SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
A LINGUAGEM É UMA
PELE
ROLAND BARTHES (1915-
1980)
Em Contexto
• Área: Filosofia da linguagem
• Abordagem: Semiologia
ANTES
• 380 a.C. O banquete de Platão é a primeira
discussão filosófica sistemática sobre o amor
no ocidente.
• Século IV Santo Agostinho escreve
extensamente sobre a natureza do amor.
• 1916 O Curso de linguística geral, de
Ferdinand de Saussure, estabelece a moderna
semiologia e o estudo da linguagem como
uma série de signos.
• 1966 O Psicanalista francês Jacques Lacan
examina a relação entre Alcebíades, Sócrates e
Agatão em Escritos.
DEPOIS
• 1990 Julia Kristeva explora a relação entre
amor, semiologia e psicanálise.
Fragmentos de um discurso
amoroso
• Estranha e mais popular obra escrita pelo
filósofo, onde não se trata de uma história de
amor. Não há personagens, apenas reflexões
de um amante em “extrema solidão”.
• Não segue um enredo, pois os pensamentos
solitários surgem em acessos, contraditórios,
como em alguém que ama. Qualquer parte da
obra pode servir como ponto de partida.
• Todo amante é louco.
• Roland Barthes
A Linguagem do amor
• A linguagem do amante não fala do mundo de
modo neutro, mas ‘treme de desejo’, “esfrego
minha linguagem no outro. É como se eu
tivesse palavras em vez de dedos, ou dedos na
ponta das palavras”. Barthes alega que uma
filosofia do amor é um discurso secreto para
alguém específico, um alvo de seu desejo.
• Só a linguagem do amante é uma pele que
treme de desejo oculto?
• A linguagem do amante, diz Barthes, é como
uma pele habitada pelo amante. Suas palavras
são capazes de comover o amado, e somente
o amado, de modo quase físico ou tátil.
Roland Barthes
• Nasceu na França , frequentou
Sorbonne, contraiu tuberculoso que o
atormentou por toda a vida, sua doença
dificultou qualificações para lecionar mas o
isentou de participar da 2 Guerra Mundial.
Lecionou na França, Romênia e Egito.
Retornou a França em 1952 e iniciou a escrita
de seus textos, ganhou reputação em
1960, lecionando internacionalmente. Morreu
com 64 anos.
Obras-chave
• 1957 Mitologias
• 1973 O Prazer do texto
• 1977 Fragmentos de um
discurso amoroso

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

VergíLio Ferreira
VergíLio FerreiraVergíLio Ferreira
VergíLio Ferreira
 
Sophia mello breyner andresen inês, vasco
Sophia mello breyner andresen inês, vascoSophia mello breyner andresen inês, vasco
Sophia mello breyner andresen inês, vasco
 
Ficha de leitura
Ficha de leituraFicha de leitura
Ficha de leitura
 
Trabalho (sophia)
Trabalho (sophia)Trabalho (sophia)
Trabalho (sophia)
 
O primeiro beijo
O primeiro beijoO primeiro beijo
O primeiro beijo
 
Vergílio Ferreira + conto. Português
Vergílio Ferreira + conto. PortuguêsVergílio Ferreira + conto. Português
Vergílio Ferreira + conto. Português
 
Alberto Caeiro (1889 – 1915)
Alberto Caeiro (1889 – 1915)Alberto Caeiro (1889 – 1915)
Alberto Caeiro (1889 – 1915)
 
Vergílio ferreira
Vergílio ferreiraVergílio ferreira
Vergílio ferreira
 
Aparição - Vergílio Ferreira
Aparição - Vergílio FerreiraAparição - Vergílio Ferreira
Aparição - Vergílio Ferreira
 
Aparição português
Aparição portuguêsAparição português
Aparição português
 
Primo levi
Primo leviPrimo levi
Primo levi
 
o rapaz do caixote de madeira
 o rapaz do caixote de madeira o rapaz do caixote de madeira
o rapaz do caixote de madeira
 
Desexplicando A Poesia
Desexplicando A PoesiaDesexplicando A Poesia
Desexplicando A Poesia
 
