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9/8/2013
1
PTR-0402
Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues
Métodos convencionais de recuperação
suplementar
Introdução
As acumulações de petróleo possuem, na sua descoberta, uma
certa quantidade de energia, denominada energia primária;
Durante a produção há uma dissipação da energia;
Para minorar os efeitos da dissipação da energia primária, são
praticadas duas linhas de ação:
Suplementar com energia secundária;
Reduzir as resistências viscosas e/ou capilares por meios de
métodos especiais;
A quantidade de óleo retirada de um reservatório unicamente
devido a suas energias naturais é chamada recuperação primária;
Recuperação secundária é a quantidade adicional de óleo obtida
por suplementação da energia primária com energia secundária;
Introdução
Os métodos de recuperação foram desenvolvidos para se obter
uma produção maior de petróleo, além de acelerar a produção;
As primeiras experiências buscavam fornecer pressão ao
reservatório por meio da injeção de fluidos. Entretanto, nem
sempre o aspecto mais crítico era a baixa pressão e, com isso,
surgiram diversos processos que se conhecem atualmente.
9/8/2013
2
Métodos de recuperação avançada
Métodos Convencionais de Recuperação: injeção de água e injeção de
gás imiscível.
Métodos Especiais de Recuperação: processos mais complexos, cujas
tecnologias ainda não estão satisfatoriamente desenvolvidas.
“Manutenção de Pressão”: prática que consiste na injeção de água
e/ou gás ainda no início da vida produtiva do reservatório, que tem por
finalidade manter a pressão em níveis elevados, preservando as
características dos fluidos e do fluxo.
Métodos de recuperação avançada
Incentivos à recuperação avançada
Preço do petróleo
Custo de exploração
Custo de desenvolvimento
Custo de produção
Avanços tecnológicos
Métodos de recuperação avançada
Alternativas à recuperação avançada
Exploração de reservas não convencionais;
Estimulação de poços;
Uso de poços especiais;
Reestudo de áreas julgadas improdutivas ou antieconômicas.
9/8/2013
3
Métodos convencionais de recuperação
Objetivo: Deslocar o óleo para fora dos poros da rocha (comportamento
mecânico), sem que os fluidos se misturem entre si ou interfiram na
rocha-reservatório.
Óleo residual: óleo retido nos poros da zona invadida pela água.
Fluido injetado (deslocante, ex. água) deve empurrar o óleo (fluido
deslocado), e ir ocupando o espaço deixado á medida que este vai
sendo expulso.
A eficiência de recuperação é em torno de 30 a 50%.
Métodos convencionais de recuperação
Fatores que influenciam um projeto de injeção de água
Mecanismos de produção do reservatório.
Características da rocha.
Características dos fluidos.
Profundidade do reservatório.
Conformação estrutural do reservatório.
Métodos convencionais de recuperação
Fluidos de injeção: água ou gás natural
Água de injeção
- Água subterrânea;
- Água de superfície;
- Água do mar;
- Água produzida.
Gás natural Mesma composição da produção
ou após ser processado.
Gás: simples agente mecânico de deslocamento
9/8/2013
4
Métodos convencionais de recuperação
Projetos de injeção
Aspectos que devem ser considerados:
Viabilidade técnica e econômica;
A maneira como os poços de injeção e de produção serão
distribuídos no campo de petróleo.
Características físicas do meio poroso e dos fluidos envolvidos;
Proporcionar alta produção de petróleo;
Quantidade de poços novos a serem perfurados seja a menor
possível.
Métodos convencionais de recuperação
Aspectos comuns a todos os projetos
Quantidades e distribuição dos poços de injeção e de produção;
Pressões e vazões de injeção;
Estimativas das vazões de produção, e
Volumes de fluidos a serem injetados e produzidos.
São dados necessários para:
Dimensionamento de equipamentos;
Viabilidade econômica do projeto.
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção
Esquemas de injeção:
Injeção periférica
Injeção na base,
Injeção no topo e
Injeção em malhas.
Para reservatórios planos, horizontais e de pouca espessura, pelo fato de
não existirem pontos preferenciais para injeção de fluidos, os poços de
injeção e produção são distribuídos de maneira homogênea em todo o
reservatório.
9/8/2013
5
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção periférica
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção no topo
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção na base
9/8/2013
6
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção em malhas
Injeção em linha direta
d é a distância entre as linhas;
a é a distância entre os poços na linha.
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção em malhas
Injeção em linhas esconsas
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção em malhas
Malha five-spot
9/8/2013
7
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção em malhas
Malha seven-spot
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção em malhas
Malha nine-spot
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção em malhas
Malha seven-spot invertido
9/8/2013
8
Métodos convencionais de recuperação
Esquemas de injeção - Injeção em malhas
Malha nine-spot invertido
Métodos convencionais de recuperação
Mobilidade e Razão de mobilidade
Para o deslocamento imiscível de um fluido por outro costuma-se
definir as mobilidades dos fluidos e a razão de mobilidades.
A mobilidade é definida como:
i
i
i
k
µ
λ =
Razão de mobilidade:
o
D
M
λ
λ
=
Se o fluido deslocante é a água:
o
w
M
λ
λ
=
Métodos convencionais de recuperação
Mobilidade e Razão de mobilidade
A eficiência de deslocamento depende das tensões interfaciais entre o fluido
injetado e o do reservatório, propriedades rocha -fluido, e do volume injetado.
Razão de mobilidade:
O
W
M
λ
λ
=
9/8/2013
9
Métodos convencionais de recuperação
Injetividade em malhas regulares
Em um projeto de injeção de água é necessário o conhecimento dos valores,
pelo menos aproximados, das vazões e das pressões de injeção.
Valores muito altos de pressões de injeção podem acarretar fraturas nas
formações e prejudicar seriamente o deslocamento do óleo pela água.
Por outro lado, é necessária uma boa injetividade para se obter uma boa
produtividade.
Os valores de vazão e de pressão de injeção são necessários também para o
dimensionamento dos equipamentos de superfície a serem utilizados no projeto de
injeção.
Estudos foram feitos, principalmente por Mustak (1941, 1981) e Deppe (1963),
sobre injetividade para os vários tipos de geometria de injeção.
Considera-se que M = 1, saturação de gás inicial = 0 e regime permanente.
Métodos convencionais de recuperação
Injetividade em malhas regulares
Linha direta (d/a ≥1)
]798,0)/(682,0)/[log(
1
−+
∆
=
adra
PhkC
q
wo
o
inj
µ
Linha esconsa (d/a ≥1)
]798,0)/(682,0)/[log(
1
−+
∆
=
adra
PhkC
q
wo
o
inj
µ
Métodos convencionais de recuperação
Injetividade em malhas regulares
five spot
seven spot
]2688,0)r/d[log(
PhkC
q
wipo
o1
inj
−µ
∆
=
]2472,0)/[log(
2
−
∆
=
wipo
o
inj
rd
PhkC
q
µ
dip é a distância entre os poços de injeção e
produção
9/8/2013
10
Métodos convencionais de recuperação
Injetividade em malhas regulares
nine spot invertido
]1183,0)/[log(
2
1
,1
−





