SlideShare a Scribd company logo
1 of 25
Fundamentos   da   Psicanálise Tema de abertura:  A histeria e a invenção do setting analítico Coordenação   Alexandre  Simões ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Proposta geral do curso: abordar os conceitos e as circunstâncias clínicas que fundamentam a experiência psicanalítica, dando especial atenção aos efeitos da pulsão sobre as subjetividades e ao campo do inconsciente para, daí, se pensar no manejo clínico das neuroses na atualidade ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Nosso percurso: Agosto: 08/08: A histeria e a invenção do setting analítico.        	22/08: Sexualidade e psicanálise: uma nova paisagem. Setembro: 	05/09: A pulsão e sua ruptura com a natureza. 	19/09: A pulsão e sua aventura. Outubro: 	03/10: A tópica do inconsciente. 	17/10: O inconsciente e seu sujeito. Novembro: 	07/11: A clínica das neuroses na contemporaneidade. 	21/11: Subjetivação e atualidade.
Freud e o encontro com o sujeito histérico: Deu-se, inicialmente, por meio de mulheres histéricas que, em larga medida, até então deparavam-se com o ‘niilismo terapêutico’ que lhes era reservado ao final do século XIX
Niilismo terapêutico: A maior parte destas mulheres apresenta seus sintomas com uma marca típica da posição subjetiva histérica: a queixa atrelada à reivindicação; Não só se lamentavam de amores, decepções, frustrações e demais situações nas quais eram preteridas por outros, contudo, portavam um corpo fartamente capturado pelo excesso;
O corpo, capturado pelo excesso, surge como a superfície na qual o sintoma se aloja e desliza: temos, assim, as paralisias de partes do corpo, perda de sensibilidade (à dor, ao tato), suspensão de funções (visão, audição, olfato, locomoção), etc. Esta escrita do mal-estar no corpo não se submetia a nenhuma geografia prévia do corpo (geografia demarcada por saberes biologicistas tais como a Anatomia e a Fisiologia). ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Isto deixava este corpo renegado à dupla posição de enigma e farsa, obstaculizando o sofrimento histérico (esta espécie de sofrimento sem adoecimento) a ser assumido clinicamente.  Daí, o niilismo terapêutico; ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Voltemos ao encontro de Freud com o sujeito histérico ...
Este ‘encontro’ de Freud com as histéricas é composto por várias cenas: Cena na qual a associação livre é proposta:  a demarcação do ato clínico e a produção do psicanalista pela histérica ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Vejamos esta cena nos Estudos sobre a histeria:       O encontro de Freud com a Sra. Emmy von N.: “... Comecei o tratamento de uma senhora de cerca de quarenta anos, cujos sintomas e personalidade me interessaram de tal forma que lhe dediquei grande parte de meu tempo e decidi fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para recuperá-la.” (p.79)      “Essa foi minha primeira tentativa de lidar com aquele método terapêutico [a hipnose]. Estava ainda longe de tê-lo dominado; de fato, não fui bastante à frente na análise dos sintomas, nem o segui de maneira suficientemente sistemática” (p.79) ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
“Sugeri que ela se separasse das duas filhas, que têm governanta, e se internasse numa casa de saúde, onde eu poderia vê-la todos os dias. Concordou com isso sem levantar a menor objeção.” (p.81)     “Aproveitei também a oportunidade para lhe perguntar por que ela sofria de dores gástricas e de onde provinham. Creio que todos os seus acessos de zoopsias são acompanhados por dores gástricas. Sua resposta, dada a contragosto, foi que não sabia. Pedi-lhe que se lembrasse até amanhã. Disse-me então, num claro tom de queixa, que eu não devia continuar a perguntar-lhe de onde provinha isso ou aquilo, mas que a deixasse contar-me o que tinha a dizer.” (p. 91)
Cena na qual o espaço da clínica é desdobrado:
