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A causas de acidentes com ou sem lesão: nas atividades de
construção civil
Antonio Fernando Navarro1

Introdução
A ocorrência de um acidente pode ser resultado da sucessão de fatores
contributários, que quase sempre culmina com lesões, sem ou com o afastamento do trabalhador e
mesmo a morte, além de milhares de quase acidentes que, embora não sejam considerados
acidentes, apresentam elevado potencial de terminar o sendo. Essas considerações são sempre
abordadas nas Pirâmides de Desvios.
Os acidentes com lesão podem ter essas tratadas e, segundo o INSS o trabalhador
pode ser readaptado para novas atividades. Esse assunto é tão vasto que pode ser assunto de um
próximo paper, vez que os trabalhadores, por não se adaptarem às novas situações terminam sendo
postos de lado, perdendo oportunidades que teriam em suas atividades anteriores ao acidente.
Assim, entendemos que um acidente causa DOR, em seu sentido Lato e abrangente, que não é só a
física, quanto a moral, entre outras.
Preocupados com a questão das “causas raiz”, avaliamos com maior profundidade
algumas das técnicas utilizadas mais frequentemente e descobrimos que muitas empresas definem
suas estratégias com base nas Pirâmides de Desvios, como a de H. W. Heinrich e Roland P. Blake,
de 1931, a pedido da The Travelers Insurance Company, assim como a de Frank Bird Jr, de 1966, à
pedido da Insurance Company of North America. Mais recentemente a DuPont, em finais da década
de 90 apresentou sua Pirâmide de Desvios, incorporando novos conceitos, e baseando-nos no
histórico da própria empresa, de mais de 200 anos de existência. Assim, utilizando alguns dados
disponíveis e muitas décadas de experiência, e, mais recentemente nos dois últimos anos, o
acompanhamento de obras de 20 prédios e dezenas de reformas de prédios e instalações, criamos
uma nova Pirâmide, nova em todos os sentidos, porque é apresentada como Triângulo, já que para a
transformarmos em “3D” precisamos associar “oportunidades”. Essa é a chave da questão. A partir
desse entendimento buscamos saber onde as oportunidades apareciam e o que as provocava. Para
consubstanciar a questão escolhemos o Ramo da Construção Civil, por ser um dos mais amplos e
profícuos na capacidade de gerar perigos e riscos associados. Assim, estabelecemos como critério a

1

Antonio Fernando Navarro é Físico, Engenheiro Civil, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Mestre em Saúde e Meio Ambiente e
especialista em Gerenciamento de Riscos e Estudos de Confiabilidade, tendo atuado em atividades industriais por mais de 30 anos.
Desempenha suas atuais atividades como Engenheiro e Professor da Universidade Federal Fluminense – UFF.

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análise do cenário entendendo uma obra com início, meio e fim e estabelecendo algumas questões
que foram respondidas pelos trabalhadores em várias ocasiões e momentos. Assim, as análises não
se basearam apenas em uma única empresa, mas em mais de 800 empresas, durante um período de
30 anos. Nesse rol encontram-se empresas de reformas prediais, empresas que atuam na construção
de prédios residenciais ou comerciais, empresas que atuam na execução de obras de arte especiais
(pontes, portos, barragens, etc.), ou seja, procuramos não só mesclar as empresas como também
ampliar o período de observação, de modo que os resultados fossem tão mais precisos a ponto de o
identificarmos somente sabendo da atividade do trabalhador. A partir daí construímos três simples
gráficos do tipo pizza, ao final do paper.
Análise do Problema
Um acidente é algo que pode ser traduzido por uma sucessão de fatos ou fatores, e
que, em um determinado momento, ocorrem. O recebimento de uma simples ligação do celular,
uma discussão anterior sobre a perda do jogo ou do título de seu time, uma fofoca que incomoda, o
fato da obra estar em sua fase final, a chegada de um encarregado que não se relaciona bem com a
equipe, mudanças súbitas de turno, em fim, poderíamos gerar mais de 100 razões, imitando as 100
causas.
Por que escolhemos o título de 100 causas de acidentes com ou sem lesão: nas
atividades de construção civil? A escolha foi devida ao fato de que, em nossas aulas sobre a NR18 e
PCMAT sempre alguém tinha uma pergunta sobre os riscos de uma atividade específica. Assim,
buscamos elencar em ordem cronológica as atividades e os riscos decorrentes, apontando-se aquele
mais enfatizado pelo trabalhador. Poderia até ser um trabalho simples, como, se eu uso as mãos para
a realização de alguma atividade essa é a parte do corpo mais afetada por um acidente.
Mudando de área, uma costureira, que também trabalha com as mãos, vive
perfurando dedos com agulhas, prensando-os quando ajusta o tecido na máquina de costura, ou
tendo um corte pela tesoura. Isso é tão perceptível que fica até desnecessário enfatizar-se. Porém,
alguém já soube de acidente provocado pela agulha da máquina de costura atingindo o olho ou rosto
da costureira? Esse tipo de acidente também ocorre. Alguém já soube de choque elétrico atingindo
uma costureira? Esse tipo de acidente também ocorre, pois que a enorme maioria das máquinas de
costura é acionada com motores elétricos.
Assim, concluindo esse raciocínio, desenvolvemos uma Pirâmide de Desvios um
pouco incomum em relação às existentes, com razões do tipo 1:30:300:3000:30000, ou outras,
porque, por mais que buscássemos os dados, sempre verificamos que o comportamento dos

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acidentes não segue numerologia tão simples. Outro ponto, que começou sendo citado por Bird em
seus primeiros trabalhos é a definição de desvio e seu posicionamento na base da pirâmide. Desvio
passa a ser o “etecetera” de todas as análises ou o descumprimento de algo, procedimento. Mas, por
que as pessoas descumprem os procedimentos? A partir dessa indagação acrescentamos mais dois
níveis, á pirâmide, que começo com três. Passou a quatro e depois a cinco, na cronologia
apresentada anteriormente.
Procuramos, a exemplo da DuPont, segregar o momento em que devem ser tomas
as ações pró-ativas e as ações reativas. Essas últimas não passam de preenchimento de relatórios
que nada agregam à Gestão de Riscos. O moderno profissional de SMS deve começar a se
preocupar com a questão da Gestão. Somente assim os acidentes caem ou deixam de existir.
Morte
1
Acidente com
Afastamento
50
Acidente sem Afastamento
120

Nível de ações
Quase Acidentes
310
Desvios

reativas

750
Desconhecimento dos Riscos
1300

Nível de ações

Desconhecimento Técnico
3500

proativas

Triangulo de Desvios de Navarro (2012)
O título dado de Triângulo decorre do fato de que para se chegar à Pirâmide de
Desvios deve-se acrescentar as “Oportunidades para a Ocorrência”. Da mesma maneira que na
composição do triângulo do fogo: calor, combustível e comburente, deve existir a associação de
todos esses fatores para que o incêndio ocorra. O calor deve ser o suficiente para gerar vapores no
combustível, os quais, associados à quantidade de comburente dissolvida no ambiente deflagram o
processo de combustão.
Como muitos dos acidentes sem afastamento são subnotificados, ou não são
relatados pelos trabalhadores, acredita-se que haja um elevado número de quase acidentes que
sequer chega ao conhecimento dos profissionais de SMS.

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As atividades de SMS passam a ter importância na medida em que se iniciam nos
planejamentos das atividades e os profissionais dessa área têm conhecimento do que ocorre nos
ambientes do trabalho. Quanto melhor é o grau de conhecimento e mais fiáveis são as informações
melhores são as ações pró ativas, ou seja, de prevenção dos acidentes antes mesmo que esses
venham a se materializar.
Os trabalhadores, quando questionados porque não relatam os quase acidentes ou
mesmo os acidentes cujas lesões não os impeçam de continuar suas atividades relatam quase sempre
que os relatos podem ser vistos pelas gerências de várias formas e isso cria um ambiente de receio
(medo de perder o emprego, bulling realizado pelos colegas, punições ou advertências das chefias).
Esses pequenos acidentes podem ser traduzidas como: prensamento de dedos em portas, unhas
roxas por pancadas, principalmente de martelos, arranhões ao passar por muros onde a superfície foi
chapiscada por calda de cimento, ou ao transitar por entre equipamentos e a extremidade de um
deles chega a arranhar o braço de uma pessoa. Assim, os acidentados entendem que têm mais a
perder ao se licenciarem do que ao reclamarem um acidente.
Podem existir também outras razões para essa falta de informação, como a do
micro empresário dono de seu próprio negócio, e que vai fazer um reparo em uma janela de
alumínio e se acidenta durante a atividade. Se ele for reclamar, irá reclamar a quem? Como poderá
continuar ganhando seu dinheiro? Assim, ele prefere colocar uma bandagem no ferimento e
continuar trabalhando.
Todos os dias e a cada momento algum trabalhador pode estar exposto a um
acidente. Para que isso não ocorra são necessárias várias medidas, que não serão objeto deste paper.
Aqui trataremos das 100 causas de acidentes apuradas em avaliações de empresas, durante
atividades de auditorias comportamentais, ou em fiscalização e ou de gestão de empresas. As causas
serão apontadas pelas atividades, relacionando-se a primeira, segunda e terceira causa mais comum.
A hierarquização é função da quantidade de relatos obtidos, não se excluindo a possibilidade de
existirem outras que não foram percebidas durante nossas atividades:
1) Limpeza e preparação do terreno:
1ª Picada de insetos, animais peçonhentos ou aracnídeos;
2ª Cortes provocados pelo contato da pele com folhas serrilhadas de capim, ou extremidades de
galhos;
3ª Queda provocada por desnível do terreno ou choque com pedras ou galhos de árvores.
2) Montagem dos gabaritos de obra:
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1ª Impactos de partes das mãos com os martelos utilizados para pregar as estacas, formando os
gabaritos;
2ª Penetração de farpas de madeira na pele e roupas;
3ª Arranhões em contatos de parte do corpo com os gabaritos montados, durante a transposição do
obstáculo e objetos deixados no chão ou pelas próprias irregularidades do relevo do terreno.
3) Montagem dos barracões de obra:
1ª Impactos causados no corpo durante o manuseio e o transporte dos materiais para a montagem;
2ª Perfurações diversas por farpas de madeira, dentes de serra, pregos não rebatidos;
3ª Quedas de mesmo nível (tropeços) ou de níveis distintos, queda de escadas, durante a montagem
da estrutura.
4) Levantamento topográfico:
1ª Queda de níveis distintos ou de mesmo nível devido ao ajuste do tripé do teodolito ou mira;
2ª Prensamento de dedos durante o transporte e montagem dos equipamentos;
3ª Queimaduras solares devido ao tempo prolongado de exposição ao sol.
5) Deslocamentos no canteiro de obras:
1ª Quedas de mesmo nível devido às irregularidades do terreno;
2ª Impactos do corpo contra objetos fixos ou sendo transportados;
3ª Perfurações e ou cortes não profundos, durante o manuseio dos materiais e ou contato por partes
expostas.
I.

