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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
DEPARTAMENTO DE BIOMEDICINA 
Processos Imunológicos e 
Patológicos 
INFLAMAÇÃO 
Prof.: Hermínio M. da R.Sobrinho 
PROCESSO INFLAMATÓRIO 
“A inflamação constitui uma resposta imune local do(s) 
tecido(s) agredido, caracterizadas por alterações 
vasculares, celulares e dos componentes líquidos da 
região acometida pela lesão tissular”. 
Essas alterações dos componentes teciduais são 
resultantes de modificações que ocorrem nas células 
agredidas, estas passando a adquirir comportamentos 
diferentes: movimentos novos, alterações de forma e 
liberação de enzimas e de substâncias farmacológicas. 
O tempo de duração e a intensidade do agente 
inflamatório determinam diferentes graus ou fases de 
transformação nos tecidos, caracterizando uma 
inflamação como sendo, por exemplo, do tipo agudo ou 
crônico. 
Toda a transformação 
morfológica e funcional do 
tecido, característica dos 
processos inflamatórios, 
visa destruir, diluir ou isolar 
o agente agressor, sendo, 
portanto, uma reação de 
defesa e de reparação do 
dano tecidual.
2 
MOMENTOS OU FASES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 
1)Fase irritativa: modificações morfológicas e 
funcionais dos tecidos agredidos que 
promovem a liberação de mediadores químicos, 
estes desencadeantes das demais fases 
inflamatórias. 
2) Fase vascular: alterações hemodinâmicas da 
circulação e de permeabilidade vascular no 
local da agressão. 
3) Fase exsudativa: característica do processo 
inflamatório, esse fenômeno compõe-se de 
exsudato celular e plasmático oriundo do 
aumento da permeabilidade vascular. 
MOMENTOS OU FASES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 
4)Fase degenerativa-necrótica: composta por 
células com alterações degenerativas reversíveis ou 
não (neste caso, originando um material necrótico), 
derivadas da ação direta do agente agressor ou das 
modificações funcionais e anatômicas conseqüentes 
das três fases anteriores. 
5)Fase produtiva-reparativa: relacionada à 
característica de hipermetria da inflamação, ou seja, 
exprime os aumentos de quantidade dos elementos 
teciduais - principalmente de células -, resultado das 
fases anteriores. Essa hipermetria da reação 
inflamatória visa destruir o agente agressor e reparar 
o tecido injuriado. 
MANIFESTAÇÔES CLÍNICAS DA INFLAMAÇÃO – SINAIS 
CARDINAIS 
 RUBOR (VERMELHIDÃO) exsudação de células 
sanguíneas (hemácias e leucócitos); 
 CALOR (hiperemia arterial com aumento da 
temperatura local); 
 EDEMA OU TUMOR (acúmulo de líquido e células 
inflamatórias); 
 DOR (compressão das fibras nervosas locais devido 
ao acúmulo de líquidos e de células, agressão direta às 
fibras nervosas e ação farmacológicas sobre as 
terminações nervosas); 
 PERDA FUNCIONAL? (decorrente do tumor (principalmente 
em articulações, impedindo a movimentação) e da própria dor, 
dificultando as atividades locais). 
Fase vascular e celular da inflamação: 
Pequena vasoconstrição seguida de 
vasodilatação; 
 Rubor e calor; 
Aumenta a permeabilidade nos espaços entre 
as células endoteliais; 
Aumenta a pressão osmótica intersticial que 
contribui para o edema (água e Íons).
3 
Fase vascular e celular da inflamação 
Exsudação do plasma para o espaço extravascular. 
No endotélio ocorre marginação, rolamento, adesão dos 
leucócitos; 
Estes processos ocorrem por acção das moléculas de 
adesão (selectinas E, P, L, imunoglobulinas, integrinas e 
glicoproteínas) presentes no leucócito e no endotélio que 
são complementares; 
Transmigração através do endotélio (diapedese); 
 Leucócitos atravessam a membrana basal e passam 
para o espaço extravascular; 
Os leucócitos deixam o sangue e migram para os locais 
de infecção por um processo mediado por interacções 
adesivas que são reguladas por citocinas e quimiocinas 
derivadas de macrófagos. 