+
+
∆
=
wo
cio
inj
rd
R
R
PhkC
q
µ
Onde é a diferença de pressão entre os poços i e c. R a razão
entre as vazões de produção dos poços localizados nos cantos da
malha (poços c) e nas laterais ( poços s)
ciP ,∆
Métodos convencionais de recuperação
Injetividade em malhas regulares
Defini-se injetividade ou condutividade como sendo a relação entre a vazão de
injeção medida em condições-padrão correspondente a diferença de pressão
entre os poços injetor e produtor:
P
Q
II
inj
∆
=
Quando a razão de mobilidade é diferente de 1, a injetividade varia com o
tempo. Denomina-se, então, a razão de condutividade:
0twinj
twinj
0tinj
tinj
)P/B/q(
)P/B/q(
)P/Q(
)P/Q(
== ∆
∆
=
∆
∆
=γ
Métodos convencionais de recuperação
Injetividade em malhas regulares
A figura abaixo apresenta um gráfico da razão de condutividade em função da
razão de mobilidade, obtido experimentalmente em uma malha de 5 pontos, para
diversos valores de volume de água injetado.
O volume deslocável é definido por:
)SS(VV oropDL −=
9/8/2013
11
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal
Em qualquer projeto, independentemente do esquema escolhido, existe uma
área total definida que está sujeita à influência da injeção. Por ex., em um
esquema five-spot essa área total é a área da malha base, ou seja, um quadrado.
Eficiência de varrido horizontal é a relação entre a área invadida pelo fluido
injetado e a área total do meio poroso:
tinvA A/AE =
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
Para um melhor entendimento do processo de deslocamento de um fluido por
outro, considere um ensaio hipotético para determinação da eficiência de varrido
horizontal em um modelo físico que utiliza o esquema de injeção five-spot
invertido.
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
Admitir que inicialmente o meio poroso contenha apenas água e óleo, estando
a água na forma de saturação irredutível. Nesse instante, o volume de óleo
contido no meio poroso pode ser calculado por:
opoi SVV ⋅=
Se fosse feita uma injeção de água por um tempo infinito restaria no meio
poroso um volume residual de óleo, dado pela expressão:
orpor SVV ⋅=
Devido aos efeitos de capilaridade, apenas uma parte do óleo pode ser
deslocada. A essa parte dá-se o nome de volume deslocável ou óleo móvel,
dado pela expressão:
)SS(VV oropDL −=
9/8/2013
12
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
Para determinar o volume de água que invadiu o meio poroso, é suficiente
subtrair da água atualmente existente na região invadida a parcela que já se
encontrava aí na forma de saturação de água conata, antes da injeção:
)( wiwpinvwinv SSVV −=
Ao volume de água que invadiu o meio poroso corresponde igual volume de
óleo deslocado e por conseqüência produzido:
)SS(VV wiwpinvD −=
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
Admitindo que a água desloca todo o óleo da região invadida, com exceção do
óleo residual:
orw S1S −=
No início da injeção:
Logo: )SS(VV oropinvD −=
O volume injetado é dada pela equação: tqV injwinj ⋅=
owi SS −=1
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
9/8/2013
13
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
Para determinar o volume injetado adimensional:
Para determinar o volume deslocado adimensional:
A
t
inv
orot
oroinv
DL
D
E
A
A
)SS(hA
)SS(hA
V
V
==
−φ
−φ
=
cte
V
V
DL
winj
=
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
A produção acumulada de óleo nas condições padrão é dada pela expressão:
o
DLA
p
B
VE
N =
O volume de água injetado nas condições nas condições padrão:
eloDL
winj
w
orop
inj
V
V
B
SSV
W
mod
)(





−
=
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
Quando existe uma saturação inicial de gás móvel,as equações devem ser
modificadas:
O volume de enchimento do reservatório (fill-up):
O volume deslocável é dado por:
o
FUwinjDLA
p
B
VVE
N
)(−
=
)()( grgpFUwinj SSVV −=
( ) ( )[ ]grgorotDL SSSShAV −+−= φ
9/8/2013
14
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
A Figura abaixo mostra curvas de eficiência de varrido horizontal para
diferentes valores de razão de mobilidades:
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
Para o modelo five-spot:
ow
w
winj
qq
q
ff
+
==
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido horizontal - determinação
As figuras abaixo apresentam gráficos de eficiência de varrido horizontal no
instante de breakthrough (EA)BT versus razão de mobilidades para os modelos
de injeção em linha direta e em linha esconsa, respectivamente, para uma
razão d/a igual a 1.
9/8/2013
15
Métodos convencionais de recuperação
Fazer Exercício 2 da lista de exercícios de sala
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica
Eficiência de varrido vertical:
Eficiência volumétrica:
ltransversaseçãodatotalverticalárea
águapelainvadidaverticalárea
Evv =
malhadatotalvolume
águapelainvadidovolume
Ev =
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica
Modelo de Stiles
O fluxo é linear e as camadas são isoladas entre si;
A razão de mobilidade é unitária (M=1);
A velocidade de frente de avanço de água em qualquer camada é proporcional
à permeabilidade absoluta da camada e, para um diferencial de pressão entre
os poços de injeção e de produção (∆P) constante, a velocidade é constante;
O deslocamento é completo;
Todas as camadas possuem a mesma porosidade,a mesma permeabilidade
relativa ao óleo na zona de óleo e á água atrás da frente de avanço, e todas
apresentam a mesma variação na saturação de óleo (∆so=So-Sor) devida ao
deslocamento pela água.
9/8/2013
16
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica
Modelo de Stiles
Aplicado para um sistema estratificado com largura W e contendo n camadas
com permeabilidades k1>k2>k3>...>kn e espessuras h1, h2, h3, ..., hn.
A eficiência volumétrica, em um determinado instante de tempo é:
t
ii
v
Lh
hX
E
∑=
∑= it hh
é a posição da frente de
avanço da água na camada i
Para uma camada i qualquer (i > j):








