Este documento fornece sugestões de atividades para professores discutirem o significado do "Dia D" com estudantes e promover a reflexão sobre educação. As atividades são divididas em três momentos: 1) compreender o significado histórico de "Dia D"; 2) explicar como se aplica ao debate sobre educação; 3) os estudantes produzem cartazes sobre seu compromisso com a escola.
1. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
COM OS/AS ESTUDANTES
Prezado(a) professor(a),
Apresentamos sugestões de atividades para orientar a reflexão e o debate junto aos(às) es-
tudantes da sua(seu) escola/colégio.
Estas sugestões podem ser usadas em sua integralidade, em partes ou, ainda, adequadas às
necessidades de sua disciplina ou escola/colégio.
É possível que você precise de mais de uma aula para abordar e colocar em debate todo o
conteúdo aqui proposto. Nesse caso, é bom prever mais de uma aula, envolver outros pro-
fessores da sua disciplina e de outras disciplinas também!
LEMBRE-SE: ESTA DISCUSSÃO INTERESSAA TODOS(AS)!
Sugere-se que a(s) aula(s) tenha(m) como mote o uso da expressão “Dia D”.
Objetivo: fazer com que o “Dia D”, que é decisão, respeito e compromisso, seja também
dia de reflexão e esclarecimentos aos(às) estudantes, socializando a pauta da educação, sen-
do estes os principais agentes difusores do debate junto a comunidade em geral.
Nas próximas páginas segue nossa sugestão de trabalho.
Boa aula a todos(as)!
Secretaria Educacional
APP - Sindicato
2. SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Na proposta que segue, prevemos três momentos:
• Momento [1]: dia “D” decisão: aqui se inicia com uma compreensão espontaneísta e evolui-se
situando a expressão.
• Momento [2]: dia “D” respeito à educação: momento de significar o uso da expressão para o âm-
bito da educação. É momento de esclarecer os(as) estudantes sobre nossa pauta de reivindicações
e as constantes indefinições do governo.
• Momento [3]: dia “D” compromisso: os(as) estudantes motivados(as) pelos(as) professores(as)
representam em cartazes o compromisso com a(o) escola/colégio que anseiam.
MOMENTO [1]: DIA “D” DECISÃO
Chuva de ideias: os(as) professores(as) iniciam questionando os(as) estudantes sobre o uso da
expressão Dia “D”. Anota-se no quadro as várias expressões que surgirem, descartando aquelas
que nada ou pouco tem a ver com a reflexão, destacando as que se aproximam dos objetivos da
discussão.
Situando a expressão: os(as) professores(as) fotocopiam o texto do “Anexo 1” (História do Dia
D). Faz-se uma leitura individual ou em conjunto mediando elementos que aparecem no texto para
uma melhor compreensão dos(as) estudantes.
MOMENTO [2]: DIA “D” RESPEITO À EDUCAÇÃO
Significaçãodousodaexpressãoparaâmbitodaeducação:nestemomentoos(as)professores(as),
com o auxílio do “Anexo 2” (20 de junho: dia “D” respeito à Educação), significam para os(as) es-
tudantes o uso da expressão para o campo da luta/disputa por uma educação de qualidade. Para uma
melhor compreensão do debate, é necessário que os(as) professores(as) expliquem o que cada uma
demandas apresentadas no texto representam na construção de uma/um) escola/colégio de qualida-
de socialmente referenciada.
MOMENTO [3]: DIA “D” COMPROMISSO
Confeccionando Cartazes: como momento final, em grupos, os(as) estudantes poderão confeccionar
cartazes adjetivando a expressão “Dia D” para a Educação e a/o escola/colégio que pretendem. Ma-
teriais como cartolinas, pinceis atômicos, material de recorte devem estar disponíveis para a confec-
ção desses cartazes. Deve-se também prever local para exposição destas produções, de preferência
em lugares na/no escola/colégio em que a comunidade, mães, pais, tenham acesso e circulem.
3. História do Dia D
Anexo 1: reproduzir para os(as) estudantes
Esta expressão é a tradução de D-Day, usada pelo exército americano desde a 1ª Guerra, hoje
incorporada a linguagem usual da maioria dos países. Serve para designar o dia exato em que
uma determinada atitude deve ser tomada. Apesar de pleonástica, a expressão, inicialmente usa-
da pelos militares em operações de guerra, foi incorporada à linguagem do dia a dia, como expres-
são de decisão, já que cria um ponto de referência no tempo. Esta referência é importante, pois, no
âmbito do planejamento, cria ações que precisam ser desenvolvidas antes e depois deste dia.