Quimiotaxia 
Leucócitos seguem gradiente químico até ao local de 
lesão; 
- Produtos solúveis bacterianos; 
- Componentes do Sistema Complemento (C5a) 
- Citocinas (quimiocinas); 
- LTB4 (metabólito do ácido araquidônico) 
Agentes quimiotáticos ligam receptores da superfície 
induzindo a mobilização do cálcio e o agrupamento de 
elementos citoesqueléticos contrácteis. 
Manifestações clínicas da Inflamação!
4 
FENÔMENOS IRRITATIVOS 
Têm, como característica fundamental, a mediação 
química, ou seja, fenômeno em que ocorre a produção 
e/ou liberação de substâncias químicas diante da ação do 
agente inflamatório. Essas substâncias atuam 
principalmente na microcirculação do local inflamado, 
provocando, dentre outras modificações, o aumento da 
permeabilidade vascular. 
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS 
Mediadores de ação rápida: liberados imediatamente após a ação do 
estímulo agressor. Têm ação principalmente sobre os vasos e 
envolvem o grupo das aminas vasoativas. 
Mediadores de ação prolongada: liberados mais tardiamente, diante 
da persistência do agente flogístico. Atuam nos vasos e, 
principalmente, nos mecanismos de quimiotaxia celular, contribuindo 
para a exsudação celular. Compreendem substâncias plasmáticas e 
lipídios ácidos. 
Mediadores da inflamação 
• Aminas Vasoativas; 
• Neuropeptídeos; 
• Proteases Plasmáticas; 
• Metabólitos do Ácido Araquidônico; 
• Fatores de Ativação das Plaquetas; 
• Citocinas; 
• Radicais Livres; 
• Constituintes Lisossômicos. 
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 
Exógenos: peptídeos 
Endógenos: 
Plasmáticos 
sistema de coagulação 
sistema fibrinolítico 
sistema complemento 
sistema das cininas 
Celulares Pré-formados: 
Histamina, serotonina, Proteases. 
Sintetizados: 
Lipídicos: prostaglandinas, leucotrienos,PAF. 
Protéicos: citocinas 
FENÔMENOS CELULARES 
Os fenômenos celulares da inflamação envolvem o 
acionamento das capacidades celulares de movimentação, de 
adesão e de englobamento de partículas. O principal fenômeno 
é a saída de leucócitos da luz vascular e sua migração para o 
local agredido. 
A quimiotaxia é um fator preponderante na exsudação 
celular. A célula possui, em sua membrana plasmática, 
receptores para algumas substâncias. Algumas destas 
podem entrar em contato com esse receptor; parece 
existir um mecanismo, baseado na mudança 
conformacional do receptor, que faz com que a célula 
perceba a existência de maior quantidade dessa 
substância em locais específicos. Percebendo essa maior 
quantidade, a célula migra para o local
5 
HHIISSTTAAMMIINNAA 
PLASMA
6 
PLASMA 
PLASMA 
Moléculas de 
Adesão 
TNF- a
7 
Corte histológico de um vaso sanguíneo: 
Marginação de leucócitos no endotélio vascular! 
Diapedese! 
Inflamação aguda: 
Células imunológicas: 
Neutrófilos: granulócitos típicos de fenômenos agudos da 
inflamação, presentes em maior quantidade nesta fase 
devido ao seu alto potencial de diapedese e rápida 
velocidade de migração. Têm ação fagocítica e, se 
mortos, podem provocar necrose tecidual devido a 
liberação de suas enzimas lisossômicas para o 
interstício. 
Eosinófilos: encontrados nas inflamações subagudas ou 
relativas a fenômenos alérgicos e em alguns processos 
neoplásicos. Também possuem capacidade de 
fagocitose, mas menor que os neutrófilos. 
CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS 
São moléculas de natureza protéica, a maioria 
sintetizada por leucócitos, desempenham sua 
atividade biológica após ligação em receptor 
celular específico de determinadas células 
teciduais, induzindo ativação celular e diferentes 
efeitos biológicos dependendo da sua 
característica bioquímica ou imunomoduladora. 
Ex.: IL-1, IL-6, IL-8, TNF-
8 
MECANISMOS DE AÇÃO DAS CITOCINAS 
PROPRIEDADES 
DAS CITOCINAS 
Mediadores inflamatórios de ação rápida: 
1) Aminas vasoativas: originárias do tecido agredido. Atuam 
sobre a parede vascular, não exercendo quimiotaxia sobre os 
leucócitos, como alguns mediadores de ação prolongada. 