Início das atividades de obras

6) Escavação manual:
1ª Quedas ou tropeções pelas irregularidades do terreno ou objetos deixados no chão, mais comuns;
2ª Dores lombares devido ao esforço físico contínuo;
3ª Cortes ou escoriações por contato com materiais, equipamentos, ferramentas ou vegetação no
entorno da área de trabalho.
7) Escavação mecânica:
1ª Quedas durante as atividades para a limpeza manual da área;
2ª Lesões provocadas durante o contato com os equipamentos;
3ª Queda de mesmo nível.

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8) Remoção e transporte de terra:
1ª Dores lombares relatadas pela contínua atividade de transportar o carrinho de mão, carregado
com o material transportado;
2ª Poeira atingindo olhos e ouvidos;
3ª Quedas de mesmo nível devido a falta de visibilidade durante o transporte do carrinho de mão.
9) Recepção, preparação e montagem de ferragens:
1ª Prensamento de dedos durante o manuseio de feixes de vergalhões;
2ª Cortes ou perfurações provocadas pelos arames de amarração dos feixes ou das extremidades dos
vergalhões;
3ª Dores produzidas pelo esforço durante o manuseio dos materiais.
10) Transporte das ferragens e posicionamento dos orifícios (estacas moldadas in situ):
1ª Prensamento de dedos durante a atividade;
2ª Perfurações causadas pelos arames de amarração das ferragens;
3ª Lesões provocadas pelo esforço dispendido na atividade.
11) Cravação de estacas pré-moldadas de concreto centrifugado por percussão:
1ª Lesões dos ouvidos pelo ruído de impacto;
2ª Projeção de lascas de madeira empregada na cabeça das estacas;
3ª Impactos corporais durante o posicionamento das estacas na torre do bate estacas.
12) Cravação de estacas metálicas (perfis soldados ou trilhos):
1ª Lesões dos ouvidos pelo ruído de impacto;
2ª Danos causados pelo tombamento das estacas por rompimento de soldas;
3ª Projeções de parte dos materiais atingindo membros superiores e cabeça.
II.2. Estrutura
13) Montagem das torres/gruas e transporte manual de equipamentos:
1ª Esforço causando lesões musculares;
2ª Acidentes relacionados a resvalos do solado das botas na escada da torre durante o processo de
montagem;
3ª Prensamento de dedos durante a fixação de pinos de travamento das seções da torre.

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14) Movimentação de materiais e equipamentos na obra:
1ª Dores lombares pela assunção de uma postura inadequada e pelos longos períodos em que isso
ocorre;
2ª Impacto de partes do corpo contra objetos fixos, como as pernas contra os cabos do carrinho de
mão;
3ª Tropeços devido ao desnivelamento do piso provocando a queda do carrinho e de sua carga.
Nota: A movimentação de materiais pode se dar com o emprego de outros meios de transporte,
como por empilhadeiras, guindastes, entre outros meios. Os riscos relatados não serão apresentados
porque a quantidade de respondentes não foi expressiva.
15) Preparação de fôrmas de concreto:
1ª Cortes provocados por serra para ajuste local das fôrmas;
2ª Perfurações por pontas de pregos não rebatidos ou de lascas de madeira;
3ª Lesões musculares durante a movimentação e ajuste das fôrmas.
16) Montagem, travamento e escoramento das fôrmas de concreto:
1ª Lesões musculares durante a movimentação e ajuste das fôrmas;
2ª Perfurações por pontas de pregos não rebatidos ou de lascas de madeira;
3ª Tropeções durante a movimentação na laje para a montagem das fôrmas e seus ajustes.
17) Transporte das fôrmas de concreto:
1ª Impacto de partes do corpo com objetos fixos;
2ª Prensamento dos dedos das mãos durante os ajustes das fôrmas;
3ª Penetração de farpas de madeira nas mãos.
18) Montagem dos escoramentos de madeira ou metálicos para suportação das fôrmas de
vigas e de lajes:
1ª Queda dos escoramentos durante o encunhamento, quando o trabalhador atua sozinho;
2ª Queda de mesmo nível por tropeços nos materiais dispostos na laje;
3ª Esfolamento de mãos no aperto dos grampos de fixação das escoras metálicas.
19) Retirada e deslocamento dos escoramentos:
1ª Queda dos materiais sobre as pessoas causando lesões no tronco e membros inferiores;

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2ª Contusões ou cortes durante o deslocamento no local;
3ª Perfurações ou cortes por pontas de pregos não retiradas das tábuas e escoras, contato com
grampos do escoramento metálico, entre outros.
Nota: A remoção do escoramento é uma das atividades mais críticas e perigosas, porque os
procedimentos são inexistentes ou não aplicáveis. Uma das situações mais comuns de acidentes, é
quando o operário remove as cunhas de travamento, principalmente no escoramento de madeira.
Isso é feito sem que ele se certifique que foi pregado um prego na extremidade superior da escora
para ajuste. Ao bater nas cunhas a escora cai sobre o trabalhador.
20) Concretagem das formas manualmente:
1ª Respingos de concreto no rosto dos trabalhadores que não utilizam os protetores faciais;
2ª Quedas durante o deslocamento do pessoal sobre as ferragens;
3ª Impactos causados pela queda dos baldes sobre os trabalhadores.
21) Concretagem das formas por bombas de concreto:
1ª Quedas durante o deslocamento do pessoal sobre as ferragens ou forçados pelos companheiros
durante a movimentação dos mangotes;
2ª Respingos de concreto causado pelo excesso de pressão da bomba ou da proximidade do
trabalhador da extremidade do mangote;
3ª Impacto do trabalhador com partes fixas, ou choque corporal com os demais colegas.
Nota: Durante essa atividade tem-se uma grande quantidade de pessoas em um pequeno ambiente,
com o piso irregular formado pelas ferragens além da pressa normal nessas atividades, além disso,
como o concreto precisa ser descarregado logo, os trabalhadores priorizam a descarga rápida do
concreto, muitas vezes em detrimento de sua segurança pessoal.
22) Vibração do concreto:
1ª Incômodos físicos posturais devido às características do serviço, que requer que o trabalhador
insira a agulha seguidas vezes em planos abaixo de seus pés, como na concretagem de lajes e vigas;
2ª Queda ou tropeços de mesmo nível durante os deslocamentos que quase sempre acompanham os
deslocamentos dos mangotes que despejam o concreto fresco;
3ª Machucadoras nas canelas e tornozelos pelos impactos com as ferragens.
Nota: Foram relatados choques elétricos produzidos pelo contato dos cabos de alimentação dos
motores dos vibradores com a ferragem (cabos com o isolamento – capa –danificados).

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23) Desforma de pilares:
1ª Queda de painéis sobre os trabalhadores produzindo escoriações;
2ª Perfurações com pregos e extremidades de madeira quase sempre atingindo os braços e
antebraços;
3ª Lesões nos dedos produzidas pelas alavancas ou martelos utilizados na remoção dos painéis de
madeira.
24) Desforma de vigas:
1ª Os riscos são bastante assemelhados aos de desforma de vigas. No caso de formas dos pilares a
exposição dos trabalhadores é maior e a proximidade do o risco também.
2ª Os riscos são bastante assemelhados aos de desforma de vigas. No caso de formas dos pilares a
exposição dos trabalhadores é maior e a proximidade do o risco também.
3ª Os riscos são bastante assemelhados aos de desforma de vigas. No caso de formas dos pilares a
exposição dos trabalhadores é maior e a proximidade do o risco também.
Nota: Trata-se de atividade bastante perigosa onde praticamente não são observados os
procedimentos e normas existentes. Um dos problemas dessas atividades é que as formas são
removidas sem uma preocupação com o reaproveitamento. Desta maneira, muitas vezes as tábuas
são removidas em pedações por alavancas ou unhas dos martelos. Como o material não pode ficar
junto ao trabalhador esse o descarrega para os andares inferiores ou para o chão, trazendo riscos
para seus colegas, pelo contato eventual com os pregos ou as extremidades de tábuas partidas.
25) Preparo do concreto no canteiro por betoneiras:
1ª Penetração de poeira nos olhos;
2ª Queda de materiais sobre os membros inferiores;
3ª Choques elétricos na operação dos equipamentos com fiações elétricas expostas.
26) Preparo das argamassas em masseira no canteiro de obras:
1ª Penetração de poeira nos olhos;
2ª Acidentes envolvendo os membros inferiores devido a contato acidental com enxadas usadas na
mistura da argamassa nas masseiras
3ª Tropeços e queda no trânsito de pessoas entre as masseiras e os locais de abastecimento dos
baldes.
27) Serviços com eletricidade:

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1ª Choques elétricos de baixa tensão, por contato acidental com o fio fase;
2ª Mordedura dos dedos pelas garras dos alicates;
3ª Perfuração pela extremidade de chaves de fenda, muitas vezes empregadas para outros fins, como
de escariação de furos ou como ponteira, para ajuste de orifícios de saída de conduites.
28) Recorte de alvenarias para colocação de eletroduto, caixas de passagem e caixas de
interruptores:
1ª
2ª
3ª
29) Execução das atividades de montagem dos circuitos elétricos e enfiação dos condutores
nos eletroduto:
1ª Lesões nos dedos durante a enfiação dos condutores elétricos nos eletroduto;
2ª Cortes durante a remoção da capa dos condutores;
3ª Prensamento de dedos em alicates.
30) Instalação de transformadores e painéis elétricos:
1ª Machucadoras durante a movimentação dos materiais no espaço quase sempre exíguo;
2ª Cortes nos antebraços e mãos principalmente pelo contato eventual com as chapas de metal dos
painéis e nas partes mais agudas dos transformadores;
3ª Perfurações com chaves de fenda ou prensamento com alicates.
31) Instalação de luminárias e outros dispositivos de iluminação:
1ª Risco de choques elétricos durante a montagem das luminárias;
2ª Escorregões e mesmo quedas durante a subida nas escadas ou em plataformas de trabalho;
3ª Machucaduras nos dedos produzidas pelas ferramentas de trabalho, como estiletes para descacarse os fios, alicates e chaves de fenda.
32) Uso de pistola para fixação de chumbadores:
1ª Machucadura nas mãos durante a movimentação e ajuste do equipamento junto às superfícies,
para os disparos;
2ª Projeção de materiais depreendidos das lajes e vigas durante os disparos para a fixação dos
chumbadores;

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3ª Chumbadores não adequadamente fixados, devido a inclinação dos pratos das pistolas, caindo
sobre os trabalhadores.
33) Preparação para a montagem das tubulações de PVC e de Cobre:
1ª Projeção do material cortado, durante a montagem das instalações caindo sobre as faces;
2ª queimadura com as soldas ou dermatites provocadas pelo contato das colas com a pele;
3ª Machucaduras nos dedos das mãos durante o ajuste das seções e os encaixes;
34) Montagem das tubulações e demais sistemas de água e esgoto (bombeiro hidráulico):
1ª Projeção de partículas durante o corte das paredes e pisos, com disco de corte ou talhadeiras;
2ª Lesões durante o encaixe das tubulações nas valetas;
3ª Lesões durante a montagem das instalações ou do transporte dos materiais.
35) Atividades em uma carpintaria de obra:
1ª Penetração de lascas de madeira nas mãos e outras partes do corpo, por contato direto com peças
de madeira ou acidentais, durante a passagem por locais onde se encontrem armazenadas as peças;
2ª Lesões provocadas nos ajustes do disco de serra, por contato com os dentes do disco;
3ª Tropeções em material depositado inadvertidamente no chão.
36) Emprego das ferramentas e equipamentos da carpintaria (lixadeira, serra circular,
tupia, fresadora, desbastadora, etc.):
1ª Risco de lesões graves principalmente nos discos de corte, por descumprimento de normas;
2ª Projeção de materiais cortados ou de pedaços partidos das ferramentas utilizadas;
3ª Risco de contato acidental com as partes girantes, seja pelo contato direto ou de roupas soltas.
Nota: As atividades com máquinas rotativas é extremamente perigoso devido a energia cinética
gerada, já que muitas dessas ferramentas podem atingir a 6.000 rpm. Nessas condições, aliado ao
fato de que o trabalhador fica muito próximo do equipamento, guiando a atividade, e postura física
adotada, como a do pressionamento de cima para baixo, com o trabalhador em pé, fixando a
ferramenta para baixo, existe sempre o risco do excesso de pressão empenar ou quebrar as brocas
ou partir os discos. Nessas ocasiões, o material partido é projetado com a velocidade com que se
encontrava antes, e sem direção, quase sempre sendo parado por objetos fixos nas proximidades, o
que não exclui o corpo dos operadores.
37) Execução das atividades de carpintaria:

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1ª Aspiração de poeira depositada no chão, durante a varrição;
2ª Impactos do corpo contra objetos fixos e ou equipamentos;
3ª Machucaduras diversas como cortes, contra ferramentas afiadas, perfurações, por farpas e pregos
não removidos, entre outras causas.
38) Execução das atividades de montagem de fôrmas:
1ª Machucadoras diversas causadas durante a movimentação das tábuas e demais peças de madeira
utilizadas na montagem das fôrmas;
2ª Queda de partes das fôrmas sobre os trabalhadores devido a posicionamentos inadequados;
3ª Perfurações produzidas por materiais diversos.
39) Central de armação:
1ª Perfurações por extremidade de ferragens ou de arame de amarração;
2ª Lesões produzidas durante o uso dos equipamentos de corte;
3ª Esmagadura ou prensamento de dedos durante a remoção ou reposicionamento dos vergalhões.
40) Recepção e armazenagem das ferragens:
1ª Esforço gerando lesões nos músculos do dorso e braços;
2ª Prensamento de dedos;
3ª Perfurações por materiais pontiagudos.
41) Utilização da máquina de policorte:
1ª Impacto dos dedos durante o ajuste das barras para o corte pela máquina;
2ª Cortes dos dedos por fragmentos de metal durante o corte;
3ª Prensagem de dedos durante o reposicionamento das barras serradas e na retirada de varas de
ferro para o corte.
42) Trabalhos na mesa de dobra de ferragens:
1ª Esforço gerando lesões nos músculos do dorso e braços;
2ª Prensamento de dedos;
3ª Perfurações por materiais pontiagudos.
43) Serviços de montagem de ferragem:

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1ª Ferimentos provocados durante a amarração das ferragens antes de transportá-las para o
posicionamento nas formas
2ª Pancadas nos pés pela queda de material;
3ª Penetração de corpos estranhos nos olhos, narizes ou ouvidos, durante os cortes (lascas de aço
desprendidas durante os cortes).
44) Serviços em cozinha industrial:
1ª Respingo de produtos sobre a face durante o preparo das comidas em caldeirões;
2ª Queimaduras provocadas pelo contato com superfícies aquecidas;
3ª Quedas de mesmo nível principalmente devido a pisos escorregadios.
45) Serviços em trabalho em cozinhas industriais:
1ª Dermatites por contato com produtos de limpeza;
2ª Lesões pulmonares pela inalação de produtos químicos e ou queimaduras diversas na
manipulação das panelas, contato com bocas de gás acesas e superfícies aquecidas;
3ª Quedas de mesmo nível.
46) Serviços de solda:
1ª Queimadoras por pingos de solda sobre partes do corpo não protegidas ou durante o acendimento
do maçarico;
2ª Desgaste visual durante as atividades pelos curtos espaços de tempo no início da soldagem sem o
protetor facial;
3ª Dores físicas pelo esforço ou postura assumida durante a atividade
47) Serviços de montagem industrial:
1ª Contato com peças de metas ásperas ou pontiagudas, durante a montagem;
2ª Queda de materiais sobre os trabalhadores durante os ajustes e apertos de peças;
3ª Queimadura por pingos de solda, durante a realização de atividades em diferentes níveis.
48) Serviços em preparo de pintura:
1ª Penetração de poeira nos olhos ou ouvidos;
2ª Dermatites pelo contato direto com os produtos de pintura;
3ª Posição postural inadequada causando dores no corpo.
49) Serviços em aplicação de pintura interna com spray:

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1ª Respingos de spray de tintas sobre o rosto ou olhos;
2ª Contato direto com os produtos durante a preparação causando problemas de pele;
3ª Contato direto com a tinta aplicada pelo vento ou pelo giro das pistolas pelos aplicadores,
atingindo as partes superiores do corpo.
50) Serviços em aplicação de pintura interna com rolos e trinchas:
1ª Risco de queda das latas ou baldes de tinta sobre pessoas, por não estarem corretamente presas;
2ª Queda dos trabalhadores das escadas ou de plataformas de trabalho;
3ª Lesões cutâneas ou oculares pelos respingos de tinta.
51) Serviços de aplicação de pintura externa:
1ª Queda do trabalhador do andaime por não estar corretamente preso pelo cinto de segurança, pelo
fato da atividade ser contínua e das empresas não empregarem linhas de vida contínuas com
maiores comprimentos, ou linhas verticais;
2ª Queda de materiais empregados nas atividades sobre pessoas;
3ª Projeção de material aplicado sobre o corpo ou rosto do trabalhador, devido ao vento.
52) Serviços de calafate:
1ª Intoxicação pela cola utilizada na calafetação;
2ª Dermatites pelo uso dos produtos;
3ª Lesões produzidas por lascas de material que podem se soltar com as atividades de calefetação,
principalmente as que envolvem o impacto de marretas de madeira.
53) Serviços de pedreiro:
1ª Perfurações por queda de ferramentas pontiagudas sobre partes do corpo, especialmente tronco e
membros inferiores;
2ª Esforço físico provocado pela postura corporal incorreta causando dores ou lesões;
3ª Arranhões nas mãos pelo contato direto com áreas ásperas ou pontiagudas.
54) Corte de azulejos e ladrilhos:
1ª Lesões por corte devido ao contato com extremidades aguçadas do material cortado;
2ª Aspiração de poeiras produzidas durante os cortes;
3ª Projeção de materiais durante os cortes, podendo ser provenientes do próprio material cortado ou
dos discos de corte.

