4. CITOLOGIA
• Citologia - parte da Biologia que estuda todas as
organelas celulares e seus comportamentos.
• Célula→ é a unidade morfofisiológica de todo e qualquer
ser vivo.
• Para formarmos um ser vivo complexo, como o ser
humano, é necessário que ele seja formado por células
que quando se juntam e desempenham uma única função
surge o tecido, os tecidos se unem formando os órgãos,
uma união de órgãos forma um sistema que formará o
organismo.
4Alvido Bernardo Muaviraca
5. Historial da célula
2000 a.C., Aristóteles propôs que os seres vivos
poderiam surgir não só do cruzamento entre si, mas
também, da matéria bruta ou inanimada. Esta teoria
ficou conhecida como geração espontânea ou
abiogênese;
1590: Invenção do microscópio pelos holandeses
Francis e Zacarias Janssen, fabricantes de óculos;
1665, Robert Hooke, utilizando um microscópio
rudimentar, observou a cortiça e notou que era formada
por numerosos compartimentos, portanto denominou o
que viu de célula;
5Alvido Bernardo Muaviraca
6. Historial da célula
1674: Leeuwenhoek observou diversas estruturas
unicelulares. foi o primeiro a observar os micróbios.
espermatozóides de peixes, hemácias;
1833: Robert Brown evidenciou a presença de um
corpúsculo na célula que denominou de núcleo;
1839: Mathias Schleiden e Theodor Schwann
enunciaram a teoria celular "Todos os seres vivos são
constituídos por
células.”
6Alvido Bernardo Muaviraca
7. Historial da célula
1858: Rudolf Virchow apresentou a idéia de que toda
célula origina-se de outra pré-existente.
1962: Watson e Crick, estabeleceram o modelo da
molécula do DNA.
7
Alvido Bernardo Muaviraca
8. Teoria celular
A célula é a unidade básica, estrutural e funcional de
todos seres vivos;
Todos seres vivos são formados por células;
Todas as células provem das células pré-existentes;
A célula é a unidade de produção e desenvolvimento dos
seres vivos;
A célula é a unidade hereditária de todos seres vivos.
8Alvido Bernardo Muaviraca
9. Classificação das Células
I. Procariontes
Células em que
o núcleo não é
protegido por
membrana, ou
seja, o material
genético fica
solto no
citoplasma.
Ex.: bactérias e
algas azuis.
II. Eucariontes
Células em que o núcleo é
protegido por membrana, ou
seja, o material genético fica
protegido.
Essas células têm duas partes
bem distintas: o citoplasma,
envolvido pela membrana
plasmática, e o núcleo,
envolvido pela carioteca.
Ex: células do corpo humano,
etc.
9Alvido Bernardo Muaviraca
11. Classificação das Células
A célula pode ser dividida em três partes fundamentais:
- Membrana plasmática
- Citoplasma
- Núcleo
11
Alvido Bernardo Muaviraca
14. I. Membrana Plasmatica
Presente em todas as células, procarióticas e
eucarióticas. É formada por proteínas, lipídios (gorduras)
e glicídios (açúcares), portanto podemos dizer que a
membrana plasmática é glicolipoprotéica.
Delimita o conteúdo da célula, separando o meio
intracelular do meio extracelular, e é a principal
responsável pelo controle da entrada e saída das
substâncias.
14Alvido Bernardo Muaviraca
15. Membrana Plasmatica
Em 1972 Singer e Nicholson
criaram o modelo mosaico-fluido.
Segundo o qual, as membranas são
formadas por duas camadas de
lipídios, com proteínas embutidas
na mesma, lembrando um mosaico.
Os lipídios são principalmente
fosfolipídios e colesterol; as
proteínas são do tipo globular e os
glícidos, pequenas cadeias de pelo
menos 15 unidades de
monossacarídeos.
15Alvido Bernardo Muaviraca
16. Características e Função:
Características:
Ocorre em todas as
células animais e vegetais;
Visível apenas ao
microscópio electrónico;
Tem composição química
lipoprotéica;
Possui capacidade de
regeneração;
Permeabilidade selectiva.
Função:
Regula todas as trocas de
substancias entre a célula
e meio externo;
Tem a função de
protecção e recepção de
mensagens.
NB: é conhecida também
como membrana
citoplasmática, celular
ou plasmalema.
16Alvido Bernardo Muaviraca
17. Transporte de substâncias pela
Membrana
• O processo de entrada e saída de substâncias é chamado
de permeabilidade selectiva. Esse fluxo de substâncias
pode ou não desprender energia. De acordo com esse
critério, podemos distinguir dois tipos fundamentais de
transporte: Passivo e Activo.
1. Transporte Passivo - aquele que não necessita de
consumo de energia, a membrana permite a livre
passagem de substâncias, não apresentando carácter
selectivo. O transporte passivo pode ser por: difusão e
osmose.
17Alvido Bernardo Muaviraca
18. Transporte passivo
a) Difusão - movimento
de moléculas de um
líquido ou de um gás
ao acaso pela
membrana. Esse
movimento é mais
intenso no sentido da
região onde há
maior concentração
de moléculas para
onde a concentração
é menor.
b) Osmose - a passagem
espontânea do solvente
(geralmente a água) através de
uma membrana semipermeável
do meio menos concentrado
para o meio mais concentrado.
O meio menos concentrado é
chamado de hipotônico e o
meio mais concentrado é
chamado de hipertônico. Ex:
“ao ficarmos algum tempo no mar notamos que as
pontas dos dedos ficam enrugadas, isso acontece
porque perdemos água do nosso corpo para o mar,
pelo fato de que nosso corpo é menos concentrado
em sal que o mar.” 18
Alvido Bernardo Muaviraca
19. Osmose em célula vegetal
O grande vacúolo da célula vegetal adulta ocupa a maior parte do volume
citoplasmático e sua concentração é o fator primordial para regular as trocas
osmóticas entre a célula (membrana plasmática-semipermeável) e o ambiente
que a cerca.
Assim podem ocorrer as situações:
1.Ascélulas vegetais mergulhadas em ambiente hipotônico estarão com seu
volume máximo, ou seja, as células estarão túrgidas e a resistência da
membrana celulósica também será máxima.
2.Nas células flácidas o volume de água intracelular não chega a pressionar a
membrana celulósica;
3.As células plasmolisadas estiveram mergulhadas em solução hipertônica e
perderam tanta água, que a membrana plasmática “descolou” da celulósica (M)
tendo citoplasma e vacúolo muito reduzidos.
Alvido Bernardo Muaviraca 19
20. Transporte de substâncias pela
Membrana
2. Transporte Activo - há um gasto de energia. Um
exemplo de transporte activo é a bomba de sódio (Na+) e
potássio (K+). Esse transporte verifica-se em células
nervosas (neurónios), é assim que os estímulos passam
pelas células nervosas. Quando temos um estímulo, por
exemplo, “uma batida no pé, a dor passará de neurónio
para neurónio até ser analisado e respondido com a
contracção da perna e um "ai". Este estímulo passará
pelo interior do neurónio trocando os íons potássio pelos
íons sódio.”
Alvido Bernardo Muaviraca
20
21. Características da permeabilidade
selectiva
Não passam através
da membrana:
Proteínas
Polissacarídeos
Lipídios complexos
Passam através da membrana:
Água
Sais minerais
Álcool
Glicose
Aminoácidos
O2 e CO2
21Alvido Bernardo Muaviraca
22. Especializações da Membrana
As membranas podem executar outras funções e para isso
desenvolveram especializações como:
Microvilosidades - com a função de aumentar a área de absorção
celular a membrana celular cria projecções digitiformes em forma de
dedos. Esta especialização pode ser encontrada principalmente em
células cuja função é a de absorver substâncias, como por exemplo as
do intestino delgado.
Desmossomos - entre duas células adjacentes formam-se placas
densas e filamentos de proteínas que confere forte aderência entre
elas.
Interdigitações - são saliências e reentrâncias das membranas
celulares de células vizinhas que se encaixam umas nas outras,
aumentando a coesão e facilitando as trocas de substâncias entre elas.
22Alvido Bernardo Muaviraca
23. Transporte de substâncias grandes
Endocitose - corresponde à entrada de substâncias de alto peso
molecular e, em alguns casos, de células inteiras. que,
normalmente, não seriam absorvidas através do processo de
permeabilidade selectiva. Envolve basicamente 2 processos:
1. Fagocitose - Processo de englobamento de partículas sólidas
através de pseudópodos. Ocorre um englobamento.
2. Pinocitose - Processo de englobamento de substâncias líquidas
ou de partículas dissolvidas em um meio líquido. Ocorre uma
invaginação.
Exocitose ou clasmatose - Processo de eliminação de produtos
para o exterior da célula. São produtos que estão no interior de
vesículas, que se desfazem na superfície da membrana.
Corresponde à defecação celular. 23Alvido Bernardo Muaviraca
24. II. Citoplasma
É o espaço entre a membrana plasmática
e o núcleo da célula. Pode-se distinguir duas
regiões distintas no hialoplasma que são:
ectoplasma e endoplasma.
É um material viscoso, amorfo, no qual
estão mergulhados os organelos e as
inclusões. Quimicamente, é constituído por
água e moléculas de proteína, formando um
colóide.
As inclusões são estruturas sem vida no
citoplasma da célula.
Ao conjunto das inclusões chama-
separaplasma: gotas de lipídios, grânulos de
proteínas e pigmentos, substâncias
cristalizadas (insolúveis).
24Alvido Bernardo Muaviraca
25. Funções
• Ectoplasma - é a região do citoplasma mais
próxima da membrana plasmática. Responsável
pela sustentação celular, espécie de esqueleto.
• Endoplasma - é a região do citoplasma mais
próxima do núcleo. É GEL (solução mais
gelatinosa). É nele que encontramos as organelas
citoplasmáticas responsáveis pela homeostasia
celular.
25Alvido Bernardo Muaviraca
26. 3. Parede celular (celulósica)
localização: envoltório
externo à membrana
plasmática
Ocorrência:
em todas as células vegetais
Obs.:
bactérias e fungos apresentam
parede celular, não parede
celulósica.
Função:
protecção e dá
resistência à célula
vegetal.
26Alvido Bernardo Muaviraca
27. Parede celular (celulósica)
Características:
Espessa => vista ao M.O. (microscópio óptico)
Relativa rígida;
Natureza inerte (morta);
Básica, composta por celulose;
É totalmente permeável. Permeabilidade não selectiva;
3 camadas ou capas: de fora para dentro - lamela
média - parede primária - parede secundária.
27Alvido Bernardo Muaviraca
28. 4. Mitocôndrias
• estão presentes em todas as
células eucariontes, possuem a
forma de salsicha, envolvida por
duas membranas separadas.
• contêm seu próprio DNA e
RNA, são móveis mudando de
forma e posição dentro da
célula.
• Tem origem A partir da
duplicação de outras
mitocôndrias. 28Alvido Bernardo Muaviraca
29. Funções
Respiração celular;
Presença de DNA e RNA, sintetizam proteínas;
Concentração e transporte ativo de íons;
Síntese de ácidos graxos;
29
Alvido Bernardo Muaviraca
30. 5.Retículo endoplasmático (re)
é um sistema de
túbulos e vesículas
interconectados, tem
a sua origem na
membrana celular,
a sua composição
química é
lipoprotéica.
30
Alvido Bernardo Muaviraca
31. Funções
• síntese de proteínas para exportação –RER;
• Síntese de lipídios –REL;
• Condução de estímulos;
• Regular pressão osmótica;
• Transporte intracelular de substâncias –REL;
• Originar carioteca –REL;
• Metabolizar substâncias tóxicas.
31
Alvido Bernardo Muaviraca
32. 5.1 Retículo endoplasmático rugoso (RER)
actua na síntese e nas
modificações de proteínas,
glicosilação inicial das
proteínas, síntese de
fosfolipídios, montagem de
moléculas de proteínas e
proteólise de sequência de
aminoácidos. sintetiza lipídios e
proteínas integrais de todas as
membranas da célula.
32Alvido Bernardo Muaviraca
33. 5.2 Retículo endoplasmático liso (REL)
• É constituído por um sistema
de túbulos e de vesículas
achatadas. Não possui
ribossomas ligados à sua
membrana, possui uma função
relacionada ao metabolismo de
outras substâncias com síntese
de lipídios do grupo colesterol,
hormonas, esteróides,
desintoxicação de drogas.