Compreendem, dentre outros, a histamina e a serotonina. 
Histamina: sintetizada nos granulócitos basófilos, nas 
plaquetas e, principalmente, nos mastócitos, que a liberam 
quando agredidos. Provoca contração das células endoteliais 
venulares, com conseqüente aumento da permeabilidade 
vascular, e vasodilatação. Tem destacada participação no 
mecanismo de formação do edema inflamatório. 
Serotonina: encontrada nas plaquetas, na mucosa intestinal e 
no SNC, a serotonina tem uma provável ação vasodilatadora e 
de aumento da permeabilidade vascular. 
Mediadores de ação prolongada: 
1) Substâncias plasmáticas: as substâncias plasmáticas 
estão divididas em três grandes sistemas: o sistema das 
cininas (envolvendo principalmente a plasmina e a bradicina), o 
sistema complemento e o sistema de coagulação 
(representado aqui pelos fibrinopéptides). 
Plasminogênio/Plasmina: a plasmina é uma protease que 
digere uma ampla gama de proteínas teciduais como fibrina, 
protrombina, globulina etc. Sua forma inativa, o plasminogênio, 
é ativada por enzimas lisossômicas, quinases bacterianas, 
teciduais e plasmáticas. A presença da plasmina incrementa a 
permeabilidade vascular, provoca o surgimento de 
fibrinopéptides, libera cininas e atua sobre o complemento. 
Bradicinina: ativado no interstício, esse peptídio tem ação 
vasodilatadora de pequenas artérias e arteríolas, também 
aumentando a permeabilidade vascular. Por atuar em 
terminações nervosas, pode provocar o surgimento de dor.
9 
Mediadores inflamatórios de ação prolongada: 
Complemento: é um fragmento protéico originário de uma 
proteína plasmática termolábel que se rompe devido a algumas 
reações entre proteínas plasmáticas e intersticiais (como, por 
exemplo, as reações antígeno-anticorpo). Aumenta a 
permeabilidade vascular por provocar a liberação de histamina 
ou por ação direta sobre a parede vascular. Também tem 
atividade de quimiotaxia, contribuindo para a exsudação 
celular, principalmente de neutrófilos. 
Fibrinopéptides: produto da transformação do fibrinogênio em 
fibrina (no sistema de coagulação) ou da ação da plasmina 
sobre essas duas substâncias, os fibrinopéptides têm ação 
quimiotática sobre os leucócitos, evento observado na fase de 
exsudação celular, e podem aumentar a permeabilidade 
vascular. 
Mediadores de ação prolongada: 
2) Lipídios ácidos: representados principalmente pela 
prostaglandina. 
Prostaglandina: participa de fases mais tardias da 
inflamação; é um composto de cadeias longas formadas por 
ácidos graxos, tendo sido observado primeiramente no líquido 
seminal (daí ter o nome de prostaglandina - prosta=próstata; 
glandina= provavelmente glândula); provocam contração 
das células endoteliais e vasodilatação e potencializam as 
respostas vasculares oriundas da ação da bradicinina. 
LEUCOTRIENOS: 
PAF: 
CLASSIFICAÇÃO DAS INFLAMAÇÕES 
A variação qualitativa e quantitativa dos diferentes 
elementos celulares presentes no foco inflamatório 
promove diferenciações nesse local, que podem 
caracterizar, entre outras classificações, uma inflamação 
aguda ou crônica. 
Por resultarem em alterações morfológicas teciduais de 
diferentes características, as inflamações recebem 
classificações, estas podendo ser quanto ao tempo de 
duração ou quanto ao tipo de elemento tecidual 
predominante. 
Quanto ao tempo de duração: Agudas ou Crônicas. 
Aguda: (entre 1 a 2 semanas); Crônica: superam 3 meses; 
Quanto ao tipo de elemento tecidual predominante: 
Serosa; Fibrosa; Hemorrágica; Ulcerativa; Purulenta. 
