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REVOLTA
DA VACINA
NOVEMBRO DE 1904
Contexto do Rio de Janeiro
início século XX
OFalta de saneamento básico;
OPéssimas condições de higiene;
OGrande foco de epidemias;
OUma grande variedade de
cortiços e casebres;
O Governo de Rodrigues Alves
(1902-1906)
O Remodelação urbana e
saneamento básico da capital do
país.
Com esse processo de remodelação
no Rio de Janeiro houve a
destruição de cortiços e favelas,
favorecendo para o surgimento de
grande avenidas, construções...
OCom a modernização do
Rio de Janeiro, outro passo
a ser tomado era em acabar
com as epidemias, que
devastavam a cidade na
época.
OOswaldo Cruz
OObjetivo de saneamento e
obrigatoriedade da vacina.
OCampanha de vacinação
obrigatória foi colocada em
pratica no ano de 1904.
Movimento da Revolta
OCaráter popular;
OImpulsionada por fatores como:
OCrise econômica (desemprego, alto
custo de vida...) e a reforma urbana.
• Bonde virado.
OCom a situação incontrolável, o
governo suspende a
obrigatoriedade.
OA rebelião foi contida no dia 16 de
novembro de 1904.
Revisionismo Historiográfico
ONicolau Sevcenko, José Murilo de
Carvalho e Sidney Chalhoub, traz
uma abordagem bastante
significativa sobre a Revolta da
Vacina.
Nicolau Sevcenko
O Aborda de maneira singular a questão política
da exclusão da camada popular, e de como o
governo da primeira República queria manter
afastada essa parcela de indivíduos.
O Faz uma abordagem marxista, dando ênfase á
reação popular contra as abusivas formas de
impor o poder do governo.
O autor aborda questões
como:
O A repressão do governo sobre os revoltos
O Aborda que os revoltosos eram diversas pessoas de
diferente camadas sociais.
O O objetivo do governo era varrer a população
pobre, sem teto, e desempregada da cidade.
O A exclusão dessas pessoas da sociedade era feito
através de um carimbo feito pela marca do aceites.
O Nascimento das favelas ( separação Pobre X
Ricos).
José Murilo de Carvalho
O Aborda a questão dos problemas políticos
econômicos e sociais (ocorrido com o
processo de transição do império para
república);
O Enfatiza a interação dos participantes da
revolta.
Sidney Chalhoub
O Aborda um debate sobre Ideologia da
Higiene;
O Contexto do mundo dos cortiços e dos
populares;
O Retrata diversas questões da época
(epidemias, cultura africana, exclusão
social)
Vacina obrigatória 1904
Intérprete: Mario Pinheiro
Gênero: Cançoneta
Gravadora: Odeon
“Anda o povo acelerado com
horror a palmatória
Por causa dessa lambança da
vacina obrigatória
Os manatas da sabença estão
teimando desta vez
Em meter o ferro a pulso bem
no braço do freguês
E os doutores da higiene vão
deitando logo a mão
Sem saber se o sujeito quer
levar o ferro ou não
Seja moço ou seja velho, ou
mulatinha que tem visgo
Homem sério, tudo, tudo leva
ferro, que é servido.
Bem no braço do Zé povo,
chega um tipo e logo vai
Enfiando aquele troço, a
lanceta e tudo o mais
Mas a lei manda que o povo e
o coitado do freguês
Vá gemendo na vacina ou
então vá pro xadrez
E os doutores da higiene vão
deitando logo a mão
Sem saber se o sujeito quer
levar o ferro ou não
Seja moço ou seja velho, ou
mulatinha que tem visgo
Homem sério, tudo, tudo leva
ferro, que é servido.
Contam um caso sucedido que
o negócio tudo logra
O doutor foi lá em casa
vacinar a minha sogra
A velha como uma bicha teve
um riso contrafeito
E peitou com o doutor bem na
cara do sujeito
E quando o ferro foi entrando
fez a velha uma careta
Teve mesmo um chilique eu vi
a coisa preta
Mas eu disse pro doutor: vá
furando até o cabo
Que a senhora minha sogra é
levada dos diabos
Tem um casal de namorados
que eu conheço a triste sina
Houve forte rebuliço só por
causa da vacina
A moça que era inocente e um
pouquinho adiantada
Quando foi para pretoria já
estava vacinada
Eu não nesse arrastão sem
fazer o meu barulho
Os doutores da ciência terão
mesmo que ir no embrulho
Não embarco na canoa que a
vacina me persegue
Vão meter ferro no boi ou nos
diabos que os carregue.”
Rato, Rato
Ademilde Fonseca
Ano de 1945
“Rato, rato, rato
Qual o motivo porque roeste o
meu baú
Rato, rato, rato
Audacioso e malfazejo gabiru
Rato, rato, rato
Eu só desejo ver o dia afinal
Que a ratoeira te persiga e
consiga
Satisfazer meu ideal
Quem te formou?
Foi o diabo, não foi outro, podes
crer
Quem te gerou?
Foi uma sogra pouco antes de
morrer
Quem te criou?
Foi a vingança, digo eu
Rato, rato, rato
Emissário do judeu
Quando a ratoeira te pegar
Monstro covarde não te ponhas
a gritar, por favor
Rato velho descarado roedor
Rato velho como tu faz horror
Nada valerá teu qui-qui
Morrerás e não terás quem
chore por ti
Vou provar-te que sou mau
Meu tostão é garantido
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Revolta da vacina

  • 2.
