação de desempenho
quanto a sustentabilidade.
167
Figura 5 -
Comunicação gráfica de resultados da avaliação, congregando perfis de
desempenho e desempenho global do edifício e da empresa construtora,
posicionados em relação às classes de desempenho previstas e práticas
típicas hipotéticas (como ilustração).
168
Figura 6 –
Pesos obtidos em consulta pública consulta pública realizada em 17 de
junho de 2003 (nível hierárquico mais elevado).
172
Figura 7 –
Resultados de consulta de percepção de relevância de itens a compor o
módulo de avaliação ambiental de edifícios no Brasil. Os itens aparecem
em ordem do número de votantes que os considerou “essenciais”. A
coluna de números à esquerda indicam a ordem de relevância obtida em
pesquisa equivalente na Alemanha.
177
Figura 8 –
Percepção de relevância de itens a compor um sistema de avaliação
ambiental de edifícios, segundo pesquisa equivale nte realizada na
Alemanha (dados de BLUM et al. apud OECD (2003).
178
Figura 9 –
Comparação de pesquisas de percepção de relevância realizadas na
Alemanha (dados de BLUM et al. apud OECD (2003) e no Brasil. Os
círculos indicam a diferença porcentual (leitura no eixo horizontal),
quando estas forem superiores a 10%.
179
Figura 10 - Posicionamento do modelo proposto (trecho sombreado) em relação aos
usuários potenciais e aplicações de métodos de avaliação (modificado de
ISO, 2003b).
182
Figura 11 - Limite do sistema no modelo de avaliação proposto.
184
Figura 12 - Estrutura temática para organização dos indicadores (quantitativos e
qualitativos) propostos.
185
Figura 13 – Formato de pontuação evolutivo.
186
Figura 14 - Formato de saída gráfica de resultados de uma avaliação hipotética.
189
16. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
x
LISTA DE T ABELAS
C APÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 -
Aplicações de avaliações de edifícios e vantagens oferecidas por sua
implementação.
7
Alguns dos principais eventos relacionados a construção sustentável e
avaliação ambiental de edifícios (1995-2005).
9
Iniciativas relacionadas ao desenvolvimento de metodologias de
avaliação de edifícios.
11
C APÍTULO 2 – ABORDAGEM DE CICLO DE VIDA NA AVALIAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Tabela 1 -
Tabela 2 –
Trecho da planilha de impactos ambientais resultantes da produção de 1
kg de polietileno e 1 kg de vidro (PRÉ CONSULTANTS INC, 2001). A
planilha completa conteria 34 linhas.
21
Exemplo de caracterização: trecho da planilha de impactos da produção
de 1 kg de polietileno (PRÉ CONSULTANTS INC, 2001).
23
C APÍTULO 3 – SISTEMAS DE AVALIAÇÃO EXISTENTES: ESTADO ATUAL E
DISCUSSÃO METODOLÓGICA
Tabela 1 -
Principais sistemas existentes para avaliação ambiental de edifícios.
35
Tabela 2 –
Estrutura de avaliação do BREEAM 98 (BALDWIN et al., 1998).
41
Tabela 3 -
Classificação provável no BREEAM, conforme pontos obtidos na lista de
verificação simplificada.
42
Indicadores de sustentabilidade ambiental utilizados pela GBTool v 1.81
(2002).
47
Tabela 5 -
Categorias avaliadas na GBTool (ponderação default do sistema).
48
Tabela 6 –
Estrutura de avaliação do LEED™ 2.0 (USGBC, 2000).
56
Tabela 7 -
Níveis de classificação do LEED™.
57
Tabela 8 –
Suíte de ferramentas de avaliação que compõem o CASBEE.
58
Tabela 9 –
Modificação proposta pelo CASBEE para aplicação do conceito de ecoeficiência em avaliações ambientais de edifícios (JSBC, 2002).
59
Tabela 4 -
Tabela 10 – Estrutura de avaliação do CASBEE.
60
Tabela 11 - Abordagem de aspectos metodológicos fundamentais pelos sistemas de
avaliação indicados.
63
Tabela 12 - Aplicações potenciais e posicionamento dos sistemas de avaliação
ambiental de edifícios existentes.