Inflamação aguda 
• Resposta rápida a um agente nocivo encarregada de 
levar mediadores da defesa do organismo ao local da 
lesão; 
• Alteração no calibre vascular que leva a um aumento no 
fluxo sanguíneo; 
• Alterações estruturais que permitem que as proteínas 
plasmáticas e leucócitos deixem a circulação; 
•Saída de leucócitos da microcirculação e sua 
acumulação no foco da lesão onde ocorre a sua ativação 
para eliminar o agente nocivo.
10 
Estímulos para a inflamação aguda 
• Infecções (bacterianas, virais, parasitárias) e toxinas 
microbianas 
• Agentes físicos e químicos (lesão térmica, radiação, 
algumas substâncias 
ambientais) 
• Reações imunológicas (reações de hipersensibilidade) 
• Traumas; 
• Necrose tecidual. 
Resultados da inflamação aguda 
• Resolução completa - todas as reações inflamatórias, 
uma vez neutralizado e 
eliminado o estímulo nocivo, devem terminar com a 
restauração da normalidade no local da inflamação 
aguda; 
• Cicatrização pela substituição de tecido conjuntivo 
(fibrose) - ocorre após uma destruição tecidual 
considerável, quando a lesão inflamatória envolve tecidos 
incapazes de se regenerarem, ou quando existe um 
abundante exsudado de fibrina. 
•Progressão da resposta tecidual a inflamação crônica - 
ocorre quando não há uma resolução da resposta inflamatória 
aguda devido à persistência do agente nocivo ou alguma 
interferência com o processo normal de cicatrização. 
Efeitos sistêmicos da inflamação 
 Febre 
Uma das reações da fase aguda,mediadas por 
citocinas, mais facilmente reconhecível (IL-1, IL- 
6, FNT); 
 Degradação de proteínas no músculo 
esquelético; 
 Anorexia 
 Leucocitose – Aumento dos glóbulos brancos 
Hipotensão 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA: 
Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus 
de celularidade e de outros elementos teciduais mais 
próximos da reparação, diante da permanência do agente 
agressor. 
Clinicamente, nas inflamações crônicas não de observam 
os sinais cardinais característicos das reações agudas. 
Porém, todas as alterações vasculares e exsudativas que 
originam esses sinais clínicos continuam acontecendo, 
culminando com o destaque da última fase inflamatória, a 
fase produtiva-reparativa.
11 
Histopatologia 
evidenciando 
diferentes 
inflamações. 
Inflamação Aguda 
Inflamação Crônica 
Inflamação crônica 
• Maior duração que a aguda 
• Normalmente segue-se a esta ou pode 
caracterizar a inflamação desde o início 
• Presença de macrófagos, linfócitos e células 
plasmáticas 
• Proliferação de fibroblastos 
Inflamação crônica 
• Mycobacterium tuberculosis; 
• Alguns vírus; 
• Agentes físicos com baixo grau de toxicidade 
como na silicose; 
• Reações auto-imunes. 
•Destruição tecidual por células inflamatórias 
•Reparação com fibrose e angiogênese 
•Quando a fase aguda não pode ser resolvida: 
– Lesão persistente ou infecção (úlcera,TB) 
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Processos imunologicos e patologicos inflamacao

  • 1. 1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOMEDICINA Processos Imunológicos e Patológicos INFLAMAÇÃO Prof.: Hermínio M. da R.Sobrinho PROCESSO INFLAMATÓRIO “A inflamação constitui uma resposta imune local do(s) tecido(s) agredido, caracterizadas por alterações vasculares, celulares e dos componentes líquidos da região acometida pela lesão tissular”. Essas alterações dos componentes teciduais são resultantes de modificações que ocorrem nas células agredidas, estas passando a adquirir comportamentos diferentes: movimentos novos, alterações de forma e liberação de enzimas e de substâncias farmacológicas. O tempo de duração e a intensidade do agente inflamatório determinam diferentes graus ou fases de transformação nos tecidos, caracterizando uma inflamação como sendo, por exemplo, do tipo agudo ou crônico. Toda a transformação morfológica e funcional do tecido, característica dos processos inflamatórios, visa destruir, diluir ou isolar o agente agressor, sendo, portanto, uma reação de defesa e de reparação do dano tecidual.
