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                    INTRODUÇÃO
                                             Eng. Fernando Milanez




                         Estrutura
• Premissa, corolário e um alerta
• Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance
  (PIMVP): documento chave para M&V; adesão ao PIMVP.
• A contribuição institucional brasileira: Manual de M&V do PROCEL,
  Manual anexo à RES 300 da ANEEL, Plano Nacional de Eficiência
  Energética.
• Equação do custo evitado: equação geral de cálculo do custo da
  energia e demanda economizadas.
• Custo do M&V e sua relação com o custo de execução do projeto.
• Ajustes: condições, classificação e metodologia para procedimento.
• Análise estatística dos resultados: metodologia e precisão.
• Estruturação dos procedimentos: Plano de Medição e Verificação.
• Exemplos.
                                                                       2




                             Premissa
     “Você não pode gerenciar o que não pode
                     medir”

                            particularizando:
                            “Medidores no uso final são
                            imprescindíveis para
                            gerenciar o uso de energia”
                                                                       3




                                                                                   1
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                 Corolário
• Um resultado de uma ou mais medições
  nunca é absolutamente exato, mas tem uma
  determinada probabilidade de estar localizado
  entre um valor médio ao qual se soma e
  subtrai uma fornecida ou calculada precisão.
• Não informar a precisão do resultado em uma
  probabilidade escolhida associa a ele uma
  total insegurança.
                                                  4




                 Um alerta
• É fundamental antes de analisar as medições
  ter conhecimento do possível comportamento
  das variáveis.




                                                  5




    A regulamentação no Brasil



                                                      6




                                                                  2
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   Manual para Elaboração do Programa de Eficiência
                 Energética da ANEEL




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• O PNEF, no item 6.3 (“Linhas de Ação
  Propostas”) de seu Capítulo 6 (“PROCEL e
  CONPET”), afirma:




                                                      8




                                                      9




                                                                  3
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    Um breve histórico do PIMVP
• No início dos anos 90 havia uma série de protocolos de
  M&V nos EUA
• Em 1996 o DOE convocou mais de 150 especialistas de 15
  países para consolidá-los no PIMVP.
• Em 2001 o DOE transferiu a responsabilidade do PIMVP
  para uma corporação denominada EVO - Energy Valuation
  Organization.
• Em 2002 o INEE elaborou a1ª versão brasileira, em 2003
  houve a 1ª atualização e em 2007 a última atualização.
• Em 2007 a EVO atualizou versão anterior
• Em 2010 a EVO publicou a nova versão em inglês, com
  Apêndice “C” específico para cada país.
                                                           10




           Projeto em discussão
1) Edição de uma versão atualizada em português,
   contendo soluções e recomendações específicas
   para atender às condicionantes econômicas,
   geográficas e culturais brasileiras (Apêndice “C”)
2) Garantir “aderência” ao PIMVP, principalmente
   com a introdução do conceito de precisão dos
   resultados:
  Existe 95% de confiança de que o valor da
  economia esteja no intervalo:
          valor médio ± precisão absoluta                  11




   A necessidade de medição dos
  resultados – opções de medição



                                                            12




                                                                         4
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  Dois métodos básicos de M&V
  Método de toda a instalação:
  Medem-se todos os efeitos na instalação:
  • Retrofits e outras alteraçãoes (pretendidas ou não)
  • Frequentemente utiliza o medidor da Concessionária
  • Os ajustes poderão ser complexos

  Método do isolamento do retrofit:
   Mede-se apenas o efeito do retrofit
  • As economias não são afetadas pelas alterações além da
    fronteira da medição
  • Normalmente exige um novo medidor
  • Ajustes poderão ser simples                              13




          Isolamento do retrofit

    Escolha entre as Opções A e B:

    Opção A – Medição do parâmetro chave
               e estimativa do(s) outro(s)
    Opção B – Medição de todos os
       parâmetros

                                                             14




              Toda a instalação
Escolha entre as Opções C e D :

Opção C – Toda a instalação
  São necessários os dados do período de base e do
  pós-retrofit

Opção D – Simulação Calibrada
  Quando não há dados para o período de base mas
  apenas para o pós-retrofit, os primeiros podem ser
  “criados” através de uma simulação.                        15