=
j
i
ji
k
k
XX
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica
Modelo de Stiles
No instante do breakthrough da camada j, a posição da frente de avanço nas
camadas superiores, ou seja, para i ≤ j, é igual à distância entre os poços injetor e
produtor: Xi = L.
Admitindo que os fluidos sejam praticamente incompressíveis, em uma camada j
qualquer a vazão é dada, em condições de reservatório, por:
L
PAk
L
PAk
qqq
o
jo
w
jw
owj
µµ
∆
=
∆
===
O fluxo fracionário, imediatamente após o breakthrough da camada j, é:
∑
∑
=
=
== n
i
i
j
i
i
t
w
w
kh
kh
q
q
f
1
1
)(
)(
Métodos convencionais de recuperação
Fazer Exercício 3 da lista de exercícios de sala
9/8/2013
17
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica
Modelo de Dykstra-Parsons
As hipóteses são as mesmas do modelo de Stiles, exceto que a razão de
mobilidades não é necessariamente igual a 1.
No instante do breakthrough da camada j a posição da frente de avanço da
água em uma camada i qualquer (i>j) é:














−
−+−
=
1
)1( 22
M
k
k
MMM
LX
j
i
i
A eficiência volumétrica, em um determinado instante de tempo é:
t
ii
v
Lh
hX
E
∑=
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica
Modelo de Dikstra-Parsons
)]([
)(
iiw
rwi
iinj
XLMX
PAkk
q
−+
∆
=
µ
A vazão de injeção é dada por:
Se a vazão for medida em condições-padrão:
)]([
)(
iiww
rwi
iinj
XLMXB
PAkk
Q
−+
∆
=
µ
Métodos convencionais de recuperação
Fazer Exercício 4 da lista de exercícios de sala
Fazer Exercício 5 da lista de exercícios de sala
9/8/2013
18
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento
É a medida da redução da saturação de óleo na região invadida pelo fluido
deslocante.
Modelos empregados
Deslocamento completo
Buckley-Leverett
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
Admite que somente o fluido deslocante se move na região do reservatório
por ele invadida. Desse modo, o fluido deslocante ao penetrar no meio poroso
vai deslocando o fluido que aí se encontra como se fosse um pistão.
a) Distribuição no meio poroso
Geralmente a Sg na região invadida
pela água e no banco de óleo tende a
ser nula, pois parte da Sg existente no
início é deslocada pelo óleo e parte é
redissolvida no óleo.
Em muitos casos a injeção de água é
iniciada a uma P > Ps e, nesse caso, a
Sgi é nula em todos os pontos.
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
O banco de óleo formado à frente da região invadida pela água cresce à medida
que o volume de água injetado cresce. Quando esse banco atinge a extremidade
de produção diz-se que houve o fill-up (enchimento) do reservatório.
Quando a frente de avanço da água atinge a extremidade de produção diz-se
que houve o breakthrough (erupção) da água.
9/8/2013
19
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
b) Posição da frente de avanço da água
O aumento do volume de água na região invadida deve ser igual ao
volume acumulado de água injetada.
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
A posição da frente de avanço da água, para fluxo linear é:
A posição da frente de avanço da água, para fluxo radial é:
)SSS1(A
V
X
wiorgr
winj
a
−−−φ
=
)1( wiorgr
winj
a
SSSh
V
R
−−−
=
φπ
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
c) Posição da frente de avanço do óleo
O decréscimo do volume de óleo na região invadida deve ser igual ao acréscimo
de volume do mesmo no banco de óleo. Logo, a posição da frente de avanço do
óleo, para fluxo linear é:








−−−
−
+=
)SSS1
SS
1XX
wiogr
oro
ao
d) Volume deslocável de óleo e eficiência de deslocamento
Volume deslocável – é o máximo volume de óleo que se pode produzir injetando-
se na formação um fluido imiscível:
)1()( orwiporopDL SSVSSVV −−=−=
)1
1
wiogr
oro
ao
SSS
SS
RR
−−−
−
+=
Fluxo radial
9/8/2013
20
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
oro
p
orop
SS
V
SSV
ED −=
−
=
)(
Eficiência de deslocamento
wi
oro
wip
orop
S
SS
SV
SSV
ED
−
−
=
−
−
=
1)1(
)(
ou
É a relação entre
o VDL e o Vp.
É a relação entre
o VDL e o N.
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
e) Pressão de injeção antes do fill-up






−+=∆ )1( M
X
X
M
Ak
Xq
P
o
a
w
owinj µ
Fluxo linear
Fluxo radial












+





=∆
a
o
w
a
w
winj
R
R
M
R
R
Ln
Ak
q
P ln
2π
µ
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo
e) Pressão de injeção após o fill-up
A equação abaixo mostra que para uma vazão de injeção constante, a queda de
pressão (ou pressão de injeção) após o fill-up:
- decresce com o aumento Xa quando M > 1.
- cresce com Xa quando M < 1.