33Alvido Bernardo Muaviraca
34. 6. Ribossomas
• São partículas pequenas formadas de RNA ribossomal
(rRNA). Os ribossomas podem estar isolados ou em
grupos conhecidos como Polirribossomas ou Polissomas.
Cada ribossomo é formado de uma subunidade grande e
uma pequena, que são formadas no nucléolo e libertadas
para o citosol.
34Alvido Bernardo Muaviraca
36. 7. Complexo de golgi
É constituído por um amontoado
de sacos achatados e delimitados
por membranas, onde recebe e
modifica moléculas
provenientes do Retículo
Endoplasmático e redirecciona
tais moléculas para o exterior da
célula ou locais dentro da
própria célula. Encontra-se
situado normalmente próximo
ao núcleo. 36Alvido Bernardo Muaviraca
37. Plastos
Os plastos são estruturas exclusivas de algas e vegetais. O seu número e forma
varia muito conforme o organismo.
Existem basicamente dois tipos de plastos: cromoplastos e leucoplastos. Os
cromoplastos apresentam pigmentos no seu interior (cromo = cor), os
leucoplastos (leuco = branco), não contém pigmentos. O cromoplasto mais
comum nos vegetais é o cloroplasto.
Cloroplasto
Os cloroplastos apresentam forma discoidal, são envolvidos por uma membrana
externa e uma interna. Além destas, os plastos apresentam muitas membranas
internas que formam bolsas chatas em forma de disco chamadas tilacóides.
Estes, por sua vez, estão dispostos de modo a formar pilhas, semelhantes a uma
pilha de moedas. A pilha de tilacóides recebe o nome de granum (plural =
grana) . O interior do cloroplasto é preenchido por uma matriz gelatinosa
chamada estroma, onde se encontram DNA, RNA, ribossomos, enzimas, etc.
37Alvido Bernardo Muaviraca
38. Funções de cloroplastos
Nos cloroplastos acontece a fotossíntese,
processo onde são fabricadas moléculas
orgânicas, principalmente glicose, usada
pelas mitocôndrias na respiração intracelular.
Durante a fotossíntese a clorofila capta a
energia luminosa que será transformada em
energia química (ATP). Essa energia será
usada na fabricação de glicose a partir de
água e gás carbônico.
Cloroplastos ou leucoplastos podem
armazenar o excesso de glicose produzida
em forma de amido (polissacarídeo). Esses
reservatórios são os amiloplastos.
38Alvido Bernardo Muaviraca
39. Funções
produção da parte glicídica de algumas
secreções;
· armazenar, concentrar, empacotar e eliminar
secreções;
· formação do acrossomo dos espermatozóides;
· síntese de lipídios, carbohidratos,
especialmente polissacarídeos.
modificação e empacotamento de proteínas.
Alvido Bernardo Muaviraca
39
40. 8.Lisossomos
São organelas irregulares, membranosas,
pequenas e estão presentes em quase todos os
tipos de células especializadas para a digestão
enzimática intracelulares,
são como sacos de enzimas digestivas, liberta
nutrientes e destrói moléculas não desejadas. Seu
número e forma varia muito de célula para
célula, de acordo com seu tipo e função.
Alvido Bernardo Muaviraca
40
41. Funções
A função dos lisossomos é a digestão de
macromoléculas, fagocitose de microrganismos,
restos celulares e células, também do excesso
de organelas velhas, tais como mitocôndrias e
RER.
Alvido Bernardo Muaviraca
41
42. Centríolos
Os centríolos estão presentes na maioria dos organismos eucariontes, com
excepção das plantas Angiospermas.
Cada célula possui um par de centríolos (diplossomo)que ficam localizados no
centrossomo ou centro celular. Cada centríolo do par é formado por 9 triplas de
microtúbulos dispostos de modo a formar um cilindro. Possuem DNA próprio
com capacidade de autoduplicação, a qual executam antes da divisão celular. Os
centríolos originarão cílios e flagelos responsáveis por várias formas de
movimentação.
Funções
Estão envolvidos com a divisão celular.
42Alvido Bernardo Muaviraca
43. Cílios e Flagelos
São prolongamentos finíssimos que crescem a partir da
superfície da célula. Sua estrutura interna chama-se
axonemae é formada por 9 pares de microtúbulos dispostos
de forma cilíndrica e um par central (haste). Embora tenham
a mesma estrutura interna, cílios e flagelos diferem entre si
da seguinte forma ; cílios são curtos e numerosos, flagelos
são longos e pouco numerosos.
Funções
Cílios e flagelos têm funções de locomoção celular (algas,
protozoários, espermatozóides), captura de alimentos
(esponjas), limpeza do organismo (epitélio traqueal nas vias
respiratórias), etc. Alvido Bernardo Muaviraca 43
44. GLICOCÁLIX
É uma cobertura floculada evidenciada ao ME. É
um revestimento constituído de cadeias de
carbohidratos que estabelecem ligações covalentes
com as proteínas; transmembrana e com as
moléculas de fosfolipídios do folheto externo.
Sua função mais importante é de proteger a
célula de interagir com proteínas inadequadas
que causam danos químicos e físicos, também
agem na adesão célula-célula
Alvido Bernardo Muaviraca 44
45. 9.Peroxissomos
São organelas pequenas, com forma de
esféricas a ovóides, envolvidas por
membranas. Estão presentes em quase todas as
células animais e funcionam no catabolismo de
ácidos graxos de cadeia longa. Fornecem o
ambiente de contenção para reacções onde um
perigoso agente químico é gerado e degradado
Alvido Bernardo Muaviraca
45
46. 10. Inclusões
São consideradas como componentes não vivos
da célula, não possuem actividade metabólica
nem são revestidos por membranas. As inclusões
mais comuns são o glicogénio, as gotículas
lipídicas, os pigmentos e os cristais.
Glicogénio: é a forma mais comum de armazenamento da glicose nos
animais;
Lipídios: é a forma de armazenamento dos triglicerídios.
Pigmentos: o pigmento mais comum do corpo, ao lado da hemoglobina, é a
melanina, formada pelos melanócitos da pele.
Cristais: não são normalmente encontrados nas células, acredita-se que
sejam estruturas cristalinas de certas proteínas.
46Alvido Bernardo Muaviraca
47. 11.Núcleo
Fontana, observou pela primeira vez,
em 1781, o núcleo, numa célula
vegetal. 40 anos depois, Robert
Brown evidenciou também nas
células dos animais.
o núcleo divide-se em:
• Membrana nuclear (ou carioteca);
• Suco nuclear (ou cariolinfa ou
nucleoplasma);
• Nucléolo.
47
Alvido Bernardo Muaviraca
48. Função
armazenar o material genético da célula, ou
seja, conter a molécula de DNA em uma estrutura
denominada cromatina.
O controle da síntese proteica. O que vai
determinar o equilíbrio na produção de
substâncias.
Alvido Bernardo Muaviraca
48
49. 11.1 Membrana Nuclear
• Também denominada cariomembrana ou
carioteca; é uma membrana dupla, ou seja,
formada por duas camadas de membrana. A
membrana nuclear separa o hialoplasma do
material nuclear, mas não totalmente, de espaço a
espaço, formam-se interrupções circulares
denominados poros, estes permitem a passagem
de macromoléculas fazendo, com isso, o
intercâmbio entre núcleo e o citoplasma.
49Alvido Bernardo Muaviraca
50. 11.2 Suco Nuclear
colóide claro e homogéneo que contém água,
proteínas e outros materiais suspensos.
NB: Também denominado cariolinfa ou
nucleoplasma.
Alvido Bernardo Muaviraca
50
51. 11. 3 Nucléolo
É formado por uma considerável
quantidade de RNA com aspecto de massa
globosa.
Possui a função na divisão celular de
formar mais ribossomas no citoplasma.
51Alvido Bernardo Muaviraca
52. 12. Cromatina
é estrutura de molécula de DNA associada a proteínas
denominadas histonas, que se encontram dentro do
núcleo.
Durante a divisão celular a cromatina sofre uma
espiralização parecendo um fio de telefone, cuja função é
facilitar na hora de dividir o material genético para as duas
células que irão se formar. Quando a cromatina se espiraliza
denomina-se de cromossomo,
Alvido Bernardo Muaviraca 52
53. Tipos morfológicos de cromossomo
De acordo com o tamanho dos braços, determinado pela posição do centrómero,
os cromossomos são classificados em quatro tipos:
1. Metacêntrico - Possui braços aproximadamente do mesmo tamanho. O
centrómero localiza-se na região central.
2. Submetacêntrico - Possui um dos braços pouco menor que o outro. O
centrómero encontra-se deslocado da região central. A maioria dos
cromossomos da espécie humana são desse tipo.
3. Acrocêntrico - Possui um dos braços muito pequeno em relação ao outro. O
centrómero localiza-se quase na extremidade do cromossomo.
4. Telocêntrico - Possui apenas um braço, pois o centrómero localiza-se na
extremidade do cromossomo. Este tipo não é encontrado na espécie humana.
Nb: Os 46 cromossomos da espécie humana dividem-se em meta, submeta e
acro, sendo o cromossomo "X" do tipo submetacêntrico e o "Y" do tipo
Acrocêntrico.
53Alvido Bernardo Muaviraca
54. Número de cromossomos
O número de cromossomos encontrados nas células das diferentes
espécies é muito variável. Desde apenas 2, como na lombriga de
cavalo (Ascaris univaleus), até mais de1.000 em certos protozoários.
Na espécie humana são 46, contudo o número de cromossomos é
específico e constante em indivíduos da mesma espécie.
Assim, quanto ao número de cromossomos, as células ou indivíduos
são classificados em dois tipos principais :
diplóides (2n) e haplóides (n), onde n representa um conjunto completo
de cromossomos.
1. Diplóides (2n) - possuem dois conjuntos completos de
cromossomos, ou seja, os cromossomos de cada tipo ocorrem aos
pares e são chamados homólogos.
Desta forma, de cada par de cromossomos homólogos existentes nas
células diplóides, um é de origem paterna e outro materna. 54Alvido Bernardo Muaviraca
55. Número de cromossomos
2. Haplóides (n) - possuem um conjunto completo
de cromossomos, ou seja, apenas um
cromossomo de cada tipo.
Os gâmetas (espermatozóides e óvulos) e os
esporos são exemplos de células haplóides.
Alvido Bernardo Muaviraca
55
56. Cariótipo - São todos os dados referentes à forma, ao tamanho e número dos
cromossomos.
Ideograma ou cariograma - é o mapeamento dos cromossomos da espécie
humana.
os cromossomos humanos são separados em 7 grupos (A a G ou de I a VII). São
22 pares de autossomas (numerados de 1 a 22) e um par de cromossomos
sexuais (XX nas mulheres e XY nos homens).
Genoma é o conjunto completo de cromossomos encontrados em uma célula.
Corresponde ao número haplóide (n) da espécie. Assim sendo, uma célula
haplóide (n) tem um genoma, uma diplóide (2n) tem dois e uma triplóide (3n)
tem três. O número de cromossomos de um genoma depende da espécie
considerada, por exemplo, na espécie humana é 23.
56Alvido Bernardo Muaviraca
57. ALTERAÇÃO DO NÚMERO DE CROMOSSOMOS NAS CÉLULAS SOMÁTICAS
(MUTAÇÕES NUMÉRICAS)
Dividem-se em dois tipos:
•Euploidiais (alteração do genoma inteiro): Seus principais casos são
Monoploidia (n), que caracteriza-se por um indivíduo ou célula com um só
genoma. Exemplo: Zangão; Triploidia (3n), indivíduo ou célula com três
genomas. Exemplos: banana, melancia, tulipa; Tetraploidia (4n), indivíduo ou
célula com quatro genomas. Exemplo: café, milho, trigo, maçã.
• Aneuploidiais (alteração de parte do genoma): Seus principais casos são:
Nulissomia (2n-2), caracterizado por um indivíduo ou célula com um par a
menos no genoma. Exemplo: letal nos animais; Monossomia (2n-1), indivíduo
ou célula com um cromossoma a menos no genoma. Exemplo: Síndrome de
Turner; Trissomia (2n + 1), indivíduo ou célula com um cromossoma a
mais no genoma. Exemplos: Síndromes de Klinefelter, Down, Patau e
Edward; Polissomia (2n + 2, 3, 4), indivíduo ou célula com vários
cromossomas a mais de um tipo. Exemplo: Síndrome de Klinefelter.