                                                                          5
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                   Toda a instalação
 Escolha entre as Opções C e D :

 Opção C – Toda a instalação
    São necessários os dados do período de base e do
    pós-retrofit

 Opção D – Simulação Calibrada
    Quando não há dados para o período de base mas
    apenas para o pós-retrofit, os primeiros podem ser
    “criados” através de uma simulação.                              16




 Efeitos interativos para além do limite
               de medição
• Seja um projeto de substituição de lâmpadas
  por outras de maior eficiência.
• Se este for o limite não será computada a
  economia sobre o sistema de
  condicionamento de ar que venha a haver no
  ambiente.
• Estender o limite para englobar também o
  sistema de condicionamento de ar e medir
  seu comportamento antes e depois da ARE.                           17




   Opção A. Medição Isolada da ARE:
    Medição dos parâmetros chave
• A economia é determinada pela medição no terreno dos
  parâmetros chave do desempenho energético, que define o
  consumo de energia dos sistemas afetados pela ARE e/ou o sucesso
  do projeto.
• Cálculo de engenharia do período de referência e do consumo do
  pós-execução das AREs a partir de:
       Medições a curto prazo ou contínuas de parâmetros chave de
       funcionamento; e
       Valores estimados.
       Ajustes de rotina e não-de rotina como exigido.
• A ARE da iluminação onde a energia requerida é o parâmetro chave
  de desempenho energético, que é medido periodicamente. Calcular
  as horas de funcionamento da iluminação baseadas nos horários do
  edifício e no comportamento dos ocupantes.
                                                                     18




                                                                                  6
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              Usos da Opção A
• Substituição de iluminação pública, onde o tempo
  diário é estimado e a potência instalada é medida
• Substituição de lâmpadas incandescentes por
  fluorescentes compactas em projetos de baixa
  renda, onde as potências são fornecidas pelo
  fabricante e os tempos de utilização são medidos
  na amostra
• Eliminação de perdas em um sistema de
  compressor de ar, onde é usada a potência
  nominal do motor e registrados os tempos de
  funcionamento.                                            19




   Opção B. Medição isolada da ARE:
   Medição de todos os parâmetros
• A economia é determinada pela medição no terreno do
  consumo de energia do sistema afetado pela ARE.
• Medições a curto prazo ou contínuas do período de
  referência e consumo do período de relato, e/ou
  cálculos de engenharia, usando medições de
  substituição de consumo de energia. Ajustes de rotina
  e não-de rotina como exigido.
• A aplicação de uma velocidade variável e controles a
  um motor para ajustar o fluxo da bomba. Medir a
  energia elétrica com um medidor de kW instalado na
  alimentação elétrica do motor, que lê a potência a cada
  minuto.
                                                            20




               Usos da Opção B
• Substitução de iluminação pública , com
  introdução de sistema de regulagem de
  intensidade, com medição da demanda versus
  tempo
• Substituição de motobomba por outra mais
  eficiente, com medição de demanda e de
  vazão

                                                            21




                                                                         7
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          Opção C. Toda a Instalação
• A economia é determinada pela medição do consumo de energia
  por toda a instalação ou sub-instalação. Medições contínuas do
  consumo de energia de toda a instalação são efetuadas durante o
  pós-execução das AREs.
• Análise dos dados do medidor do período de referência de toda a
  instalação e do pós-execução das AREs (empresa de serviços
  energéticos). Ajustes de rotina como exigido, usando técnicas tal
  como uma simples comparação ou análise de regressão. Ajustes
  não-de rotina como exigido.
• Programa de gestão de energia multifacetado, afetando muitos
  sistemas numa instalação. Medição do consumo de energia com os
  medidores de gás e eletricidade da empresa de serviços energéticos
  para um período de referência de doze meses e durante o pós-
  execução das AREs.
                                                                       22




                 Usos da Opção C
• Conjunto de AREs em um escritório, com
  medição da demanda e do consumo com
  registrador da Concessionária
• Substituição de motobomba por outra mais
  eficiente, mantida a vazão original, utilizando
  medição da demanda e do consumo com
  registrador da Concessionária