Desexplicando A Poesia1
Desexplicando A Poesia1Desexplicando A Poesia1
Desexplicando A Poesia1
 
Bruno fotobiografia.sophia.mello.breyner
Bruno fotobiografia.sophia.mello.breynerBruno fotobiografia.sophia.mello.breyner
Bruno fotobiografia.sophia.mello.breyner
 
Pessoa heterónimos
Pessoa heterónimosPessoa heterónimos
Pessoa heterónimos
 
Apariçao
ApariçaoApariçao
Apariçao
 
Slideshareee
SlideshareeeSlideshareee
Slideshareee
 
Desenhos de lisboa
Desenhos de lisboa Desenhos de lisboa
Desenhos de lisboa
 
Simone de Beauvoir
Simone de BeauvoirSimone de Beauvoir
Simone de Beauvoir
 

Destaque

A Câmara Clara - Roland Barthes
A Câmara Clara - Roland BarthesA Câmara Clara - Roland Barthes
A Câmara Clara - Roland BarthesRodrigo Volponi
 
Roland barthes
Roland barthesRoland barthes
Roland barthesJOHN LIMA
 
O que é semiotica lucia santaella
O que é semiotica   lucia santaellaO que é semiotica   lucia santaella
O que é semiotica lucia santaellamarianaborgess
 
O Signo multifacetado de Roland Barthes
O Signo multifacetado de Roland BarthesO Signo multifacetado de Roland Barthes
O Signo multifacetado de Roland BarthesWagner França
 
Processamento Radiográfico
Processamento RadiográficoProcessamento Radiográfico
Processamento Radiográficoarianepenna
 
Roland barthes
Roland barthesRoland barthes
Roland barthesLuis Frias
 

Destaque (9)

A Câmara Clara - Roland Barthes
A Câmara Clara - Roland BarthesA Câmara Clara - Roland Barthes
A Câmara Clara - Roland Barthes
 
Roland barthes
Roland barthesRoland barthes
Roland barthes
 
O que é semiotica lucia santaella
O que é semiotica   lucia santaellaO que é semiotica   lucia santaella
O que é semiotica lucia santaella
 
O Signo multifacetado de Roland Barthes
O Signo multifacetado de Roland BarthesO Signo multifacetado de Roland Barthes
O Signo multifacetado de Roland Barthes
 
AULAS 9, 10 E 11 - Fotografia
AULAS 9, 10 E 11 - FotografiaAULAS 9, 10 E 11 - Fotografia
AULAS 9, 10 E 11 - Fotografia
 
Aula câmara escura
Aula   câmara escuraAula   câmara escura
Aula câmara escura
 
Teorias da Comunicacao - Communication Theories
Teorias da Comunicacao - Communication TheoriesTeorias da Comunicacao - Communication Theories
Teorias da Comunicacao - Communication Theories
 
Processamento Radiográfico
Processamento RadiográficoProcessamento Radiográfico
Processamento Radiográfico
 
Roland barthes
Roland barthesRoland barthes
Roland barthes
 

Semelhante a Roland barthes

Semelhante a Roland barthes (20)

Semiologia.pptx
Semiologia.pptxSemiologia.pptx
Semiologia.pptx
 
Fernandopessoa1
Fernandopessoa1 Fernandopessoa1
Fernandopessoa1
 
Pessoa
PessoaPessoa
Pessoa
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
AULA DIGITAL L.P
AULA DIGITAL L.PAULA DIGITAL L.P
AULA DIGITAL L.P
 
Biografia 4º B
Biografia 4º BBiografia 4º B
Biografia 4º B
 
Fernandoppppppp ..
Fernandoppppppp ..Fernandoppppppp ..
Fernandoppppppp ..
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Amar, Verbo Intransitivo - 3ª Série A
Amar, Verbo Intransitivo -  3ª Série AAmar, Verbo Intransitivo -  3ª Série A
Amar, Verbo Intransitivo - 3ª Série A
 
AULA 2 - GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS.pdf
AULA 2 - GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS.pdfAULA 2 - GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS.pdf
AULA 2 - GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS.pdf
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Cristóvão Tezza
Cristóvão TezzaCristóvão Tezza
Cristóvão Tezza
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
10 livros para se ler
10 livros para se ler10 livros para se ler
10 livros para se ler
 
A literatura romântica.
A literatura romântica.A literatura romântica.
A literatura romântica.
 