Caso Katharina:  “Nas férias de verão do ano de 199... Fiz uma excursão ao Hohe Tauern [uma das mais altas cordilheiras dos Alpes Orientais] para que por algum tempo pudesse esquecer a medicina e, mais particularmente, as neuroses. Quase havia conseguido isso quando, um belo dia, desviei-me da estrada principal para subir uma montanha que ficava um pouco afastada e que era renomada por suas vistas e sua cabana de hospedagem bem administrada. Alcancei o cimo após uma subida estafante e, sentindo-me revigorado e descansado, sentei-me, mergulhado em profunda contemplação do encanto do panorama distante. Estava tão perdido em meus pensamentos que, a princípio, não relacionei comigo estas palavras, quando alcançaram meus ouvidos: ‘O senhor é médico?’. Mas a pergunta fora endereçada a mim, e pela moça de expressão meio amuada, de talvez dezoito anos de idade, que me servira a refeição e à qual a proprietária se dirigira pelo nome de ‘Katharina’. A julgar por seus trajes e seu porte, não podia ser uma empregada, mas era sem dúvida filha ou parenta da hospedeira. (...)                 [continua ->]
Assim, lá estava eu novamente às voltas com as neuroses – pois nada mais poderia haver de errado com aquela moça de constituição forte e sólida e de aparência tristonha. Fiquei interessado ao constatar que as neuroses podiam florescer assim, a uma altitude superior a 2000 metros; portanto, fiz-lhe outras perguntas.(...)” (p.143) ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Cena na qual a posição de intervenção do analista é estabelecida: Temos aqui Dora (Ida Bauer), uma jovem que quando chega a Freud, estava em vias de completar 18 anos de idade. 	O pai de Dora (Philipp Bauer) a conduz a Freud e, de início, apresenta a filha como uma enferma, mas já indicando que suas crises afetam a toda a família, ou seja, o próprio pai, a mãe eclipsada e o irmão.  	A harmonia havia sido quebrada dois anos antes e desde então a família (e, em especial, Dora e seu pai) vivia em um incerto equilíbrio em função de uma situação que o pai de Dora, na sua exposição da situação, ocultou de Freud:
O pai tinha como amante uma mulher casada chamada Senhora K (PeppinzZellenka) e, além disto, havia uma espécie de quarteto entre o Sr. e a Sra. K, de um lado e o pai de Dora e ela própria, de outro. A mãe de Dora, como em tudo mais, permanecia a parte dessa situação. ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Em suas primeiras sessões, Dora expõe para Freud uma reivindicação bem nítida quanto ao amor de seu pai em relação a ela. Ela afirma que toda a situação entre seu pai e a Sra. K havia interferido na grande atenção que, até então, seu pai lhe concedia.  Junto a isto, Dora tem seguido muito de perto todos os acontecimentos do quarteto até o ponto deles se mostrarem insuportáveis para esta jovem.
A resposta que Freud dá a Dora é finamente demarcadora do lugar desde onde o psicanalista intervém:  ‘tudo o que acaba de me contar, toda esta situação na qual você se vê envolvida: por acaso não é algo do qual você também tem participado?’ ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
A histeria como posição subjetiva: o sujeito se apresenta dividido  -  em conflito, em dúvida, aprisionado em uma encruzilhada amorosa, profissional, familiar, etc.  -  e, tipicamente, se dirige a alguém investido de uma posição especial/privilegiada (reconhecido, na abordagem lacaniana, como um Mestre/Senhor).  Este direcionamento ao Mestre ocorre sobretudo mediante a sedução e se fará acompanhar da demanda de resolução da divisão, mas, notemos: para fazê-lo fracassar repetidamente.
Histeria: Não se resume a manifestação de sintomas.  ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Histeria:                                           ser afetado pelo desejo do Outro ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
CAMINHOS DA AFETAÇÃO: Dissociação Conversão ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Subjetivação e Corpo: amorada do sujeito ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
A construção do setting analítico na experiência clínica da histeria: Versatilidade -> nomadismo ... ou a indagação acerca da configuração/conceituação permanente do espaço e do lugar da clínica Standard-> critério, fundamento. Quais são as condições requeridas para que um ato clínico tenha um efeito analítico? ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Prosseguiremos no próximo encontro (22/08) com o tema: Sexualidade e psicanálise: uma nova paisagem. Até lá! Acesso a este conteúdo: www.alexandresimoes.com.br ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.