−+=∆ )1( M
L
X
M
Ak
Lq
P a
w
winj µ
Fluxo linear
Fluxo radial












+





=∆
a
e
w
a
w
winj
R
R
MLn
R
R
Ln
Ak
q
P
π
µ
2
9/8/2013
21
Métodos convencionais de recuperação
Fazer Exemplo 14.6 – pág.616
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
O fluido injetado ao penetrar no meio poroso age como se fosse um pistão com
vazamento
Considerações para a dedução de equações
Fluxo acontece num meio poroso linear;
Homogêneo;
Isotrópico;
Os fluidos considerados são incompressíveis;
Não ocorre mudança de fase.
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Equação do fluxo fracionário
w
w
o
o
w
k
k
f
µ
µ
+
=
1
1
9/8/2013
22
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Curva do fluxo fracionário de água
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Equação da taxa de avanço frontal
SwSw
wwinj
sw
d
df
A
Bw
x 





=
φ
Distância xsw do ponto de
injeção, o ponto que tem
saturação Sw
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Saturações médias
A eficiência de um processo de deslocamento de um fluido por outro em um
meio poroso pode ser verificada a partir de saturação dentro das áreas que foram
invadidas pelo fluido injetado;
O comportamento das saturações dos fluidos dentro da zona invadida é outro
aspecto importante no estudo do deslocamento de fluidos;
9/8/2013
23
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Saturações médias
Frente de avanço
Zona atrás da frente
de avanço
Saturação média
atrás da frente de
avanço
wf
wf
wfwf
f
f
SS '
1−
+=
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Saturações médias
wf
wf
wf
SS
f
f
−
−
= *
1
'
'
1
*
wf
wf
wf
f
f
SS
−
+=
Saturação média atrás
da frente de avanço
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Saturações médias
Saturação residual de óleo média na região invadida:
wfor SS −=1
9/8/2013
24
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Saturações médias
Obtenção da saturação média graficamente:
)( wiwlpD SSVV −=
Saturação de água
conata = Swi
Saturação de água
conata ≠ Swi
wjwf
wjwf
wf
SS
ff
f
−
−
='
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Obtenção das curvas de fluxo fracionário a partir de dados de campo
o
wwo
o
t
o
o
q
qqq
q
q
q
f
+
=
+
==
1
1
o
w
w
opp
p
q
q
B
BWNd
dN
tg
+
=
+
=
1
1
)(
β
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Obtenção das curvas de fluxo fracionário a partir de dados de campo






−+
=
1
1
1
1
βtgBo
Bw
fo






−+
−=−=
1
1
1
1
11
βtgBo
Bw
ff ow
9/8/2013
25
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Obtenção das curvas de fluxo fracionário a partir de dados de campo






−+
−=−=
1
1
1
1
11
βtgBo
Bw
ff ow
Os valores do fluxo fracionário de água, calculado pela equação acima,
podem ser utilizados para se estimar os valores das razões entre as
permeabilidades efetivas ou relativas à água e ao óleo. Isso pode ser feito
explicitando-se essa relação na definição de fluxo fracionário mostrado no slide 61.
w
w
o
o
w
k
k
f
µ
µ
+
=
1
1






−





=
w
w
o
w
o
w
f
f
k
k
1µ
µ
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Eficiência de deslocamento
Chama-se óleo móvel a diferença entre a saturação inicial e a irredutível
(residual) de óleo.
A injeção de água por um tempo real conduz a uma saturação residual
média de óleo de tal maneira que a saturação correspondente ao volume
deslocado é igual a:
A eficiência de deslocamento (ED) pode ser definida então como a relação
entre o óleo deslocado a um determinado tempo e o óleo móvel:
ordeslocadoo SSoS −=−
oro
oro
D
SS
SS
E
−
−
=
ormóvelo SSoS −=−
Métodos convencionais de recuperação
Fazer Exemplo 14.7 – págs.639 e 640
9/8/2013
26
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett
Influência dos parâmetros do sistema rocha-fluido na eficiência de deslocamento
As propriedades do sistema rocha-fluido (permeabilidades relativas e
viscosidades) determinam o tipo de deslocamento que ocorrerá durante um
processo de recuperação secundária convencional;
É comum admitir-se que as propriedades do óleo não são alteradas durante o
processo, podendo-se no entanto injetar diferentes tipos de fluido, de tal maneira a
se otimizar a recuperação de óleo existente no reservatório;
Na equação de fluxo fracionário, reduzir a permeabilidade relativa à água ou
aumentar sua viscosidade produz o mesmo efeito sobre a curva de fluxo fracionário
de água, reduzindo os valores de fw para uma determinada saturação de água;
Mesmo que os pontos terminais da curva de fluxo fracionário não sejam
modificados, variando o formato da curva pode-se alcançar uma antecipação da
produção de óleo que seria obtida até o final do projeto.
Métodos convencionais de recuperação
Eficiência de recuperação – Buckley-Leverett
Eficiência de recuperação (ER) Pode ser definida como o produto entre as
eficiências de varrido horizontal, de varrido vertical e de deslocamento.
Mas, sabendo que a eficiência de varrido horizontal multiplicada pela
vertical, tem-se a eficiência volumétrica, logo:
DvvAR EEEE =
DvR EEE =
Métodos convencionais de recuperação
Comportamento da RAO em reservatórios sujeitos ao influxo
de água ou à injeção de água
Gerenciamento de reservatórios
Em reservatórios de óleo sujeitos ao mecanismo de influxo de água ou ainda
tenha sido implantada um projeto de injeção de água, a tendência é haver um
aumento gradativo da produção de água nos poços;
A extrapolação da produção futura de água pode ser útil na avaliação de
tratamentos de poços que visem a redução da produção de água;
Chan propôs uma nova técnica para se determinar os mecanismos responsáveis
pela produção excessiva de água: cone e canalização através de camadas mais
permeáveis.
A previsão de comportamento futuro
Controle da produção de água em campos
maduros
9/8/2013
27
Métodos convencionais de recuperação
Comportamento da RAO em reservatórios sujeitos ao influxo
de água ou à injeção de água
Gráficos log-log da RAO versus tempo apresentavam diferentes
características para diferentes mecanismos;
breaktnrough
Depleção da camada em que
ocorreu o breakthrough
Erupção em
outra camada
Métodos convencionais de recuperação
Comportamento da RAO em reservatórios sujeitos ao influxo
de água ou à injeção de água
Gráficos com as derivadas em relação ao tempo de RAO ou RGO
possibilitam distinguir se o poço está sob o efeito de cone de água ou de gás,
canalização através de camadas mais permeáveis ou canalização nas imediações
do poço. canalização
cone
Métodos convencionais de recuperação
Obrigado!!!!

