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Cidade romana

As bases da civilização romana encontravam-se no POVO ETRUSCO, surgido
no século IX a.C., na costa tirrênica, e depois expandido para o interior entre
os séculos VII e VI a.C. através de cidades de traçado irregular e cercadas de
muralhas, depois modificadas pelos romanos.

 Na          Etrúria,         existiam          muitas          cidades-estado
(Volterra, Arezzo, Cordona, Chiusi, Perugia, etc.), governadas de modo
aristocrático e unidas por uma liga religiosa. Porém, a partir do século V a.C.
a influência grega foi decisiva.
As novas cidades romanas eram
                    chamadas de
                    CASTRUM e eram traçadas a partir de
                    duas grandes vias – a Cardo Maximus e a
                    Decumanus Maximus – que se cortavam
                    em ângulo reto junto ao forum.

                    A disposição regular e ortogonal das
Modelo de Castrum   castra
                    originou-se dos acampamentos romanos,
                    que se desenvolviam em forma
                    quadrada, cujas vias principais partiam da
                    tenda do general.
Cidade-colônia de Bostra
(atual Baedecker)

                 Dando maior flexibilidade ao modelo
                 grego, os romanos deram grande
                 importância à
                 orientação no planejamento urbano,
                 atentando para a salubridade, a higiene
                 ea
                 exposição ao sol, aos ventos e à
                 umidade do terreno, além do respeito à
                 topografia.

                 Havia preocupações com a drenagem, a
                 insolação adequada (cômodos para o
                 sul, o sol de inverno), o abastecimento
                 de água pro
                 aquedutos e a pavimentação em pedra
                 das vias.



        Cidade-colônia de Aosta
Centuriatio em Ímola (Itália)                 Cidadecolônia de Trier

Analogamente, os traçados retilíneos também serviam como referência para a
divisão racional do território cultivável do Império, estabelecendo-se parcelas
quadradas de 50 he. (anturiae), que eram atribuídas aos colonos romanos ou latinos
enviados aos territórios de conquista.
Cidade vitruviana

                         Vitrúvio concebia a CIDADE
                       IDEAL como aquela dotada de
                       planta octogonal e rodeada de
                         muralhas, por motivos não
                         somente defensivos, como
                      também meteorológicos, já que
                        visava protegê-la dos ventos
                               predominantes.

                         Suas idéias, perdidas na era
                        medieval, mas resgatadas no
                       Renascimento, influenciaram a
                       UTOPIA URBANA, com plantas
                        circulares e poligonais dentro
                            das quais se situavam
                           quarteirões em trama ou
                         dispostos em linhas radiais.


Roma ideal (gravura de 1527)
Roma nasceu
                                   estrategicamente à
                                         margem
                              direita do rio Tibre (Tevere)
                              em uma região com várias
                              colinas – destacando-se os
                                 setes montes: Caelius,
                              Cispius, Oppius, Aventinus,
                                 Palatinus, Quirinalis e
                              Viminalis –, que garantiram
                                  seu desenvolvimento
                              progressivo e seguro, além
                                de um sistema eficaz de
                                   muros, aquedutos e
Roma republicana                grandes obras públicas.
Rio Tibre e as Sete Colinas
Arco de Tito
(81 dC, Roma)

                        O desenvolvimento
                       histórico de Roma foi
                    marcado pela construção
                       de grandes estruturas
                      urbanas, como diversos
                     fóruns, templos, teatros,
                       anfiteatros e termas.
                         Durante toda a era
                     republicana, de 508 a 44
                    a.C., Roma foi embelezada
                       com novos edifícios e
                      estruturas majestosas,
                         voltadas a cortejos
                      triunfais e festividades.



          Ruínas das
          Termas de Caracala
          (216 dC, Roma)
ROMA Imperial
Pantheon
                             (118-125 dC, Roma)
                                                            No primeiro século do
                                                         Império, ROMA cresceu de
                                                           400.000 para 1.200.000
                                                          habitantes (Séc. II d.C.). O
                                                             reinado de Augusto,
                                                            fundador do sistema
                                                                  imperial,
                                                         estabeleceu um padrão de
                                                         embelezamento da capital
                                                         que acabou sendo seguido
                                                              pelos imperadores
                                                         subseqüentes, que fizeram
                                                           uma série de reformas
                                                             voltadas ao luxo e à
                                                         grandiloqüência da cidade.
                             Coliseum
                             (78-80 dC, Roma)
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     (Roma)
                 Nesse período, Roma atinge
                 seu máximo poderio, o que
                  acaba se refletindo em seu
                  aspecto físico e territorial.
                Paralelamente às construções
                   públicas, desenvolve-se a
                   construção de moradias:
                DOMUS (casas individuais
                 As
                   térreas ou assobradadas,
               agrupadas em torno do atrium
                        e do peristilum)
Tabernae         INSULAE (casas coletivas
                  As
               de vários andares, surgidas no
                 século IV a.C., formadas por
               um térreo comercial, tabernae,
               com apartamentos superiores,
                           cenacula).