                                                                       23




                 Usos da Opção D
• Conjunto de AREs em um escritório, com
  medição da demanda e do consumo com
  registrador da Concessionária, sem
  conhecimento da situação anterior a elas
• Conjunto de AREs em um escritório, com
  medição da demanda e do consumo com
  registrador da Concessionária, em um prédio
  novo.
                                                                       24




                                                                                    8
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               Quantidade de medições
                    Amostragem
• O conceito de amostragem está associado à
  quantidade de objetos que representarão o
  universo e, também, à quantidade de medições
  que serão executadas.
• Sabe-se que o erro padrão é inversamente
  proporcional à raiz quadrada da quantidade de
  objetos/medições.
• Aumentar o tamanho da amostra por um fator
  “f”, produzirá uma redução do erro padrão na
  razão “√f”                                                                    25




             Erro dos instrumentos
           Especificações do medidor
• Para os medidores que não são das empresas comercializadoras de
  energia, especificar: as caraterísticas da medição, processo de
  calibração de rotina e método de tratamento de dados perdidos.
• A seleção do tipo de medidor a ser usado depende da precisão
  desejada e dos recursos financeiros disponíveis.
• Medições instantâneas são executadas com equipamentos não
  registradores (alicates para energia elétrica, medidores de rpm
  portáteis, etc)
• Medições contínuas são executadas com registradores de dados
  (“data loggers”) e utilizam programas de computador para registro
  e análise (“Excel” e outros)
• O erro do instrumento importa nas medições únicas pois, se o
  instrumento estiver calibrado (sem tendências), nas múltiplas,
  haverá compensação.
                                                                                26




                  A visão do problema
                                Consumo de energia



                                                                  Consumo de
                                                                   referência
                                                                    ajustado


       Consumo de referência      Aumento da
                                  Produção         Economia, OU
         de energia
                                               Consumo de energia evitado



                                                     ‘pós-ARE’
                                                     da energia medida


                                Implementação de
                                     ARE
           Período do consumo
                    de                               Período de
               referência                             Relatório

                                     Tempo



                                                                                27




                                                                                             9
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      Equação básica do uso evitado

  As economias resultantes em um determinado
                     período =
    Uso de energia no período de referência -
       Uso de energia no pós-execução da AEE
   ± Ajustes de rotina ± Ajustes não de rotina


                                                                                                 28




                    Análise estatística

                      Algumas definições
  •   Média           
                      Y
                           Y  i

                           n
                                                   

                                   S2  
                                            (Yi  Y ) 2
  •   Variância
                                             n 1


  •   Desvio padrão                                       s  S2
                                                                          s
                                                                   EP 
  •   Erro Padrão (EP)                                                     n

  •   Precisão absoluta                                                        t x EP
  •   Precisão relativa                                                                 t * EP
                                                                                        média


                                                                                                 29




Distribuição Normal e Distribuição “t”
Normal
• Tem a forma de um sino e é também chamada
  de Distribuição de Gauss e o erro padrão é
  calculado a partir da população.
“t”
• Tem a forma de um sino e é também chamada
  de Distribuição dos Estudantes e o erro
  padrão é calculado a partir da amostra                                                         30




                                                                                                             10
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                             O valor de “t”
• t = média da amostra – média da população
           erro padrão da amostra

• Como a média da população não é conhecida,
  os valores de “t” são fornecidos em uma
  tabela, para que a média da população possa
  ser estimada.
• O valor médio da população é o que se deseja
  como resultado do projeto.                                                                          31




              Tabela de valores de “t”
 Número de leituras         Intervalo de confiança Número de leituras        Intervalo de confiança
   (Tamanho da amostra) 95% 90% 80% 50%              (Tamanho amostra)   95% 90% 80% 50%
          2            12,71 6,31 3,08 1,00                17             2,12 1,75 1,34 0,69
          3              4,30 2,92 1,89 0,82               18             2,11 1,74 1,33 0,69
          4              3,18 2,35 1,64 0,76               19             2,10 1,73 1,33 0,69
          5              2,78 2,13 1,53 0,74               20             2,09 1,73 1,33 0,69
          6              2,57 2,02 1,48 0,73               21             2,09 1,72 1,33 0,69
          7              2,45 1,94 1,44 0,72               22             2,08 1,72 1,32 0,69
          8              2,36 1,89 1,41 0,71               23             2,07 1,72 1,32 0,69
          9              2,31 1,86 1,40 0,71               24             2,07 1,71 1,32 0,69
         10              2,26 1,83 1,38 0,70               25             2,06 1,71 1,32 0,68
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         16              2,13 1,75 1,34 0,69               ∞              1,96 1,64 1,28 0,67         32




