Reflexão sobre alunos incômodos

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andreaalvesferreira.blogspot.com.br
A importância de resgatar o aluno incômodo
Prof. Andréa Alves Ferreira
Quando um aluno não aprende, não demonstra interesse em sala ou
apresenta-se agressivo e/ou indisciplinado é comum rotulá-lo como aluno
incômodo e a primeira providencia que tomamos é comunicar a Equipe Gestora
e consequentemente solicitamos a ajuda da família, pois, nenhuma escola
sobrevive sozinha, o auxílio e principalmente o incentivo dos responsáveis são
fatores importantíssimos para que o aluno consiga progredir.
É sabido que alguns responsáveis demonstram-se interessado no bom
desenvolvimento do aluno, e estes, conseguem sucesso, porém, nós,
educadores, muitas vezes nos deparamos com famílias que deixam o educando
jogado à própria sorte.
São muitos os fatores que levam os responsáveis a não se interessar
pela vida escolar dos discentes. Uns não estudaram e não vê o estudo como
algo importante, chegam a relatar “ele é igual a mim, não aprende nada”;
outros não possuem tempo para os pequenos, pois trabalham muito e quando
chegam em casa estão cansados e estressados e há aqueles que possuem
outras prioridades e as crianças são colocadas em segundo plano.
Assim, o professor se vê sozinho nesta trajetória, sua única aliada é a
instituição escolar, que muitas vezes está preocupada com centenas de outros
problemas e seu aluno é apenas mais um entre muitos.
Logo, para esses alunos que demandam uma atenção especial, a escola
deve se tornar um local acolhedor e atraente. O professor deve lançar mão
de projetos e atividades que resgatem estes alunos, pois se o professor
reforçar as famosas frases “eu não sei o que faço com ele”, “eu não aguento
este menino em minha sala”, o aluno se sentirá cada vez mais desmotivado e
propenso a continuar a desestruturar a sala de aula.
Por tudo isso, a instituição deve criar parcerias com profissionais de
outras áreas como psicólogos, psicopedagogos e conselho tutelar visando
sempre buscar alternativas para esses alunos.
Em suma, professor e escola devem fazer o seu melhor para resgatar
estes alunos, porém o sucesso do aluno depende do equilíbrio do tripé
nomeado por escola, professor e família e caso haja insucesso nesta “batalha”,
o professor não deve se sentir culpado, pois ele não pode ser
responsabilizado, quando a família não faz sua parte.