     Insulae
Roma atual

    No início da era cristã,
        ROMA crescia
   congestionada e a rede
       viária tornou-se
    insuficiente. Surgiram
   problemas de moradia,
 limpeza e abastecimento.
 decadência do IMPÉRIO
  A
 ROMANO, iniciada após o
 reinado de Marco Aurélio
(121-180 d.C.) conduziu ao
 seu colapso e progressivo
      desprestígio, cuja
   população diminuiu até
 25.000 pessoas em plena
         Idade Média.
          Roma atual
        Roma imperial
                                 Roma imperial
Conclusão
   O desenho em retícula regular de vias paralelas, com porções
 delimitadoras iguais ou semelhantes de solo para a distribuição de
  moradias, consistiu no sistema-base de colonização dos antigos
                         gregos e romanos.


       Além dessa divisão racional do espaço, o ZONEAMENTO
  FUNCIONAL foi outra característica que marcou a organização das
cidades-colônia clássicas, destacando-se o local de concentração das
  atividades urbanas públicas (ágora grega, depois forum romano).
Planta da cidade-colônia
de Herculaneum
(Itália)

                Na Roma antiga, a
             GRELHA GEOMÉTRICA
            orientada constituiu-se
                como um esquema
            presidido por uma razão
           ordenadora no interior do
            qual tudo era disposto e
                medido: os lugares
               institucionais civis e
              religiosos (forum), os
           edifícios públicos (teatros
           e termas) e as habitações
                 (domus e insulae)


 Forum principal
 de Pompéia
 (Itália)
Apesar desse esquema urbano reticulado, sua flexibilidade
    permitiu, na época imperial, o processo de romanização
  sistemática dos centros urbanos pré-existentes à conquista,
sobretudo nas cidades gregas e helenísticas em que já existiam
                  implantações consolidadas.
Cidade-colônia
                              de Palmira

A idéia de cidade que
   o mundo clássico
  transmitirá para as
  culturas seguintes
 seria, portanto, a de
uma urbe onde os ixos                          Sabrahta
  estruturais tomam
forma na composição,
 estes destacados por
  pórticos e por uma
arquitetura articulada,
 que valoriza aspectos
cenográfico-espaciais.


                          Leptis Magna
Bibliografia
BENÉVOLO, L. Diseño de la ciudad. 3a. ed. Barcelona: Gustavo
Gilli, v. I, 1982.

_____. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 2001. 730p.
GOITIA, F. C. Breve história do urbanismo. 5a. ed. Lisboa:
Presença, 2003.

MUMFORD, L. A cidade na história: suas origens, transformações e
perspectivas. 5a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

NORBERG-SCHULZ, C. Arquitectura occidental. Barcelona: Gustavo
Gilli, 1983.

PEVSNER, N. Panorama da arquitetura ocidental. São Paulo: Martins
Fontes, 1988.