  • 2. 2 MOMENTOS OU FASES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 1)Fase irritativa: modificações morfológicas e funcionais dos tecidos agredidos que promovem a liberação de mediadores químicos, estes desencadeantes das demais fases inflamatórias. 2) Fase vascular: alterações hemodinâmicas da circulação e de permeabilidade vascular no local da agressão. 3) Fase exsudativa: característica do processo inflamatório, esse fenômeno compõe-se de exsudato celular e plasmático oriundo do aumento da permeabilidade vascular. MOMENTOS OU FASES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 4)Fase degenerativa-necrótica: composta por células com alterações degenerativas reversíveis ou não (neste caso, originando um material necrótico), derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas conseqüentes das três fases anteriores. 5)Fase produtiva-reparativa: relacionada à característica de hipermetria da inflamação, ou seja, exprime os aumentos de quantidade dos elementos teciduais - principalmente de células -, resultado das fases anteriores. Essa hipermetria da reação inflamatória visa destruir o agente agressor e reparar o tecido injuriado. MANIFESTAÇÔES CLÍNICAS DA INFLAMAÇÃO – SINAIS CARDINAIS RUBOR (VERMELHIDÃO) exsudação de células sanguíneas (hemácias e leucócitos); CALOR (hiperemia arterial com aumento da temperatura local); EDEMA OU TUMOR (acúmulo de líquido e células inflamatórias); DOR (compressão das fibras nervosas locais devido ao acúmulo de líquidos e de células, agressão direta às fibras nervosas e ação farmacológicas sobre as terminações nervosas); PERDA FUNCIONAL? (decorrente do tumor (principalmente em articulações, impedindo a movimentação) e da própria dor, dificultando as atividades locais). Fase vascular e celular da inflamação: Pequena vasoconstrição seguida de vasodilatação; Rubor e calor; Aumenta a permeabilidade nos espaços entre as células endoteliais; Aumenta a pressão osmótica intersticial que contribui para o edema (água e Íons).
  • 3. 3 Fase vascular e celular da inflamação Exsudação do plasma para o espaço extravascular. No endotélio ocorre marginação, rolamento, adesão dos leucócitos; Estes processos ocorrem por acção das moléculas de adesão (selectinas E, P, L, imunoglobulinas, integrinas e glicoproteínas) presentes no leucócito e no endotélio que são complementares; Transmigração através do endotélio (diapedese); Leucócitos atravessam a membrana basal e passam para o espaço extravascular; Os leucócitos deixam o sangue e migram para os locais de infecção por um processo mediado por interacções adesivas que são reguladas por citocinas e quimiocinas derivadas de macrófagos. Quimiotaxia Leucócitos seguem gradiente químico até ao local de lesão; - Produtos solúveis bacterianos; - Componentes do Sistema Complemento (C5a) - Citocinas (quimiocinas); - LTB4 (metabólito do ácido araquidônico) Agentes quimiotáticos ligam receptores da superfície induzindo a mobilização do cálcio e o agrupamento de elementos citoesqueléticos contrácteis. Manifestações clínicas da Inflamação!
  • 4. 4 FENÔMENOS IRRITATIVOS Têm, como característica fundamental, a mediação química, ou seja, fenômeno em que ocorre a produção e/ou liberação de substâncias químicas diante da ação do agente inflamatório. Essas substâncias atuam principalmente na microcirculação do local inflamado, provocando, dentre outras modificações, o aumento da permeabilidade vascular. MEDIADORES INFLAMATÓRIOS Mediadores de ação rápida: liberados imediatamente após a ação do estímulo agressor. Têm ação principalmente sobre os vasos e envolvem o grupo das aminas vasoativas. Mediadores de ação prolongada: liberados mais tardiamente, diante da persistência do agente flogístico. Atuam nos vasos e, principalmente, nos mecanismos de quimiotaxia celular, contribuindo para a exsudação celular. Compreendem substâncias plasmáticas e lipídios ácidos. Mediadores da inflamação • Aminas Vasoativas; • Neuropeptídeos; • Proteases Plasmáticas; • Metabólitos do Ácido