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VISÃO CRISTÃ DA HISTÓRIA – II. ( Antenor de
Andrade)
O cristão vê a manifestação de Deus na história, em
vários momentos.
I. Deus se manifesta na Criação.
a) Tudo o que Deus criou é bom (Gen 1,25)
b) Todo o Universo é regido por um dinamismo
de interdependência e inter-relação, do
microcosmos ao macrocosmos. Através dos
milhares de anos, nota-se uma progressão e
integração da matéria da vida inorgânica para a
orgânica, até culminar com a pessoa humana,
síntese de todo o criado. Há uma harmonia no
crescimento dinâmico de tal modo que os bens
de consumo estão subordinados aos bens de
relação ou de comunhão. Deus colocou ainda
no interior dos bens criados uma força interna
que se opõe ao caos e à destruição.O
maravilhoso corpo humano com seus órgãos e
sistemas.
II. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem
e semelhança ( GS 12).
Como pessoa, feita à sua imagem e semelhança,
Deus participou ao ser humano seu poder e sua
liberdade, sua sabedoria e seu amor. O homem é
capaz de conhecer e dar glória ao Criador, de
criar com Ele e de realizarem juntos o mesmo
plano de Deus (Gen 1, 27-28; Sir 17; Sal 18).
III. Deus colocou o homem no “Jardim do
Éden” (Gen 1, 26-28).
Encarregou-o de cultivá-lo e guardá-lo. O criador
continuou como único dono e senhor do mundo,
mas colocou o homem como seu administrador.
Gen 1, 28-30; 9,7; GS, 67. O homem descobre na
Criação a presença de Deus e sua relação com
todo o Cosmos.
IV. O pecado
Da soberba original
A pessoa e a comunidade humanas, ao
deformarem o plano original do Criador,
colocam-se como fins a si mesmo. Começa então
o culto idolátrico ( Rom 1,24;Ef 4,10; LG 2).
Tem início o rompimento da comunhão com
Deus, com o próprio homem e com o cosmos. O
homem passas a querer ser adorado, colocando
todos ao seu serviço. Desvia-se o sentido do
Criado (Is 24, 4-5; 59, 1-3; Ger 12,4; Jô 4, 20,21).
Deste modo a criatura humana rompe a unidade
interior da pessoa, cria a divisão entre os demais
com a dominação, a instrumentalização. A
Natureza passa a ser explorada em função de si,
deformada e maltratada. Não será o Éden que seu
Criador quer que ela seja para a criatura
inteligente mas, paulatinamente poderá retornar
ao Caos primitivo. O homem toma o que é de
Deus e o manipula a seu bel prazer. É a cobiça da
qual nos fala a parábola de Marcos, aquela em
que o dono da vinha manda seus servos
recolherem os frutos do seu sitio. Os empregados
são castigados, mortos e por fim também o
mesmo filho do dono da terra ( Cf. Mc 12, 1-12).
b. De uma parada
« * A pessoa e a comunidade não querem crescer,
tornar-se “mais”, abrir-se a estágios de comunhão
sempre mais amplos e perfeitos;
*preferem não arriscar e ouriçar-se nas
próprias seguranças, agindo em função destas;
* e assim, fecham-se às necessidades dos
outros, à solidariedade, ao amor».
c. Fechamento e “fixidez” da vida
« * Na solidão radical do “eu”, da não comunhão;
na frustração do insucesso;
no vazio e angústia existencial do sem-
sentido. É o inferno, a perdição, o
permanecer eternamente na condição de
condenado». ( Cappellaro F. e G. Moro. La
Storia Sfida Le Chiese , p 96. EDC, Torino).

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  • 1. VISÃO CRISTÃ DA HISTÓRIA – II. ( Antenor de Andrade) O cristão vê a manifestação de Deus na história, em vários momentos. I. Deus se manifesta na Criação. a) Tudo o que Deus criou é bom (Gen 1,25) b) Todo o Universo é regido por um dinamismo de interdependência e inter-relação, do microcosmos ao macrocosmos. Através dos milhares de anos, nota-se uma progressão e integração da matéria da vida inorgânica para a orgânica, até culminar com a pessoa humana, síntese de todo o criado. Há uma harmonia no crescimento dinâmico de tal modo que os bens de consumo estão subordinados aos bens de relação ou de comunhão. Deus colocou ainda no interior dos bens criados uma força interna que se opõe ao caos e à destruição.O maravilhoso corpo humano com seus órgãos e sistemas. II. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança ( GS 12). Como pessoa, feita à sua imagem e semelhança, Deus participou ao ser humano seu poder e sua liberdade, sua sabedoria e seu amor. O homem é capaz de conhecer e dar glória ao Criador, de criar com Ele e de realizarem juntos o mesmo plano de Deus (Gen 1, 27-28; Sir 17; Sal 18).
  • 2. III. Deus colocou o homem no “Jardim do Éden” (Gen 1, 26-28). Encarregou-o de cultivá-lo e guardá-lo. O criador continuou como único dono e senhor do mundo, mas colocou o homem como seu administrador. Gen 1, 28-30; 9,7; GS, 67. O homem descobre na Criação a presença de Deus e sua relação com todo o Cosmos. IV. O pecado Da soberba original A pessoa e a comunidade humanas, ao deformarem o plano original do Criador, colocam-se como fins a si mesmo. Começa então o culto idolátrico ( Rom 1,24;Ef 4,10; LG 2). Tem início o rompimento da comunhão com Deus, com o próprio homem e com o cosmos. O homem passas a querer ser adorado, colocando todos ao seu serviço. Desvia-se o sentido do Criado (Is 24, 4-5; 59, 1-3; Ger 12,4; Jô 4, 20,21). Deste modo a criatura humana rompe a unidade interior da pessoa, cria a divisão entre os demais com a dominação, a instrumentalização. A Natureza passa a ser explorada em função de si, deformada e maltratada. Não será o Éden que seu Criador quer que ela seja para a criatura inteligente mas, paulatinamente poderá retornar ao Caos primitivo. O homem toma o que é de Deus e o manipula a seu bel prazer. É a cobiça da qual nos fala a parábola de Marcos, aquela em que o dono da vinha manda seus servos recolherem os frutos do seu sitio. Os empregados
  • 3. são castigados, mortos e por fim também o mesmo filho do dono da terra ( Cf. Mc 12, 1-12). b. De uma parada « * A pessoa e a comunidade não querem crescer, tornar-se “mais”, abrir-se a estágios de comunhão sempre mais amplos e perfeitos; *preferem não arriscar e ouriçar-se nas próprias seguranças, agindo em função destas; * e assim, fecham-se às necessidades dos outros, à solidariedade, ao amor». c. Fechamento e “fixidez” da vida « * Na solidão radical do “eu”, da não comunhão; na frustração do insucesso; no vazio e angústia existencial do sem- sentido. É o inferno, a perdição, o permanecer eternamente na condição de condenado». ( Cappellaro F. e G. Moro. La Storia Sfida Le Chiese , p 96. EDC, Torino).