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Métodos Recuperação Petróleo

  • 1. 9/8/2013 1 PTR-0402 Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues Métodos convencionais de recuperação suplementar Introdução As acumulações de petróleo possuem, na sua descoberta, uma certa quantidade de energia, denominada energia primária; Durante a produção há uma dissipação da energia; Para minorar os efeitos da dissipação da energia primária, são praticadas duas linhas de ação: Suplementar com energia secundária; Reduzir as resistências viscosas e/ou capilares por meios de métodos especiais; A quantidade de óleo retirada de um reservatório unicamente devido a suas energias naturais é chamada recuperação primária; Recuperação secundária é a quantidade adicional de óleo obtida por suplementação da energia primária com energia secundária; Introdução Os métodos de recuperação foram desenvolvidos para se obter uma produção maior de petróleo, além de acelerar a produção; As primeiras experiências buscavam fornecer pressão ao reservatório por meio da injeção de fluidos. Entretanto, nem sempre o aspecto mais crítico era a baixa pressão e, com isso, surgiram diversos processos que se conhecem atualmente.
  • 2. 9/8/2013 2 Métodos de recuperação avançada Métodos Convencionais de Recuperação: injeção de água e injeção de gás imiscível. Métodos Especiais de Recuperação: processos mais complexos, cujas tecnologias ainda não estão satisfatoriamente desenvolvidas. “Manutenção de Pressão”: prática que consiste na injeção de água e/ou gás ainda no início da vida produtiva do reservatório, que tem por finalidade manter a pressão em níveis elevados, preservando as características dos fluidos e do fluxo. Métodos de recuperação avançada Incentivos à recuperação avançada Preço do petróleo Custo de exploração Custo de desenvolvimento Custo de produção Avanços tecnológicos Métodos de recuperação avançada Alternativas à recuperação avançada Exploração de reservas não convencionais; Estimulação de poços; Uso de poços especiais; Reestudo de áreas julgadas improdutivas ou antieconômicas.
  • 3. 9/8/2013 3 Métodos convencionais de recuperação Objetivo: Deslocar o óleo para fora dos poros da rocha (comportamento mecânico), sem que os fluidos se misturem entre si ou interfiram na rocha-reservatório. Óleo residual: óleo retido nos poros da zona invadida pela água. Fluido injetado (deslocante, ex. água) deve empurrar o óleo (fluido deslocado), e ir ocupando o espaço deixado á medida que este vai sendo expulso. A eficiência de recuperação é em torno de 30 a 50%. Métodos convencionais de recuperação Fatores que influenciam um projeto de injeção de água Mecanismos de produção do reservatório. Características da rocha. Características dos fluidos. Profundidade do reservatório. Conformação estrutural do reservatório. Métodos convencionais de recuperação Fluidos de injeção: água ou gás natural Água de injeção - Água subterrânea; - Água de superfície; - Água do mar; - Água produzida. Gás natural Mesma composição da produção ou após ser processado. Gás: simples agente mecânico de deslocamento
  • 4. 9/8/2013 4 Métodos convencionais de recuperação Projetos de injeção Aspectos que devem ser considerados: Viabilidade técnica e econômica; A maneira como os poços de injeção e de produção serão distribuídos no campo de petróleo. Características físicas do meio poroso e dos fluidos envolvidos; Proporcionar alta produção de petróleo; Quantidade de poços novos a serem perfurados seja a menor possível. Métodos convencionais de recuperação Aspectos comuns a todos os projetos Quantidades e distribuição dos poços de injeção e de produção; Pressões e vazões de injeção; Estimativas das vazões de produção, e Volumes de fluidos a serem injetados e produzidos. São dados necessários para: Dimensionamento de equipamentos; Viabilidade econômica do projeto. Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção Esquemas de injeção: Injeção periférica Injeção na base, Injeção no topo e Injeção em malhas. Para reservatórios planos, horizontais e de pouca espessura, pelo fato de não existirem pontos preferenciais para injeção de fluidos, os poços de injeção e produção são distribuídos de maneira homogênea em todo o reservatório.
  • 5. 9/8/2013 5 Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção periférica Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção no topo Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção na base
  • 6. 9/8/2013 6 Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção em malhas Injeção em linha direta d é a distância entre as linhas; a é a distância entre os poços na linha. Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção em malhas Injeção em linhas esconsas Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção em malhas Malha five-spot
  • 7. 9/8/2013 7 Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção em malhas Malha seven-spot Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção em malhas Malha nine-spot Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção em malhas Malha seven-spot invertido
  • 8. 9/8/2013 8 Métodos convencionais de recuperação Esquemas de injeção - Injeção em malhas Malha nine-spot invertido Métodos convencionais de recuperação Mobilidade e Razão de mobilidade Para o deslocamento imiscível de um fluido por outro costuma-se definir as mobilidades dos fluidos e a razão de mobilidades. A mobilidade é definida como: i i i k µ λ = Razão de mobilidade: o D M λ λ = Se o fluido deslocante é a água: o w M λ λ = Métodos convencionais de recuperação Mobilidade e Razão de mobilidade A eficiência de deslocamento depende das tensões interfaciais entre o fluido injetado e o do reservatório, propriedades rocha -fluido, e do volume injetado. Razão de mobilidade: O W M λ λ =