O “Dia D” mais famoso da história ocorreu
em 6 de junho de 1944, durante a segunda
guerra mundial, quando ocorreu o desembarque
das tropas aliadas na Normandia (noroeste da
França). Este dia é considerado por muitos his-
toriadores como o mais importante da Segunda
Guerra Mundial. Foi decisivo na vitória dos alia-
dos contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
A região era dominada pelos alemães na chamada Muralha do Atlântico. Os aliados, desem-
barcaram com mais de 300 mil homens e milhares de armamentos. Os aliados usaram senhas e
informações falsas sobre o desembarque, estratégia importante para confundir as tropas alemãs.
Após duras batalhas, a operação funcionou e os aliados venceram. Esta vitória foi crucial para
o avanço dos aliados rumo a vitória sobre a Alemanha em 1945.
Os soldados das tropas aliadas, que participaram da invasão da Normandia durante no Dia D
eram dos seguintes países: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França (parte livre), Polônia,
Austrália, Bélgica, Nova Zelândia, Holanda e Noruega.
Fontes:
http://wp.clicrbs.com.br/sualingua/2009/04/30/dia-d-hora-h/
http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/dia_d.htm
http://teclando7.blogspot.com.br/2009/09/especial-segunda-guerra-os-70-anos-do.html
4. Anexo 2: texto de apoio ao/a professor/a
DIA “D” RESPEITO À EDUCAÇÃO
Em reunião no final de maio deste ano, o Conselho da APP-Sindicato definiu o 20 de junho como prazo
limite para que o governo responda oficialmente sobre as demandas centrais para nossa categoria, quais
sejam: a forma como se dará a implementação dos 33% da hora-atividade na rede de ensino a partir de julho
desse ano; o pagamento das promoções e progressões em atrasados e, por fim, a apresentação de um novo
modelo de atendimento à saúde dos servidores.
• Implementação dos 33% de hora-atividade: em reuniões anteriores, o governo havia se comprometido
em implantar 30% de hora-atividade em julho. A APP-Sindicato cobra, para já, um calendário de redistribui-
ção das aulas. Os 3% restantes, segundo o governo, serão aplicados no início do ano letivo de 2014.
• Implementação e pagamento das promoções em atraso: a categoria cobra os pagamentos das promo-
ções de professores(as) e funcionários(as) que, segundo o próprio governo, hoje representam um passivo de
R$ 25 milhões. Isso está se tornando uma “bola de neve” e em curtíssimo prazo pode vir a se tornar impagá-
vel, configurando calote, além de ser um direito já conquistado por estes profissionais. A categoria reivindica
que o estado salde a dívida e implante estes avanços imediatamente.
• Novo modelo saúde: como é de conhecimento, a saúde dos funcionários públicos estaduais está na
UTI. No último dia 3 acabou o prazo de 30 dias acordado entre governo e entidades sindicais representa-
tivas dos servidores públicos estaduais para que o executivo apresentasse um esboço do novo modelo de
atendimento à saúde dos servidores estaduais. Uma proposta de um novo modelo foi apresentada em maio
pelas entidades sindicais ao governo que não se pronunciou a esse respeito. A APP-Sindicato cobra um
posicionamento urgente sobre a questão
Outros pontos merecem nossa atenção e devem pautar nossas reflexões neste dia, tais como: a alte-
ração da Lei do PSS para que garantias que já são conquistas dos professores estatutários cheguem aos
professores contratados em caráter provisório; a dobra de padrão para 40 horas para aqueles/as que dese-
jarem, já que constitucionalmente o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR) reconhece o cargo de 40 horas;
a alteração e ampla discussão sobre a nova matriz curricular, que implantada de forma atabalhoada pelo
governo, trouxe prejuízos para várias disciplinas e o enquadramento dos aposentados do antigo nível F6
para o nível II do atual Plano de Carreira do Magistério, promessa de campanha do atual governo.
Esses são alguns pontos de um conjunto de no mínimo 30 outros que tencionam na perspectiva de uma/
um escola/colégio de qualidade socialmente referenciada. Nós profissionais da educação estamos empe-
nhados nessa direção, por isso estamos atentos e queremos despertar a comunidade escolar em geral e
em especial, nesse momento, os/as estudantes, para que se juntem a nós e, assim, posamos mostrar a este
governo que estamos vigilantes no cumprimento dos compromissos anteriormente assumidos.
Uma/um escola/colégio melhor é nosso desejo, é nossa luta!
Obs.: Outros elementos para a discussão podem ser acessados no folder “Dia ‘D’ respeito à educação”,
produzido pela APP-Sindicato, e que foi encaminhado as/aos escolas/colégios.