57Alvido Bernardo Muaviraca
58. Estudo comparativo entre células animais e
vegetais
Célula animal
• Os principais
organóides são:
membrana plasmática,
ribossomos, retículo
endoplasmático,
complexo de Golgi,
mitocôndrias,
lisossomos, centríolos.
o núcleo, vacuolos
pequenos.
Célula vegetal
• Com exceção dos centríolos,
a célula vegetal possui todos
os componentes da célula
animal, e ainda apresenta um
envoltório externo à
membrana celular,
denominado membrana
celulósica ou parede
celular, vacuolos grandes e
cloroplastos.
58Alvido Bernardo Muaviraca
59. Composição química da célula
as substâncias inorgânicas como a água e os sais
minerais são constituídos por moléculas simples e
pequenas e podem ser encontradas livres na
natureza ou fazendo parte de um organismo.
Já as substâncias orgânicas, tais como:
carboidratos, lipídios, proteínas são constituídos por
grandes e complexas moléculas que
obrigatoriamente possuem em sua composição o
elemento químico carbono (C) e são sempre
encontradas nos seres vivos.
59
Alvido Bernardo Muaviraca
60. Componentes inorgânicos
1. ÁGUA - Suas principais funções em um organismo são:
Solvente universal: dispersante de substâncias orgânicas e Inorgânicas;
Transporte de substâncias: tanto de dentro para fora como de fora para dentro das
células, moléculas se difundem na água e por ela são transportadas.
Equilíbrio térmico: o excesso de calor é dissipado pelo suor, ajudando na
manutenção da temperatura interna de um ser homeotérmico.
Lubrificante:ajuda a diminuir o atrito entre os ossos (nas articulações).
2. SAIS MINERAIS
Solúvel:dissolvido na água em forma de íons, como o potássio (K+), o sódio (Na+) e
o cloro (Cl-), participam do controle osmótico (entrada e saída de H2O nas células) e
também contribuem para a passagem dos impulsos nervosos nos neurônios.
Insolúvel: encontra-se imobilizado, como os fosfatos de cálcio que fazem parte da
estrutura esquelética dos vertebrados, da casca de ovo, do exoesqueleto ou carapaças
de insetos, siris, caranguejos etc., conferindo maior rigidez aos órgãos em que se
encontram.
60Alvido Bernardo Muaviraca
61. PRINCIPAIS SAIS E SUA FUN,CAO NA CELULA
Cálcio (Ca2+) - Componente dos ossos e dentes. Ativador de certas enzimas. Por exemplo :
enzimas da
coagulação.
Magnésio(Mg2+) - Faz parte da molécula de clorofila; é necessário, portanto , à fotossíntese.
Ferro (Fe2+) Presente na hemoglobina do sangue, pigmento fundamental para o transporte de
oxigênio.
Componente de substâncias importantes na respiração e na fotossíntese (citocromos e ferrodoxina).
Sódio (Na+) - Tem concentração intracelular sempre mais baixa que nos líquidos externos. A
membrana
plasmática, por transporte ativo, constantemente bombeia o sódio, que tende a penetrar por
difusão. Importante componente da concentração osmótica do sangue juntamente com o K.
Potássio(K+) - É mais abundante dentro das células que fora delas. Por transporte ativo, a
membrana plasmática absorve o potássio do meio externo. Os íons sódio e potássio estão
envolvidos nos fenômenos elétricos que ocorrem na membrana plasmática, na concentração
muscular e na condução nervosa.
Fosfato (PO4)-3) - Componente dos ossos e dentes. Está no ATP, molécula energética das
atividades celulares. É parte integrante do DNA e RNA, no código genético.
Cloro(Cl-) - Componente dos neurônios (transmissão de impulsos nervosos ).
Iodo (I-) - Entra na formação de hormônios tireoidianos. 61Alvido Bernardo Muaviraca
62. Componentes orgânicosComponentes orgânicos
1. Glicídios ou carboidratos
Também conhecidos como açúcares, os glicídios são os grandes fornecedores
imediatos de energia para os seres vivos. São fabricados pelas plantas no
processo da fotossíntese e apresentam em suas moléculas átomos de carbono
(C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Além de fornecedores de energia,
possuem também função estrutural, como a celulose, encontrada revestindo
as células vegetais; e constituindo os ácidos nucléicos (material genético).
Os glicídios são classificados em três grupos:
Monossacarídios: são os açúcares mais simples, formados por pequenas
moléculas que não se dividem na presença de água, portanto não sofrem
hidrólise. Os exemplos mais comuns encontrados nos organismos vivos são:
glicose (produzido pelos vegetais na fotossíntese), frutose (encontrado nas
frutas doces), galactose (encontrado no leite) e ribose e desoxirribose
(componentes dos ácidos nucléicos).
62Alvido Bernardo Muaviraca
63. Glicídios
Os glicídios são também conhecidos como açúcares, sacarídios, carboidratos ou
hidratos de carbono. São moléculas compostas principalmente de: carbono,
hidrogênio, oxigênio. Os açúcares mais simples são os monossacarídios, que
apresentam fórmula geral (CH2O)n .O valor de n pode variar de 3 a 7 conforme o
tipo de monossacarídio. O nome do açúcar é dado de acordo com o número de
átomos de carbono da molécula, seguido da terminação ose. Por exemplo, triose,
pentose,hexose. São monossacarídios importantes: glicose, frutose, galactose,
ribose e desoxirribose.
63
n Fórmula Nome
3 C3H6O3 Triose
4 C4H8O4 Tetrose
5 C5H10O5 Pentose
6 C6H12O6 Hexose
7 C7H14O7 HeptoseAlvido Bernardo Muaviraca
64. CONT…
2- Dissacarídeos: são glicídios constituídos pela união de dois
monossacarídios. Na ligação de dois ou mais monossacarídios, estamos
ingerindo dissacarídios ou polissacarídios, nosso sistema digestório os
transforma em monossacarídios para que estes possam fornecer energia
para a célula.
Todos os dissacarídios têm função energética e os principais são:
Sacarose: glicose+frutose, suas principais fontes são: a cana de
açúcar e beterraba.
Lactose: glicose+galactose, sua principal fonte é o leite.
Maltose: glicose+glicose, suas principais fontes são: raízes, caule,
folhas dos vegetais.
64Alvido Bernardo Muaviraca
65. CONT…
Polissacarídios: os polissacarídios são moléculas grandes,
constituídas por ligação de muitos monossacarídios. Os
polissacarídios não são solúveis em água, alguns são reservas de
energia, como o amido, outros fazem parte da estrutura esquelética
da célula vegetal, como a celulose. Os principais polissacarídios são:
Amido: formado por inúmeras moléculas de glicose, encontrado nos
vegetais, funciona como reserva de energia.
Celulose: formado por inúmeras glicoses, encontrado revestindo
externamente as células vegetais, funciona como reforço esquelético.
Glicogênio: formado por inúmeras glicoses, encontrado nos animais,
funciona como reserva de energia.
Alvido Bernardo Muaviraca 65
66. Lipídios
A principal propriedade deste grupo de substâncias é o fato de serem insolúveis em água.
Essas substâncias são formadas por C, H e O, mas em proporções diferentes da dos
carboidratos. Fazem parte deste grupo as gorduras, os óleos, as ceras e os esteróides. As
gorduras e os óleos formam o grupo dos triglicerídeos, pois, por hidrólise, ambos liberam
um álcool chamado glicerol e 3 "moléculas“ de ácidos graxos. O ácido graxo pode ser
saturado ou insaturado. O saturado é aquele onde há somente ligações simples entre os
átomos de carbono, como por exemplo, o ácido palmítico e o ácido esteárico. O ácido
graxo insaturado possui uma ou mais ligações duplas entre os carbonos, como, por
exemplo, o ácido oléico.
Um lipídio é chamado "gordura" quando está no estado sólido à temperatura ambiente;
caso esteja no estado líquido será denominado "óleo".
As ceras são duras à temperatura ambiente e macias quando são aquecidas. As ceras, por
hidrólise, liberam "uma" molécula de álcool e ácidos graxos, ambos de cadeia longa.
Os esteróides são lipídios de cadeia complexa. Como exemplo pode-se citar o colesterol e
alguns hormonas: estrógenos, testosterona.
66Alvido Bernardo Muaviraca
67. Funções dos lipídios nos seres vivos.
a) são constituintes da membrana plasmáticae de todas as membranas
internas da célula (fosfolipídios);
b) fornecem energia quando oxidados pelas células. São normalmente
usados como reserva energética;
c) fazem parte da estrutura de algumas vitaminas (A, D, E e K);
d) originam alguns hormônios (andrógenos, progesterona, etc.);
e) ajudam na proteção, pois as ceras são encontradas na pele, nos pêlos,
nas penas, nas folhas, impedindo a desidratação dessas estruturas,
através de um efeito impermeabilizante.
67Alvido Bernardo Muaviraca
68. Proteínas
São os principais constituintes estruturais das células. Elas têm três papéis
fundamentais:
1º - estruturam a matéria viva(função plástica), formando as fibras dos tecidos;
2º - aceleram as reações químicas celulares (catálise) - neste caso as proteínas
são chamadas de enzimas (catalisadores orgânicos);
3º funcionam como elementos de defesa (anticorpos).
As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela junção de muitos
aminoácidos (AA). Os aminoácidos são as unidades (monômeros) que
constituem as proteínas (polímeros). Qualquer aminoácido contém um grupo
carboxila e um grupo amina.
A ligação química entre dois AA chama-se ligação peptídica, e acontece sempre
entre o C do radical ácido de um AA e o N do radical amina do outro AA.
Alvido Bernardo Muaviraca 68
69. Quando a ligação ocorre entre 2 AA chamamos a molécula formada de dipeptídeo. Quando ocorre com 3AA
chamamos de tripeptídeo. Acima de 4AA a molécula é chamada de polipeptídeo. As proteínas são sempre
polipeptídeos (costuma ter acima de 80 AA).
Se o número de aminoácidos, que formam determinada molécula, for superior a 80, convencionalmente, ela será
chamada de proteína. Apesar de existirem somente 20 AA, o número de proteínas possível é praticamente
infinito.
As proteínas diferem entre si devido:
a) a quantidade de AA na molécula,
b) os tipos de AA,
c) a sequência dos AA na molécula.
Duas proteínas podem ter os mesmos AA nas mesmas quantidades, porém se a sequência dos AA for diferente,
as proteínas serão diferentes. A sequência dos AA na cadeia polipeptídica é o que chamamos de estrutura
primária da proteína. Se a estrutura primária de uma proteína for mudada, a proteína é mudada. A estrutura
primária é importante
para a forma espacial da proteína.
O fio protéico (estrutura primária) não fica esticado, mas sim enrolado como um fio de telefone (forma
helicoidal), devido à projeção espacial da ligação peptídica.Essa forma é chamada de estrutura secundária.
Vários fatores tais como, temperatura, grau de acidez (pH), concentração de sais e outros podem alterar a
estrutura espacial de uma proteína, sem alterar a sua estrutura primária. Este fenômeno é chamado de
desnaturação.
69Alvido Bernardo Muaviraca
70. PROTEÍNAS ESTRUTURAIS
Uma das funções das proteínas é a função estrutural, pois fazem parte da
arquitetura das células e tecidos dos organismos.
Alvido Bernardo Muaviraca 70
PROTEÍNA PAPEL BIOLÓGICO
Colágeno Proteína presente nos ossos, cartilagens e tendões, e também na pele.
Aumenta a resistência desses tecidos à tracção.
Queratina Recobre a superfície da pele dos vertebrados terrestres. É o mais abundante
componente de unhas, garras, corpos, bicos e pêlos dos vertebrados.
Impermeabilizando as superfícies corpóreas, diminuindo a desidratação.
Actina e Miosina Principais constituintes do músculo. Responsáveis pela contractilidade do
músculo.
Albumina Proteína mais abundante do plasma sanguíneo, conferindo-lhe viscosidade,
pressão
osmótica e função tampão.
Hemoglobina Proteína presente nas hemácias. Relacionada ao transporte de gases pelas
células vermelhas do sangue.
71. Além da função estrutural as proteínas atuam como catalisadoras das reacções químicas
que ocorrem nas células. São as enzimas. A maior parte das informações contidas no DNA
dos organismos, é referente à fabricação de enzimas.