Araquidônico; • Fatores de Ativação das Plaquetas; • Citocinas; • Radicais Livres; • Constituintes Lisossômicos. MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: Exógenos: peptídeos Endógenos: Plasmáticos sistema de coagulação sistema fibrinolítico sistema complemento sistema das cininas Celulares Pré-formados: Histamina, serotonina, Proteases. Sintetizados: Lipídicos: prostaglandinas, leucotrienos,PAF. Protéicos: citocinas FENÔMENOS CELULARES Os fenômenos celulares da inflamação envolvem o acionamento das capacidades celulares de movimentação, de adesão e de englobamento de partículas. O principal fenômeno é a saída de leucócitos da luz vascular e sua migração para o local agredido. A quimiotaxia é um fator preponderante na exsudação celular. A célula possui, em sua membrana plasmática, receptores para algumas substâncias. Algumas destas podem entrar em contato com esse receptor; parece existir um mecanismo, baseado na mudança conformacional do receptor, que faz com que a célula perceba a existência de maior quantidade dessa substância em locais específicos. Percebendo essa maior quantidade, a célula migra para o local
  • 6. 6 PLASMA PLASMA Moléculas de Adesão TNF- a
  • 7. 7 Corte histológico de um vaso sanguíneo: Marginação de leucócitos no endotélio vascular! Diapedese! Inflamação aguda: Células imunológicas: Neutrófilos: granulócitos típicos de fenômenos agudos da inflamação, presentes em maior quantidade nesta fase devido ao seu alto potencial de diapedese e rápida velocidade de migração. Têm ação fagocítica e, se mortos, podem provocar necrose tecidual devido a liberação de suas enzimas lisossômicas para o interstício. Eosinófilos: encontrados nas inflamações subagudas ou relativas a fenômenos alérgicos e em alguns processos neoplásicos. Também possuem capacidade de fagocitose, mas menor que os neutrófilos. CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS São moléculas de natureza protéica, a maioria sintetizada por leucócitos, desempenham sua atividade biológica após ligação em receptor celular específico de determinadas células teciduais, induzindo ativação celular e diferentes efeitos biológicos dependendo da sua característica bioquímica ou imunomoduladora. Ex.: IL-1, IL-6, IL-8, TNF-
  • 8. 8 MECANISMOS DE AÇÃO DAS CITOCINAS PROPRIEDADES DAS CITOCINAS Mediadores inflamatórios de ação rápida: 1) Aminas vasoativas: originárias do tecido agredido. Atuam sobre a parede vascular, não exercendo quimiotaxia sobre os leucócitos, como alguns mediadores de ação prolongada. Compreendem, dentre outros, a histamina e a serotonina. Histamina: sintetizada nos granulócitos basófilos, nas plaquetas e, principalmente, nos mastócitos, que a liberam quando agredidos. Provoca contração das células endoteliais venulares, com conseqüente aumento da permeabilidade vascular, e vasodilatação. Tem destacada participação no mecanismo de formação do edema inflamatório. Serotonina: encontrada nas plaquetas, na mucosa intestinal e no SNC, a serotonina tem uma provável ação vasodilatadora e de aumento da permeabilidade vascular. Mediadores de ação prolongada: 1) Substâncias plasmáticas: as substâncias plasmáticas estão divididas em três grandes sistemas: o sistema das cininas (envolvendo principalmente a plasmina e a bradicina), o sistema complemento e o sistema de coagulação (representado aqui pelos fibrinopéptides). Plasminogênio/Plasmina: a plasmina é uma protease que digere uma ampla gama de proteínas teciduais como fibrina, protrombina, globulina etc. Sua forma inativa, o plasminogênio, é ativada por enzimas lisossômicas, quinases bacterianas, teciduais e plasmáticas. A presença da plasmina incrementa a permeabilidade vascular, provoca o surgimento de fibrinopéptides, libera cininas e atua sobre o complemento. Bradicinina: ativado no interstício, esse peptídio tem ação vasodilatadora de pequenas artérias e arteríolas, também aumentando a permeabilidade vascular. Por atuar em terminações nervosas, pode provocar o surgimento de dor.