A literatura romântica..ppt
A literatura romântica..pptA literatura romântica..ppt
A literatura romântica..ppt
 
A literatura romântica..ppt
A literatura romântica..pptA literatura romântica..ppt
A literatura romântica..ppt
 
Aula 09 romantismo
Aula 09   romantismoAula 09   romantismo
Aula 09 romantismo
 

Mais de André Silva

Mais de André Silva (12)

Protágoras
ProtágorasProtágoras
Protágoras
 
Aristóteles
AristótelesAristóteles
Aristóteles
 
Voltaire
VoltaireVoltaire
Voltaire
 
Michel de montaigne
Michel de montaigneMichel de montaigne
Michel de montaigne
 
Pitágoras
PitágorasPitágoras
Pitágoras
 
Jean francois lyotard
Jean francois lyotardJean francois lyotard
Jean francois lyotard
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 
Mary midgley
Mary midgleyMary midgley
Mary midgley
 
Nicolau maquiavel
Nicolau maquiavelNicolau maquiavel
Nicolau maquiavel
 
Lao tsé
Lao tséLao tsé
Lao tsé
 
Tales de mileto
Tales de miletoTales de mileto
Tales de mileto
 
Francis bacon
Francis baconFrancis bacon
Francis bacon
 

Roland barthes

  • 1. A LINGUAGEM É UMA PELE ROLAND BARTHES (1915- 1980)
  • 2. Em Contexto • Área: Filosofia da linguagem • Abordagem: Semiologia
  • 3. ANTES • 380 a.C. O banquete de Platão é a primeira discussão filosófica sistemática sobre o amor no ocidente. • Século IV Santo Agostinho escreve extensamente sobre a natureza do amor. • 1916 O Curso de linguística geral, de Ferdinand de Saussure, estabelece a moderna semiologia e o estudo da linguagem como uma série de signos.
  • 4. • 1966 O Psicanalista francês Jacques Lacan examina a relação entre Alcebíades, Sócrates e Agatão em Escritos.
  • 5. DEPOIS • 1990 Julia Kristeva explora a relação entre amor, semiologia e psicanálise.
  • 6.
  • 7. Fragmentos de um discurso amoroso • Estranha e mais popular obra escrita pelo filósofo, onde não se trata de uma história de amor. Não há personagens, apenas reflexões de um amante em “extrema solidão”. • Não segue um enredo, pois os pensamentos solitários surgem em acessos, contraditórios, como em alguém que ama. Qualquer parte da obra pode servir como ponto de partida.
  • 8. • Todo amante é louco. • Roland Barthes
  • 9. A Linguagem do amor • A linguagem do amante não fala do mundo de modo neutro, mas ‘treme de desejo’, “esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras em vez de dedos, ou dedos na ponta das palavras”. Barthes alega que uma filosofia do amor é um discurso secreto para alguém específico, um alvo de seu desejo. • Só a linguagem do amante é uma pele que treme de desejo oculto?
  • 10. • A linguagem do amante, diz Barthes, é como uma pele habitada pelo amante. Suas palavras são capazes de comover o amado, e somente o amado, de modo quase físico ou tátil.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Roland Barthes • Nasceu na França , frequentou Sorbonne, contraiu tuberculoso que o atormentou por toda a vida, sua doença dificultou qualificações para lecionar mas o isentou de participar da 2 Guerra Mundial. Lecionou na França, Romênia e Egito. Retornou a França em 1952 e iniciou a escrita de seus textos, ganhou reputação em 1960, lecionando internacionalmente. Morreu com 64 anos.
  • 15. Obras-chave • 1957 Mitologias • 1973 O Prazer do texto • 1977 Fragmentos de um discurso amoroso