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Silagem de peixe
alternativa para ração artesanal




                    Dr. Eduardo Gianini Abimorad
                           Pesquisador Científico
                             APTA – Votuporanga
                        abimorad@apta.sp.gov.br
O que é silagem?

Silagem         Ensilar = Conservar

Princípio da conserva            redução do pH (acidificação)

Tipos de Silagens: Biológica, Ácida e Enzimática
    fermentação anaeróbica
digestão enzimática (endógena)              digestão ácida e enzimática
                                             (endógena e/ou exógena)

Matérias-primas             subprodutos da atividade aquícola
   Resíduos do processamento
   Peixes pequenos e espécies de baixo valor
   Descartes da comercialização (atacado e varejo)
   Fauna acompanhante
A silagem de peixe não é
 um processo tão novo!

Utilização de ácidos para
conservar alimentos: após
a 2ª guerra mundial.

Década de 60:

Polônia e Dinamarca

Utilização de Silagem de
peixes para aves e suínos,
incorporada a ração como
complemento proteico.
Silagem de peixe - Processo

 Ensilado de pescado - processo de acidificar a “massa
 triturada”, deixando-a livre da ação dos microrganismos
 patogênicos, que terminam deteriorando o produto.

 Tecnologia simples e não implica a utilização de
 maquinários específicos.

 Entretanto...
 Receitas e cuidados a serem seguidos;

 Dificuldades.
Silagem de peixe em ração artesanal para tilápia-do-Nilo
              Pesq. Agropec. Bras., v.44, n.5, p.519-525, maio 2009


Objetivos:
 Aproveitamento de resíduos;
 Fonte de nutrientes de alta qualidade;
 Redução de custos.

Comparar...em relação a uma ração comercial:
 Desempenho zootécnico;
 Custo de arraçoamento;
 Composição corporal;
 Qualidade da água.
Material e métodos

2070 juvenis de tilápia do Nilo revertidos com peso
médio inicial de 83g.
2 tratamentos (rações) e 3 repetições (seis viveiros)
Viveiros de aproximadamente 230 m2 e profundidade
média de 1,1 m.
Densidade de estocagem 1,5 peixes/m².
Alimentação:
  porcentagem da biomassa (tabela de arraçoamento)
  3 vezes ao dia.
A Silagem...
Confeccionada na propriedade
Resíduo da filetagem de Zouido (Geophagus surinamensis)
Estocada em caixas d’água de 300 L.
Após triturado       1% ácido Sulfúrico e 1% ácido Fórmico.


Custo da silagem:
Taxa de licença para aquisição dos ácidos;
Compra dos ácidos;
Frete para busca de resíduos;
Mão de obra; energia eletrica; depreciação do triturador e das
caixas d’água (proporcional ao tempo de uso)
Monitoramento da qualidade da água


  Oxímetro YSI – modelo 55
  O2D e TºC.
  Disco de Secchi – Transparência



Coletas de água:
Entrada e saída dos viveiros
Inicio/meio/final do período experimental
Quantificação do nitrogênio e fósforo do abastecimento e efluentes dos
 viveiros (balanço de nutrientes)
Após os resultados de conversão alimentar,
calculados os custos de arraçoamento com as
diferentes rações (R$/kg de peixe).
Tabela 1. Composição das rações experimentais e dos ingredientes utilizados na formulação da ração artesanal.
                                              Ração             Ração            Silagem          Farelo           Farelo
Composição proximal (%) (1)                                                                                                          Milho          Calcário
                                            Artesanal (2)      Comercial         de peixe       de algodão         de soja