More Related Content

What's hot

Psicanálise II - Aula 1: O Início do Tratamento
Psicanálise II - Aula 1: O Início do TratamentoPsicanálise II - Aula 1: O Início do Tratamento
Psicanálise II - Aula 1: O Início do TratamentoAlexandre Simoes
 
Psicologia: Diferentes Abordagens
Psicologia: Diferentes AbordagensPsicologia: Diferentes Abordagens
Psicologia: Diferentes AbordagensBruno Carrasco
 
Freud - O desenvolvimento sexual infantil
Freud - O desenvolvimento sexual infantilFreud - O desenvolvimento sexual infantil
Freud - O desenvolvimento sexual infantilAnaí Peña
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a PsicanálisePaulo Gomes
 
Psicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund Freud
Psicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund FreudPsicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund Freud
Psicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund FreudIsabella Ruas
 
5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálisefaculdadeteologica
 
Teoria psicossexual do desenvolvimento humano
Teoria psicossexual do desenvolvimento humanoTeoria psicossexual do desenvolvimento humano
Teoria psicossexual do desenvolvimento humanoThiago de Almeida
 
Diferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologiaDiferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologiaRita Cristiane Pavan
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseBruno Carrasco
 
Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques Lacan ?
Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques  Lacan ?Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques  Lacan ?
Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques Lacan ?Alexandre Simoes
 
2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconscientenorberto faria
 
As sete escolas da psicanálise
As sete escolas da psicanáliseAs sete escolas da psicanálise
As sete escolas da psicanálisePatricia Ruiz
 

What's hot (20)

Psicanálise II - Aula 1: O Início do Tratamento
Psicanálise II - Aula 1: O Início do TratamentoPsicanálise II - Aula 1: O Início do Tratamento
Psicanálise II - Aula 1: O Início do Tratamento
 
Psicologia: Diferentes Abordagens
Psicologia: Diferentes AbordagensPsicologia: Diferentes Abordagens
Psicologia: Diferentes Abordagens
 
Freud - O desenvolvimento sexual infantil
Freud - O desenvolvimento sexual infantilFreud - O desenvolvimento sexual infantil
Freud - O desenvolvimento sexual infantil
 
Teoria PsicanalíTica
Teoria PsicanalíTicaTeoria PsicanalíTica
Teoria PsicanalíTica
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a Psicanálise
 
Gestalt-Terapia
Gestalt-TerapiaGestalt-Terapia
Gestalt-Terapia
 
Psicanalise
PsicanalisePsicanalise
Psicanalise
 
NEUROSE, PSICOSE & PERVERSÃO.pdf
NEUROSE, PSICOSE & PERVERSÃO.pdfNEUROSE, PSICOSE & PERVERSÃO.pdf
NEUROSE, PSICOSE & PERVERSÃO.pdf
 
Psicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund Freud
Psicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund FreudPsicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund Freud
Psicanálise - Estudo da Teoria de Sigmund Freud
 
5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise
 
Teoria psicossexual do desenvolvimento humano
Teoria psicossexual do desenvolvimento humanoTeoria psicossexual do desenvolvimento humano
Teoria psicossexual do desenvolvimento humano
 
Diferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologiaDiferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologia
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a Psicanálise
 
Introdução À Psicanálise
Introdução À PsicanáliseIntrodução À Psicanálise
Introdução À Psicanálise
 
Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques Lacan ?
Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques  Lacan ?Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques  Lacan ?
Curso Lacan e a Psicanálise - Aula 1: Quem foi Jacques Lacan ?
 
2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente
 
Psicanálise
PsicanálisePsicanálise
Psicanálise
 
Psicanálise
PsicanálisePsicanálise
Psicanálise
 
As sete escolas da psicanálise
As sete escolas da psicanáliseAs sete escolas da psicanálise
As sete escolas da psicanálise
 
Freud. slide
Freud. slideFreud. slide
Freud. slide
 

Similar to CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 1: A histeria e o setting analítico

CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...Alexandre Simoes
 
Aula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdf
Aula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdfAula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdf
Aula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdfFlaviadosSantosNasci
 
Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...
Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...
Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...DanielaMoraesCarvalh
 
O espiritismo-em-sua-expressao-mais-simples
O espiritismo-em-sua-expressao-mais-simplesO espiritismo-em-sua-expressao-mais-simples
O espiritismo-em-sua-expressao-mais-simplesJosiani97
 
CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise: uma nov...
CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise:  uma nov...CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise:  uma nov...
CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise: uma nov...Alexandre Simoes
 
27 terceira categoria - caso 7
27   terceira categoria - caso 727   terceira categoria - caso 7
27 terceira categoria - caso 7Fatoze
 
Mocidade Espírita Chico Xavier - Transfiguração
Mocidade Espírita Chico Xavier - TransfiguraçãoMocidade Espírita Chico Xavier - Transfiguração
Mocidade Espírita Chico Xavier - TransfiguraçãoSergio Lima Dias Junior
 
No país das sombras - Elisabeth D’Espérance
No país das sombras - Elisabeth D’EspéranceNo país das sombras - Elisabeth D’Espérance
No país das sombras - Elisabeth D’Espéranceefelopes
 