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  • 1. Cidade romana As bases da civilização romana encontravam-se no POVO ETRUSCO, surgido no século IX a.C., na costa tirrênica, e depois expandido para o interior entre os séculos VII e VI a.C. através de cidades de traçado irregular e cercadas de muralhas, depois modificadas pelos romanos. Na Etrúria, existiam muitas cidades-estado (Volterra, Arezzo, Cordona, Chiusi, Perugia, etc.), governadas de modo aristocrático e unidas por uma liga religiosa. Porém, a partir do século V a.C. a influência grega foi decisiva.
  • 2. As novas cidades romanas eram chamadas de CASTRUM e eram traçadas a partir de duas grandes vias – a Cardo Maximus e a Decumanus Maximus – que se cortavam em ângulo reto junto ao forum. A disposição regular e ortogonal das Modelo de Castrum castra originou-se dos acampamentos romanos, que se desenvolviam em forma quadrada, cujas vias principais partiam da tenda do general.
  • 3. Cidade-colônia de Bostra (atual Baedecker) Dando maior flexibilidade ao modelo grego, os romanos deram grande importância à orientação no planejamento urbano, atentando para a salubridade, a higiene ea exposição ao sol, aos ventos e à umidade do terreno, além do respeito à topografia. Havia preocupações com a drenagem, a insolação adequada (cômodos para o sul, o sol de inverno), o abastecimento de água pro aquedutos e a pavimentação em pedra das vias. Cidade-colônia de Aosta
  • 4.
  • 5. Centuriatio em Ímola (Itália) Cidadecolônia de Trier Analogamente, os traçados retilíneos também serviam como referência para a divisão racional do território cultivável do Império, estabelecendo-se parcelas quadradas de 50 he. (anturiae), que eram atribuídas aos colonos romanos ou latinos enviados aos territórios de conquista.
  • 6. Cidade vitruviana Vitrúvio concebia a CIDADE IDEAL como aquela dotada de planta octogonal e rodeada de muralhas, por motivos não somente defensivos, como também meteorológicos, já que visava protegê-la dos ventos predominantes. Suas idéias, perdidas na era medieval, mas resgatadas no Renascimento, influenciaram a UTOPIA URBANA, com plantas circulares e poligonais dentro das quais se situavam quarteirões em trama ou dispostos em linhas radiais. Roma ideal (gravura de 1527)
  • 7. Roma nasceu estrategicamente à margem direita do rio Tibre (Tevere) em uma região com várias colinas – destacando-se os setes montes: Caelius, Cispius, Oppius, Aventinus, Palatinus, Quirinalis e Viminalis –, que garantiram seu desenvolvimento progressivo e seguro, além de um sistema eficaz de muros, aquedutos e Roma republicana grandes obras públicas. Rio Tibre e as Sete Colinas
  • 8. Arco de Tito (81 dC, Roma) O desenvolvimento histórico de Roma foi marcado pela construção de grandes estruturas urbanas, como diversos fóruns, templos, teatros, anfiteatros e termas.  Durante toda a era republicana, de 508 a 44 a.C., Roma foi embelezada com novos edifícios e estruturas majestosas, voltadas a cortejos triunfais e festividades. Ruínas das Termas de Caracala (216 dC, Roma)
  • 10. Pantheon (118-125 dC, Roma) No primeiro século do Império, ROMA cresceu de 400.000 para 1.200.000 habitantes (Séc. II d.C.). O reinado de Augusto, fundador do sistema imperial, estabeleceu um padrão de embelezamento da capital que acabou sendo seguido pelos imperadores subseqüentes, que fizeram uma série de reformas voltadas ao luxo e à grandiloqüência da cidade. Coliseum (78-80 dC, Roma) Capacidade para 55.000 pessoas Interior (Altura e diâmetro do domo = 43,3 m)
  • 11. Mercado de Trajano (Roma) Nesse período, Roma atinge seu máximo poderio, o que acaba se refletindo em seu aspecto físico e territorial. Paralelamente às construções públicas, desenvolve-se a construção de moradias:  DOMUS (casas individuais As térreas ou assobradadas, agrupadas em torno do atrium e do peristilum) Tabernae  INSULAE (casas coletivas As de vários andares, surgidas no século IV a.C., formadas por um térreo comercial, tabernae, com apartamentos superiores, cenacula). Insulae
  • 12. Roma atual No início da era cristã, ROMA crescia congestionada e a rede viária tornou-se insuficiente. Surgiram problemas de moradia, limpeza e abastecimento.  decadência do IMPÉRIO A ROMANO, iniciada após o reinado de Marco Aurélio (121-180 d.C.) conduziu ao seu colapso e progressivo desprestígio, cuja população diminuiu até 25.000 pessoas em plena Idade Média. Roma atual Roma imperial Roma imperial
  • 13. Conclusão O desenho em retícula regular de vias paralelas, com porções delimitadoras iguais ou semelhantes de solo para a distribuição de moradias, consistiu no sistema-base de colonização dos antigos gregos e romanos. Além dessa divisão racional do espaço, o ZONEAMENTO FUNCIONAL foi outra característica que marcou a organização das cidades-colônia clássicas, destacando-se o local de concentração das atividades urbanas públicas (ágora grega, depois forum romano).
  • 14. Planta da cidade-colônia de Herculaneum (Itália) Na Roma antiga, a GRELHA GEOMÉTRICA orientada constituiu-se como um esquema presidido por uma razão ordenadora no interior do qual tudo era disposto e medido: os lugares institucionais civis e religiosos (forum), os edifícios públicos (teatros e termas) e as habitações (domus e insulae) Forum principal de Pompéia (Itália)
  • 15. Apesar desse esquema urbano reticulado, sua flexibilidade permitiu, na época imperial, o processo de romanização sistemática dos centros urbanos pré-existentes à conquista, sobretudo nas cidades gregas e helenísticas em que já existiam implantações consolidadas.
  • 16. Cidade-colônia de Palmira A idéia de cidade que o mundo clássico transmitirá para as culturas seguintes seria, portanto, a de uma urbe onde os ixos Sabrahta estruturais tomam forma na composição, estes destacados por pórticos e por uma arquitetura articulada, que valoriza aspectos cenográfico-espaciais. Leptis Magna
  • 17. Bibliografia BENÉVOLO, L. Diseño de la ciudad. 3a. ed. Barcelona: Gustavo Gilli, v. I, 1982. _____. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 2001. 730p. GOITIA, F. C. Breve história do urbanismo. 5a. ed. Lisboa: Presença, 2003. MUMFORD, L. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. 5a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. NORBERG-SCHULZ, C. Arquitectura occidental. Barcelona: Gustavo Gilli, 1983. PEVSNER, N. Panorama da arquitetura ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 1988.