                                                                                                                  11

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Medição e Verificação para projetos de Eficiência Energética - Introdução

  • 1. 24/04/2011 INTRODUÇÃO Eng. Fernando Milanez Estrutura • Premissa, corolário e um alerta • Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP): documento chave para M&V; adesão ao PIMVP. • A contribuição institucional brasileira: Manual de M&V do PROCEL, Manual anexo à RES 300 da ANEEL, Plano Nacional de Eficiência Energética. • Equação do custo evitado: equação geral de cálculo do custo da energia e demanda economizadas. • Custo do M&V e sua relação com o custo de execução do projeto. • Ajustes: condições, classificação e metodologia para procedimento. • Análise estatística dos resultados: metodologia e precisão. • Estruturação dos procedimentos: Plano de Medição e Verificação. • Exemplos. 2 Premissa “Você não pode gerenciar o que não pode medir” particularizando: “Medidores no uso final são imprescindíveis para gerenciar o uso de energia” 3 1
  • 2. 24/04/2011 Corolário • Um resultado de uma ou mais medições nunca é absolutamente exato, mas tem uma determinada probabilidade de estar localizado entre um valor médio ao qual se soma e subtrai uma fornecida ou calculada precisão. • Não informar a precisão do resultado em uma probabilidade escolhida associa a ele uma total insegurança. 4 Um alerta • É fundamental antes de analisar as medições ter conhecimento do possível comportamento das variáveis. 5 A regulamentação no Brasil 6 2
  • 3. 24/04/2011 Manual para Elaboração do Programa de Eficiência Energética da ANEEL 7 • O PNEF, no item 6.3 (“Linhas de Ação Propostas”) de seu Capítulo 6 (“PROCEL e CONPET”), afirma: 8 9 3
  • 4. 24/04/2011 Um breve histórico do PIMVP • No início dos anos 90 havia uma série de protocolos de M&V nos EUA • Em 1996 o DOE convocou mais de 150 especialistas de 15 países para consolidá-los no PIMVP. • Em 2001 o DOE transferiu a responsabilidade do PIMVP para uma corporação denominada EVO - Energy Valuation Organization. • Em 2002 o INEE elaborou a1ª versão brasileira, em 2003 houve a 1ª atualização e em 2007 a última atualização. • Em 2007 a EVO atualizou versão anterior • Em 2010 a EVO publicou a nova versão em inglês, com Apêndice “C” específico para cada país. 10 Projeto em discussão 1) Edição de uma versão atualizada em português, contendo soluções e recomendações específicas para atender às condicionantes econômicas, geográficas e culturais brasileiras (Apêndice “C”) 2) Garantir “aderência” ao PIMVP, principalmente com a introdução do conceito de precisão dos resultados: Existe 95% de confiança de que o valor da economia esteja no intervalo: valor médio ± precisão absoluta 11 A necessidade de medição dos resultados – opções de medição 12 4
  • 5. 24/04/2011 Dois métodos básicos de M&V Método de toda a instalação: Medem-se todos os efeitos na instalação: • Retrofits e outras alteraçãoes (pretendidas ou não) • Frequentemente utiliza o medidor da Concessionária • Os ajustes poderão ser complexos Método do isolamento do retrofit: Mede-se apenas o efeito do retrofit • As economias não são afetadas pelas alterações além da fronteira da medição • Normalmente exige um novo medidor • Ajustes poderão ser simples 13 Isolamento do retrofit Escolha entre as Opções A e B: Opção A – Medição do parâmetro chave e estimativa do(s) outro(s) Opção B – Medição de todos os parâmetros 14 Toda a instalação Escolha entre as Opções C e D : Opção C – Toda a instalação São necessários os dados do período de base e do pós-retrofit Opção D – Simulação Calibrada Quando não há dados para o período de base mas apenas para o pós-retrofit, os primeiros podem ser “criados” através de uma simulação. 15 5