75
17. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xi
C APÍTULO 4 – ESTUDO EXPLORATÓRIO
Tabela 1 –
Definição da Escala de Importância Relativa nas matrizes de decisão.
85
Tabela 2 –
Pesos utilizados nos dois estudos de casos realizados.
86
Tabela 3 -
Indicadores de sustentabilidade (adotados no GBC) referentes ao Estudo
de Caso 1 normalizados por unidade de área e unidade de área e
,
ocupação.
96
Tabela 4 -
Indicadores de sustentabilidade (adotados no GBC) referentes ao Estudo
de Caso 2, normalizados por unidade de área e unidade de área e
ocupação.
101
Tabela 5 –
Pontuação obtida pelos estudos de casos avaliados.
102
Tabela 6 -
Desempenho do Estudo de Caso 2, em relação à média da amostra.
104
C APÍTULO 5 – DIRETRIZES E BASE METODOLÓGICA PARA DESENVOLVIMENTO DE
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS
Tabela 1 –
Estruturas desenvolvidas para organizar indicadores ambientais ou de
desenvolvimento sustentável de nações.
120
Tabela 2 –
Possibilidades de ação do setor de construção brasileiro em relação aos
aspectos–chave apontados pela Agenda 21 da ONU. Os números entre
parênteses remetem aos capítulos da Agenda 21.
125
Tabela 3 -
Iniciativas de desenvolvimento de indicadores e padrões de relato de
sustentabilidade de organizações.
133
Tabela 4 –
Estrutura proposta pela GRI (2002) para relato de desempenho em
sustentabilidade de organizações. Os indicadores são relacionados aos
aspectos.
134
Tabela 5 –
Iniciativas para o desenvolvimento de indicadores de sustentabilidade
relacionados ao setor de construção.
136
Tabela 6 -
Temas-chaves para a construção sustentável no Reino Unido (CIRIA,
2001).
138
Tabela 7 -
Lista mínima de indicadores de sustentabilidade de edifícios, sugerida na
ISO AWI 21932 (ISO TC59/SC3, 2002c).
141
Tabela 8 -
Estrutura de itens a avaliar proposta pela ISO CD 21931 (ISO, 2003b).
142
Tabela 9 –
Forma geral de matriz de comparação em pares.
151
Tabela 10 - Matriz consistente de comparação em pares de sub-atributos dentro de
um Atributo A.
151
Tabela 11 - Matriz da Tabela 1 após normalização das colunas.
152
Tabela 12 – Exemplo de matriz não consistente.
153
18. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xii
Tabela 13 – Matriz da Tabela 12 (matriz não consistente) após normalização das
colunas.
153
Tabela 14 – Exemplo de organização hipotético para a matriz para comparação de
alternativas com base nos atributos e sub- atributos definidos na Figura 6. 156
C APÍTULO 6 – MODELO PROPOSTO PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE
EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS BRASILEIROS
Tabela 1 –
Pesos obtidos em consulta pública realizada em 17 de junho de 2003.
172
Tabela 2 -
Itens apresentados em planilha padronizadas para classificação da
relevância na composição do módulo de avaliação ambiental do edifício.
Os itens estão aqui ordenados de acordo com a porcentagem de votos na
categoria “essencial”.
175
Tabela 3 -
Modelo de avaliação proposto para edifícios brasileiros.
181
Tabela 4 -
Escala para atribuição de estrelas, conforme pontuação de bônus obtida.
187
Tabela 5 -
Escala para atribuição de Índices de Sustentabilidade, conforme
pontuação obtida.