  • 9. 9 Mediadores inflamatórios de ação prolongada: Complemento: é um fragmento protéico originário de uma proteína plasmática termolábel que se rompe devido a algumas reações entre proteínas plasmáticas e intersticiais (como, por exemplo, as reações antígeno-anticorpo). Aumenta a permeabilidade vascular por provocar a liberação de histamina ou por ação direta sobre a parede vascular. Também tem atividade de quimiotaxia, contribuindo para a exsudação celular, principalmente de neutrófilos. Fibrinopéptides: produto da transformação do fibrinogênio em fibrina (no sistema de coagulação) ou da ação da plasmina sobre essas duas substâncias, os fibrinopéptides têm ação quimiotática sobre os leucócitos, evento observado na fase de exsudação celular, e podem aumentar a permeabilidade vascular. Mediadores de ação prolongada: 2) Lipídios ácidos: representados principalmente pela prostaglandina. Prostaglandina: participa de fases mais tardias da inflamação; é um composto de cadeias longas formadas por ácidos graxos, tendo sido observado primeiramente no líquido seminal (daí ter o nome de prostaglandina - prosta=próstata; glandina= provavelmente glândula); provocam contração das células endoteliais e vasodilatação e potencializam as respostas vasculares oriundas da ação da bradicinina. LEUCOTRIENOS: PAF: CLASSIFICAÇÃO DAS INFLAMAÇÕES A variação qualitativa e quantitativa dos diferentes elementos celulares presentes no foco inflamatório promove diferenciações nesse local, que podem caracterizar, entre outras classificações, uma inflamação aguda ou crônica. Por resultarem em alterações morfológicas teciduais de diferentes características, as inflamações recebem classificações, estas podendo ser quanto ao tempo de duração ou quanto ao tipo de elemento tecidual predominante. Quanto ao tempo de duração: Agudas ou Crônicas. Aguda: (entre 1 a 2 semanas); Crônica: superam 3 meses; Quanto ao tipo de elemento tecidual predominante: Serosa; Fibrosa; Hemorrágica; Ulcerativa; Purulenta. Inflamação aguda • Resposta rápida a um agente nocivo encarregada de levar mediadores da defesa do organismo ao local da lesão; • Alteração no calibre vascular que leva a um aumento no fluxo sanguíneo; • Alterações estruturais que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação; •Saída de leucócitos da microcirculação e sua acumulação no foco da lesão onde ocorre a sua ativação para eliminar o agente nocivo.
  • 10. 10 Estímulos para a inflamação aguda • Infecções (bacterianas, virais, parasitárias) e toxinas microbianas • Agentes físicos e químicos (lesão térmica, radiação, algumas substâncias ambientais) • Reações imunológicas (reações de hipersensibilidade) • Traumas; • Necrose tecidual. Resultados da inflamação aguda • Resolução completa - todas as reações inflamatórias, uma vez neutralizado e eliminado o estímulo nocivo, devem terminar com a restauração da normalidade no local da inflamação aguda; • Cicatrização pela substituição de tecido conjuntivo (fibrose) - ocorre após uma destruição tecidual considerável, quando a lesão inflamatória envolve tecidos incapazes de se regenerarem, ou quando existe um abundante exsudado de fibrina. •Progressão da resposta tecidual a inflamação crônica - ocorre quando não há uma resolução da resposta inflamatória aguda devido à persistência do agente nocivo ou alguma interferência com o processo normal de cicatrização. Efeitos sistêmicos da inflamação Febre Uma das reações da fase aguda,mediadas por citocinas, mais facilmente reconhecível (IL-1, IL- 6, FNT); Degradação de proteínas no músculo esquelético; Anorexia Leucocitose – Aumento dos glóbulos brancos Hipotensão INFLAMAÇÃO CRÔNICA: Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros elementos teciduais mais próximos da reparação, diante da permanência do agente agressor. Clinicamente, nas inflamações crônicas não de observam os sinais cardinais característicos das reações agudas. Porém, todas as alterações vasculares e exsudativas que originam esses sinais clínicos continuam acontecendo, culminando com o destaque da última fase inflamatória, a fase produtiva-reparativa.
  • 11. 11 Histopatologia evidenciando diferentes inflamações. Inflamação Aguda Inflamação Crônica Inflamação crônica • Maior duração que a aguda • Normalmente segue-se a esta ou pode caracterizar a inflamação desde o início • Presença de macrófagos, linfócitos e células plasmáticas • Proliferação de fibroblastos Inflamação crônica • Mycobacterium tuberculosis; • Alguns vírus; • Agentes físicos com baixo grau de toxicidade como na silicose; • Reações auto-imunes. •Destruição tecidual por células inflamatórias •Reparação com fibrose e angiogênese •Quando a fase aguda não pode ser resolvida: – Lesão persistente ou infecção (úlcera,TB) – Exposição prolongada a um agente tóxico (sílica) – Doenças auto-imunes (AR, LES)