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55) Serviços de aplicação de azulejos:
1ª Queda e quebra de materiais não corretamente aplicados, atingindo os trabalhadores;
2ª Corte ou lesões pelo uso de desempenadeiras, principalmente quando se utiliza a borda da
ferramenta;
3ª Lesões cutâneas causadas pelo contato com a argamassa.
56) Serviços de rejunte de azulejos:
1ª Dermatite pelo contato com a argamassa;
2ª Lesões nos dedos durante o rejunte manual;
3ª Lesões nos dedos produzidas por extremidades agudas dos azulejos.
57) Serviços de preparação de argamassa:
1ª Dores lombares devido ao transporte manual dos materiais;
2ª Impactos causados durante o enchimento da betoneira com os materiais;
3ª Inalação de poeira e ou a penetração dos olhos.
58) Serviços de concretagem por bomba:
1ª
2ª
3ª
59) Serviços de concretagem manual:
1ª
2ª
3ª
60) Assentamento de alvenarias:
1ª
2ª
3ª
61) Aplicação de emboço e reboco:
1ª
2ª
Página 15 de 23
3ª
62) Aplicação de massa polivínica de preparação da parede:
1ª
2ª
3ª
63) Pintura das paredes e tetos:
1ª
2ª
3ª
64) Serviços de aplicação de piso de madeira:
1ª
2ª
3ª
65) Serviços de aplicação de piso de concreto:
1ª
2ª
3ª
66) Serviço de aplicação de revestimento de piso manual:
1ª
2ª
3ª
67) Serviço de aplicação de revestimento de piso através de equipamentos:
1ª
2ª
3ª
68) Serviços de montagem de andaimes:
1ª Queda de ferramentas ou abraçadeiras sobre os trabalhadores que ficam em níveis inferiores;

Página 16 de 23
2ª
3ª
69) Serviços de desmontagem de andaimes:
1ª Queda de quadros mal posicionados sobre os trabalhadores durante a remoção dos mesmos;
2ª Prensamentos ou torços durante os desencaixes das peças;
3ª Queda de materiais sobre os trabalhadores.
70) Montagem dos barrilete e sistemas de drenagem da caixa d’água e da laje:
1ª
2ª
3ª
71) Impermeabilização de laje superior:
1ª
2ª
3ª
72) Preparação e montagem de estrutura de telhado:
1ª
2ª
3ª
73) Montagem de telhas:
1ª
2ª
3ª
74) Preparação e montagem de rufos e calhas:
1ª
2ª
3ª
75) Preparação de montagem de janelas:
1ª
Página 17 de 23
2ª
3ª
76) Corte e aplicação de vidros em janelas:
1ª
2ª
3ª
77) Preparação para aplicação de portas e janelas:
1ª
2ª
3ª
78) Montagem das ferragens em portas e janelas:
1ª Ferimentos superficiais no ajuste da madeira para a colocação das ferragens, como plainas e
formões, e chaves de fenda;
2ª Ferimentos superficiais durante o emprego dos equipamentos, máquinas de furar, máquinas de
corte e plainas;
3ª Prensamento de partes do corpo pelo deslocamento dos materiais.
79) Aplicação de batentes nas janelas e portas:
1ª Prensamento de dedos durante os ajustes das peças;
2ª Machucaduras durante a movimentação dos materiais ou queda dos mesmos sobre os
trabalhadores;
3ª
80) Preparação das alvenarias para o revestimento externo:
1ª Acidentes pelo uso de marretas, talhadeiras ou demais ferramentas empregadas na atividade;
2ª Inalação e projeção sobre os olhos de argamassa seca;
3ª Lesões leves com o emprego de colheres de pedreiro (pás) sobre parte dos braços.
81) Aplicação do revestimento externo:
1ª Dermatite por contato com as argamassas;
2ª Queda de materiais sobre os membros inferiores dos trabalhadores;

Página 18 de 23
3ª Cortes durante o ajuste das pastilhas e ou prensamento de partes das mãos por torquêz.
82) Aplicação de montagem de forros:
1ª Queda de materiais no rosto durante o processo de montagem da estrutura do forro;
2ª Dor na coluna cervical pela postura durante a montagem;
3ª Cortes ou prensamentos durante a montagem e ajustes das placas.
83) Transporte manual de peças e sacarias no canteiro de obras:
1ª Dores lombares devido ao peso e a continuidade da tarefa;
2ª Tropeções sobre as carcas depositadas;
3ª Queda de parte da carga sobre os trabalhadores, por deslocamento das mesmas por rampas de
transporte de cargas.
84) Transporte por carrinhos manuais de peças e sacarias no canteiro de obras:
1ª Dor lombar pelo esforço desenvolvido;
2ª Projeção de material particulado atingindo olhos e ouvidos, no transporte dos materiais através de
bicas ou de pás;
3ª Queda de mesmo nível por distração ou excesso de materiais dispostos no piso de trabalho.
85) Limpeza mecanizada de áreas do canteiro de obras:
1ª Inalação de poeira devido a movimentação das máquinas;
2ª Atropelamentos ou choques eventuais contra objetos em deslocamento;
3ª Acidente causado por partes do equipamento, como durante o enchimento de material nas
caçambas por pás.
86) Limpeza manual de áreas do canteiro de obras:
1ª Penetração de poeira ou material particulado nos olhos;
2ª Queda de mesmo nível por distração;
3ª Dores lombares pela postura durante as atividades de limpeza e de transportar o carrinho de mão.
87) Atividades humanas no setor administrativo:
1ª Prensamento de dedos no fechamento de gavetas;
2ª Hematomas devido a pancadas contra mesas, armários ou cadeiras;
3ª Cortes no manuseio de resmas de papel ou no corte de papel com lâminas afiadas.

Página 19 de 23
88) Transporte manual de materiais para a guarda no almoxarifado:
1ª Dores lombares;
2ª Batida de partes do corpo contra objetos fixos (estantes, armários, etc.);
3ª Escoriações e cortes no manuseio de materiais.
89) Atividades humanas na área do almoxarifado:
1ª Inalação de poeira do local;
2ª Penetração de poeira nos olhos;
3ª Dermatites por contato com produtos diversos.
90) Montagem de antenas, câmeras, pára-raios e sinalizações na cobertura da edificação:
1ª Escorregões em telhados lisos ou devido a quebra de telhas;
2ª Queda por razões diversas durante a subida ou descida dos telhados;
3ª Risco de prensamento de dedos por alicates de corte ou queimadura por soldas.
91) Escavação e construção de cisternas:
1ª Riscos de desmoronamento das paredes escavadas sobre os trabalhadores sufocando-os;
2ª Quedas durante a descida ao fundo da vala/escavação ou causada por desníveis do piso ou
ferramentas deixadas sobre o chão;
3ª Lesões pessoais durante as atividades, inclusive por ferramentas empregadas pelos demais
trabalhadores.
92) Montagem de sistema de ar condicionado central:
1ª Cortes nas mãos pelo manuseio das chapas metálicas para o corte ou dobradura;
2ª Hematomas causados por pancadas diversas durante as atividades de montagem;
3ª Dor corporal pela postura adotada durante a montagem dos dutos. Essa dor poderia ser evitada se
fosse dado ao trabalhador meios mais adequados de ajuste dos dutos.
93) Montagem dos elevadores:
1ª Prensamento de dedos em alicates;
2ª Perfuramento com pontas de cabos de aço e ferramentas;
3ª Prensamentos durante ajustes de portas.
94) Afiação de ferramentas:

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1ª Queimadura no rosto ou outra parte da cabeça pela projeção de pedaços de metal quebrados pelo
disco de rebolo durante a afiação;
2ª Corte nas mãos pelo manuseio das peças afiadas;
3ª Projeção de partes do disco de rebolo sobre o tronco, pelo excesso de pressão durante a afiação
da ferramenta.
95) Desmontagem do canteiro de obras:
1ª Acidentes pérfuro-cortantes, pelo contato eventual com pontas de prego em restos de madeira,
pedaços de azulejos e restos ou pedaços de vidro ou de lâminas de metais, todos inadequadamente
jogados fora sem um descarte adequado;
2ª Conjuntivites pelo contato com pó de materiais diversos;
3ª Dores lombares pelo esforço durante o transporte de materiais.
96) Remoção dos resíduos de obras:
1ª Contato com poeiras diversas, principalmente de resíduos de madeira, perigosas para os
brônquios;
2ª Intermação ou insolação devido ao longo período sob o sol e com vestimenta que não auxilia a
transpiração e evaporação
3ª Dores lombares devido ao esforço contínuo.
97) Atividades de jardinagem e paisagismo:
1ª Intoxicação devido aos materiais utilizados e ao polém das plantas;
2ª Inalação de adubos misturados à terra;
3ª Olhos atingidos por plantas.
98) Testes de sistemas elétricos:
1ª Prensamento de dedos em alicates/Cortes durante a fase de “descascar-se” as capas dos
condutores elétricos;
2ª Choques devido aos testes de passagem de corrente;
3ª Perfurações devido ao manuseio de fios e ou cabos desenrolados e sem capa.
99) Testes de sistemas de água e esgoto:
1ª Respingo de líquidos diretamente nos olhos;
2ª Machucados nas mãos durante o ajuste das tubulações nas paredes e pisos;
3ª Prensamento de dedos durante o fechamento de caixas de passagem ou colocação de tubulações
nas paredes.
100) Montagens de portões e corrimãos:
Página 21 de 23
1ª Impacto dos materiais transportados e preparados para a fixação com o corpo;
2ª Projeção de pedaços de materiais, cortados ou esmerilhados atingindo o rosto;
3ª Prensagem de mãos durante os ajustes das peças.

Página 22 de 23
Indicadores Gerais
Partes do corpo mais atingidas ou afetadas pelas ocorrências:

% em relação ao total de relatos
20
Membros superiores
40

Membros inferiores

10

Tronco
Cabeça
30

Considerando os acidentes/lesões por partes do corpo atingidas

% de partes atingidas relatadas
5
25

40

Braço
Antebraço
Mão
Dedos

30

Considerando as partes das mãos atingidas pelos eventos relatados, tem-se

% de partes atingidas relatadas
2
Punho
8

5

10

Palma
20

Polegar
Indicador

30
25

Médio
Anelar

Em atividades de construção civil a maior quantidade de acidentes envolve os membros superiores.
Desses, as partes afetadas são as mãos, das mãos o dedo indicador é o mais atingido.