188
19. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANTAC
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, Brasil
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Brasil
ADEME
Agence de l'Environnement et de la Maîtrise de l'Énergie (Agency for
Environment and Energy Management), França
AHP
Analytic Hierarchy Process (Processo de Análise Hierárquica)
APO
Avaliação Pós-Ocupação
ASHRAE
American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning
Engineers, Estados Unidos
ASTM
American Society for Testing and Materials, Estados Unidos
ATEQUE
Atelier d'Evaluation de la Qualité Environnementale, França
BEAT
Building Environmental Assessment Tool, Dinamarca
BEE
Building Environment Efficiency, Japão (ref. CASBEE)
BEES
Building for Environmental and Economic Sustainability, Estados
Unidos
BEPAC
Building Environmental Performance Assessment Criteria, Canadá
BEQUEST
Building Environmental Quality Evaluation for Sustainability through
Time, Europa
BRAiE
Programa Nacional de Avaliação de Impactos Ambientais de
Edifícios
BRE
Building Research Establishment, Reino Unido
BREEAM
Building Research Establishment Environmental Assessment Method,
Reino Unido
BSI
British Standard Institution, Reino Unido
BYogBIG
Danish
Building
and
Urban
Byggeforskninginstitut), Dinamarca
C-2000
Integrated Design Process, Canadá
CANMET
Energy Technology Centre, Canadá
CAR
Cambridge Architectural Research, Reino Unido
CASBEE
Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency, Japão
CBE
Center for the Built Environment, Royal Institute of Technology
(Kungl Tekniska Högskolan, KTH), Suécia
CBECS
Commercial Building Energy Consumption Survey, Estados Unidos
CBIC
Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Brasil
CBIP
Commercial Building Incentive Program, Canadá
Research
(Statens
20. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xiv
CC
Construção Civil
CEE
Comissão de Economia e Estatística da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção, Brasil
CERES
Coalition for Environmentally Responsible Economies, Estados
Unidos
CET
Centre of Environmental Technology, Hong Kong China
CFC
Clorofluorcarbono
CGSDI
Consultative Group on Sustainable Development Indicators, Canadá
CIB
International Council for Research and Innovation in Building and
Construction, Holanda
CIRIA
Construction Industry Research and Information Association, Reino
Unido
CO2
Dióxido de carbono
CRISP
Construction Related Sustainability Indicators
CS
Construção Sustentável
CSD
United Nations Commission on Sustainable Development (Comissão
das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável)
CSTB
Centre Scientifique et Technique du Bâtiment, França
DAC/FEC/UNIC
AMP
Departamento de Arquitetura e Construção da Faculdade de
Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas, Brasil
DETR
Department of the environment, transport and the regions: London
DJSI
Dow Jones Sustainability Index
DOE
U.S. Department of Energy, Estados Unidos
DPCSD
Department for Policy Coordination and Sustainable Development,
ONU
DPSIR
Framework
Driving
Force-Pressure-State-Impact-Response
(Estrutura de organização de indicadores segundo força indutorapressão-estado do ambiente-impacto-resposta)
DSR
Framework Driving force-State-Response (Estrutura de organização
de indicadores segundo força indutora-estado do ambiente-resposta)
EARM
Energy Assessment and Reporting Methodology, Reino Unido
EEA
European Environment Agency, Europa
EMAS
European Community Eco-Management & Audit Scheme, Europa
EMS
Electromagnetic Field (Poluição eletromagnética).
EPA
Environmental Protection Agency, Estados Unidos
EPS
Environmental Priority Strategy
EUROSTAT
Statistical Office of the European Community, Europa
21. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xv
FDES
Framework for the Development of Environment Statistics (Estrutura
para desenvolvimento de estatística ambiental)
FGV
Fundação Getúlio Vargas, Brasil
FISD
Framework for Indicators of Sustainable Development (Estrutura
para indicadores de desenvolvimento sustentável)
GABS
Global Alliance for Sustainable Building
GBC
Green Building Challenge
GHG
Greenhouse Gases (Substâncias causadoras de efeito estufa)
GRI
Global Reporting Initiative, Holanda
HCFC
Hidroclorofluorcarbono
HK-BEAM
Hong Kong Building Environmental Assessment Method, China
IAIAS
International Academy of Indoor Air Sciences
IAQ
Indoor Air Quality (Qualidade do ar interno)
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Brasil
IBPSA
International Building Performance Simulation Association
IChemE
Institution of Chemical Engineers, Reino Unido
IEA