  • 6. 24/04/2011 Toda a instalação Escolha entre as Opções C e D : Opção C – Toda a instalação São necessários os dados do período de base e do pós-retrofit Opção D – Simulação Calibrada Quando não há dados para o período de base mas apenas para o pós-retrofit, os primeiros podem ser “criados” através de uma simulação. 16 Efeitos interativos para além do limite de medição • Seja um projeto de substituição de lâmpadas por outras de maior eficiência. • Se este for o limite não será computada a economia sobre o sistema de condicionamento de ar que venha a haver no ambiente. • Estender o limite para englobar também o sistema de condicionamento de ar e medir seu comportamento antes e depois da ARE. 17 Opção A. Medição Isolada da ARE: Medição dos parâmetros chave • A economia é determinada pela medição no terreno dos parâmetros chave do desempenho energético, que define o consumo de energia dos sistemas afetados pela ARE e/ou o sucesso do projeto. • Cálculo de engenharia do período de referência e do consumo do pós-execução das AREs a partir de: Medições a curto prazo ou contínuas de parâmetros chave de funcionamento; e Valores estimados. Ajustes de rotina e não-de rotina como exigido. • A ARE da iluminação onde a energia requerida é o parâmetro chave de desempenho energético, que é medido periodicamente. Calcular as horas de funcionamento da iluminação baseadas nos horários do edifício e no comportamento dos ocupantes. 18 6
  • 7. 24/04/2011 Usos da Opção A • Substituição de iluminação pública, onde o tempo diário é estimado e a potência instalada é medida • Substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas em projetos de baixa renda, onde as potências são fornecidas pelo fabricante e os tempos de utilização são medidos na amostra • Eliminação de perdas em um sistema de compressor de ar, onde é usada a potência nominal do motor e registrados os tempos de funcionamento. 19 Opção B. Medição isolada da ARE: Medição de todos os parâmetros • A economia é determinada pela medição no terreno do consumo de energia do sistema afetado pela ARE. • Medições a curto prazo ou contínuas do período de referência e consumo do período de relato, e/ou cálculos de engenharia, usando medições de substituição de consumo de energia. Ajustes de rotina e não-de rotina como exigido. • A aplicação de uma velocidade variável e controles a um motor para ajustar o fluxo da bomba. Medir a energia elétrica com um medidor de kW instalado na alimentação elétrica do motor, que lê a potência a cada minuto. 20 Usos da Opção B • Substitução de iluminação pública , com introdução de sistema de regulagem de intensidade, com medição da demanda versus tempo • Substituição de motobomba por outra mais eficiente, com medição de demanda e de vazão 21 7
  • 8. 24/04/2011 Opção C. Toda a Instalação • A economia é determinada pela medição do consumo de energia por toda a instalação ou sub-instalação. Medições contínuas do consumo de energia de toda a instalação são efetuadas durante o pós-execução das AREs. • Análise dos dados do medidor do período de referência de toda a instalação e do pós-execução das AREs (empresa de serviços energéticos). Ajustes de rotina como exigido, usando técnicas tal como uma simples comparação ou análise de regressão. Ajustes não-de rotina como exigido. • Programa de gestão de energia multifacetado, afetando muitos sistemas numa instalação. Medição do consumo de energia com os medidores de gás e eletricidade da empresa de serviços energéticos para um período de referência de doze meses e durante o pós- execução das AREs. 22 Usos da Opção C • Conjunto de AREs em um escritório, com medição da demanda e do consumo com registrador da Concessionária • Substituição de motobomba por outra mais eficiente, mantida a vazão original, utilizando medição da demanda e do consumo com registrador da Concessionária 23 Usos da Opção D • Conjunto de AREs em um escritório, com medição da demanda e do consumo com registrador da Concessionária, sem conhecimento da situação anterior a elas • Conjunto de AREs em um escritório, com medição da demanda e do consumo com registrador da Concessionária, em um prédio novo. 24 8