  • 9. 9/8/2013 9 Métodos convencionais de recuperação Injetividade em malhas regulares Em um projeto de injeção de água é necessário o conhecimento dos valores, pelo menos aproximados, das vazões e das pressões de injeção. Valores muito altos de pressões de injeção podem acarretar fraturas nas formações e prejudicar seriamente o deslocamento do óleo pela água. Por outro lado, é necessária uma boa injetividade para se obter uma boa produtividade. Os valores de vazão e de pressão de injeção são necessários também para o dimensionamento dos equipamentos de superfície a serem utilizados no projeto de injeção. Estudos foram feitos, principalmente por Mustak (1941, 1981) e Deppe (1963), sobre injetividade para os vários tipos de geometria de injeção. Considera-se que M = 1, saturação de gás inicial = 0 e regime permanente. Métodos convencionais de recuperação Injetividade em malhas regulares Linha direta (d/a ≥1) ]798,0)/(682,0)/[log( 1 −+ ∆ = adra PhkC q wo o inj µ Linha esconsa (d/a ≥1) ]798,0)/(682,0)/[log( 1 −+ ∆ = adra PhkC q wo o inj µ Métodos convencionais de recuperação Injetividade em malhas regulares five spot seven spot ]2688,0)r/d[log( PhkC q wipo o1 inj −µ ∆ = ]2472,0)/[log( 2 − ∆ = wipo o inj rd PhkC q µ dip é a distância entre os poços de injeção e produção
  • 10. 9/8/2013 10 Métodos convencionais de recuperação Injetividade em malhas regulares nine spot invertido ]1183,0)/[log( 2 1 ,1 −      + + ∆ = wo cio inj rd R R PhkC q µ Onde é a diferença de pressão entre os poços i e c. R a razão entre as vazões de produção dos poços localizados nos cantos da malha (poços c) e nas laterais ( poços s) ciP ,∆ Métodos convencionais de recuperação Injetividade em malhas regulares Defini-se injetividade ou condutividade como sendo a relação entre a vazão de injeção medida em condições-padrão correspondente a diferença de pressão entre os poços injetor e produtor: P Q II inj ∆ = Quando a razão de mobilidade é diferente de 1, a injetividade varia com o tempo. Denomina-se, então, a razão de condutividade: 0twinj twinj 0tinj tinj )P/B/q( )P/B/q( )P/Q( )P/Q( == ∆ ∆ = ∆ ∆ =γ Métodos convencionais de recuperação Injetividade em malhas regulares A figura abaixo apresenta um gráfico da razão de condutividade em função da razão de mobilidade, obtido experimentalmente em uma malha de 5 pontos, para diversos valores de volume de água injetado. O volume deslocável é definido por: )SS(VV oropDL −=
  • 11. 9/8/2013 11 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal Em qualquer projeto, independentemente do esquema escolhido, existe uma área total definida que está sujeita à influência da injeção. Por ex., em um esquema five-spot essa área total é a área da malha base, ou seja, um quadrado. Eficiência de varrido horizontal é a relação entre a área invadida pelo fluido injetado e a área total do meio poroso: tinvA A/AE = Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação Para um melhor entendimento do processo de deslocamento de um fluido por outro, considere um ensaio hipotético para determinação da eficiência de varrido horizontal em um modelo físico que utiliza o esquema de injeção five-spot invertido. Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação Admitir que inicialmente o meio poroso contenha apenas água e óleo, estando a água na forma de saturação irredutível. Nesse instante, o volume de óleo contido no meio poroso pode ser calculado por: opoi SVV ⋅= Se fosse feita uma injeção de água por um tempo infinito restaria no meio poroso um volume residual de óleo, dado pela expressão: orpor SVV ⋅= Devido aos efeitos de capilaridade, apenas uma parte do óleo pode ser deslocada. A essa parte dá-se o nome de volume deslocável ou óleo móvel, dado pela expressão: )SS(VV oropDL −=
  • 12. 9/8/2013 12 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação Para determinar o volume de água que invadiu o meio poroso, é suficiente subtrair da água atualmente existente na região invadida a parcela que já se encontrava aí na forma de saturação de água conata, antes da injeção: )( wiwpinvwinv SSVV −= Ao volume de água que invadiu o meio poroso corresponde igual volume de óleo deslocado e por conseqüência produzido: )SS(VV wiwpinvD −= Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação Admitindo que a água desloca todo o óleo da região invadida, com exceção do óleo residual: orw S1S −= No início da injeção: Logo: )SS(VV oropinvD −= O volume injetado é dada pela equação: tqV injwinj ⋅= owi SS −=1 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação
  • 13. 9/8/2013 13 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação Para determinar o volume injetado adimensional: Para determinar o volume deslocado adimensional: A t inv orot oroinv DL D E A A )SS(hA )SS(hA V V == −φ −φ = cte V V DL winj = Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação A produção acumulada de óleo nas condições padrão é dada pela expressão: o DLA p B VE N = O volume de água injetado nas condições nas condições padrão: eloDL winj w orop inj V V B SSV W mod )(      − = Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação Quando existe uma saturação inicial de gás móvel,as equações devem ser modificadas: O volume de enchimento do reservatório (fill-up): O volume deslocável é dado por: o FUwinjDLA p B VVE N )(− = )()( grgpFUwinj SSVV −= ( ) ( )[ ]grgorotDL SSSShAV −+−= φ
  • 14. 9/8/2013 14 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação A Figura abaixo mostra curvas de eficiência de varrido horizontal para diferentes valores de razão de mobilidades: Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação Para o modelo five-spot: ow w winj qq q ff + == Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido horizontal - determinação As figuras abaixo apresentam gráficos de eficiência de varrido horizontal no instante de breakthrough (EA)BT versus razão de mobilidades para os modelos de injeção em linha direta e em linha esconsa, respectivamente, para uma razão d/a igual a 1.