International Energy Agency
IEQ
Indoor Environment Quality (Qualidade do ambiente interno)
IESNA
Illuminating Engineering Society of North America, Estados Unidos
IETC
International Environmental Technology Centre
IGWG
Inter-governmental Working
Environment Statistics
IIED
International Institute for Environment and Development
iiSBE
International Initiative for Sustainable Built Environment, Canadá
IISD
International Institute for Sustainable Development
ISIAQ
International Society of Indoor Air Quality and Climate
ISO
International Organization for Standardization
JRC
Joint Research Centre
JSBC
Japan Sustainability Building Consortium, Japão
LCC
Life-Cycle Cost analysis (Análise de custos ao longo do ciclo de vida)
LCI
Life-Cycle Inventory (Inventário do ciclo de vida)
LCIA
Life-Cycle Impact Assessment
LEED™
Leadership in Energy and Environmental Design, Estados Unidos
LER
Lesão por Esforço Repetitivo
LISA
Life-Cycle Analysis in Sustainable Architecture
Group
on
the
Advancement
of
22. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xvi
MADA
Multiattribute Decision Analysis (Análise de decisão multi-atributos)
MCA
Multicriteria analysis (Análise multi-critério)
MCDA
Multicriteria Decision Analysis (Análise de decisão multi-critério)
MMD-ENG
Department of Engineering, Institute for Manufacturing, University of
Cambridge, Reino Unido
MSDG
Minnesota Sustainable Design Guide, Estados Unidos
NABERS
The National Australian Buildings Environmental Rating System,
Austrália
NCIC
Non-traditional Capital Investment Criteria
NIST
National Institute of Standards and Technology, Estados Unidos
NOVEM
Nederlandse Organisatie voor Energie en Milieu (Netherlands Agency
for Energy and the Environment), Holanda
NOx
Óxidos de Nitrogênio
NRCan
National Resources Canada, Canadá
NSSD
National Strategies for Sustainable Development
ODP
Ozone depleting potential (Potencial de dano à camada de ozônio
troposférico)
ODS
Ozone depleting substance (Substância danosa à camada de ozônio
troposférico)
OECD
Organisation for Economic Co-operation and Development
ONU
Organização das Nações Unidas
P&D
Pesquisa e Desenvolvimento
PBQP-H
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Construção
Habitacional
PCC/EPUSP
Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, Brasil
PEBD
Polietileno de baixa densidade
PLEA
Passive and Low Energy Architecture
PROBE
Post-occupancy Review of Building Engineering, Reino Unido
PROCEL
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
PSR
Framework Pressure-State-Response (Estrutura de organização de
indicadores segundo pressões-estado do ambiente-resposta)
PURA
Programa de Uso Racional da Água
RCD
Resíduos de Construção e Demolição
SABESP
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Brasil
SBI
Statens
Byggeforskningsinstitut
(Danish
Building
and
Urban
23. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xvii
Research), Dinamarca
SETAC
Society for Toxicology and Chemistry, Bélgica/ Estados Unidos
SINDUSCON-SP
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo,
Brasil
SMACNA
Sheet Metal and Air Conditioning National contractors Association,
Estados Unidos
SOx
Óxidos de Enxofre
UIA
Union Internationale des Architectes (International Union of
Architects)
UNCED
United Nations Conference on Environment and Development / Earth
Summit (Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e
Desenvolvimento)
UNCSD
United Nations Commission on Sustainable Development (Comissão
das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável)
UNDSD
United Nations Division of Sustainable Development
UNEP
United Nations Environment Programme
UN-HABITAT
United Nations Human Settlements Programme
UNSD
United Nations Statistical Division
USGBC
U.S. Green Building Council, Estados Unidos
VOC
Volatile Organic Compound
VTT
Technical Research Centre of Finland, Finlândia
WBCSD
World Business Council for Sustainable Development, Suíça
WCED
World Commission on Environment and Development
24. AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS
BRASILEIROS: DIRETRIZES E BASE METODOLÓGICA
VANESSA GOMES DA SILVA, ARQ.
vangomes@fec.unicamp.br
Professora do Dep. de Arquitetura e Construção da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e
Urbanismo da UNICAMP
SUMÁRIO EXECUTIVO
A indústria da construção - particularmente a construção, operação e demolição de edifícios
- representa a atividade humana com maior impacto sobre o meio ambiente. A magnitude
dos impactos sociais e econômicos posicionam estrategicamente o setor, em caráter mundial,
como um motor potencial para o atendimento de metas de desenvolvimento sustentável.