  • 9. 24/04/2011 Quantidade de medições Amostragem • O conceito de amostragem está associado à quantidade de objetos que representarão o universo e, também, à quantidade de medições que serão executadas. • Sabe-se que o erro padrão é inversamente proporcional à raiz quadrada da quantidade de objetos/medições. • Aumentar o tamanho da amostra por um fator “f”, produzirá uma redução do erro padrão na razão “√f” 25 Erro dos instrumentos Especificações do medidor • Para os medidores que não são das empresas comercializadoras de energia, especificar: as caraterísticas da medição, processo de calibração de rotina e método de tratamento de dados perdidos. • A seleção do tipo de medidor a ser usado depende da precisão desejada e dos recursos financeiros disponíveis. • Medições instantâneas são executadas com equipamentos não registradores (alicates para energia elétrica, medidores de rpm portáteis, etc) • Medições contínuas são executadas com registradores de dados (“data loggers”) e utilizam programas de computador para registro e análise (“Excel” e outros) • O erro do instrumento importa nas medições únicas pois, se o instrumento estiver calibrado (sem tendências), nas múltiplas, haverá compensação. 26 A visão do problema Consumo de energia Consumo de referência ajustado Consumo de referência Aumento da Produção Economia, OU de energia Consumo de energia evitado ‘pós-ARE’ da energia medida Implementação de ARE Período do consumo de Período de referência Relatório Tempo 27 9
  • 10. 24/04/2011 Equação básica do uso evitado As economias resultantes em um determinado período = Uso de energia no período de referência - Uso de energia no pós-execução da AEE ± Ajustes de rotina ± Ajustes não de rotina 28 Análise estatística Algumas definições • Média  Y Y i n  S2   (Yi  Y ) 2 • Variância n 1 • Desvio padrão s  S2 s EP  • Erro Padrão (EP) n • Precisão absoluta t x EP • Precisão relativa t * EP média 29 Distribuição Normal e Distribuição “t” Normal • Tem a forma de um sino e é também chamada de Distribuição de Gauss e o erro padrão é calculado a partir da população. “t” • Tem a forma de um sino e é também chamada de Distribuição dos Estudantes e o erro padrão é calculado a partir da amostra 30 10
  • 11. 24/04/2011 O valor de “t” • t = média da amostra – média da população erro padrão da amostra • Como a média da população não é conhecida, os valores de “t” são fornecidos em uma tabela, para que a média da população possa ser estimada. • O valor médio da população é o que se deseja como resultado do projeto. 31 Tabela de valores de “t” Número de leituras Intervalo de confiança Número de leituras Intervalo de confiança (Tamanho da amostra) 95% 90% 80% 50% (Tamanho amostra) 95% 90% 80% 50% 2 12,71 6,31 3,08 1,00 17 2,12 1,75 1,34 0,69 3 4,30 2,92 1,89 0,82 18 2,11 1,74 1,33 0,69 4 3,18 2,35 1,64 0,76 19 2,10 1,73 1,33 0,69 5 2,78 2,13 1,53 0,74 20 2,09 1,73 1,33 0,69 6 2,57 2,02 1,48 0,73 21 2,09 1,72 1,33 0,69 7 2,45 1,94 1,44 0,72 22 2,08 1,72 1,32 0,69 8 2,36 1,89 1,41 0,71 23 2,07 1,72 1,32 0,69 9 2,31 1,86 1,40 0,71 24 2,07 1,71 1,32 0,69 10 2,26 1,83 1,38 0,70 25 2,06 1,71 1,32 0,68 11 2,23 1,81 1,37 0,70 26 2,06 1,71 1,32 0,68 12 2,20 1,80 1,36 0,70 27 2,06 1,71 1,31 0,68 13 2,18 1,78 1,36 0,70 28 2,05 1,70 1,31 0,68 14 2,16 1,77 1,35 0,69 29 2,05 1,70 1,31 0,68 15 2,14 1,76 1,35 0,69 30 2,05 1,70 1,31 0,68 16 2,13 1,75 1,34 0,69 ∞ 1,96 1,64 1,28 0,67 32 11