Cada reacção que ocorre na célula necessita de uma enzima específica, isto é, uma mesma
enzima não catalisa duas reacções diferentes. A especificidade das enzimas é explicada
pelo modelo da chave (reagente) e fechadura (enzima). A forma espacial da enzima deve
ser complementar à forma espacial dos reagentes (substratos). As enzimas não são
descartáveis, uma enzima pode ser usada diversas vezes. A desnaturação de uma enzima
implica na sua inactividade, pois perdendo sua forma espacial ela não consegue mais se
encaixar ao seu substrato específico.
O inibidor enzimático tem forma semelhante ao substrato (reagente). Encaixando-se na
enzima, bloqueia a entrada do substrato, inibindo a reacção química.
A temperatura é um factor importante na velocidade da actividade enzimática. A
velocidade da reacção enzimática aumenta com o aumento da temperatura até certo limite,
então a velocidade diminui bruscamente. Para cada tipo de enzima existe uma temperatura
óptima. Para os seres humanos, a maioria das enzimas tem sua temperatura óptima de
funcionamento entre 35 e 40º C.
71Alvido Bernardo Muaviraca
72. VITAMINAS
Vitaminas são substâncias orgânicas essenciais, que têm de ser obtidas do alimento, uma
vez que o organismo não consegue fabricá-las.
72
Vitaminas Uso no corpo deficiência Principais fontes
A
antixeroftálmica
Necessária para o
crescimento normal e para o
funcionamento normal dos
olhos, do nariz, dos
pulmões. Previne resfriados
e várias infecções . Evita
a “cegueira nocturna”.
Cegueira nocturna;
xeroftalmia, "olhos
secos” em crianças;
cegueira total.
Vegetais amarelos
(cenoura, abóbora, batata
doce, milho), pêssego,
nectarina, abricó, gema de
ovo, manteiga, fígado.
B1
(tiamina)
Auxilia na oxidação dos
carboidratos. Estimula o
apetite. Mantém o tônus
muscular e o bom
funcionamento do sistema
nervoso. Previne beribéri.
Perda de apetite, fadiga
muscular, nervosismo,
Beribéri (homem) e
polineurite (pássaros).
Cerais na forma integral e
pães, feijão, fígado, carne
de porco, ovos, fermento de
padaria, vegetais de
folhas.
Alvido Bernardo Muaviraca
73. VITAMINAS
B2
(riboflavina)
Auxilia na oxidação dos
alimentos. Essencial à
respiração celular. Mantém a
tonalidade saudável da
pele. Atua na coordenação
motora.
Ruptura da mucosa da
boca, dos lábios, da língua
e das bochechas.
Vegetais de folhas
(couve, repolho, espinafre
etc), carnes magras, ovos,
fermento de padaria,
fígado, leite.
B (PP)
(ácido nicotínico)
Mantém o tônus nervoso e
muscular e o bom
funcionamento do aparelho
digestório. Previne a pelagra.
Inércia e falta de energia,
nervosismo extremo,
distúrbios digestivos, pelagra
(homem) e língua preta
(cães).
Lêvedo de cerveja, carnes
magras, ovos, fígado, leite.
B6
(piridoxina)
Auxilia a oxidação dos
alimentos. Mantém a
pele saudável.
Doenças de pele, distúrbios
nervosos, inércia e extrema
apatia.
Lêvedo de cerveja,
cereais integrais, fígado,
carnes magras, peixe, leite.
B12
(cianocobalamina)
Importante para a
maturidade das hemácias.
Anemia perniciosa. Fígado. Leite e seus
derivados, em carnes,
peixes, ostras e leveduras.
C
(ácido ascórbico)
Anti-escorbútica
Previne infecções. Mantém a
integridade dos vasos
sangüíneos e a saúde dos
dentes. Previne escorbuto.
Inércia e fadiga em adutos,
insônia e nervosismo em
crianças, sangramento das
gengivas, inflamações nas
juntas, dentes alterados,
escorbuto.
Frutas cítricas (limão, lima,
laranja), tomate, couve,
repolho e
outros vegetais de folha,
pimentão, morango,
abacaxi,
goiaba, caju.
73Alvido Bernardo Muaviraca
74. VITAMINAS
Vitaminas Função Deficiência Fonte
D
Anti-raquítica
Atua no metabolismo do
cálcio e do fósforo. Mantém
os ossos e os dentes em
bom estado. Previne o
raquitismo.
Problemas nos dentes,
ossos fracos, contribui para
os sintomas daartrite,
raquitismo, osteomalácia
(adultos)
Lêvedo, óleo de fígado de
bacalhau, gema de ovo,
manteiga
E
Anti-oxidante
(- tocoferol)
Promove a fertilidade.
Previne o aborto. Atua no
sistema nervoso
involuntário , no sistema
muscular e nos músculos
involuntários.
Esterilidade do macho,
aborto. Oxidação de
ácidos graxos insaturados e
enzimas mitocondriais.
Óleo de germe de trigo,
carnes magras, laticínios,
alface, óleo de amendoim.
k
Anti-
hemorrágica
Atua na coagulação do
sangue. Previne
hemorragias.
Hemorragias prolongadas:
retarda o processo de
cogulação.
Vegetais verdes, tomate,
castanha, espinafre, alface,
repolho, couve, óleos
vegetais.
Alvido Bernardo Muaviraca 74
75. ÁCIDOS NUCLÉICOS
os ácidos nucléicos são de dois tipos básicos: o ácido
desoxirribonucléico – representado pela sigla DNA,
responsável pela constituição do material genético
(cromossomos e genes), localizado basicamente no núcleo
das células – e o ácido ribonucléico – representado pela
sigla RNA, sintetizado no núcleo pelo DNA, atua no
citoplasma, participando da síntese de proteínas.Os ácidos
nucléicos são formados por grandes moléculas, ligadas à
hereditariedade e ao comando e controle das atividades
celulares.
75Alvido Bernardo Muaviraca
76. ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLÉICO (DNA)
Localizado em quase sua totalidade no núcleo das células eucariontes, e em
menor quantidade no interior das mitocôndrias, dos cloroplastos e associado aos
centríolos.
Nas células procarióticas, os cromossomos circulares dispersos pelo citoplasma
são constituídos por DNA.
Propriedades:
A molécula de DNA, sendo uma substância orgânica, é formada por partículas
menores denominadas nucleotídeos;
Está relacionado à hereditariedade;
Seu formato deve ser um fio em forma de hélice;
O açúcar do DNA é a pentose desoxirribose;
As bases nitrogenadas do DNA são adenina (A), guanina (G), citosina (C) e
timina (T);
As proporções entre as bases nitrogenadas: adenina-timina e citosina-guanina
é de 1 para 1. 76Alvido Bernardo Muaviraca
77. CONT
Segundo o modelo proposto por Watson e Crick, a
molécula de DNA é composta por uma dupla
hélice, ou duas cadeias helicoidais de
polinucleotídeos, lembrando duas fitas enroladas
uma na outra, unidas pelas bases nitrogenadas, e as
ligações entre as bases é feita por pontes de
hidrogênio.
Alvido Bernardo Muaviraca 77
78. ESTRUTURA DA MOLÉCULA E SUA DUPLICAÇÃO
A molécula de DNA é constituída pelo encadeamento de moléculas menores
denominadas nucleotídeos.
Cada nucleotídeo é constituído por três substâncias químicas diferentes:
uma base nitrogenada;
uma pentose (açúcar com 5 átomos de carbono);
um fosfato (PH4).
O açúcar é sempre o mesmo: a desoxirribose. O fosfato também é o mesmo. Mas
as bases nitrogenadas podem ser de quatro tipos diferentes: adenina, timina,
citosina e guanina, e pertencem a duas categorias distintas: a adenina e a
guanina, por derivar de uma substância denominada purina, recebem o nome de
bases púricas ou purímicas. A citosina e a timina derivam de uma substância
denominada purimidina e recebem o nome de bases purimídicas.
Alvido Bernardo Muaviraca 78
79. CONT…
A molécula de DNA é descrita como uma dupla hélice, e que as
proporções entre as bases A(adenina) e T(timina) é sempre de 1 para 1,
assim como, entre as bases G(guanina) e C(citosina). Com base nesses
dados, diz-se que, A e T são bases complementares, assim como C e G.
Podendo concluir que em uma molécula de DNA com a sequência de
bases T C A C T G, a cadeia complementar será: A G T G A C,
respectivamente.
Ex: se no DNA de uma célula existem 15% de guanina, e como a
guanina se liga à citosina, o percentual de citosina será de 15%.
Restando portanto 70% para as outras bases: timina e adenina. Como
timina e adenina se completam, conclui-se então que o DNA terá 35%
de adenina e 35% de timina.
Uma molécula de DNA difere da outra pela ordem com que os
nucleotídeos se dispõem ao longo da molécula.
79Alvido Bernardo Muaviraca
80. DUPLICAÇÃO DO DNA
Com a presença da matéria-prima (nucleotídeos) e da enzima
polimerase, a molécula de DNA se duplica, produzindo réplicas de si
mesma.
No processo da replicação, ocorre primeiramente o rompimento das
pontes de hidrogénio, separando os filamentos da molécula; em seguida,
nucleotídeos livres encontrados dispersos no interior da célula são
conduzidos pela enzima polimerase ao encontro dos filamentos livres, e
vão se unindo aos nucleotídeos dos filamentos, obedecendo sempre à
afinidade entre duas bases nitrogenadas. Dessa forma, quando o
processo se completa, cada filamento antigo serviu de molde para a
construção de um novo filamento.
Podemos dizer que a replicação do DNA é semiconservativa: pois cada
DNA recém-formado possui um dos filamentos do DNA antigo.
Alvido Bernardo Muaviraca 80
81. ÁCIDO RIBONUCLÉICO (RNA)
Sintetizado pelo DNA, o RNA é uma macromolécula orgânica, constituída por unidades
menores, denominadas nucleotídeos. Mas difere do DNA na estrutura molecular, pois sua
molécula é constituída por um único filamento ou cadeia de nucleotídeos.
Difere também do açúcar, cuja pentose é a ribose, e a base nitrogenada timina é específica
da molécula de DNA e substituída pela base nitrogenada uracila (U); as demais bases são
as mesmas, tanto para o DNA como para o RNA
Transcrição = produção de RNA a partir de uma sequência da molécula de DNA.
Para o DNA controlar as actividades celulares, ele sintetiza moléculas de RNA que
transportam as informações genéticas aos locais onde elas serão interpretadas e
transformadas em acções; como coordenar a produção de proteínas e enzimas.
Na síntese do RNA, a molécula de DNA abre-se em um determinado ponto. Nucleotídeos
livres na célula vão se pareando a esse segmento aberto. Completado o pareamento a esse
segmento aberto, está pronta a molécula de RNA. Após a liberação do RNA, o DNA que
serviu de molde reconstitui a molécula original.
Alvido Bernardo Muaviraca 81
82. TIPOS DE RNA
O DNA transcreve três tipos de RNA, que se diferenciam entre si, na estrutura
molecular e na função. São eles:
Alvido Bernardo Muaviraca 82
RNA-mensageiro
(RNAm)
RNA-transportador
(RNAt)
RNA-ribossômico
(RNAr
Transporta as
informações do código
genético do DNA para o
citoplasma, ou seja,
determina as sequências
dos aminoácidos na
construção das proteínas.
Encaminha os
aminoácidos dispersos
no citoplasma ao local
onde ocorrerá a síntese
das proteínas.
Faz parte da estrutura
dos ribossomos
(organelas
citoplasmáticas) onde a
síntese de proteínas
ocorrerá.
83. SÍNTESE DE PROTEÍNAS
São quatro as bases nitrogenadas que formam os nucleotídeos do RNAm: que
representam cada um dos vinte aminoácidos existentes que formam as proteínas.
foi provado que cada grupo de três nucleotídeos do RNAm forma um códon, e cada
códon codifica um aminoácido. Exemplificando: uma proteína constituída por 200
aminoácidos é comandada por um RNAm com 600 nucleotídeos e 200 códons.
Estipulada a sequência de nucleotídeos no RNAm, o mesmo migra para o citoplasma,
unindo-se ao ribossomo, onde se inicia a leitura ou tradução do código.
O ribossomo desliza ao longo da cadeia de RNAm, e ao mesmo tempo o RNAt
encaminha os aminoácidos até os ribossomos. Os RNAt, por possuírem bases
complementares aos do RNAm, recebem a denominação de anticódon. E, por
afinidade das bases do códon do RNAm com as do anticódon do RNAt, ocorre a
ligação.