As primeiras metodologias de avaliação surgiram na década de 90 na Europa, nos EUA e no
Canadá, como parte das estratégias para o cumprimento de metas ambientais locais
estabelecidas a partir da Earth Summit do Rio de Janeiro. Atualmente, praticamente cada
país europeu - além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong Kong - possui um
sistema de avaliação de edifícios. Todos estes métodos partilham o objetivo de encorajar a
demanda do mercado por níveis superiores de desempenho ambiental, provendo avaliações
ora detalhadas, para o diagnóstico de eventuais necessidades de intervenção no estoque
construído; ora simplificadas, para orientar projetistas ou sustentar a atribuição de selos
ambientais para edifícios. E todos eles concentram-se exclusivamente na dimensão
ambiental da sustentabilidade.
Apesar de o conceito de análise do ciclo de vida (LCA), originalmente desenvolvido na
esfera de avaliação de impactos de produtos, ter sustentado o desenvolvimento da primeira
geração de sistemas de avaliação, a sua aplicação direta em avaliação de edifícios - em geral,
e particularmente no Brasil- mostra-se, neste momento, complexa, impraticável e
insuficiente. Como resultado, a maioria dos métodos de avaliação de edifícios não emprega
a LCA como ferramenta de apoio à atribuição de créditos ambientais; sendo mais comum
extrair da LCA o conceito de ciclo de vida e utilizá- lo para aumentar a abrangência da
avaliação do edifício.
25. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xix
Este trabalho teve como objetivo a demonstração da hipótese que não é adequado e
suficiente importar métodos estrangeiros existentes para avaliar edifícios de escritórios no
Brasil, e que uma medida mais coerente e eficiente é desenvolver um método à luz das
prioridades, condições e limitações brasileiras.
A discussão metodológica e os estudos de casos realizados demonstraram que (1) não é
possível copiar, traduzir ou simplesmente aplicar um método estrangeiro no contexto
brasileiro ou de qualquer outro país, por maior que tenha sido seu sucesso no seu país de
origem, e que mesmo a mais flexível das ferramentas existentes apresenta dificuldades
práticas para emprego no Brasil; (2) é fundamental desenvolver um método à luz d
as
prioridades, condições e limitações brasileiras, e, para tanto, deve-se necessariamente
passar por um processo de conscientização e amadurecimento, semelhante aqueles por que
passaram os países que desenvolveram métodos de avaliação ambiental de edifícios, porém
com o desafio de ampliar o escopo para realizar avaliações da sustentabilidade da
produção e uso de edifícios.
Demonstrada a veracidade da hipótese, as questões metodológicas que estruturaram a
discussão do estado atual dos sistemas de avaliação ambiental de edifícios (“o que
avaliar?”, “como avaliar?”, “quanto atingir?”) foram mantidas na proposição de diretrizes
e da base metodológica. Finalmente, foi iniciado o desenvolvimento de um método para
avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros ao longo de seu ciclo de
vida, e apontada a direção para os desenvolvimentos futuros necessários para viabilizar a sua
implementação.
Os limites do sistema de avaliação foram definidos para abranger a etapa de construção e
uso do edifício. A opção por iniciar a avaliação destes agentes pela avaliação da empresa
construtora foi um primeiro passo no sentido de criar a cultura e o movimento consistente
das práticas de mercado em direção a um patamar mais sustentável. A avaliação integrada de
itens ambientais, sociais e econômicos encontra instrumentos na esfera das nações, dos
setores econômicos e das organizações. A estrutura de avaliação proposta foi construída com
base nestes instrumentos, na proposição de uma Agenda 21 pra a construção civil brasileira
e na análise dos métodos internacionais e projetos de norma ISO relacionados a
sustentabilidade e avaliação ambiental de edifícios. Para a derivação do critério de
ponderação, sugere-se o processo de análise hierárquica (AHP).
26. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xx
Esta estrutura de avaliação e uma lista abrangente de indicadores a ela relacionados foram
submetidas à consulta das partes interessadas da construção civil do Estado de São Paulo. A
estrutura de avaliação proposta não foi questionada, mas o modelo de avaliação inicialmente
imaginado era sofisticado demais para implementação no curto prazo. A estrutura de
avaliação proposta não foi questionada, e o emprego de AHP mostrou-se como uma
alternativa satisfatória para a derivação de um critério de ponderação. Constatou-se, porém,
que o mercado não está preparado para, no curto prazo, medir ou ser avaliado através de um
método sofisticado. Propõe-se, então, um método simplificado, pautado por dez princípios
básicos:
1.
Adesão voluntária: entra no processo quem deseja fazer melhor;
2.
Premiação das melhores práticas;
3.
Foco no empreendimento, compreendendo a avaliação tanto do edifício quanto dos
agentes envolvidos;
4.
Auto-avaliação, a ser revisada por avaliadores credenciados;
5.
Avaliação por etapas do empreendimento;
6.
Ponderação aplicada apenas no nível hierárquico mais alto;
7.
Mescla de pontos prescritivos e por desempenho;
8.
Pontuação evolutiva e estratégia de implementação gradual;
9.
Utilização de níveis de classificação de desempenho; e
10.
Revisão periódica do sistema de avaliação e da classificação do edifício.
Os contornos deste modelo de avaliação são descritos sucintamente, apontando a os
desenvolvimentos futuros necessários para a sua implementação.
O interesse pelo tema no país foi definitivamente despertado. Um novo workshop será
realizado em agosto de 2003, para dar continuidade à discussão e envolvimento das partes
interessadas no desenvolvimento e teste do modelo de avaliação. Um estudo-piloto com
duração de um ano será então iniciado, e terá um papel decisivo para a validação prática do
procedimento de avaliação e para o acúmulo de dados que caracterizem tanto as práticas
típicas qua nto aquelas mais orientadas a sustentabilidade, e viabilizem benchmarking no
setor.
27. SUSTAINABILITY ASSESSMENT OF OFFICE BUILDINGS IN B RAZIL:
GUIDELINES AND METHODOLOGICAL BASIS
VANESSA GOMES DA SILVA, ARCH.
vangomes@fec.unicamp.br
Professor at Architecture and Construction Department, School of Civil Engineering, Architecture
and Urban Design, State University of Campinas, Brazil (DAC/FEC/UNICAMP)
EXECUTIVE SUMMARY
Construction industry environmental impacts have risen to the forefront of international
concern in the past decade. The awareness that the construction, operation and demolition of
buildings represent the most damaging human activity in the global environment resulted in
a gradual introduction of measures to reduce buildings environmental footprints, which were
largely supported by governmental agencies, research and private institutions in several
countries. The magnitude of social and economic impacts globally renders the construction
sector as strategic, concerning the achievement of sustainable development goals.
Life-cycle analysis concepts, originally developed for environmental evaluation of
industrialised products were the groundwork of most methodologies developed for the
environmental assessment of buildings that emerged in the 90s as part of local strategies to
accomplish Agenda 21´s targets, established on the UN Earth Summit held in Rio de Janeiro
in 1992. However, it is not possible to directly apply LCA in building assessment.
Particularly in the Brazilian case, at the current state of knowledge and data availability,
LCA is complex, unfeasible and insufficient. In fact, most building assessment methods do
not use it as a support tool for environmental credit related to building materials use.
Nowadays, each European country – as well as the United States, Canada, Australia, Japan
and Hong Kong – has its own assessment system. All of these methods shared the common
goal to stimulate market demands for higher environmental performance levels, providing
evaluations that could be either detailed enough to point out the necessity of intervention in
the built environment or simplified, mainly to give guidance to designers or support the
environmental labelling of buildings. All of them deal exclusively with the environmental
dimension of sustainability.
28. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xxii
This work aimed to demonstrate the hypothesis that it is neither adequate or enough to
import the existing foreign methods to evaluate office buildings in Brazil, and that a more
coherent and efficient means is to develop a method considering Brazilian priorities,
conditions and constraints.
The methodological discussion and the study cases performed have shown that performed
(1) it is not possible to copy, translate or apply a foreign method in any context but the one
it was created for, and that even the most flexible among the available assessment tools
faces several practical difficulties to be applied in Brazil; (2) it is paramount to develop a
method that adequately considers Brazilian priorities, conditions and constraints. For this
purpose, it is necessary to experience an awareness and maturation process in Brazil similar
to those that generated environmental assessment methods, but with the broader challenge
of widening the scope for carrying out sustainability assessments.