Página 23 de 23

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As 100 causas mais comuns de acidentes com ou sem lesão

  • 1. A causas de acidentes com ou sem lesão: nas atividades de construção civil Antonio Fernando Navarro1 Introdução A ocorrência de um acidente pode ser resultado da sucessão de fatores contributários, que quase sempre culmina com lesões, sem ou com o afastamento do trabalhador e mesmo a morte, além de milhares de quase acidentes que, embora não sejam considerados acidentes, apresentam elevado potencial de terminar o sendo. Essas considerações são sempre abordadas nas Pirâmides de Desvios. Os acidentes com lesão podem ter essas tratadas e, segundo o INSS o trabalhador pode ser readaptado para novas atividades. Esse assunto é tão vasto que pode ser assunto de um próximo paper, vez que os trabalhadores, por não se adaptarem às novas situações terminam sendo postos de lado, perdendo oportunidades que teriam em suas atividades anteriores ao acidente. Assim, entendemos que um acidente causa DOR, em seu sentido Lato e abrangente, que não é só a física, quanto a moral, entre outras. Preocupados com a questão das “causas raiz”, avaliamos com maior profundidade algumas das técnicas utilizadas mais frequentemente e descobrimos que muitas empresas definem suas estratégias com base nas Pirâmides de Desvios, como a de H. W. Heinrich e Roland P. Blake, de 1931, a pedido da The Travelers Insurance Company, assim como a de Frank Bird Jr, de 1966, à pedido da Insurance Company of North America. Mais recentemente a DuPont, em finais da década de 90 apresentou sua Pirâmide de Desvios, incorporando novos conceitos, e baseando-nos no histórico da própria empresa, de mais de 200 anos de existência. Assim, utilizando alguns dados disponíveis e muitas décadas de experiência, e, mais recentemente nos dois últimos anos, o acompanhamento de obras de 20 prédios e dezenas de reformas de prédios e instalações, criamos uma nova Pirâmide, nova em todos os sentidos, porque é apresentada como Triângulo, já que para a transformarmos em “3D” precisamos associar “oportunidades”. Essa é a chave da questão. A partir desse entendimento buscamos saber onde as oportunidades apareciam e o que as provocava. Para consubstanciar a questão escolhemos o Ramo da Construção Civil, por ser um dos mais amplos e profícuos na capacidade de gerar perigos e riscos associados. Assim, estabelecemos como critério a 1 Antonio Fernando Navarro é Físico, Engenheiro Civil, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Mestre em Saúde e Meio Ambiente e especialista em Gerenciamento de Riscos e Estudos de Confiabilidade, tendo atuado em atividades industriais por mais de 30 anos. Desempenha suas atuais atividades como Engenheiro e Professor da Universidade Federal Fluminense – UFF. Página 1 de 23
  • 2. análise do cenário entendendo uma obra com início, meio e fim e estabelecendo algumas questões que foram respondidas pelos trabalhadores em várias ocasiões e momentos. Assim, as análises não se basearam apenas em uma única empresa, mas em mais de 800 empresas, durante um período de 30 anos. Nesse rol encontram-se empresas de reformas prediais, empresas que atuam na construção de prédios residenciais ou comerciais, empresas que atuam na execução de obras de arte especiais (pontes, portos, barragens, etc.), ou seja, procuramos não só mesclar as empresas como também ampliar o período de observação, de modo que os resultados fossem tão mais precisos a ponto de o identificarmos somente sabendo da atividade do trabalhador. A partir daí construímos três simples gráficos do tipo pizza, ao final do paper. Análise do Problema Um acidente é algo que pode ser traduzido por uma sucessão de fatos ou fatores, e que, em um determinado momento, ocorrem. O recebimento de uma simples ligação do celular, uma discussão anterior sobre a perda do jogo ou do título de seu time, uma fofoca que incomoda, o fato da obra estar em sua fase final, a chegada de um encarregado que não se relaciona bem com a equipe, mudanças súbitas de turno, em fim, poderíamos gerar mais de 100 razões, imitando as 100 causas. Por que escolhemos o título de 100 causas de acidentes com ou sem lesão: nas atividades de construção civil? A escolha foi devida ao fato de que, em nossas aulas sobre a NR18 e PCMAT sempre alguém tinha uma pergunta sobre os riscos de uma atividade específica. Assim, buscamos elencar em ordem cronológica as atividades e os riscos decorrentes, apontando-se aquele mais enfatizado pelo trabalhador. Poderia até ser um trabalho simples, como, se eu uso as mãos para a realização de alguma atividade essa é a parte do corpo mais afetada por um acidente. Mudando de área, uma costureira, que também trabalha com as mãos, vive perfurando dedos com agulhas, prensando-os quando ajusta o tecido na máquina de costura, ou tendo um corte pela tesoura. Isso é tão perceptível que fica até desnecessário enfatizar-se. Porém, alguém já soube de acidente provocado pela agulha da máquina de costura atingindo o olho ou rosto da costureira? Esse tipo de acidente também ocorre. Alguém já soube de choque elétrico atingindo uma costureira? Esse tipo de acidente também ocorre, pois que a enorme maioria das máquinas de costura é acionada com motores elétricos. Assim, concluindo esse raciocínio, desenvolvemos uma Pirâmide de Desvios um pouco incomum em relação às existentes, com razões do tipo 1:30:300:3000:30000, ou outras, porque, por mais que buscássemos os dados, sempre verificamos que o comportamento dos Página 2 de 23
  • 3. acidentes não segue numerologia tão simples. Outro ponto, que começou sendo citado por Bird em seus primeiros trabalhos é a definição de desvio e seu posicionamento na base da pirâmide. Desvio passa a ser o “etecetera” de todas as análises ou o descumprimento de algo, procedimento. Mas, por que as pessoas descumprem os procedimentos? A partir dessa indagação acrescentamos mais dois níveis, á pirâmide, que começo com três. Passou a quatro e depois a cinco, na cronologia apresentada anteriormente. Procuramos, a exemplo da DuPont, segregar o momento em que devem ser tomas as ações pró-ativas e as ações reativas. Essas últimas não passam de preenchimento de relatórios que nada agregam à Gestão de Riscos. O moderno profissional de SMS deve começar a se preocupar com a questão da Gestão. Somente assim os acidentes caem ou deixam de existir. Morte 1 Acidente com Afastamento 50 Acidente sem Afastamento 120 Nível de ações Quase Acidentes 310 Desvios reativas 750 Desconhecimento dos Riscos 1300 Nível de ações Desconhecimento Técnico 3500 proativas Triangulo de Desvios de Navarro (2012) O título dado de Triângulo decorre do fato de que para se chegar à Pirâmide de Desvios deve-se acrescentar as “Oportunidades para a Ocorrência”. Da mesma maneira que na composição do triângulo do fogo: calor, combustível e comburente, deve existir a associação de todos esses fatores para que o incêndio ocorra. O calor deve ser o suficiente para gerar vapores no combustível, os quais, associados à quantidade de comburente dissolvida no ambiente deflagram o processo de combustão. Como muitos dos acidentes sem afastamento são subnotificados, ou não são relatados pelos trabalhadores, acredita-se que haja um elevado número de quase acidentes que sequer chega ao conhecimento dos profissionais de SMS. Página 3 de 23
  • 4. As atividades de SMS passam a ter importância na medida em que se iniciam nos planejamentos das atividades e os profissionais dessa área têm conhecimento do que ocorre nos ambientes do trabalho. Quanto melhor é o grau de conhecimento e mais fiáveis são as informações melhores são as ações pró ativas, ou seja, de prevenção dos acidentes antes mesmo que esses venham a se materializar. Os trabalhadores, quando questionados porque não relatam os quase acidentes ou mesmo os acidentes cujas lesões não os impeçam de continuar suas atividades relatam quase sempre que os relatos podem ser vistos pelas gerências de várias formas e isso cria um ambiente de receio (medo de perder o emprego, bulling realizado pelos colegas, punições ou advertências das chefias). Esses pequenos acidentes podem ser traduzidas como: prensamento de dedos em portas, unhas roxas por pancadas, principalmente de martelos, arranhões ao passar por muros onde a superfície foi chapiscada por calda de cimento, ou ao transitar por entre equipamentos e a extremidade de um deles chega a arranhar o braço de uma pessoa. Assim, os acidentados entendem que têm mais a perder ao se licenciarem do que ao reclamarem um acidente. Podem existir também outras razões para essa falta de informação, como a do micro empresário dono de seu próprio negócio, e que vai fazer um reparo em uma janela de alumínio e se acidenta durante a atividade. Se ele for reclamar, irá reclamar a quem? Como poderá continuar ganhando seu dinheiro? Assim, ele prefere colocar uma bandagem no ferimento e continuar trabalhando. Todos os dias e a cada momento algum trabalhador pode estar exposto a um acidente. Para que isso não ocorra são necessárias várias medidas, que não serão objeto deste paper. Aqui trataremos das 100 causas de acidentes apuradas em avaliações de empresas, durante atividades de auditorias comportamentais, ou em fiscalização e ou de gestão de empresas. As causas serão apontadas pelas atividades, relacionando-se a primeira, segunda e terceira causa mais comum. A hierarquização é função da quantidade de relatos obtidos, não se excluindo a possibilidade de existirem outras que não foram percebidas durante nossas atividades: 1) Limpeza e preparação do terreno: 1ª Picada de insetos, animais peçonhentos ou aracnídeos; 2ª Cortes provocados pelo contato da pele com folhas serrilhadas de capim, ou extremidades de galhos; 3ª Queda provocada por desnível do terreno ou choque com pedras ou galhos de árvores. 2) Montagem dos gabaritos de obra: Página 4 de 23