  • 15. 9/8/2013 15 Métodos convencionais de recuperação Fazer Exercício 2 da lista de exercícios de sala Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica Eficiência de varrido vertical: Eficiência volumétrica: ltransversaseçãodatotalverticalárea águapelainvadidaverticalárea Evv = malhadatotalvolume águapelainvadidovolume Ev = Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica Modelo de Stiles O fluxo é linear e as camadas são isoladas entre si; A razão de mobilidade é unitária (M=1); A velocidade de frente de avanço de água em qualquer camada é proporcional à permeabilidade absoluta da camada e, para um diferencial de pressão entre os poços de injeção e de produção (∆P) constante, a velocidade é constante; O deslocamento é completo; Todas as camadas possuem a mesma porosidade,a mesma permeabilidade relativa ao óleo na zona de óleo e á água atrás da frente de avanço, e todas apresentam a mesma variação na saturação de óleo (∆so=So-Sor) devida ao deslocamento pela água.
  • 16. 9/8/2013 16 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica Modelo de Stiles Aplicado para um sistema estratificado com largura W e contendo n camadas com permeabilidades k1>k2>k3>...>kn e espessuras h1, h2, h3, ..., hn. A eficiência volumétrica, em um determinado instante de tempo é: t ii v Lh hX E ∑= ∑= it hh é a posição da frente de avanço da água na camada i Para uma camada i qualquer (i > j):         = j i ji k k XX Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica Modelo de Stiles No instante do breakthrough da camada j, a posição da frente de avanço nas camadas superiores, ou seja, para i ≤ j, é igual à distância entre os poços injetor e produtor: Xi = L. Admitindo que os fluidos sejam praticamente incompressíveis, em uma camada j qualquer a vazão é dada, em condições de reservatório, por: L PAk L PAk qqq o jo w jw owj µµ ∆ = ∆ === O fluxo fracionário, imediatamente após o breakthrough da camada j, é: ∑ ∑ = = == n i i j i i t w w kh kh q q f 1 1 )( )( Métodos convencionais de recuperação Fazer Exercício 3 da lista de exercícios de sala
  • 17. 9/8/2013 17 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica Modelo de Dykstra-Parsons As hipóteses são as mesmas do modelo de Stiles, exceto que a razão de mobilidades não é necessariamente igual a 1. No instante do breakthrough da camada j a posição da frente de avanço da água em uma camada i qualquer (i>j) é:               − −+− = 1 )1( 22 M k k MMM LX j i i A eficiência volumétrica, em um determinado instante de tempo é: t ii v Lh hX E ∑= Métodos convencionais de recuperação Eficiência de varrido vertical e eficiência volumétrica Modelo de Dikstra-Parsons )]([ )( iiw rwi iinj XLMX PAkk q −+ ∆ = µ A vazão de injeção é dada por: Se a vazão for medida em condições-padrão: )]([ )( iiww rwi iinj XLMXB PAkk Q −+ ∆ = µ Métodos convencionais de recuperação Fazer Exercício 4 da lista de exercícios de sala Fazer Exercício 5 da lista de exercícios de sala
  • 18. 9/8/2013 18 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento É a medida da redução da saturação de óleo na região invadida pelo fluido deslocante. Modelos empregados Deslocamento completo Buckley-Leverett Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo Admite que somente o fluido deslocante se move na região do reservatório por ele invadida. Desse modo, o fluido deslocante ao penetrar no meio poroso vai deslocando o fluido que aí se encontra como se fosse um pistão. a) Distribuição no meio poroso Geralmente a Sg na região invadida pela água e no banco de óleo tende a ser nula, pois parte da Sg existente no início é deslocada pelo óleo e parte é redissolvida no óleo. Em muitos casos a injeção de água é iniciada a uma P > Ps e, nesse caso, a Sgi é nula em todos os pontos. Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo O banco de óleo formado à frente da região invadida pela água cresce à medida que o volume de água injetado cresce. Quando esse banco atinge a extremidade de produção diz-se que houve o fill-up (enchimento) do reservatório. Quando a frente de avanço da água atinge a extremidade de produção diz-se que houve o breakthrough (erupção) da água.
  • 19. 9/8/2013 19 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo b) Posição da frente de avanço da água O aumento do volume de água na região invadida deve ser igual ao volume acumulado de água injetada. Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo A posição da frente de avanço da água, para fluxo linear é: A posição da frente de avanço da água, para fluxo radial é: )SSS1(A V X wiorgr winj a −−−φ = )1( wiorgr winj a SSSh V R −−− = φπ Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo c) Posição da frente de avanço do óleo O decréscimo do volume de óleo na região invadida deve ser igual ao acréscimo de volume do mesmo no banco de óleo. Logo, a posição da frente de avanço do óleo, para fluxo linear é:         −−− − += )SSS1 SS 1XX wiogr oro ao d) Volume deslocável de óleo e eficiência de deslocamento Volume deslocável – é o máximo volume de óleo que se pode produzir injetando- se na formação um fluido imiscível: )1()( orwiporopDL SSVSSVV −−=−= )1 1 wiogr oro ao SSS SS RR −−− − += Fluxo radial
  • 20. 9/8/2013 20 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo oro p orop SS V SSV ED −= − = )( Eficiência de deslocamento wi oro wip orop S SS SV SSV ED − − = − − = 1)1( )( ou É a relação entre o VDL e o Vp. É a relação entre o VDL e o N. Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo e) Pressão de injeção antes do fill-up       −+=∆ )1( M X X M Ak Xq P o a w owinj µ Fluxo linear Fluxo radial             +      =∆ a o w a w winj R R M R R Ln Ak q P ln 2π µ Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Deslocamento completo e) Pressão de injeção após o fill-up A equação abaixo mostra que para uma vazão de injeção constante, a queda de pressão (ou pressão de injeção) após o fill-up: - decresce com o aumento Xa quando M > 1. - cresce com Xa quando M < 1.     −+=∆ )1( M L X M Ak Lq P a w winj µ Fluxo linear Fluxo radial             +      =∆ a e w a w winj R R MLn R R Ln Ak q P π µ 2
  • 21. 9/8/2013 21 Métodos convencionais de recuperação Fazer Exemplo 14.6 – pág.616 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett O fluido injetado ao penetrar no meio poroso age como se fosse um pistão com vazamento Considerações para a dedução de equações Fluxo acontece num meio poroso linear; Homogêneo; Isotrópico; Os fluidos considerados são incompressíveis; Não ocorre mudança de fase. Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Equação do fluxo fracionário w w o o w k k f µ µ + = 1 1