Aula 1 o que é o espiritismo
Aula  1 o que é o espiritismoAula  1 o que é o espiritismo
Aula 1 o que é o espiritismofree
 
aleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdf
aleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdfaleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdf
aleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdfEvandroAlencar4
 
Aula 1 o que é o espiritismo
Aula  1 o que é o espiritismoAula  1 o que é o espiritismo
Aula 1 o que é o espiritismofree
 
http://kardequiando.blogspot.com.br
http://kardequiando.blogspot.com.brhttp://kardequiando.blogspot.com.br
http://kardequiando.blogspot.com.brfree
 
Afonia e gagueira a voz soletrada no corpo
Afonia e gagueira  a voz soletrada no corpoAfonia e gagueira  a voz soletrada no corpo
Afonia e gagueira a voz soletrada no corpoadrianomedico
 
21 terceira categoria - caso 1
21   terceira categoria - caso 121   terceira categoria - caso 1
21 terceira categoria - caso 1Fatoze
 
54 sexta categoria - segundo subgrupo
54   sexta categoria - segundo subgrupo54   sexta categoria - segundo subgrupo
54 sexta categoria - segundo subgrupoFatoze
 
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedoApometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedolilianehenz
 

Similar to CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 1: A histeria e o setting analítico (20)

CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 2 - Histeria e TOC: possíveis confluê...
 
Histeria
HisteriaHisteria
Histeria
 
Aula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdf
Aula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdfAula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdf
Aula 2 (complementar) - Cinco lições de Psicanálise.pdf
 
Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...
Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...
Winnicott, OS ELEMENTOS MASCULINO E FEMININO EXPELIDOS, ENCONTRADOS EM HOMENS...
 
O espiritismo-em-sua-expressao-mais-simples
O espiritismo-em-sua-expressao-mais-simplesO espiritismo-em-sua-expressao-mais-simples
O espiritismo-em-sua-expressao-mais-simples
 
Freud.ppt
Freud.pptFreud.ppt
Freud.ppt
 
CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise: uma nov...
CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise:  uma nov...CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise:  uma nov...
CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 2: Sexualidade e psicanálise: uma nov...
 
27 terceira categoria - caso 7
27   terceira categoria - caso 727   terceira categoria - caso 7
27 terceira categoria - caso 7
 
Mocidade Espírita Chico Xavier - Transfiguração
Mocidade Espírita Chico Xavier - TransfiguraçãoMocidade Espírita Chico Xavier - Transfiguração
Mocidade Espírita Chico Xavier - Transfiguração
 
No país das sombras - Elisabeth D’Espérance
No país das sombras - Elisabeth D’EspéranceNo país das sombras - Elisabeth D’Espérance
No país das sombras - Elisabeth D’Espérance
 
Aula 1 o que é o espiritismo
Aula  1 o que é o espiritismoAula  1 o que é o espiritismo
Aula 1 o que é o espiritismo
 
aleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdf
aleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdfaleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdf
aleister crowley-rituais documentos e a magia sexual · versão 1.pdf
 
Aula 1 o que é o espiritismo
Aula  1 o que é o espiritismoAula  1 o que é o espiritismo
Aula 1 o que é o espiritismo
 
http://kardequiando.blogspot.com.br
http://kardequiando.blogspot.com.brhttp://kardequiando.blogspot.com.br
http://kardequiando.blogspot.com.br
 
A OUTRA PLATEIA DE DIVALDO
A OUTRA PLATEIA DE DIVALDOA OUTRA PLATEIA DE DIVALDO
A OUTRA PLATEIA DE DIVALDO
 
Afonia e gagueira a voz soletrada no corpo
Afonia e gagueira  a voz soletrada no corpoAfonia e gagueira  a voz soletrada no corpo
Afonia e gagueira a voz soletrada no corpo
 
21 terceira categoria - caso 1
21   terceira categoria - caso 121   terceira categoria - caso 1
21 terceira categoria - caso 1
 
Edição n. 19 do CH Notícias - Janeiro/2017
Edição n. 19 do CH Notícias - Janeiro/2017Edição n. 19 do CH Notícias - Janeiro/2017
Edição n. 19 do CH Notícias - Janeiro/2017
 
54 sexta categoria - segundo subgrupo
54   sexta categoria - segundo subgrupo54   sexta categoria - segundo subgrupo
54 sexta categoria - segundo subgrupo
 
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedoApometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
Apometria -espirito-materia-1-jose-lacerda-de-azevedo
 

More from Alexandre Simoes

2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalistaAlexandre Simoes
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...Alexandre Simoes
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhosAlexandre Simoes
 
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejosAlexandre Simoes
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejoAlexandre Simoes
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnósticoAlexandre Simoes
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...Alexandre Simoes
 
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...Alexandre Simoes
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...Alexandre Simoes
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...Alexandre Simoes
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...Alexandre Simoes
 
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...Alexandre Simoes
 
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXICLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXIAlexandre Simoes
 

More from Alexandre Simoes (20)

2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
 
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnóstico
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...
 