À medida que completa a ligação, o ribossomo desliza para o códon seguinte, e
outros aminoácidos vão sendo encaminhados pelo RNAt, até que a proteína se
completa.
Alvido Bernardo Muaviraca 83
84. CÓDIGO GENÉTICO
O gene pode ser definido como a parte da molécula de DNA responsável pela
síntese de uma proteína.
Código genético é a relação entre cada códon e o aminoácido que ele codifica.
Se as bases nitrogenadas do RNAm permitem formar 64 agrupamentos de três
nucleotídeos, e cada trio de bases forma um códon que codifica um aminoácido,
então, por que existem somente vinte aminoácidos na natureza? A resposta está
no trabalho de decifrar qual ou quais aminoácidos são codificados por cada
códon. E, na decifração do código genético, concluiu-se que os códons (UAG,
UAA E UGA) não codificam nenhum aminoácido, mas indicam o fim de uma
ligação ou cadeia de aminoácidos. E que o mesmo aminoácido pode ser
codificado por códons diferentes. Como a correspondência entre os códons e os
aminoácidos não são extremamente específicas, diz-se que o código genético é
degenerado.
84Alvido Bernardo Muaviraca
85. DIVISÃO CELULAR
1. CICLO CELULAR
É o período compreendido entre o surgimento de uma célula e a sua divisão,
quando a mesma encerra a sua existência na produção de células filhas,
passando para elas as informações necessárias para a sua sobrevivência e
para gerar novas células, dando continuidade à vida.
A divisão celular pode ocorrer basicamente de duas formas: por mitose e por
meiose.
A mitose, nos seres eucariontes, é responsável pelo crescimento,
desenvolvimento e reposição de células envelhecidas de um organismo.
Nesse processo a célula envolvida origina duas células geneticamente
idênticas à célula-mãe.
A meiose é o processo que tem por função produzir células germinativas,
como o óvulo e o espermatozóide. Na meiose, a célula-mãe origina quatro
células-filhas, cada uma com metade da sua quantidade de material genético.
Alvido Bernardo Muaviraca 85
86. Intérfase
A interfase, é o período entre uma divisão
celular e outra, caracteriza-se por um
intenso metabolismo.
É o espaço compreendido entre duas
divisões celulares sucessivas, e representa
cerca de 80% do ciclo celular. Nesse
período, a célula não está se dividindo, mas
encontra-se em grande atividade
metabólica.
No interior do núcleo ocorre a duplicação
do DNA. No citoplasma ocorre a produção
da proteína histona, que, juntamente com
o DNA, forma os filamentos
cromossômicos, através dos quais as
informações genéticas são transmitidas da
célula-mãe para as células-filhas.
86
•Componentes
•da célula
•já duplicados
mitose
Alvido Bernardo Muaviraca
87. Interfase
Baseando-se na duplicação do DNA, a intérfase pode ser dividida em três períodos
consecutivos:
1º período: G1 – antecede a duplicação do DNA; nele ocorre a intensa produção de RNA
e diversas proteínas;
2º período: S – no qual ocorre a duplicação do DNA, e em consequência a duplicação dos
filamentos de cromatina formando os cromossomos;
3º período: G2 – inicia-se com o término da duplicação do DNA e vai até o início da
divisão. Nesta fase, os centríolos terminam sua duplicação e se aproximam do núcleo;
proteínas necessárias à divisão são produzidas. A célula aumenta de tamanho induzindo a
divisão.
A duração do ciclo celular pode depender do tipo de célula e de fatores externos, como
temperatura, a oferta de alimentos e a presença de substâncias capazes de induzir ou inibir
a divisão celular. Em alguns casos o ciclo celular se completa em pouco mais de uma hora,
mas, em outros pode durar vários dias. Em um embrião, por exemplo, as divisões celulares
acontecem com grande rapidez. As células do nosso esôfago têm ciclo celular de pouco
mais de uma semana, enquanto células de duodeno têm ciclo celular de aproximadamente
um dia.
87Alvido Bernardo Muaviraca
88. FORMAÇÃO DOS CROMOSSOMOS
Os cromossomos originam-se a partir da espiralização da
cromatina, o que ocorre na intérfase. O emaranhado de fios
que forma a cromatina se espiraliza, tornando-os mais
curtos, mais espessos e duplos devido à duplicação do DNA.
Cada braço do filamento duplicado é chamado de cromátide.
As cromátides de cada cromossomo permanecem unidas
numa região denominada centrômero.
Quando as cromátides se separam totalmente, fenômeno que
ocorre durante o processo de divisão celular, dão origem a
dois cromossomos independentes.
Alvido Bernardo Muaviraca 88
89. MITOSE
É o processo de divisão celular em que uma célula se divide e produz duas
cópias de si mesma. Isto é, uma célula-mãe transfere ás duas células-filhas todo
o seu patrimônio genético, representado pelos cromossomos. Isso faz com que as
células recém formadas tenham o mesmo número e os mesmos tipos de
cromossomos que existiam na célula original. Dai a mitose ser considerada um
processo equitativo de divisão ou seja divisao equacional.
Com exceção dos neurônios (células nervosas) e algumas células musculares,
todas as demais células de um organismo (somáticas) sofrem mitoses.
A mitose é um processo contínuo, dividido em 4 fases: prófase, metáfase,
anáfase e telófase.
No fim da mitose formaram-se duas células filhas idênticas a célula-mãe. O
núcleo de cada uma contém 2n cromossomos que não são mais visíveis, já que
as células voltaram ao estado de intérfase.
89Alvido Bernardo Muaviraca
90. 1. PRÓFASE
É a fase inicial, em que ocorrem os
seguintes eventos:
a) Os centríolos duplicados na intérfase
migram para pólos opostos da célula, a
partir dos quais forma-se um conjunto de
fibras protéicas, constituindo o áster, e um
conjunto de fibras que vão de um centríolo
ao outro, formando o fuso mitótico. São as
chamadas fibras cromossômicas.
b) Os nucléolos vão se desintegrando, até
desaparecer.
c) Os cromossomos se condensam,
tornando-se visíveis.
d) O núcleo aumenta de volume,
provocando o rompimento da carioteca
nuclear. Com a desintegração da carioteca,
termina a prófase, iniciando-se a metáfase.
90Alvido Bernardo Muaviraca
91. METÁFASE
Após a desintegração da carioteca, os
cromossomos atingem o máximo de
condensação e migram para a região
equatorial da célula. Aí, cada cromossomo
se une aos dois pólos da célula por meio
das fibras do fuso. No final da metáfase
cada cromossomo já possui seu centrômero
próprio.
Grau máximo de espiralização dos
cromossomos (visíveis ao M.O.)
Cromossomos duplos alinhados lado a
lado no equador da célula.
Centríolos dispostos nos pólos opostos
da célula.
No final da metáfase ocorre a divisão
dos centrômeros.
91Alvido Bernardo Muaviraca
92. ANÁFASE
Os centrômeros, já
individualizados, separam-se, e
ocorre o encurtamento das fibras
do fuso. Os cromossomos irmãos
migram para pólos opostos em
direção aos centríolos. Quer dizer:
•Duplicaram-se os centrômeros.
•Separaram-se as cromátides-
irmãs e os cromossomos-filhos,
migram para pólos opostos da
célula.
•Início da desespiralização dos
cromossomos.
92Alvido Bernardo Muaviraca
93. TELÓFASE
Os cromossomos se descondensam, os
nucléolos reaparecem, e as fibras do
fuso e o áster desaparecem;
Ocorre a cariocinese: divisão do
núcleo;
Ocorre a citocinese: divisão do
citoplasma. A carioteca se reorganiza
ao redor de cada núcleo filho. As
células-filhas se separam;
Formação de duas células filhas
contendo o mesmo número de
cromossomos da célula mãe, porém
simples.
Formação de duas novas cariotecas e
dois novos nucléolos.
93Alvido Bernardo Muaviraca
94. MITOSE NA CÉLULA VEGETAL
Nas células animais verifica-se uma citocinese centrípeta, uma vez
que a membrana plasmática invagina-se, determinando uma divisão da
célula de "fora para dentro", por estrangulamento. Nas células vegetais
superiores ocorre a citocinese centrífuga, de "dentro para fora".
São duas as diferenças básicas entre a mitose da célula vegetal, e a da
célula animal.
a) Não há centríolos nem áster na mitose vegetal, chamada portanto de
anastral e acêntrica. Mas formam-se as fibras do fuso.
b) A citocinese é de dentro para fora. Surge na região equatorial da
célula uma membrana fina e elástica, na qual ocorre um depósito de
celulose que acaba por delimitar as duas células.
Alvido Bernardo Muaviraca 94
95. MEIOSE
É um tipo de divisão em que uma célula dá origem a quatro células-filhas com a metade do
número de cromossomos da célula inicial.
Nos animais, a meiose produz gametas (óvulos e espermatozóides); nos vegetais produz
esporos. A meiose consta de duas divisões celulares consecutivas, e cada divisão consta de
quatro fases. Através deste processo, células diplóides podem originar células haplóides, o
que se faz através de duas divisões sucessivas. A primeira delas, uma divisão reducional,
pela qual uma célula diplóide origina duas células haplóides (com redução dos
cromossomos) e a outra, uma divisão equacional (mitose comum), em que cada uma das
células haplóides resultantes da primeira divisão origina duas outras, porém com mesmo
número de cromossomos.
Divisão Reducional ou Meiose I – (R!)
Prófase I, Metáfase I, Anáfase I, Telófase I
Divisão Equacional ou Meiose II (E!)
Prófase II, Metáfase II, Anáfase II, Telófase II
95Alvido Bernardo Muaviraca
96. PRÓFASE I
Por se tratar de uma fase longa, a prófase I da meiose foi subdividida em cinco subfases:
leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.
a)Subfase leptóteno (leptos = fino, delgado)
Início da prófase. Os cromossomos individualizam -se como filamentos finos. Cada
cromossomo, no leptóteno, é formado por duas cromátides. Os cromossomos iniciam a sua
condensação, podendo notar a presença de regiões mais densas, chamadas cromômeros,
que têm a mesma distribuição ao longo dos homólogos.
Alvido Bernardo Muaviraca 96
Separação dos centríolos
97. b) Subfase Zigóteno
Zigóteno (zigon = emparelhamento):
Nesta etapa a condensação dos
cromossomos progride e inicia-se o
pareamento visível dos cromossomos
homólogos, num processo denominado
sinapse. Em outras palavras: ocorre a
aproximação e a ligação entre os
cromossomos homólogos,
fenômeno denominado sinapse
cromossômica, e em seguida ocorre o
empareamento dos homólogos.
Alvido Bernardo Muaviraca 97
•Emparelhamento dos
cromossomos homólogos
98. c) Subfase paquíteno
Paquíteno (pachys = espesso, grosso):
Completa-se o pareamento dos homólogos
e cada par forma uma díade ou bivalente,
com quatro cromatídeos formando uma
tétrade. É nesta fase que ocorre a permuta
ou crossing-over. É um fenómeno durante
o qual as cromatídeas homólogas porém
não-irmãs se entrelaçam, sofrem quebras e
fazem a permuta de segmentos
cromossómicos.
Há troca de genes. Aumentando a
variabilidade genéticas das espécies.
Alvido Bernardo Muaviraca 98
•Tétrades ou bivalentes
99. b) Subfase diplóteno
Diplóteno (diplos = duplos):
Devido à permuta ou
crossing-over ocorrida na
subfase paquíteno, algumas
cromátides que formam
tétrades se encontram
cruzadas, na forma de “X” ,
e a esses cruzamentos dá-se
o nome de quiasmas. O
quiasma é o ponto visível de
uma permuta ou de um
crossing-over. 99
•Quiasmas
Alvido Bernardo Muaviraca
100. e) Subfase diacinese
Nesta subfase as cromatídeas
homólogas se afastam, os
quiasmas deslizam para as
extremidades dos cromossomos
(finalização dos quiasmas). Os
centríolos duplicados migram para
pólos opostos da célula. Surgem
as fibras do áster e as fibras do
fuso.
Os nucléolos e a carioteca
desintegram-se e desaparecem.
Alvido Bernardo Muaviraca 100
•Terminalização dos
quiasmas
101. METÁFASE-I
Com a ausência da carioteca, os
cromossomos se espalham pelo
citoplasma.
Cada um dos cromossomos que
formam os homólogos une-se à
fibra do fuso e dirige-se para a
região equatorial da célula.
