As invasões aceleraram a regressão econômica na Europa Ocidental desde o fim do Império Romano, levando a uma economia de subsistência em cada região. A fraca produtividade agrícola devido a ferramentas primitivas e falta de fertilizantes levou ao surgimento de uma sociedade rural tripartida marcada por grandes diferenças sociais entre os privilegiados (clero e nobreza) e não privilegiados.
Os valores olímpicos relacionados com os povosda antiguidade
A sociedade europeia nos séculos ix a xii trabalho de grupo de história - antónio pinheiro nº4
1. História
As invasões procederam a um reforçamento das diferenças entre as classes sociais: os
grandes proprietários viram os seus poderes aumentarem ainda mais pois dispunham de
lugares fortificados e de guerreiros ao seu serviço, podendo oferecer à população alguma
proteção, crescendo cada vez mais o poder e o prestígio dos grandes senhores. Estas invasões
aceleraram também a regressão económica que já estava a ter lugar no Ocidente Europeu
desde o fim do Império Romano. As cidades, alvos preferências dos invasores, deixaram de ter
tanta importância. Bastantes campos deixaram de ser cultivados e diminuiu a produção
agrícola. O comércio externo enfraqueceu: os mercadores temiam pela sua segurança e como
se produzia pouco, também se vendia pouco. Perante estas consequências das invasões, surgiu
uma nova economia – economia de subsistência. Esta economia caracterizava-se como uma
economia sem excedentes. Cada região procurava ser autossuficiente, uma vez que não
dispunha de meios para comprar ao exterior. Como já disse tratava-se de uma economia de
excedentes e cada região tinha de subsistir com o que produzia. Isto tudo devia-se à fraca
produtividade das Terras. Os campos eram mal aproveitados, pois os instrumentos agrícolas
eram muito rudimentares. Devido à falta de fertilizantes a Terra cansava-se muito facilmente.
Perante estas dificuldades formou-se uma sociedade ruralizada e tripartida: a maior
parte da população vivia no campo e a terra era a principal fonte de riqueza e de poder. A
influência de cada um media-se pelas terras que possuíam. Esta sociedade era marcada por
grandes diferenças sociais. Havia um pequeno grupo de privilegiados que possuía a maior
parte das terras e dispunha de muitos direitos e regalias. Era composto pelo clero e pela
nobreza. Há. Havia, por outro lado, o grande grupo dos não-privilegiados. Constituía a maioria
da população e incluía quer os artesãos quer os camponeses. Quase todos trabalhavam nas
terras do clero e da nobreza, dispondo de recursos muito limitados para sobreviverem. As
diferenças sociais existentes na época eram entendidas como naturais. Considerava-se que
Deus, ao fazer o mundo, dividira as pessoas em três grandes grupos de funções: o clero, que
rezava para obter a proteção divina e cuidava das almas; a nobreza, que combatia para
assegurar a defesa da sociedade; um terceiro grupo: o dos camponeses e artesão, que devia
trabalhar para o sustento de todos. Em suma, esta era uma sociedade feudal.