Once the veracity of the hypothesis was demonstrated, the proposition of guidelines and of
the methodological basis kept track of the basic questions that structured the discussion of
the available building environmental assessment systems (“what is to be assessed?”, “how
to assess?”, “how much should be achieved?”). Finally, the development of a method for
assessing the sustainability of Brazilian office buildings along their lifecycle was initiated,
providing the direction for future developments necessary to enable its implementation.
In the proposed model, system limits were set to focus on building production and use, as
well as the evaluation of the agents involved in the enterprise’s cycle, starting by the
assessment of the building contractor, as a first step to stimulate the necessary cultural
change and a consistent movement towards more sustainable market practices.
The integrated assessment of the environmental, social and economic items finds tools in the
sphere of nations, economic sectors, and organizations. The assessment framework proposed
was built on such instruments; on the proposition of an agenda for sustainable construction
in Brazil; and on the analysis of related international methods and standards. The Analytic
Hierarchy Process (AHP) is suggested for deriving the weighting criteria.
The framework and a comprehensive list of indicators related to it were scrutinized by
representatives of civil construction’s stakeholders in Sao Paulo State. The framework
reached a high consensus level and the analytic hierarchy process proved to be a useful
alternative to derive weighting factors. The consultation process also made clear that the
29. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros: diretrizes e base metodológica
xxiii
Brazilian market is not prepared to be evaluated against a sophisticated method in the short
term. Thus, a simplified model is proposed, following ten basic principles:
1.
Volunteer adhesion;
2.
Better practices are acknowledged;
3.
Focus on the enterprise, involving evaluation of both the building and the major
actors involved in the process;
4.
Self evaluation, to be revised by accredited assessors;
5.
Main stages of the enterprise’s cycle are assessed;
6.
Weighting is applied only to the highest hierarchic level (environmental x social x
economic x management);
7.
Mix of prescriptive-oriented and performance-oriented points;
8.
Evolving scoring format and strategy for gradual implementation;
9.
Performance classification; and
10. Periodical revision of the assessment system and the building score and
classification.
This model is briefly described, casting some light on future developments needed to enable
its implementation.
The interest in the theme was definitely arisen in Brazil. A new workshop will take place in
August 2003. It will provide the discussion and stakeholder’s involvement continuum in
developing and testing the assessment model, and launch a one-year pilot study. This study
is decisive for practically validating the assessment process and for accumulating data that
characterizes both typical and better practices towards sustainability, which will then allow
for future benchmarking in the construction sector.
30. AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS
BRASILEIROS: DIRETRIZES E BASE METODOLÓGICA
RESUMO
O conceito de análise de ciclo de vida embasou o desenvolvimento das metodologias de
avaliação ambiental de edifícios que surgiram estrategicamente na década de 90 para o
cumprimento de metas ambientais locais estabelecidas na Eco’92. Atualmente, praticamente
cada país europeu - além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong Kong - possui
um sistema de avaliação de edifícios. Todos estes métodos partilham o objetivo de encorajar
a demanda do mercado por níveis superiores de desempenho ambiental. E todos eles
concentram-se exclusivamente na dimensão ambiental da sustentabilidade.
Este trabalho teve como objetivo a demonstração da hipótese que importar métodos
estrangeiros existentes não é a melhor solução para avaliar edifícios de escritórios no
Brasil, e que um método de avaliação deve ser desenvolvido à luz das prioridades,
condições e limitações brasileiras. A discussão metodológica dos sistemas existentes e os
estudos de casos realizados demonstraram que (1) não é possível copiar, traduzir ou
simplesmente aplicar um método estrangeiro no contexto brasileiro ou de qualquer outro
país, e que mesmo a mais flexível das ferramentas existentes apresenta dificuldades práticas
para emprego no Brasil; (2) é fundamental desenvolver um método à luz das prioridades,
condições e limitações brasileiras, e, para tanto, deve-se necessariamente passar por um
processo de conscientização e amadurecimento, semelhante aquele por que passaram os
países que desenvolveram métodos de avaliação ambiental de edifícios, porém com o
desafio de ampliar o escopo para realizar avaliações da sustentabilidade da produção e uso
de edifícios. Demonstrada a veracidade da hipótese, passou-se à proposição de diretrizes; à
reunião de uma base metodológica; e ao inicio do desenvolvimento de um método para
avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios brasileiros ao longo de seu ciclo de
vida.
