13. “ Augmenta de uma maneira assombrosa a miséria na capital do Reino. A câmara municipal despende todos os annos em socorros a pobres mais de cinccenta contos de reis. Em todas as freguezias existem comissões de beneficência que gastam avultadas quantias em esmolas . (…) milhares de famílias não teem com que alimentar-se e por habitação um triste cubículo cheio de emanações pestilentas onde dia a dia se estiolam a saúde e a vida (…). Os impostos sobre a alimentação publica devem ser extinctos; tributar o pão, a carne, o peixe, o sal e o vinho é a maior das barbaridades. E nós temos usado e abusado desse imposto ” A “ Gazeta D´ Oeiras”, de 9 de Julho de 1893 fala-se sobre a pobreza em Lisboa:
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15. Dizia “ A Gazeta D´Oeiras ”, de 17 de Setembro 1893 “ A questão inglesa Há uns dias dissemos que a inhabilidade da nossa diplomacia deve delimitações o ter-se sustentado a questão com a Inglaterra por causa das fronteiras na província de Moçambique ”. (…) Foi um grande ensinamento para nós todo aquele conflito diplomático, a medida com que bem se afferio a insufficiencia dos nossos estadista s.”
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17. Revolta de 31 de Janeiro de 1891 “ Dos seus erros [da monarquia] nasceu a desgraçada revolução de 31 de Janeiro e a não menos desgraçada questão ingleza as qaes abriram tao profundas feridas que tarde cicatrisarão e se não fora o bom senso do nosso povo acarretariam consigo a perda da nossa independência .” Dizia “ A Gazeta D´Oeiras ”, de 11 de Junho de 1893, sobre aquela revolta:
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19. 6. Falhanço do Rotativismo O rotativismo partidário ( Regeneradores e Progressistas) que marcara a Monarquia Constitucional revelava-se cada vez mais ineficaz. Já pouco diferenciava uns de outros. Padeciam dos mesmos vícios e da ambição do poder. Disputavam o poder, a direcção do Ministérios e os cargos de ministros. Os interesses do partido sobrepunham-se aos interesses do país e da própria monarquia. Luciano de Castro P. Progressista Hintze Ribeiro P. Regenerador
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21. O jornal A Gazeta d’Oeiras dá, em dois artigos, testemunho dessa alternância dos partidos no poder, apoiados em maiorias fabricadas em eleições gerais e que acabavam sempre pela dissolução do governo e do Parlamento, devido à incompetência de quem governava. “ Ainda a Dissolução Está pois decretada a dissolução das cortes tendo dentro em breve de se proceder a eleições geraes”. (…) quem governa, governa e não pode estar à mercê das exigências, dos caprichos, e das vaidades dos chefes dos agrupamentos e das individualidades dos diferentes corrilhos políticos”
28. 8. A Ditadura de João Franco (…) esse decreto odioso e pérfido, obra de panteras ministeriais, permitia a expulsão do reino ou o transporte para as províncias ultramarinas dos inimigos da ditadura (…). Era um decreto de morte. Apavorava. (…) Ele vinha de Vila Viçosa, e vinha assinado. O rei de Portugal (…) assinara tranquilamente, com mão segura e consciência firme, esse papel-atentado e esse decreto-ameaça. Raul Proença, A Vanguarda, 1 de Fevereiro de 1909
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32. 10. D. Manuel II, o último Rei de Portugal D. Manuel II, filho de D. Carlos I de Bragança e de D. Amélia de Orleães, foi coroado em 1908, depois da morte do pai e do irmão no Regicídio. Demitiu João Franco. Instaurou o período da Acalmação . Visava apaziguar os ânimos, unir os monárquicos e salvar a Monarquia .
33. “ A Canalha “ Um bando d´aquelles que percorreu as ruas da cidade aos vivas a D. Manuel e ás instituições (…). Quem eram eles, sabemos: eram os filhos famílias, cujos papás metteram garras aduncas nos cofres da Nação; eram essa corte de parasitas, enluvados (…) Era, enfim, a “jaunesse dorée” que se embebeda no Silva e vende a esposa n´uma barraca de monte (…). Eram essa multidão de imbecis enftuados e ridículos” 17 de Maio de 1908 Quem anda a gritar vivas a D. Manuel II, segundo o periódico oeirense, Pátria Nova
34. Os últimos dias da Monarquia D. Manuel não conseguia resolver as várias crises. O descontentamento continuava. Os monárquicos continuavam divididos, indiferentes ao perigo que ameaçava a Monarquia. O P.R.P. , a Maçonaria e a Carbonária conspiravam. A agitação nas ruas crescia com tumultos populares. O Governo monárquico respondia com violência e repressão. Por baixo do título pode ler-se: “ O reinado de D. Manuel II nascido de um crime, mantém-se no sangue do povo .”
35. O jornal “ Pátria Nova ” de 1909, num artigo intitulado “ Monarchia Vermelha ” fala-nos desses tumultos, reprimidos violentamente pelas forças da autoridade. « Governo de sangue Á hora em que escrevemos (…) voltam a haver tumultos no Rocio que abrangem todas as ruas da baixa (…) A responsabilidade dos factos não cabe pois ao exercito portuguez que mantém mais uma vez a honrada sua farda; a responsabilidade vae única e exclusivamente para o governo”.
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38. Sites da Internet http://www.enciclopedia.com.pt/images/articles/Batalha%20Cabo%20de%20S.%20Vicente%20-%20large.jpg www.wikipedia.org http://purl.pt/93/1/iconografia/imagens/e481p/e481p_3.jpg
39. Daniela Major Nair Diogo 12ºC Inês Correia Ano Lectivo 2009-2010