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
 
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
 
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXICLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
 

CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 1: A histeria e o setting analítico

  • 1. Fundamentos da Psicanálise Tema de abertura: A histeria e a invenção do setting analítico Coordenação Alexandre Simões ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 2. Proposta geral do curso: abordar os conceitos e as circunstâncias clínicas que fundamentam a experiência psicanalítica, dando especial atenção aos efeitos da pulsão sobre as subjetividades e ao campo do inconsciente para, daí, se pensar no manejo clínico das neuroses na atualidade ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 3. Nosso percurso: Agosto: 08/08: A histeria e a invenção do setting analítico. 22/08: Sexualidade e psicanálise: uma nova paisagem. Setembro: 05/09: A pulsão e sua ruptura com a natureza. 19/09: A pulsão e sua aventura. Outubro: 03/10: A tópica do inconsciente. 17/10: O inconsciente e seu sujeito. Novembro: 07/11: A clínica das neuroses na contemporaneidade. 21/11: Subjetivação e atualidade.
  • 4. Freud e o encontro com o sujeito histérico: Deu-se, inicialmente, por meio de mulheres histéricas que, em larga medida, até então deparavam-se com o ‘niilismo terapêutico’ que lhes era reservado ao final do século XIX
  • 5. Niilismo terapêutico: A maior parte destas mulheres apresenta seus sintomas com uma marca típica da posição subjetiva histérica: a queixa atrelada à reivindicação; Não só se lamentavam de amores, decepções, frustrações e demais situações nas quais eram preteridas por outros, contudo, portavam um corpo fartamente capturado pelo excesso;
  • 6. O corpo, capturado pelo excesso, surge como a superfície na qual o sintoma se aloja e desliza: temos, assim, as paralisias de partes do corpo, perda de sensibilidade (à dor, ao tato), suspensão de funções (visão, audição, olfato, locomoção), etc. Esta escrita do mal-estar no corpo não se submetia a nenhuma geografia prévia do corpo (geografia demarcada por saberes biologicistas tais como a Anatomia e a Fisiologia). ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 7. Isto deixava este corpo renegado à dupla posição de enigma e farsa, obstaculizando o sofrimento histérico (esta espécie de sofrimento sem adoecimento) a ser assumido clinicamente. Daí, o niilismo terapêutico; ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 8. Voltemos ao encontro de Freud com o sujeito histérico ...
  • 9. Este ‘encontro’ de Freud com as histéricas é composto por várias cenas: Cena na qual a associação livre é proposta: a demarcação do ato clínico e a produção do psicanalista pela histérica ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 10. Vejamos esta cena nos Estudos sobre a histeria: O encontro de Freud com a Sra. Emmy von N.: “... Comecei o tratamento de uma senhora de cerca de quarenta anos, cujos sintomas e personalidade me interessaram de tal forma que lhe dediquei grande parte de meu tempo e decidi fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para recuperá-la.” (p.79) “Essa foi minha primeira tentativa de lidar com aquele método terapêutico [a hipnose]. Estava ainda longe de tê-lo dominado; de fato, não fui bastante à frente na análise dos sintomas, nem o segui de maneira suficientemente sistemática” (p.79) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 11. “Sugeri que ela se separasse das duas filhas, que têm governanta, e se internasse numa casa de saúde, onde eu poderia vê-la todos os dias. Concordou com isso sem levantar a menor objeção.” (p.81) “Aproveitei também a oportunidade para lhe perguntar por que ela sofria de dores gástricas e de onde provinham. Creio que todos os seus acessos de zoopsias são acompanhados por dores gástricas. Sua resposta, dada a contragosto, foi que não sabia. Pedi-lhe que se lembrasse até amanhã. Disse-me então, num claro tom de queixa, que eu não devia continuar a perguntar-lhe de onde provinha isso ou aquilo, mas que a deixasse contar-me o que tinha a dizer.” (p. 91)
  • 12. Cena na qual o espaço da clínica é desdobrado:
  • 13. Caso Katharina: “Nas férias de verão do ano de 199... Fiz uma excursão ao Hohe Tauern [uma das mais altas cordilheiras dos Alpes Orientais] para que por algum tempo pudesse esquecer a medicina e, mais particularmente, as neuroses. Quase havia conseguido isso quando, um belo dia, desviei-me da estrada principal para subir uma montanha que ficava um pouco afastada e que era renomada por suas vistas e sua cabana de hospedagem bem administrada. Alcancei o cimo após uma subida estafante e, sentindo-me revigorado e descansado, sentei-me, mergulhado em profunda contemplação do encanto do panorama distante. Estava tão perdido em meus pensamentos que, a princípio, não relacionei comigo estas palavras, quando alcançaram meus ouvidos: ‘O senhor é médico?’. Mas a pergunta fora endereçada a mim, e pela moça de expressão meio amuada, de talvez dezoito anos de idade, que me servira a refeição e à qual a proprietária se dirigira pelo nome de ‘Katharina’. A julgar por seus trajes e seu porte, não podia ser uma empregada, mas era sem dúvida filha ou parenta da hospedeira. (...) [continua ->]
  • 14. Assim, lá estava eu novamente às voltas com as neuroses – pois nada mais poderia haver de errado com aquela moça de constituição forte e sólida e de aparência tristonha. Fiquei interessado ao constatar que as neuroses podiam florescer assim, a uma altitude superior a 2000 metros; portanto, fiz-lhe outras perguntas.(...)” (p.143) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 15. Cena na qual a posição de intervenção do analista é estabelecida: Temos aqui Dora (Ida Bauer), uma jovem que quando chega a Freud, estava em vias de completar 18 anos de idade. O pai de Dora (Philipp Bauer) a conduz a Freud e, de início, apresenta a filha como uma enferma, mas já indicando que suas crises afetam a toda a família, ou seja, o próprio pai, a mãe eclipsada e o irmão. A harmonia havia sido quebrada dois anos antes e desde então a família (e, em especial, Dora e seu pai) vivia em um incerto equilíbrio em função de uma situação que o pai de Dora, na sua exposição da situação, ocultou de Freud:
  • 16. O pai tinha como amante uma mulher casada chamada Senhora K (PeppinzZellenka) e, além disto, havia uma espécie de quarteto entre o Sr. e a Sra. K, de um lado e o pai de Dora e ela própria, de outro. A mãe de Dora, como em tudo mais, permanecia a parte dessa situação. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 17. Em suas primeiras sessões, Dora expõe para Freud uma reivindicação bem nítida quanto ao amor de seu pai em relação a ela. Ela afirma que toda a situação entre seu pai e a Sra. K havia interferido na grande atenção que, até então, seu pai lhe concedia. Junto a isto, Dora tem seguido muito de perto todos os acontecimentos do quarteto até o ponto deles se mostrarem insuportáveis para esta jovem.
  • 18. A resposta que Freud dá a Dora é finamente demarcadora do lugar desde onde o psicanalista intervém: ‘tudo o que acaba de me contar, toda esta situação na qual você se vê envolvida: por acaso não é algo do qual você também tem participado?’ ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 19. A histeria como posição subjetiva: o sujeito se apresenta dividido - em conflito, em dúvida, aprisionado em uma encruzilhada amorosa, profissional, familiar, etc. - e, tipicamente, se dirige a alguém investido de uma posição especial/privilegiada (reconhecido, na abordagem lacaniana, como um Mestre/Senhor). Este direcionamento ao Mestre ocorre sobretudo mediante a sedução e se fará acompanhar da demanda de resolução da divisão, mas, notemos: para fazê-lo fracassar repetidamente.
  • 20. Histeria: Não se resume a manifestação de sintomas. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 21. Histeria: ser afetado pelo desejo do Outro ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 22. CAMINHOS DA AFETAÇÃO: Dissociação Conversão ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 23. Subjetivação e Corpo: amorada do sujeito ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 24. A construção do setting analítico na experiência clínica da histeria: Versatilidade -> nomadismo ... ou a indagação acerca da configuração/conceituação permanente do espaço e do lugar da clínica Standard-> critério, fundamento. Quais são as condições requeridas para que um ato clínico tenha um efeito analítico? ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 25. Prosseguiremos no próximo encontro (22/08) com o tema: Sexualidade e psicanálise: uma nova paisagem. Até lá! Acesso a este conteúdo: www.alexandresimoes.com.br ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.