No modelo de avaliação sugerido, os limites do sistema foram definidos para abranger a
etapa de construção e uso do edifício, assim como a avaliação dos agentes envolvidos no
processo, iniciando pela empresa construtora, visando criar a cultura e o movimento
consistente das práticas de mercado em direção a um patamar mais sustentável. A estrutura
de avaliação proposta foi construída a partir de uma agenda para a construção sustentável no
Brasil; em instrumentos disponíveis para a avaliação integrada de itens ambientais, sociais e
econômicos; e na análise dos métodos e normas internacionais relacionados ao tema.
Esta estrutura de avaliação e uma lista abrangente de indicadores a ela relacionados foram
submetidas à consulta das partes interessadas da construção civil do Estado de São Paulo. A
estrutura de avaliação não foi questionada, e o emprego de processo de análise hierárquica
(AHP) mostrou-se como uma alternativa satisfatória para a derivação de um critério de
ponderação. Constatou-se, porém, que o mercado não está preparado para, no curto prazo,
medir ou ser avaliado através de um método sofisticado. Um método simplificado e uma
estratégia gradual de implementação são então propostos, apontando a direção para os
desenvolvimentos futuros necessários.
31. SUSTAINABILITY ASSESSMENT OF OFFICE BUILDINGS IN B RAZIL:
GUIDELINES AND METHODOLOGICAL BASIS
ABSTRACT
Life-cycle analysis concepts, originally developed for environmental evaluation of
industrialised products were the groundwork of most methodologies developed for
environmental assessment of buildings which emerged in the 90’s as part of local strategies
to accomplish Agenda 21´s targets, established on the UNCED held in Rio de Janeiro in
1992. Nowadays, each European country – as well as the United States, Canada, Australia,
Japan and Hong Kong – has its own assessment system. All of these methods share the
common goal to stimulate market demands for higher environmental performance levels. All
of them deal exclusively with the environmental dimension of sustainability.
This work aimed to demonstrate the hypothesis that it is neither appropriate nor sufficient to
import existing environmental assessment methods for evaluation of Brazilian office
buildings, and that a more efficient and coherent approach is to develop a method according
to Brazilian priorities, conditions and constraints. The methodology discussion of existing
assessment systems and the case studies performed demonstrated that (1) it is not possible to
copy, translate or apply a foreign method in any context but the one it was created for, and
that even the most flexible among the available assessment tools faces several practical
difficulties to be applied in Brazil; (2) it is paramount to develop a method that adequately
considers Brazilian priorities, conditions and constraints. For this purpose, it is necessary to
experience an awareness and maturation process in Brazil similar to those that generated
environmental assessment methods, but with the broader challenge of widening the scope
for carrying out sustainability assessments.
Once the veracity of the initial hypothesis was demonstrated, the second part of this work
was dedicated to guidelines proposal; constitution of methodology basis; and to start the
development of a method to evaluate the sustainability of Brazilian office buildings
throughout their life-cycle. In the proposed model, system limits were set to focus on
building production and use, as well as the evaluation of the agents involved in the
enterprise’s cycle, starting by the assessment of the building contractor, as a first step to
stimulate the necessary cultural change and a consistent movement towards more sustainable
market practices. The assessment framework was built on an agenda for sustainable
construction in Brazil; on available instruments for integrated evaluation of environmental,
social and economic aspects; and on the analysis of related international methods and
standards.
This framework and an exhaustive indicators list were submitted for appreciation of
construction stakeholders in the State of São Paulo. The framework reached a high
consensus level and the analytic hierarchy process proved to be a useful alternative to derive
weighting factors. The consultation process also made clear that the Brazilian market is not
prepared to be evaluated against a sophisticated method in the short term. A simplified
model and a gradual implementation strategy are then proposed, casting some light on future
developments needed.