As Tétrades se deslocam para o
equador da célula, formando a
placa equatorial, que caracteriza a
Metáfase. Os centrómeros se
ligam às fibras do fuso e os
cromossomos atingem
condensação máxima.
101
•Cromossomos
•Homólogos
•Fibras do fuso
Alvido Bernardo Muaviraca
102. ANÁFASE-I
Nesta fase ocorre o
encurtamento das fibras
do fuso, os homólogos
não se separam como
ocorre na mitose, e as
cromátides que formam
os cromossomos
homólogos migram
juntas para os pólos
opostos.
Alvido Bernardo Muaviraca 102
•Separação de cromossomos homólogos
duplicados
103. TELÓFASE I
os cromossomos se descondensam, os
nucléolos reaparecem, a carioteca se
reorganiza surgindo dois novos núcleos e
ocorre a citocinese. O fuso acromático se
desfaz. Segue-se um período de duração
variável, geralmente curto, antes da divisão
II, chamado intercinese.
•Ocorre a cariocinese (duplicação do
núcleo).
•As cariotecas se reorganizam ao redor dos
novos núcleos.
•As fibras do fuso desaparecem, e os
nucléolos e os centríolos reaparecem.
•Em seguida ocorre a citocinese, Célula
mãe (2n) origina duas células filhas (n)
•No final da Telófase I os cromossomos se
desespiralizam
103
•Citocinese Centrípeta
•Novosnúcleos
•Divisão citoplasmática (citocinese)
Alvido Bernardo Muaviraca
104. DIVISÃO II DA MEIOSE
A meiose II é muito semelhante à mitose; os fenômenos
ocorridos na mitose se repetem na meiose II, com exceção
de ser precedida de duplicação do material genético.
A formação de células haplóides, a partir de outras células
haplóides, só é possível porque ocorre, durante a Meiose II,
a separação das cromátides que formam as díades
( cromátides -irmãs ). Cada uma dessas cromátides dirige-se
para um pólo diferente e já passa a se chamar cromosomo
-filho. As fases da Meiose II são: Prófase II,Metáfase II,
Anáfase II e Telófase II.
Alvido Bernardo Muaviraca 104
105. PRÓFASE II
Inicia-se a condensação dos
cromossomos.
Desaparecem os nucléolos.
Os centríolos migram para
pólos opostos da célula.
Surgem os ásteres e as fibras
do fuso. A carioteca
desintegra-se, marcando o
fim da prófase II.
Alvido Bernardo Muaviraca 105
•Condensação dos
cromossomos
106. METÁFASE-II
Com a ausência da carioteca,
os cromossomos se
espalham pelo citoplasma,
ligam-se às fibras do fuso e
migram para a região
equatorial da célula.
Alvido Bernardo Muaviraca 106
Cromossomos não homólogos pareados
lado a lado na placa equatorial
107. ANÁFASE-II
Os centrômeros que unem as
cromátides-irmãs bipartem-
se e ocorre a separação total
das mesmas.
Com o encurtamento das
fibras do fuso, as cromátides
migram para os pólos
opostos da célula
Alvido Bernardo Muaviraca 107
•Separação das cromátides irmãs
108. TELÓFASE-II
As cariotecas se refazem
ao redor dos novos
núcleos. Ocorre a
citocinese, originando
quatro células-filhas,
com metade da
quantidade de DNA da
célula inicial.
Alvido Bernardo Muaviraca 108
Novos núcleos (haplóides)
Divisão citoplasmática
(citocinese)
109. PRODUÇÃO DE ENERGIA DA
CÉLULA
RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA OU FERMENTAÇÃO
A fermentação é a quebra parcial da molécula de glicose, que ocorre na
ausência de oxigênio, portanto, é um processo anaeróbico. Os organismos que
realizam apenas este tipo de respiração são chamados anaeróbicos estritos. Mas
existem organismos que realizam a fermentação em condições de escassez de
oxigênio — são os facultativos.
Na primeira etapa, a glicose (C6H12O6) é degradada em duas moléculas menores,
com três átomos de carbono, o ácido pirúvico (C3H4O3). Essa etapa é
denominada glicólise, e é comum tanto para a fermentação como para a
respiração aeróbica.
Com energia libertada na glicólise, há formação de quatro moléculas de ATP
(trifosfato de adenosina, um nucleotídeo formado por uma base nitrogenada — a
adenina, um açúcar —, a ribose e três moléculas de ácido fosfórico) composto
capaz de armazenar energia; e duas moléculas de NADH2 (nicotinamida-adenina
dinucleotídeo), moléculas transportadoras de hidrogênio.
109
110. • - Processo de liberação de energia na ausência de oxigênio;
• - É o desdobramento ou quebra das moléculas de glicose sem utilização do
oxigênio, promovendo a libertação do gás carbônico e de outro produto, que
pode ser um álcool ou um ácido;
• - A energia libertada é usada para formar 4 ATP, mas, como são gastos 2
ATP, o saldo é de 2 ATP.
• • Os seres anaeróbios podem ser divididos em dois grupos:
• 1) Anaeróbios Obrigatórios: aqueles que sobrevivem somente na ausência de
oxigênio. Ex: Leveduras de Cerveja;
• 2) Anaeróbios Facultativos: aqueles que sobrevivem tanto na presença
quanto na ausência de oxigênio. Ex: Clostridium tetani (bactéria causadora
do tétano)
110
111. OS PRINCIPAIS PROCESSOS DE FERMENTAÇÃO
FERMENTAÇÃO LÁCTICA
É realizada por diversos organismos, entre
eles os lactobacilos (bactérias em forma de
bastão que utilizam energia resultante da
degradação de moléculas de lactose-açúcar
do leite). Por ação de enzimas digestivas, a
lactose é desdobrada em glicose e
galactose, que são monossacarídeos. Em
seguida os monossacarídeo entram na
célula bacteriana, onde ocorre a
fermentação. Cada monossacarídeo dá
origem a duas moléculas de ácido pirúvico,
que é convertido em ácido láctico,
responsável pelo coalho do leite. Os
lactobacilos são utilizados pelo homem na
produção de iogurtes, yakult, coalhadas
etc.
Algumas vitaminas, como as do complexo B,
são produzidas em nosso intestino graças à
ação dos lactobacilos. Pode ocorrer a
fermentação láctica nas nossas células
musculares. Quando submetemos nossas
células musculares a uma atividade intensa
pode ocorrer que o oxigênio levado às células
dos músculos não seja suficiente para suprir
as atividades energéticas dos mesmos; e na
falta do oxigênio a célula realiza a
fermentação, liberando ácido láctico para as
células do músculo, produzindo no mesmo
dor, cansaço ou cãibra.
Equação = C6H12O6 —> 2C3H6O3+ 2ATP
Glicose -‡ácido láctico + energia
111
112. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
Ocorre entre algumas bactérias, em leveduras
(fungos microscópicos) etc. Na fermentação
alcoólica o ácido pirúvico liberta inicialmente uma
molécula de CO2, recebendo posteriormente dois
átomos de hidrogênio (H2) da molécula de NADH2,
produzindo o álcool etílico.
Os microrganismos responsáveis pela fermentação
alcoólica são utilizados pelo homem na fermentação
da uva, do malte, da cana-de-açúcar, produzindo
respectivamente o vinho, a cerveja e a cachaça.
Equação = C6H12O6 —> 2C2H5OH + 2CO2
Glicose ➔álcool etílico + gás carbônico
112
113. FERMENTAÇÃO ACÉTICA
Realizada por bactérias denominadas acetobactérias, produz o ácido acético, utilizado pelo
homem na fabricação do vinagre. O ácido acético é também responsável pelo azedamento
do vinho, dos sucos de frutos.
equacao:
CO2
C3H4O3 (ácido pirúvico) —————————>C2H3O (ácido acético)
H+
2NAD 2NADH
Alvido Bernardo Muaviraca
Maputo, 2014
113
114. RESPIRAÇÃO AERÓBICA
É o processo de obtenção de energia pela oxidação de moléculas orgânicas, tais como os
carboidratos e lipídios.
A respiração aeróbica, que utiliza oxigênio para libertar energia, pode ser representada pela
seguinte equação geral:
C6H12O6+ 6 O2 ——————> 6CO2+ 6H2O + energia
glicose + oxigênio gás carbônico + água + energia
Alvido Bernardo Muaviraca 114
115. AS TRÊS ETAPAS DA RESPIRAÇÃO
1ª-ETAPA– GLICÓLISE
Ocorre no citoplasma e consiste na
quebra parcial da molécula de
glicose, carregando energeticamente
duas moléculas de ATP, libertando
duas moléculas de ácido pirúvico
que são utilizadas na próxima etapa.
A glicólise da respiração é idêntica à
da fermentação.
Alvido Bernardo Muaviraca 115
116. 2ª-ETAPA– CICLO DEKREBS
Estudado pelo bioquímico inglês Hans Krebs, ocorre no interior das mitocôndrias, mais
especialmente na matriz mitocondrial. Neste ciclo, as duas moléculas de ácido pirúvico
(C3H4O3), resultantes da glicólise, serão desidrogenadas (perdem hidrogênio) e
descarboxiladas (perdem carbono). Os hidrogênios retirados são capturados por aceptores
de hidrogênio, que podem ser o NAD(nicotinamida-adenina dinucleotídio) ou FAD
(flavina adenina dinucleotídio), com a consequente formação de NADH2 e FADH2.
O ácido pirúvico, perdendo hidrogênio e carbono, converte-se em aldeído acético.
O aldeído acético se reúne a uma substância denominada coenzima A (CoA), formando
acetil-CoA. Esta, por sua vez, combina-se a um composto de quatro átomos de carbono, já
existente na matriz mitocondrial, denominado ácido oxalacético. Nesse momento inicia-se
propriamente o ciclo de Krebs. A coenzima-A apenas ajuda o aldeído acético a se ligar ao
ácido oxalacético, e não permanece no ciclo. Forma-se um composto de seis átomos de
carbono, que é o ácido cítrico. Este ácido possui três carboxilas (-COOH); dessa forma o
ciclo de Krebs é também conhecido como ciclo do ácido cítrico, ou seja, do ácido
tricarboxílico. O ácido cítrico sofre descarboxilações e desidrogenações, resultando em
vários compostos intermediários. No final do processo, o ácido oxalacético é regenerado e
devolvido à matriz mitocondrial. Nesse processo, cada acetil-CoA degradada libera três
moléculas de NADH2 e uma molécula de FADH2, duas moléculas de CO2, que são
expedidas para o meio, e uma molécula de ATP.
116
118. 3ª-ETAPA– CADEIA RESPIRATÓRIA
Esta etapa ocorre nas cristas mitocondriais do interior das
mitocôndrias. As moléculas de hidrogênio retiradas da glicose
pelas moléculas de NAD e FAD, produzindo NADH2 e
FADH2, durante a glicólise e o ciclo de Krebs, serão
transportadas até o oxigênio, formando moléculas de água,
liberando energia para a produção de ATP.
Na cadeia respiratória, as moléculas de NAD e FAD
funcionam como transportadoras de hidrogênio. A combinação
de hidrogênio com oxigênio não se realiza de forma directa.
Existem, então proteínas intermediárias denominadas
citocromos, que permitem a libertação gradativa de energia.
As proteínas citocromos têm o papel de transportar os elétrons
dos hidrogênios gradativamente. Os hidrogênios libertam
energia, utilizada na fosforilação (formação de ATP a partir de
ADP+P). Depois de descarregados, já no final da cadeia
respiratória, o hidrogênio combina-se com o oxigênio,
formando água. Por ocorrer na presença do oxigênio, a
fosforilação é denominada oxidativa. 118
119. Saldo energético da respiração aeróbica, a partir da
degradação de uma molécula de glicose:
Etapa Hidrogênio ATP
Glicólise 2 NADH2 4 ATP
Ciclo de Krebs
2 moléculas de ácido
pirúvico, portanto
2voltas
8 NADH2
2 FADH2
2 ATP
Cadeia respiratória 10 NADH2 30 ATP
2 FADH2 4 ATP
Total geral 40 ATP
Gasto 2 ATP na glicólise -2 ATP
Saldo líquido 38 ATP
119
120. FOTOSSÍNTESE
Os seres fotossintetizantes são os captadores e fixadores da energia
luminosa, e por meio de um conjunto de reacções químicas transformam
a energia luminosa em energia química, formando compostos orgânicos
que servem de alimento aos seres vivos. Com excepção das
cianobactérias (bactérias fotossintetizantes), cuja clorofila se encontra
dispersa pelo citoplasma, nos demais seres autótrofos ou autotróficos
fotossintetizantes a clorofila está localizada no interior dos cloroplastos
ou mais especificamente nas lamelas ou grama dos cloroplastos.