  • 5. 1ª Impactos de partes das mãos com os martelos utilizados para pregar as estacas, formando os gabaritos; 2ª Penetração de farpas de madeira na pele e roupas; 3ª Arranhões em contatos de parte do corpo com os gabaritos montados, durante a transposição do obstáculo e objetos deixados no chão ou pelas próprias irregularidades do relevo do terreno. 3) Montagem dos barracões de obra: 1ª Impactos causados no corpo durante o manuseio e o transporte dos materiais para a montagem; 2ª Perfurações diversas por farpas de madeira, dentes de serra, pregos não rebatidos; 3ª Quedas de mesmo nível (tropeços) ou de níveis distintos, queda de escadas, durante a montagem da estrutura. 4) Levantamento topográfico: 1ª Queda de níveis distintos ou de mesmo nível devido ao ajuste do tripé do teodolito ou mira; 2ª Prensamento de dedos durante o transporte e montagem dos equipamentos; 3ª Queimaduras solares devido ao tempo prolongado de exposição ao sol. 5) Deslocamentos no canteiro de obras: 1ª Quedas de mesmo nível devido às irregularidades do terreno; 2ª Impactos do corpo contra objetos fixos ou sendo transportados; 3ª Perfurações e ou cortes não profundos, durante o manuseio dos materiais e ou contato por partes expostas. I. Início das atividades de obras 6) Escavação manual: 1ª Quedas ou tropeções pelas irregularidades do terreno ou objetos deixados no chão, mais comuns; 2ª Dores lombares devido ao esforço físico contínuo; 3ª Cortes ou escoriações por contato com materiais, equipamentos, ferramentas ou vegetação no entorno da área de trabalho. 7) Escavação mecânica: 1ª Quedas durante as atividades para a limpeza manual da área; 2ª Lesões provocadas durante o contato com os equipamentos; 3ª Queda de mesmo nível. Página 5 de 23
  • 6. 8) Remoção e transporte de terra: 1ª Dores lombares relatadas pela contínua atividade de transportar o carrinho de mão, carregado com o material transportado; 2ª Poeira atingindo olhos e ouvidos; 3ª Quedas de mesmo nível devido a falta de visibilidade durante o transporte do carrinho de mão. 9) Recepção, preparação e montagem de ferragens: 1ª Prensamento de dedos durante o manuseio de feixes de vergalhões; 2ª Cortes ou perfurações provocadas pelos arames de amarração dos feixes ou das extremidades dos vergalhões; 3ª Dores produzidas pelo esforço durante o manuseio dos materiais. 10) Transporte das ferragens e posicionamento dos orifícios (estacas moldadas in situ): 1ª Prensamento de dedos durante a atividade; 2ª Perfurações causadas pelos arames de amarração das ferragens; 3ª Lesões provocadas pelo esforço dispendido na atividade. 11) Cravação de estacas pré-moldadas de concreto centrifugado por percussão: 1ª Lesões dos ouvidos pelo ruído de impacto; 2ª Projeção de lascas de madeira empregada na cabeça das estacas; 3ª Impactos corporais durante o posicionamento das estacas na torre do bate estacas. 12) Cravação de estacas metálicas (perfis soldados ou trilhos): 1ª Lesões dos ouvidos pelo ruído de impacto; 2ª Danos causados pelo tombamento das estacas por rompimento de soldas; 3ª Projeções de parte dos materiais atingindo membros superiores e cabeça. II.2. Estrutura 13) Montagem das torres/gruas e transporte manual de equipamentos: 1ª Esforço causando lesões musculares; 2ª Acidentes relacionados a resvalos do solado das botas na escada da torre durante o processo de montagem; 3ª Prensamento de dedos durante a fixação de pinos de travamento das seções da torre. Página 6 de 23
  • 7. 14) Movimentação de materiais e equipamentos na obra: 1ª Dores lombares pela assunção de uma postura inadequada e pelos longos períodos em que isso ocorre; 2ª Impacto de partes do corpo contra objetos fixos, como as pernas contra os cabos do carrinho de mão; 3ª Tropeços devido ao desnivelamento do piso provocando a queda do carrinho e de sua carga. Nota: A movimentação de materiais pode se dar com o emprego de outros meios de transporte, como por empilhadeiras, guindastes, entre outros meios. Os riscos relatados não serão apresentados porque a quantidade de respondentes não foi expressiva. 15) Preparação de fôrmas de concreto: 1ª Cortes provocados por serra para ajuste local das fôrmas; 2ª Perfurações por pontas de pregos não rebatidos ou de lascas de madeira; 3ª Lesões musculares durante a movimentação e ajuste das fôrmas. 16) Montagem, travamento e escoramento das fôrmas de concreto: 1ª Lesões musculares durante a movimentação e ajuste das fôrmas; 2ª Perfurações por pontas de pregos não rebatidos ou de lascas de madeira; 3ª Tropeções durante a movimentação na laje para a montagem das fôrmas e seus ajustes. 17) Transporte das fôrmas de concreto: 1ª Impacto de partes do corpo com objetos fixos; 2ª Prensamento dos dedos das mãos durante os ajustes das fôrmas; 3ª Penetração de farpas de madeira nas mãos. 18) Montagem dos escoramentos de madeira ou metálicos para suportação das fôrmas de vigas e de lajes: 1ª Queda dos escoramentos durante o encunhamento, quando o trabalhador atua sozinho; 2ª Queda de mesmo nível por tropeços nos materiais dispostos na laje; 3ª Esfolamento de mãos no aperto dos grampos de fixação das escoras metálicas. 19) Retirada e deslocamento dos escoramentos: 1ª Queda dos materiais sobre as pessoas causando lesões no tronco e membros inferiores; Página 7 de 23
  • 8. 2ª Contusões ou cortes durante o deslocamento no local; 3ª Perfurações ou cortes por pontas de pregos não retiradas das tábuas e escoras, contato com grampos do escoramento metálico, entre outros. Nota: A remoção do escoramento é uma das atividades mais críticas e perigosas, porque os procedimentos são inexistentes ou não aplicáveis. Uma das situações mais comuns de acidentes, é quando o operário remove as cunhas de travamento, principalmente no escoramento de madeira. Isso é feito sem que ele se certifique que foi pregado um prego na extremidade superior da escora para ajuste. Ao bater nas cunhas a escora cai sobre o trabalhador. 20) Concretagem das formas manualmente: 1ª Respingos de concreto no rosto dos trabalhadores que não utilizam os protetores faciais; 2ª Quedas durante o deslocamento do pessoal sobre as ferragens; 3ª Impactos causados pela queda dos baldes sobre os trabalhadores. 21) Concretagem das formas por bombas de concreto: 1ª Quedas durante o deslocamento do pessoal sobre as ferragens ou forçados pelos companheiros durante a movimentação dos mangotes; 2ª Respingos de concreto causado pelo excesso de pressão da bomba ou da proximidade do trabalhador da extremidade do mangote; 3ª Impacto do trabalhador com partes fixas, ou choque corporal com os demais colegas. Nota: Durante essa atividade tem-se uma grande quantidade de pessoas em um pequeno ambiente, com o piso irregular formado pelas ferragens além da pressa normal nessas atividades, além disso, como o concreto precisa ser descarregado logo, os trabalhadores priorizam a descarga rápida do concreto, muitas vezes em detrimento de sua segurança pessoal. 22) Vibração do concreto: 1ª Incômodos físicos posturais devido às características do serviço, que requer que o trabalhador insira a agulha seguidas vezes em planos abaixo de seus pés, como na concretagem de lajes e vigas; 2ª Queda ou tropeços de mesmo nível durante os deslocamentos que quase sempre acompanham os deslocamentos dos mangotes que despejam o concreto fresco; 3ª Machucadoras nas canelas e tornozelos pelos impactos com as ferragens. Nota: Foram relatados choques elétricos produzidos pelo contato dos cabos de alimentação dos motores dos vibradores com a ferragem (cabos com o isolamento – capa –danificados). Página 8 de 23
  • 9. 23) Desforma de pilares: 1ª Queda de painéis sobre os trabalhadores produzindo escoriações; 2ª Perfurações com pregos e extremidades de madeira quase sempre atingindo os braços e antebraços; 3ª Lesões nos dedos produzidas pelas alavancas ou martelos utilizados na remoção dos painéis de madeira. 24) Desforma de vigas: 1ª Os riscos são bastante assemelhados aos de desforma de vigas. No caso de formas dos pilares a exposição dos trabalhadores é maior e a proximidade do o risco também. 2ª Os riscos são bastante assemelhados aos de desforma de vigas. No caso de formas dos pilares a exposição dos trabalhadores é maior e a proximidade do o risco também. 3ª Os riscos são bastante assemelhados aos de desforma de vigas. No caso de formas dos pilares a exposição dos trabalhadores é maior e a proximidade do o risco também. Nota: Trata-se de atividade bastante perigosa onde praticamente não são observados os procedimentos e normas existentes. Um dos problemas dessas atividades é que as formas são removidas sem uma preocupação com o reaproveitamento. Desta maneira, muitas vezes as tábuas são removidas em pedações por alavancas ou unhas dos martelos. Como o material não pode ficar junto ao trabalhador esse o descarrega para os andares inferiores ou para o chão, trazendo riscos para seus colegas, pelo contato eventual com os pregos ou as extremidades de tábuas partidas. 25) Preparo do concreto no canteiro por betoneiras: 1ª Penetração de poeira nos olhos; 2ª Queda de materiais sobre os membros inferiores; 3ª Choques elétricos na operação dos equipamentos com fiações elétricas expostas. 26) Preparo das argamassas em masseira no canteiro de obras: 1ª Penetração de poeira nos olhos; 2ª Acidentes envolvendo os membros inferiores devido a contato acidental com enxadas usadas na mistura da argamassa nas masseiras 3ª Tropeços e queda no trânsito de pessoas entre as masseiras e os locais de abastecimento dos baldes. 27) Serviços com eletricidade: Página 9 de 23