  • 3. Contexto do Rio de Janeiro início século XX OFalta de saneamento básico; OPéssimas condições de higiene; OGrande foco de epidemias; OUma grande variedade de cortiços e casebres;
  • 4. O Governo de Rodrigues Alves (1902-1906) O Remodelação urbana e saneamento básico da capital do país. Com esse processo de remodelação no Rio de Janeiro houve a destruição de cortiços e favelas, favorecendo para o surgimento de grande avenidas, construções...
  • 5. OCom a modernização do Rio de Janeiro, outro passo a ser tomado era em acabar com as epidemias, que devastavam a cidade na época.
  • 6. OOswaldo Cruz OObjetivo de saneamento e obrigatoriedade da vacina. OCampanha de vacinação obrigatória foi colocada em pratica no ano de 1904.
  • 7. Movimento da Revolta OCaráter popular; OImpulsionada por fatores como: OCrise econômica (desemprego, alto custo de vida...) e a reforma urbana. • Bonde virado.
  • 8. OCom a situação incontrolável, o governo suspende a obrigatoriedade. OA rebelião foi contida no dia 16 de novembro de 1904.
  • 9. Revisionismo Historiográfico ONicolau Sevcenko, José Murilo de Carvalho e Sidney Chalhoub, traz uma abordagem bastante significativa sobre a Revolta da Vacina.
  • 10. Nicolau Sevcenko O Aborda de maneira singular a questão política da exclusão da camada popular, e de como o governo da primeira República queria manter afastada essa parcela de indivíduos. O Faz uma abordagem marxista, dando ênfase á reação popular contra as abusivas formas de impor o poder do governo.
  • 11. O autor aborda questões como: O A repressão do governo sobre os revoltos O Aborda que os revoltosos eram diversas pessoas de diferente camadas sociais. O O objetivo do governo era varrer a população pobre, sem teto, e desempregada da cidade. O A exclusão dessas pessoas da sociedade era feito através de um carimbo feito pela marca do aceites. O Nascimento das favelas ( separação Pobre X Ricos).
  • 12. José Murilo de Carvalho O Aborda a questão dos problemas políticos econômicos e sociais (ocorrido com o processo de transição do império para república); O Enfatiza a interação dos participantes da revolta.
  • 13. Sidney Chalhoub O Aborda um debate sobre Ideologia da Higiene; O Contexto do mundo dos cortiços e dos populares; O Retrata diversas questões da época (epidemias, cultura africana, exclusão social)
  • 14. Vacina obrigatória 1904 Intérprete: Mario Pinheiro Gênero: Cançoneta Gravadora: Odeon “Anda o povo acelerado com horror a palmatória Por causa dessa lambança da vacina obrigatória Os manatas da sabença estão teimando desta vez Em meter o ferro a pulso bem no braço do freguês E os doutores da higiene vão deitando logo a mão Sem saber se o sujeito quer levar o ferro ou não Seja moço ou seja velho, ou mulatinha que tem visgo Homem sério, tudo, tudo leva ferro, que é servido. Bem no braço do Zé povo, chega um tipo e logo vai Enfiando aquele troço, a lanceta e tudo o mais Mas a lei manda que o povo e o coitado do freguês Vá gemendo na vacina ou então vá pro xadrez
  • 15. E os doutores da higiene vão deitando logo a mão Sem saber se o sujeito quer levar o ferro ou não Seja moço ou seja velho, ou mulatinha que tem visgo Homem sério, tudo, tudo leva ferro, que é servido. Contam um caso sucedido que o negócio tudo logra O doutor foi lá em casa vacinar a minha sogra A velha como uma bicha teve um riso contrafeito E peitou com o doutor bem na cara do sujeito E quando o ferro foi entrando fez a velha uma careta Teve mesmo um chilique eu vi a coisa preta Mas eu disse pro doutor: vá furando até o cabo Que a senhora minha sogra é levada dos diabos Tem um casal de namorados que eu conheço a triste sina Houve forte rebuliço só por causa da vacina A moça que era inocente e um pouquinho adiantada Quando foi para pretoria já estava vacinada Eu não nesse arrastão sem fazer o meu barulho Os doutores da ciência terão mesmo que ir no embrulho Não embarco na canoa que a vacina me persegue Vão meter ferro no boi ou nos diabos que os carregue.”
  • 16. Rato, Rato Ademilde Fonseca Ano de 1945 “Rato, rato, rato Qual o motivo porque roeste o meu baú Rato, rato, rato Audacioso e malfazejo gabiru Rato, rato, rato Eu só desejo ver o dia afinal Que a ratoeira te persiga e consiga Satisfazer meu ideal Quem te formou? Foi o diabo, não foi outro, podes crer Quem te gerou? Foi uma sogra pouco antes de morrer Quem te criou? Foi a vingança, digo eu Rato, rato, rato Emissário do judeu Quando a ratoeira te pegar Monstro covarde não te ponhas a gritar, por favor Rato velho descarado roedor Rato velho como tu faz horror Nada valerá teu qui-qui Morrerás e não terás quem chore por ti Vou provar-te que sou mau Meu tostão é garantido Não te solto nem a pau”