Para que a fotossíntese ocorra, há necessidade de luz, água e gás
carbônico, podendo ser representada pela equação endergônica (precisa
ganhar energia para ocorrer).
6CO2 + 6H2O + luz —————————> C6H12O6 + 6O2
gás carbônico + água + luz glicose + oxigênio
Alvido Bernardo Muaviraca 120
121. AS ETAPAS DA FOTOSSÍNTESE
A fotossíntese se realiza em duas etapas: a etapa de claro, ou etapa fotoquímica, depende
diretamente da luz; e a etapa de escuro, ou seja, química, onde a luz não se faz necessária.
A etapa química depende dos produtos elaborados na etapa fotoquímica para ocorrer.
1.Etapa de claro ou fotoquímica
Ocorre nas partes clorofiladas dos cloroplastos, a descarga de luz incide sobre as moléculas
de clorofila. Ao absorver a luz, elétrons da molécula de clorofila têm seu nível energético
aumentado, e desprendem-se da molécula de clorofila. Se a clorofila for do tipo “a”, o
elétron desprendido é recolhido por enzimas aceptoras de elétrons (ferridoxiria e
citocromo).
Ao passar pelas enzimas aceptoras de elétrons, o mesmo descarrega o excesso de energia,
voltando ao seu nível normal, e retorna à molécula de clorofila “a”, de onde saiu. A energia
por ele desprendida é aproveitada por moléculas de ADP (difosfato de adenosina), que,
com a energia recebida, passa àcondição de ATP (trifosfato de adenosina), processo
denominado fotofosforilação cíclica.
Alvido Bernardo Muaviraca 121
122. Etapa de claro ou fotoquímica
Fosforilação = transformação de ADP em ATP (ganha um fosfato).
Cíclica = electrões desprendidos da molécula de clorofila “a” voltam a ela
novamente.
Se o electrão desprendido for da clorofila “b”, o processo é o mesmo da clorofila
“a”, só que o electrão desprendido, voltando ao seu nível energético normal, não
volta à molécula de clorofila de origem, e é entregue a uma molécula de NAD
(nicotinamida-adenina dinucleotídeo), que fica reduzida a NADP, processo
denominado fotofosforilação acíclica.
Paralelo a esses processos, e sob a acção da luz, as moléculas de água se
quebram, libertando O2 (oxigénio). O NADP recebe os hidrogénios da água e
reduz-se a NADPH2, processo denominado fotólise da água ou reacção de Hill.
Saldo da etapa de claro ou fotoquímica
Produção de ATP –––> utilizado posteriormente na etapa de escuro.
Produção de NADPH2–––> fornecerá hidrogênio ao CO2 na fase escuro,
produzindo glicose.
Alvido Bernardo Muaviraca 122
123. ETAPA DE ESCURO OU QUÍMICA
Ocorre no estroma, parte desprovida de clorofila dos cloroplastos; onde se encontram
moléculas de DNA, RNA e ribossomo. Esta etapa é mais lenta e conta com a participação
de inúmeras enzimas, conhecida também como etapa enzimática. Consiste em um conjunto
de reacções químicas que, utilizando a energia armazenada em moléculas de ATP da fase
claro, permite a combinação de CO2 com H2O, formando glicose.
A combinação não ocorre directamente: o CO2 e a H2O reagem inicialmente com um
composto, formado de cinco (5) carbonos (pentose), a rebosedifosfato (RDP), que depois
de várias reacções formará a glicose. A pentose utilizada é restaurada no final. Essa série
de reacções recebe o nome de ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin. As reacções dessa fase
podem ser expressas com a seguinte equação:
6CO2+ 12NADPH2+ ATP –––——————> C6H12O6+ 6H2O + 12NADP
As radiações, que vão de um extremo ao outro, não são absorvidas com a mesma
intensidade pela clorofila, medindo a quantidade de energia absorvida pela clorofila em
cada onda de radiações que compõe o espectro visível; utilizando-se o aparelho
espectrofotômetro, verificou-se que as radiações azul e vermelha (comprimento de ondas
de 450 nm a 700 nm respectivamente) são as mais absorvidas e onde a taxa da fotossíntese
é relativamente alta. E as radiações verde e amarela (comprimento de onda de 500 nm a
580 nm respectivamente) são as menos absorvidas. Portanto, uma planta submetida à luz
verde praticamente não realiza fotossíntese.
123
124. ACELULARES (VÍRUS)
Nos sistemas tradicionais de classificação dos seres vivos, os vírus não são incluídos por
serem considerados partículas ou fragmentos que só adquirem manifestações vitais quando
parasitam células vivas.
Os vírus são extremamente simples e diferem dos demais seres vivos pela inexistência de
organização celular, por não possuírem metabolismo próprio, e por não serem capazes de
se reproduzir sem estar dentro de uma célula hospedeira. São, portanto, parasitas
intracelulares obrigatórios; são em consequência, responsáveis por várias doenças
infecciosas.
Geralmente inibem o funcionamento do material genético da célula infectadae passam a
comandar a síntese de proteínas.
Os vírus atacam desde bactérias, até plantas e animais.
Muitos retrovírus (vírus de RNA) possuem genes denominados oncogenes, que induzem as
células hospedeiras à divisão descontrolada, com a formação de tumores cancerosos.
124
125. ESTRUTURA DOS VÍRUS
Os vírus são formados basicamente por um envoltório ou cápsula proteica, que abriga o
material hereditário. Este pode ser tanto o ácido desoxirribonucleico (DNA) como o ácido
ribonucleico (RNA).
Esses dois ácidos nucleicos, no entanto, nunca ocorrem em um mesmo vírus. Existem,
assim, vírus de DNA e vírus de RNA. Em todos os outros seres vivos, o ácido
desoxirribonucleico e o ácido ribonucleico ocorrem juntos dentro das células, sendo o
DNA o "portador" das informações genéticas e o RNA o "tradutor" dessas informações.
Formados por uma cápsula (capsídio) proteica + ácido nucleico: DNA ou RNA.
O capsídio, além de proteger o ácido nucleico viral, tem a capacidade de se combinar
quimicamente com substâncias presentes na superfície das células, o que permite ao vírus
reconhecer e atacar o tipo de célula adequado a hospedá-lo.
A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é genericamente denominada vírion.
Cada tipo de vírus possui uma forma característica, mas todos eles são extremamente
pequenos, geralmente muito menores do que as menores bactérias conhecidas, sendo
visíveis somente ao microscópio electrónico.
Alvido Bernardo Muaviraca 125
126. REPRODUÇÃO DOS VÍRUS
Os processos de reprodução viral mais bem estudados são os dos bacteriófagos, ou
simplesmente fagos, vírus que infectam a bactéria intestinal Escherichia colhi como os T2 e
T4.
Os vírus só se reproduzem no interior de células vivas.
O fago adere à superfície da célula bacteriana e injecta o DNA viral no interior da bactéria.
A cápsula proteica vazia fica fora da célula hospedeira.
Existem, entretanto, outros tipos de vírus, que infectam células eucarióticas, como, por
exemplo, o vírus da gripe e do herpes simples, que penetram inteiros na célula hospedeira,
com a cápsula e o ácido nucléico.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos dos virus:
1.ciclo lisogênico = DNA viral incorpora-se ao DNA bacteriano e não interfere no
metabolismo da bactéria, que se reproduz normalmente, transmitindo o DNA viral aos seus
descendentes.
2.ciclo lítico = DNA viral passa a comandar o metabolismo bacteriano e a formar vários
DNAs virais e cápsulas protéicas, que se organizam formando novos vírus. Ocorre a lise da
célula, liberando vários vírus que podem infectar outras bactérias, reiniciando novamente o
ciclo.
Alvido Bernardo Muaviraca 126
128. Histologia
Histologia: estudo dos tecidos.
Tecido é o agrupamento de células diferenciadas e especializadas na
execução de certas funções.
Nos animais existem quatro tipos de tecido: epitelial, conjuntivo,
muscular e nervoso
1.TECIDO EPITELIAL.
Possui um número grande de células e pouca substância fundamental
amorfa.
Existem dois tipos de tecidos epiteliais:
a)Tecido Epitelial de Revestimento
b)Tecido Epitelial Glandular
128
129. Tecido Epitelial de Revestimento
Formado por células justapostas e
geralmente poliédricas, possui a
função de revestir o organismo
por dentro e por fora. No corpo
humano os tecidos epiteliais estão
apoiados numa camada de tecido
conjuntivo denominado de lâmina
basal.
O tecido epitelial de revestimento
não possui vasos sanguíneos e
nem nervos, portanto não sangra e
não dói, sendo nutridos pela
lâmina basal e periodicamente
sendo renovadas.
Quando o tecido epitelial reveste
por fora do animal chama-se de
serosa (pele), quando reveste por
dentro do organismo chama-se de
mucosa (pleura - reveste os
pulmões, pericárdio - reveste o
coração, etc.)
129
130. Tecido Epitelial Glandular
Formam as glândulas, estruturas especializadas em produzir substâncias
úteis para o organismo como saliva, testosterona, insulina e outras.
As glândulas podem, ou não, ter comunicação com o meio externo.
Quando não possuem comunicação com o meio, as substâncias
produzidas são lançadas na corrente sanguínea e são chamados de
hormônios.
Os hormônios são substâncias muito importantes para o organismo, pois
exercem um controle mais lento e mais duradouro nas atividades, pela
sua importância, algumas glândulas foram selecionadas e formou-se,
então, o Sistema Endócrino formado pelas seguintes glândulas: hipófise,
tireóide, paratireóide, pâncreas, supra-renais ou adrenais, testículos e
ovários.
130
131. HIPÓFISE
Tem dupla formação, uma parte se origina do cérebro (denominada
neurohipófise) e outra pelo palato duro "céu da boca" (denominada
adenohipófise).
Está alojada numa depressão do osso do crânio chamado de cela turca ou cela
túrcica.
Possui a função de controlar e estimular todas as células do organismo.
Os harmónios da neurohipófise são produzidos, na realidade, pelo cérebro e
armazenados e liberados nesta parte da glândula.
Além de produzir hormônios que estimulam o funcionamento das demais
glândulas do corpo, a hipófise fabrica hormônios com funções específicas,
como:
1.ADH (hormônio antidiurético) este hormônio atua nos rins, promovendo uma
maior reabsorção de água pelo organismo, assim o corpo não a perde muito na
formação da urina.
131
133. HIPÓFISE
Quando a hipófise produz esse hormônio em quantidades baixas, surge uma doença
denominada de diabetes insípidus, na qual o ser apresentará sede excessiva e formação de
uma urina volumosa e diluída.
Pode-se também inibir a produção desse hormônio com álcool, por exemplo, numa tarde de
calor, ao tomar um simples copo de cerveja, o álcool que contém inibirá o cérebro que,
consequentemente, inibe a hipófise, com isso a água que seria reabsorvida na formação da
urina é eliminada, aumentando o volume.
2 . Ocitocina - este hormônio estimulará as contrações do útero no final da gravidez,
auxiliando o parto e favorecerá a ejeção de leite pelas glândulas mamárias.
3. GH (grow hormony) ou HEC (hormônio estimulante do crescimento)- estimula o
crescimento do organismo. Esse hormônio começa a funcionar desde a idade fetal e têm um
tempo estimado de funcionamento até os 21 anos do ser humano, mas pode haver
variações, às vezes pára de funcionar antes, às vezes até após os 21 anos.
4. Prolactina - estimula a produção de leite nas glândulas mamárias
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134. TIREÓIDE
Glândula situada na parte anterior do pescoço, nos primeiros anéis da traqueia, é
protegida pela cartilagem da tireóide que nos homens é projectada formando o
"gogó".
A tireóide produz dois hormônios, o T3 (triiodotiroxina) e o T4 (tetraiodotiroxina),
esses hormônios têm a função de acelerar o metabolismo celular.
O aumento da sua produção acarreta um problema denominado hipertireoidismo no
qual teremos um aumento de velocidade do metabolismo, acarretando um quadro
clínico de taquicardia (aumento nos batimentos cardíacos), (respiração ofegante),
magreza, insónia, sudorese, agitação e os olhos saltam das órbitas oculares
(xeroftalmia).