  • 10. 1ª Choques elétricos de baixa tensão, por contato acidental com o fio fase; 2ª Mordedura dos dedos pelas garras dos alicates; 3ª Perfuração pela extremidade de chaves de fenda, muitas vezes empregadas para outros fins, como de escariação de furos ou como ponteira, para ajuste de orifícios de saída de conduites. 28) Recorte de alvenarias para colocação de eletroduto, caixas de passagem e caixas de interruptores: 1ª 2ª 3ª 29) Execução das atividades de montagem dos circuitos elétricos e enfiação dos condutores nos eletroduto: 1ª Lesões nos dedos durante a enfiação dos condutores elétricos nos eletroduto; 2ª Cortes durante a remoção da capa dos condutores; 3ª Prensamento de dedos em alicates. 30) Instalação de transformadores e painéis elétricos: 1ª Machucadoras durante a movimentação dos materiais no espaço quase sempre exíguo; 2ª Cortes nos antebraços e mãos principalmente pelo contato eventual com as chapas de metal dos painéis e nas partes mais agudas dos transformadores; 3ª Perfurações com chaves de fenda ou prensamento com alicates. 31) Instalação de luminárias e outros dispositivos de iluminação: 1ª Risco de choques elétricos durante a montagem das luminárias; 2ª Escorregões e mesmo quedas durante a subida nas escadas ou em plataformas de trabalho; 3ª Machucaduras nos dedos produzidas pelas ferramentas de trabalho, como estiletes para descacarse os fios, alicates e chaves de fenda. 32) Uso de pistola para fixação de chumbadores: 1ª Machucadura nas mãos durante a movimentação e ajuste do equipamento junto às superfícies, para os disparos; 2ª Projeção de materiais depreendidos das lajes e vigas durante os disparos para a fixação dos chumbadores; Página 10 de 23
  • 11. 3ª Chumbadores não adequadamente fixados, devido a inclinação dos pratos das pistolas, caindo sobre os trabalhadores. 33) Preparação para a montagem das tubulações de PVC e de Cobre: 1ª Projeção do material cortado, durante a montagem das instalações caindo sobre as faces; 2ª queimadura com as soldas ou dermatites provocadas pelo contato das colas com a pele; 3ª Machucaduras nos dedos das mãos durante o ajuste das seções e os encaixes; 34) Montagem das tubulações e demais sistemas de água e esgoto (bombeiro hidráulico): 1ª Projeção de partículas durante o corte das paredes e pisos, com disco de corte ou talhadeiras; 2ª Lesões durante o encaixe das tubulações nas valetas; 3ª Lesões durante a montagem das instalações ou do transporte dos materiais. 35) Atividades em uma carpintaria de obra: 1ª Penetração de lascas de madeira nas mãos e outras partes do corpo, por contato direto com peças de madeira ou acidentais, durante a passagem por locais onde se encontrem armazenadas as peças; 2ª Lesões provocadas nos ajustes do disco de serra, por contato com os dentes do disco; 3ª Tropeções em material depositado inadvertidamente no chão. 36) Emprego das ferramentas e equipamentos da carpintaria (lixadeira, serra circular, tupia, fresadora, desbastadora, etc.): 1ª Risco de lesões graves principalmente nos discos de corte, por descumprimento de normas; 2ª Projeção de materiais cortados ou de pedaços partidos das ferramentas utilizadas; 3ª Risco de contato acidental com as partes girantes, seja pelo contato direto ou de roupas soltas. Nota: As atividades com máquinas rotativas é extremamente perigoso devido a energia cinética gerada, já que muitas dessas ferramentas podem atingir a 6.000 rpm. Nessas condições, aliado ao fato de que o trabalhador fica muito próximo do equipamento, guiando a atividade, e postura física adotada, como a do pressionamento de cima para baixo, com o trabalhador em pé, fixando a ferramenta para baixo, existe sempre o risco do excesso de pressão empenar ou quebrar as brocas ou partir os discos. Nessas ocasiões, o material partido é projetado com a velocidade com que se encontrava antes, e sem direção, quase sempre sendo parado por objetos fixos nas proximidades, o que não exclui o corpo dos operadores. 37) Execução das atividades de carpintaria: Página 11 de 23
  • 12. 1ª Aspiração de poeira depositada no chão, durante a varrição; 2ª Impactos do corpo contra objetos fixos e ou equipamentos; 3ª Machucaduras diversas como cortes, contra ferramentas afiadas, perfurações, por farpas e pregos não removidos, entre outras causas. 38) Execução das atividades de montagem de fôrmas: 1ª Machucadoras diversas causadas durante a movimentação das tábuas e demais peças de madeira utilizadas na montagem das fôrmas; 2ª Queda de partes das fôrmas sobre os trabalhadores devido a posicionamentos inadequados; 3ª Perfurações produzidas por materiais diversos. 39) Central de armação: 1ª Perfurações por extremidade de ferragens ou de arame de amarração; 2ª Lesões produzidas durante o uso dos equipamentos de corte; 3ª Esmagadura ou prensamento de dedos durante a remoção ou reposicionamento dos vergalhões. 40) Recepção e armazenagem das ferragens: 1ª Esforço gerando lesões nos músculos do dorso e braços; 2ª Prensamento de dedos; 3ª Perfurações por materiais pontiagudos. 41) Utilização da máquina de policorte: 1ª Impacto dos dedos durante o ajuste das barras para o corte pela máquina; 2ª Cortes dos dedos por fragmentos de metal durante o corte; 3ª Prensagem de dedos durante o reposicionamento das barras serradas e na retirada de varas de ferro para o corte. 42) Trabalhos na mesa de dobra de ferragens: 1ª Esforço gerando lesões nos músculos do dorso e braços; 2ª Prensamento de dedos; 3ª Perfurações por materiais pontiagudos. 43) Serviços de montagem de ferragem: Página 12 de 23
  • 13. 1ª Ferimentos provocados durante a amarração das ferragens antes de transportá-las para o posicionamento nas formas 2ª Pancadas nos pés pela queda de material; 3ª Penetração de corpos estranhos nos olhos, narizes ou ouvidos, durante os cortes (lascas de aço desprendidas durante os cortes). 44) Serviços em cozinha industrial: 1ª Respingo de produtos sobre a face durante o preparo das comidas em caldeirões; 2ª Queimaduras provocadas pelo contato com superfícies aquecidas; 3ª Quedas de mesmo nível principalmente devido a pisos escorregadios. 45) Serviços em trabalho em cozinhas industriais: 1ª Dermatites por contato com produtos de limpeza; 2ª Lesões pulmonares pela inalação de produtos químicos e ou queimaduras diversas na manipulação das panelas, contato com bocas de gás acesas e superfícies aquecidas; 3ª Quedas de mesmo nível. 46) Serviços de solda: 1ª Queimadoras por pingos de solda sobre partes do corpo não protegidas ou durante o acendimento do maçarico; 2ª Desgaste visual durante as atividades pelos curtos espaços de tempo no início da soldagem sem o protetor facial; 3ª Dores físicas pelo esforço ou postura assumida durante a atividade 47) Serviços de montagem industrial: 1ª Contato com peças de metas ásperas ou pontiagudas, durante a montagem; 2ª Queda de materiais sobre os trabalhadores durante os ajustes e apertos de peças; 3ª Queimadura por pingos de solda, durante a realização de atividades em diferentes níveis. 48) Serviços em preparo de pintura: 1ª Penetração de poeira nos olhos ou ouvidos; 2ª Dermatites pelo contato direto com os produtos de pintura; 3ª Posição postural inadequada causando dores no corpo. 49) Serviços em aplicação de pintura interna com spray: Página 13 de 23
  • 14. 1ª Respingos de spray de tintas sobre o rosto ou olhos; 2ª Contato direto com os produtos durante a preparação causando problemas de pele; 3ª Contato direto com a tinta aplicada pelo vento ou pelo giro das pistolas pelos aplicadores, atingindo as partes superiores do corpo. 50) Serviços em aplicação de pintura interna com rolos e trinchas: 1ª Risco de queda das latas ou baldes de tinta sobre pessoas, por não estarem corretamente presas; 2ª Queda dos trabalhadores das escadas ou de plataformas de trabalho; 3ª Lesões cutâneas ou oculares pelos respingos de tinta. 51) Serviços de aplicação de pintura externa: 1ª Queda do trabalhador do andaime por não estar corretamente preso pelo cinto de segurança, pelo fato da atividade ser contínua e das empresas não empregarem linhas de vida contínuas com maiores comprimentos, ou linhas verticais; 2ª Queda de materiais empregados nas atividades sobre pessoas; 3ª Projeção de material aplicado sobre o corpo ou rosto do trabalhador, devido ao vento. 52) Serviços de calafate: 1ª Intoxicação pela cola utilizada na calafetação; 2ª Dermatites pelo uso dos produtos; 3ª Lesões produzidas por lascas de material que podem se soltar com as atividades de calefetação, principalmente as que envolvem o impacto de marretas de madeira. 53) Serviços de pedreiro: 1ª Perfurações por queda de ferramentas pontiagudas sobre partes do corpo, especialmente tronco e membros inferiores; 2ª Esforço físico provocado pela postura corporal incorreta causando dores ou lesões; 3ª Arranhões nas mãos pelo contato direto com áreas ásperas ou pontiagudas. 54) Corte de azulejos e ladrilhos: 1ª Lesões por corte devido ao contato com extremidades aguçadas do material cortado; 2ª Aspiração de poeiras produzidas durante os cortes; 3ª Projeção de materiais durante os cortes, podendo ser provenientes do próprio material cortado ou dos discos de corte. Página 14 de 23