  • 22. 9/8/2013 22 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Curva do fluxo fracionário de água Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Equação da taxa de avanço frontal SwSw wwinj sw d df A Bw x       = φ Distância xsw do ponto de injeção, o ponto que tem saturação Sw Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Saturações médias A eficiência de um processo de deslocamento de um fluido por outro em um meio poroso pode ser verificada a partir de saturação dentro das áreas que foram invadidas pelo fluido injetado; O comportamento das saturações dos fluidos dentro da zona invadida é outro aspecto importante no estudo do deslocamento de fluidos;
  • 23. 9/8/2013 23 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Saturações médias Frente de avanço Zona atrás da frente de avanço Saturação média atrás da frente de avanço wf wf wfwf f f SS ' 1− += Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Saturações médias wf wf wf SS f f − − = * 1 ' ' 1 * wf wf wf f f SS − += Saturação média atrás da frente de avanço Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Saturações médias Saturação residual de óleo média na região invadida: wfor SS −=1
  • 24. 9/8/2013 24 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Saturações médias Obtenção da saturação média graficamente: )( wiwlpD SSVV −= Saturação de água conata = Swi Saturação de água conata ≠ Swi wjwf wjwf wf SS ff f − − =' Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Obtenção das curvas de fluxo fracionário a partir de dados de campo o wwo o t o o q qqq q q q f + = + == 1 1 o w w opp p q q B BWNd dN tg + = + = 1 1 )( β Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Obtenção das curvas de fluxo fracionário a partir de dados de campo       −+ = 1 1 1 1 βtgBo Bw fo       −+ −=−= 1 1 1 1 11 βtgBo Bw ff ow
  • 25. 9/8/2013 25 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Obtenção das curvas de fluxo fracionário a partir de dados de campo       −+ −=−= 1 1 1 1 11 βtgBo Bw ff ow Os valores do fluxo fracionário de água, calculado pela equação acima, podem ser utilizados para se estimar os valores das razões entre as permeabilidades efetivas ou relativas à água e ao óleo. Isso pode ser feito explicitando-se essa relação na definição de fluxo fracionário mostrado no slide 61. w w o o w k k f µ µ + = 1 1       −      = w w o w o w f f k k 1µ µ Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Eficiência de deslocamento Chama-se óleo móvel a diferença entre a saturação inicial e a irredutível (residual) de óleo. A injeção de água por um tempo real conduz a uma saturação residual média de óleo de tal maneira que a saturação correspondente ao volume deslocado é igual a: A eficiência de deslocamento (ED) pode ser definida então como a relação entre o óleo deslocado a um determinado tempo e o óleo móvel: ordeslocadoo SSoS −=− oro oro D SS SS E − − = ormóvelo SSoS −=− Métodos convencionais de recuperação Fazer Exemplo 14.7 – págs.639 e 640
  • 26. 9/8/2013 26 Métodos convencionais de recuperação Eficiência de deslocamento – Buckley-Leverett Influência dos parâmetros do sistema rocha-fluido na eficiência de deslocamento As propriedades do sistema rocha-fluido (permeabilidades relativas e viscosidades) determinam o tipo de deslocamento que ocorrerá durante um processo de recuperação secundária convencional; É comum admitir-se que as propriedades do óleo não são alteradas durante o processo, podendo-se no entanto injetar diferentes tipos de fluido, de tal maneira a se otimizar a recuperação de óleo existente no reservatório; Na equação de fluxo fracionário, reduzir a permeabilidade relativa à água ou aumentar sua viscosidade produz o mesmo efeito sobre a curva de fluxo fracionário de água, reduzindo os valores de fw para uma determinada saturação de água; Mesmo que os pontos terminais da curva de fluxo fracionário não sejam modificados, variando o formato da curva pode-se alcançar uma antecipação da produção de óleo que seria obtida até o final do projeto. Métodos convencionais de recuperação Eficiência de recuperação – Buckley-Leverett Eficiência de recuperação (ER) Pode ser definida como o produto entre as eficiências de varrido horizontal, de varrido vertical e de deslocamento. Mas, sabendo que a eficiência de varrido horizontal multiplicada pela vertical, tem-se a eficiência volumétrica, logo: DvvAR EEEE = DvR EEE = Métodos convencionais de recuperação Comportamento da RAO em reservatórios sujeitos ao influxo de água ou à injeção de água Gerenciamento de reservatórios Em reservatórios de óleo sujeitos ao mecanismo de influxo de água ou ainda tenha sido implantada um projeto de injeção de água, a tendência é haver um aumento gradativo da produção de água nos poços; A extrapolação da produção futura de água pode ser útil na avaliação de tratamentos de poços que visem a redução da produção de água; Chan propôs uma nova técnica para se determinar os mecanismos responsáveis pela produção excessiva de água: cone e canalização através de camadas mais permeáveis. A previsão de comportamento futuro Controle da produção de água em campos maduros
  • 27. 9/8/2013 27 Métodos convencionais de recuperação Comportamento da RAO em reservatórios sujeitos ao influxo de água ou à injeção de água Gráficos log-log da RAO versus tempo apresentavam diferentes características para diferentes mecanismos; breaktnrough Depleção da camada em que ocorreu o breakthrough Erupção em outra camada Métodos convencionais de recuperação Comportamento da RAO em reservatórios sujeitos ao influxo de água ou à injeção de água Gráficos com as derivadas em relação ao tempo de RAO ou RGO possibilitam distinguir se o poço está sob o efeito de cone de água ou de gás, canalização através de camadas mais permeáveis ou canalização nas imediações do poço. canalização cone Métodos convencionais de recuperação Obrigado!!!!