Pode haver uma baixa produção desses hormônios acarretando o hipotireoidismo,
ocorrendo uma baixa velocidade metabólica dando um quadro clínico: bradicardia
(diminuição nos batimentos cardíacos), bradipnéia (respiração vagarosa),
obesidade, sonolência, sensação de frio constante, sem ânimo para actividades.
Pode haver uma disfunção na produção desses hormônios pela carência do
elemento químico iodo na alimentação, o que ocasionará o problema bócio
endêmico (crescimento exagerado da glândula). 134
135. PARATIREÓIDES
Localizadas na face posterior da glândula tireóide. Produz o hormônio denominado
paratormônio, cuja função é a regulação do metabolismo de cálcio no organismo. Esse
hormônio contribui para a absorção do cálcio no intestino e fixando-o nos ossos.
Na infância, quando ocorre uma disfunção na produção desse hormônio, aparece uma
anomalia denominada de cretinismo, já na fase adulta chama-se Síndrome de Cushing, na
qual o cálcio, que deveria ser fixado nos ossos, acaba por tê-lo depositado nos músculos,
onde acarretará uma retenção de água no organismo e consequentemente um inchaço.
135
136. PÂNCREAS
A produção de hormônios pelo pâncreas é exercida por
um grupo de células denominadas de ilhotas de
Lagerhans ou ilhotas pancreáticas e são responsáveis pela
produção de insulina e glucagon.
Esses dois hormônios são antagônicos, ou seja, o que um
faz o outro desfaz.
A insulina é responsável pela redução de glicemia, ou
seja, ela retira o açúcar do sangue e armazena no fígado.
Quanto mais o organismo necessita de açúcar o glucagon
retira o açúcar do fígado e joga na corrente sanguínea.
Quando o pâncreas produz uma quantidade insuficiente
de insulina surge um problema chamado diabetes melito.
Nesse caso, o excesso de açúcar permanece no sangue,
configurando hiperglicemia e será eliminado pelo
organismo o que ocasiona um aumento no volume de
urina (poliúria) e tendência à desidratação.
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137. SUPRA-RENAIS OU ADRENAIS
Localizadas na face superior de cada rim. Produzem os seguintes
hormônios:
corticóides – que atuam no processo de alergias no combate da
inflamação,
adrenalina - considerado o hormônio das flutuações emocionais ( medo,
susto, raiva, tensão da luta e fuga). Em situações desfavoráveis a
adrenalina é lançada no sangue, deixando o organismo em estado de
alerta.
Outros hormônios que as supra-renais fabricam são os hormônios
sexuais:
testosterona e estrogênio -indistintamente.
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138. TECIDO CONJUNTIVOTECIDO CONJUNTIVO
o tecido conjuntivo apresenta uma grande quantidade de substância fundamental
amorfa e as células que constituem esse tecido possui formas e funções variadas,
tornando o tecido conjuntivo com diversas especializações:
1.Tecido Conjuntivo Propriamente Dito: possui a função de preenchimento
entre os órgãos para diminuir o atrito entre eles, por exemplo, entre o coração e
os pulmões existe uma quantidade de tecido conjuntivo propriamente dito.
2.Tecido Adiposo: possui células que têm a função de armazenar substância de
reserva (lipídios - gorduras). As gorduras têm tripla função para o organismo:
a) reserva de energia - o organismo acumula energia para os períodos em que a
comida será escassa e assim usar essa energia.
b) isolante térmico e elétrico;
c)amortecedor de impactos, nos coxins plantares - ou seja, palma da mão e
planta dos pés, o tecido adiposo serve para amortecer impactos durante o andar
ou batidas.
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139. TECIDO CONJUNTIVO
3. Tecido cartilaginoso: possui a função de sustentação do
organismo, mas uma sustentação mais flexível. Com o
crescimento do organismo a cartilagem é preenchida por
sais de cálcio transformando em ossos, mas não são todas as
cartilagens que se tornam ossos, às cartilagens do nariz,
orelhas e das articulações não são impregnadas por cálcio.
4. Tecido ósseo: possui a função de sustentação, mas uma
sustentação mais rígida, mais inflexível, portanto formado
por ossos. Além da sustentação, também possui a função de
proteção, por exemplo, na caixa torácica, crânio e coluna
vertebral e também o de hematopoiése, ou seja, o de fabricar
o sangue. Alvido Bernardo Muaviraca
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140. TECIDO HEMATOPOIÉTICO
No interior do sistema circulatório se encontra o
tecido hematopoiético ou sangue. O sangue é
produzido no interior dos ossos (medula óssea) e é
constituído por um líquido amarelado, o Plasma e
elementos figurados - Células.
No plasma encontramos: - água, iões (Na+ K+)
proteínas, hormônio e outros.
Os elementos figurados são formados por três tipos
de células: hemácias, leucócitos e plaquetas.
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141. HEMÁCIASHEMÁCIAS
As hemácias também conhecidos por Glóbulos vermelhos ou Eritrócitos (do
grego eritro = vermelho; citos = célula). têm a função de transporte de gases, ou
seja, transporta oxigênio para as células e gás carbônico para fora do organismo.
Para executar a função de transporte de gases as hemácias sofreram algumas
modificações: perderam o núcleo celular, portanto não se dividem, são
produzidas na medula vermelha dos ossos, com uma duração de 120 dias, sendo
destituídas no fígado. Possuem, também, uma proteína vermelha denominada de
Hemoglobina.
Quando a hemoglobina se liga com o oxigênio forma a Oxi-hemoglobina, ao se
ligar com o gás carbônico forma a Carbo-hemoglobina.
A afinidade da hemoglobina é com compostos de carbono, por isso, a
hemoglobina possui uma grande afinidade com o monóxido de carbono
formando a Carboxi - hemoglobina, por isso, quando em ambientes ricos em
monóxido de carbono, por exemplo, escapamento de gás em banheiros com
aquecimento à gás, a hemoglobina terá mais afinidade com o CO do que com o
O2, causando, com isso, a morte do ser. 141
142. LEUCÓCITOSLEUCÓCITOS
Também conhecido por glóbulos
brancos, são células nucleadas que
possuem movimentos amebóides.
Os leucócitos possuem função de
defesa do organismo, esta defesa é
feita por Fagocitose (defesa ativa)
ou fabricando anticorpos (defesa
passiva) e também através de uma
propriedade chamada Diapedese,
que é a propriedade que o
leucócito tem em atravessar os
vasos sanguíneos.
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143. PLAQUETASPLAQUETAS
São fragmentos de células
denominadas trombócitos,
que participam ativamente
no processo de coagulação
do sangue.
Quando há problemas no
processo de coagulação
surge um problema
denominado Hemofilia.
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144. SISTEMA CIRCULATÓRIOSISTEMA CIRCULATÓRIO
O sangue se encontra dentro do sistema circulatório que é
formado por:
Vasos sanguíneos: tubos por onde o sangue circula,
atingindo todas as partes do corpo.
Coração: órgão muscular cuja contração impulsionava o
sangue. Dividido em 4 cavidades (2 A e 2 V).
Circulação – é o movimento do sangue pelo sistema
circulatório.
a circulação divide-se em duas:
Pequena circulação: Coração - Pulmões - Coração
Grande circulação: Coração - Corpo - Coração 144
145. SISTEMA CIRCULATÓRIOSISTEMA CIRCULATÓRIO
Pequena Circulação
Começa com a entrada de sangue (rico em CO2)
no átrio direito pelas veias cavas superior e
inferior. O átrio cheio de sangue dilata,
(diástole.) Após, o átrio faz uma contração
chamada Sístole, empurrando o sangue para o
Ventrículo direito passando por uma válvula
denominada Válvula Tricúspide.
Acontece, então, no ventrículo direito uma
diástole e logo após uma sístole, fazendo com
que o sangue saia do coração pela artéria
pulmonar sendo levado para os pulmões, onde
ocorrerá a hemátose (troca de gases - sai o CO2 e
entra o O2 nas hemácias). O sangue arterial (rico
em O2), volta para o coração pelas veias
pulmonares entrando no Átrio esquerdo, que fará
uma diástole.
Grande Circulação
A grande circulação começa com a
diástole do átrio esquerdo seguido por
uma sístole, onde o sangue será empurrado
para o ventrículo esquerdo, passando por
uma válvula chamada de Válvula
Bicúspide ou Mitral.
O ventrículo esquerdo sofre uma diástole e
logo após uma sístole, fazendo com que o
sangue saia do coração pela Artéria aorta,
onde será levado para todo corpo, onde
acontecerá trocas gasosas e o sangue,
agora, volta ao coração pelas veias cavas
superior e inferior. Com a circulação
levando oxigênio e nutrientes.
145
146. TECIDO MUSCULARTECIDO MUSCULAR
Formado por músculos, com a função de realizar movimentos, é graças ao tecido
muscular que os animais podem nadar, voar, andar, respirar, etc.
O tecido muscular é dividido em:
•Tecido muscular estriado:
estriado
cardíaco
•Tecido muscular liso.
1.Tecido Estriado - assim chamado porque ao se observar ao microscópio óptico
nota-se faixas claras escuras, que nada mais são do que um arranjo de
microfilamentos de proteínas. O tecido muscular estriado forma nossos músculos,
estão ligados aos ossos através dos tendões e são responsáveis pelas contrações
voluntárias.
2.O tecido muscular estriado cardíaco - forma o coração possuindo contrações
involuntárias.
3.Tecido Muscular Liso - presente em diversos órgãos internos (bexiga, útero,
estômago, intestino, etc.) e a sua contração é involuntária.
146
147. SISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSO
Responsável pelo ajustamento do
animal ao ambiente. Sua função é
captar, interpretar e responder aos
estímulos.
O sistema nervoso é formado por
células especiais chamadas de:
neurônios
células da glia ou neuroglias.
•As células da glia - são
responsáveis pelo suporte dos
neurônios, ou seja, são as células
da glia que mantém a vida dos
neurônios.
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148. NeurôniosNeurônios
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Os neurônios são responsáveis pelo transporte
dos estímulos graças à bomba de sódio e
potássio.
O neurônio é formado por duas partes - corpo
celular e prolongamentos.
No corpo celular encontramos todas as
organelas citoplasmáticas, portanto responsável
pela homeostasia da célula.
Os prolongamentos são formados por
dendritos (prolongamentos mais numerosos nos
neurônios que conduzem os estímulos captados
do ambiente ou de outras células em direção ao
corpo celular) e por axônios (prolongamento
mais longo que os dendritos e único, com a
função de transmitir para outras células os
impulsos nervoso provenientes do corpo celular).
149. SISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSO
Arco Reflexo
Quando um estímulo surge, por exemplo, uma batida no pé, imediatamente esse
estímulo é captado por dendritos sensoriais que levam este estímulo para a
medula que analisa e ao mesmo tempo elabora uma resposta e conscientiza o
cérebro do ocorrido. A resposta volta por um axônio motor até o local para, por
exemplo, flexionar a perna.
O dendrito sensorial mais o axônio motor formam o nervo.
Os nervos e órgãos formam o sistema nervoso que se divide em três:
1.Sistema Nervoso Central
2.Sistema Nervoso Periférico
3.Sistema Nervoso Autônomo
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150. Sistema Nervoso CentralSistema Nervoso Central
Formado por cérebro, cerebelo, ponte
e medula espinal.
É protegido por ossos (crânio e coluna
vertebral) e por membranas
denominadas meninges, que são três,
da mais externa à mais interna - dura-
máter, aracnóide e piamater - são
preenchidas pelo líquido
céfalorraquidiano, que amortece os
choques mecânicos do sistema nervoso
central. Muitas vezes as meninges são
atacadas ou por vírus ou por bactérias,
causando uma doença denominada
meningite. O sistema nervoso central é
onde acontece a interpretação e
consequentemente a elaboração da
resposta para os estímulos.
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151. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO E AUTÔNOMOSISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO E AUTÔNOMO
1. Sistema Nervoso Periférico
Formado pelos nervos e gânglios nervosos, cuja função é conectar o
sistema nervoso central às diversas partes do corpo do animal.
2. Sistema Nervoso Autônomo
Formado por dois ramos: simpáticos e parassimpáticos, que se
distinguem tanto pela estrutura quanto pela função.
Enquanto um dos ramos estimula determinado órgão, o outro inibe, essa
ação antagônica mantém o funcionamento equilibrado dos órgãos
internos. Por exemplo, o sistema simpático é responsável pela
aceleração dos batimentos cardíacos, já o parassimpático desacelera
os batimentos.
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