  • 15. 55) Serviços de aplicação de azulejos: 1ª Queda e quebra de materiais não corretamente aplicados, atingindo os trabalhadores; 2ª Corte ou lesões pelo uso de desempenadeiras, principalmente quando se utiliza a borda da ferramenta; 3ª Lesões cutâneas causadas pelo contato com a argamassa. 56) Serviços de rejunte de azulejos: 1ª Dermatite pelo contato com a argamassa; 2ª Lesões nos dedos durante o rejunte manual; 3ª Lesões nos dedos produzidas por extremidades agudas dos azulejos. 57) Serviços de preparação de argamassa: 1ª Dores lombares devido ao transporte manual dos materiais; 2ª Impactos causados durante o enchimento da betoneira com os materiais; 3ª Inalação de poeira e ou a penetração dos olhos. 58) Serviços de concretagem por bomba: 1ª 2ª 3ª 59) Serviços de concretagem manual: 1ª 2ª 3ª 60) Assentamento de alvenarias: 1ª 2ª 3ª 61) Aplicação de emboço e reboco: 1ª 2ª Página 15 de 23
  • 16. 3ª 62) Aplicação de massa polivínica de preparação da parede: 1ª 2ª 3ª 63) Pintura das paredes e tetos: 1ª 2ª 3ª 64) Serviços de aplicação de piso de madeira: 1ª 2ª 3ª 65) Serviços de aplicação de piso de concreto: 1ª 2ª 3ª 66) Serviço de aplicação de revestimento de piso manual: 1ª 2ª 3ª 67) Serviço de aplicação de revestimento de piso através de equipamentos: 1ª 2ª 3ª 68) Serviços de montagem de andaimes: 1ª Queda de ferramentas ou abraçadeiras sobre os trabalhadores que ficam em níveis inferiores; Página 16 de 23
  • 17. 2ª 3ª 69) Serviços de desmontagem de andaimes: 1ª Queda de quadros mal posicionados sobre os trabalhadores durante a remoção dos mesmos; 2ª Prensamentos ou torços durante os desencaixes das peças; 3ª Queda de materiais sobre os trabalhadores. 70) Montagem dos barrilete e sistemas de drenagem da caixa d’água e da laje: 1ª 2ª 3ª 71) Impermeabilização de laje superior: 1ª 2ª 3ª 72) Preparação e montagem de estrutura de telhado: 1ª 2ª 3ª 73) Montagem de telhas: 1ª 2ª 3ª 74) Preparação e montagem de rufos e calhas: 1ª 2ª 3ª 75) Preparação de montagem de janelas: 1ª Página 17 de 23
  • 18. 2ª 3ª 76) Corte e aplicação de vidros em janelas: 1ª 2ª 3ª 77) Preparação para aplicação de portas e janelas: 1ª 2ª 3ª 78) Montagem das ferragens em portas e janelas: 1ª Ferimentos superficiais no ajuste da madeira para a colocação das ferragens, como plainas e formões, e chaves de fenda; 2ª Ferimentos superficiais durante o emprego dos equipamentos, máquinas de furar, máquinas de corte e plainas; 3ª Prensamento de partes do corpo pelo deslocamento dos materiais. 79) Aplicação de batentes nas janelas e portas: 1ª Prensamento de dedos durante os ajustes das peças; 2ª Machucaduras durante a movimentação dos materiais ou queda dos mesmos sobre os trabalhadores; 3ª 80) Preparação das alvenarias para o revestimento externo: 1ª Acidentes pelo uso de marretas, talhadeiras ou demais ferramentas empregadas na atividade; 2ª Inalação e projeção sobre os olhos de argamassa seca; 3ª Lesões leves com o emprego de colheres de pedreiro (pás) sobre parte dos braços. 81) Aplicação do revestimento externo: 1ª Dermatite por contato com as argamassas; 2ª Queda de materiais sobre os membros inferiores dos trabalhadores; Página 18 de 23
  • 19. 3ª Cortes durante o ajuste das pastilhas e ou prensamento de partes das mãos por torquêz. 82) Aplicação de montagem de forros: 1ª Queda de materiais no rosto durante o processo de montagem da estrutura do forro; 2ª Dor na coluna cervical pela postura durante a montagem; 3ª Cortes ou prensamentos durante a montagem e ajustes das placas. 83) Transporte manual de peças e sacarias no canteiro de obras: 1ª Dores lombares devido ao peso e a continuidade da tarefa; 2ª Tropeções sobre as carcas depositadas; 3ª Queda de parte da carga sobre os trabalhadores, por deslocamento das mesmas por rampas de transporte de cargas. 84) Transporte por carrinhos manuais de peças e sacarias no canteiro de obras: 1ª Dor lombar pelo esforço desenvolvido; 2ª Projeção de material particulado atingindo olhos e ouvidos, no transporte dos materiais através de bicas ou de pás; 3ª Queda de mesmo nível por distração ou excesso de materiais dispostos no piso de trabalho. 85) Limpeza mecanizada de áreas do canteiro de obras: 1ª Inalação de poeira devido a movimentação das máquinas; 2ª Atropelamentos ou choques eventuais contra objetos em deslocamento; 3ª Acidente causado por partes do equipamento, como durante o enchimento de material nas caçambas por pás. 86) Limpeza manual de áreas do canteiro de obras: 1ª Penetração de poeira ou material particulado nos olhos; 2ª Queda de mesmo nível por distração; 3ª Dores lombares pela postura durante as atividades de limpeza e de transportar o carrinho de mão. 87) Atividades humanas no setor administrativo: 1ª Prensamento de dedos no fechamento de gavetas; 2ª Hematomas devido a pancadas contra mesas, armários ou cadeiras; 3ª Cortes no manuseio de resmas de papel ou no corte de papel com lâminas afiadas. Página 19 de 23
  • 20. 88) Transporte manual de materiais para a guarda no almoxarifado: 1ª Dores lombares; 2ª Batida de partes do corpo contra objetos fixos (estantes, armários, etc.); 3ª Escoriações e cortes no manuseio de materiais. 89) Atividades humanas na área do almoxarifado: 1ª Inalação de poeira do local; 2ª Penetração de poeira nos olhos; 3ª Dermatites por contato com produtos diversos. 90) Montagem de antenas, câmeras, pára-raios e sinalizações na cobertura da edificação: 1ª Escorregões em telhados lisos ou devido a quebra de telhas; 2ª Queda por razões diversas durante a subida ou descida dos telhados; 3ª Risco de prensamento de dedos por alicates de corte ou queimadura por soldas. 91) Escavação e construção de cisternas: 1ª Riscos de desmoronamento das paredes escavadas sobre os trabalhadores sufocando-os; 2ª Quedas durante a descida ao fundo da vala/escavação ou causada por desníveis do piso ou ferramentas deixadas sobre o chão; 3ª Lesões pessoais durante as atividades, inclusive por ferramentas empregadas pelos demais trabalhadores. 92) Montagem de sistema de ar condicionado central: 1ª Cortes nas mãos pelo manuseio das chapas metálicas para o corte ou dobradura; 2ª Hematomas causados por pancadas diversas durante as atividades de montagem; 3ª Dor corporal pela postura adotada durante a montagem dos dutos. Essa dor poderia ser evitada se fosse dado ao trabalhador meios mais adequados de ajuste dos dutos. 93) Montagem dos elevadores: 1ª Prensamento de dedos em alicates; 2ª Perfuramento com pontas de cabos de aço e ferramentas; 3ª Prensamentos durante ajustes de portas. 94) Afiação de ferramentas: Página 20 de 23
  • 21. 1ª Queimadura no rosto ou outra parte da cabeça pela projeção de pedaços de metal quebrados pelo disco de rebolo durante a afiação; 2ª Corte nas mãos pelo manuseio das peças afiadas; 3ª Projeção de partes do disco de rebolo sobre o tronco, pelo excesso de pressão durante a afiação da ferramenta. 95) Desmontagem do canteiro de obras: 1ª Acidentes pérfuro-cortantes, pelo contato eventual com pontas de prego em restos de madeira, pedaços de azulejos e restos ou pedaços de vidro ou de lâminas de metais, todos inadequadamente jogados fora sem um descarte adequado; 2ª Conjuntivites pelo contato com pó de materiais diversos; 3ª Dores lombares pelo esforço durante o transporte de materiais. 96) Remoção dos resíduos de obras: 1ª Contato com poeiras diversas, principalmente de resíduos de madeira, perigosas para os brônquios; 2ª Intermação ou insolação devido ao longo período sob o sol e com vestimenta que não auxilia a transpiração e evaporação 3ª Dores lombares devido ao esforço contínuo. 97) Atividades de jardinagem e paisagismo: 1ª Intoxicação devido aos materiais utilizados e ao polém das plantas; 2ª Inalação de adubos misturados à terra; 3ª Olhos atingidos por plantas. 98) Testes de sistemas elétricos: 1ª Prensamento de dedos em alicates/Cortes durante a fase de “descascar-se” as capas dos condutores elétricos; 2ª Choques devido aos testes de passagem de corrente; 3ª Perfurações devido ao manuseio de fios e ou cabos desenrolados e sem capa. 99) Testes de sistemas de água e esgoto: 1ª Respingo de líquidos diretamente nos olhos; 2ª Machucados nas mãos durante o ajuste das tubulações nas paredes e pisos; 3ª Prensamento de dedos durante o fechamento de caixas de passagem ou colocação de tubulações nas paredes. 100) Montagens de portões e corrimãos: Página 21 de 23
  • 22. 1ª Impacto dos materiais transportados e preparados para a fixação com o corpo; 2ª Projeção de pedaços de materiais, cortados ou esmerilhados atingindo o rosto; 3ª Prensagem de mãos durante os ajustes das peças. Página 22 de 23
  • 23. Indicadores Gerais Partes do corpo mais atingidas ou afetadas pelas ocorrências: % em relação ao total de relatos 20 Membros superiores 40 Membros inferiores 10 Tronco Cabeça 30 Considerando os acidentes/lesões por partes do corpo atingidas % de partes atingidas relatadas 5 25 40 Braço Antebraço Mão Dedos 30 Considerando as partes das mãos atingidas pelos eventos relatados, tem-se % de partes atingidas relatadas 2 Punho 8 5 10 Palma 20 Polegar Indicador 30 25 Médio Anelar Em atividades de construção civil a maior quantidade de acidentes envolve os membros superiores. Desses, as partes afetadas são as mãos, das mãos o dedo indicador é o mais atingido. Página 23 de 23