Matéria seca (MS)                               48,8              89,0             20,0             88,0             89,9            88,5              89,0
Proteína bruta (PB)                             15,3              28,0              6,6             38,8             45,4             8,4               0
Extrato etéreo (EE)                              4,8               3,0              6,5              1,8              2,0             4,0               0
Fibra bruta (FB)                                 3,0               8,0               0               1,2              7,6             2,2               0
Extrativo não nitrogenado (ENN)                 19,0              40,0              1,4             29,4             28,8            72,6               0
Matéria mineral (MM)                             6,7              10,0              5,5              6,2              6,1             1,3              89,0
Cálcio (Ca)                                     1,33               1,8             0,99             0,24             0,32            0,04              34,2
Fósforo (P)                                     0,50               0,6             0,72             0,34             0,19            0,08               0
Energia bruta (kcal kg-1) (3)                   2226              3813             1039             3630             4263            3953               0
Preço (R$ kg-1)                                 0,34              1,02             0,11             0,76             0,90            0,51              0,14
(1)
    Valores expressos na matéria seca original.
(2)
    Composição Ração Artesanal: 58% silagem de peixe, 18% farelo de algodão, 7% farelo de soja, 15% milho e 2% calcário.
(3)
    Energia Bruta (EB) calculada pelos seguintes índices: 5,65 kcal g-1 PB; 9,35 kcal g-1 EE; e 4,15 kcal g-1 (ENN+FB).
Para fins de comparação, o valor de MS da ração artesanal foi transformado de 48,8 para 89% e os níveis dos nutrientes passaram a ser: 27,8% PB, 8,8% EE, 5,5% FB,
34,7% ENN, 12,2% MM, 2,43% Ca e 0,92% P; o conteúdo de EB passou a ser 4.105 kcal kg-1; e o preço passou a ser R$ 0,63 kg-1.


      Ração artesanal:
                                                                                      Ração artesanal = 48% MS
      58% silagem de peixe                                                            Ração comercial = 89% MS
      18% farelo de algodão
      7% farelo de soja
      15% milho
                                                                                      Fornecimento: 1,8 kg / 1 kg
      2% calcário
Tabela 2. Valores médios (± erro padrão) de Desempenho produtivo e composição corporal
de tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe e ração
comercial em viveiros escavados.
 Parâmetros              Ração comercial Ração artesanal    Valor de p   CV (%)
                                  Desempenho produtivo
 Peso inicial (g)        82,55±2,55       83,57±1,56            0,7486ns    4,41
 Peso final (g)          384,12±4,70      399,23±9,07           0,2134ns    3,20
 Sobrevivência (%)       88,82±1,72       90,76±1,19            0,4065ns    3,34
 Consumo (g)             554,62±9,07      550,22±12,61          0,7912ns    3,44
 GP (g)                  304,30±6,15      320,17±10,10          0,2511ns    4,64
 CAA                     1,82±0,02        1,72±0,08             0,2779ns    5,51
 TCE (% por dia)         1,06±0,01        1,07±0,02             0,4713ns    2,67
 CVP (%)                 9,65±1,23        6,91±0,28             0,0956ns    18,64
                     Composição corporal (g por 100g de amostra úmida)
 Umidade                68,74±0,52          67,31±0,23           0,0657ns   1,02
 Proteína               18,01±0,32          17,54±0,34           0,3755ns   3,20
 Lipídios               9,30±0,26a          6,46±0,28b          0,0017**    5,91
 Cinzas                 5,55±0,29           4,92±0,03            0,1595ns   6,74


Sugere-se que a relação carboidrato/lipídios na ração artesanal, assim como sua
composição em ácidos graxos, pode estar mais adequada às necessidade
nutricionais da tilápia.
Custo de arraçoamento:

Ração comercial: R$1,83 – R$1,89
Ração artesanal: R$1,03 – R$1,17

Redução média de R$0,78 / kg de peixe produzido

≈ 42% de economia.
60

                                50


           Transparência (cm)
                                40
                                                                                            Artesanal
                                30
                                                                                            Comercial
                                20

                                10

                                 0
                                     1   3   5   7   9   11   13   15   17   19   21   23
                                                         Semanas


Figura 1. Transparência da água (cm) nos viveiros escavados de criação de tilápias do Nilo
alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração comercial ( ). Cada
ponto representa a média de três viveiros.

Observação visual: cor da água
Viveiros que receberam ração comercial: parda (marrom)
Viveiros que receberam ração artesanal: esverdeado                                          (presenças   de
fitoplantons)
8

                        7

                        6
           O2D (mg/L)



                                                                                   Artesanal
                        5
                                                                                   Comercial
                        4

                        3

                        2
                            1   3   5   7   9   11   13   15   17   19   21   23
                                                Semanas


Figura 2. Oxigênio dissolvido (mg L-1) na água dos viveiros escavados de criação de tilápias
do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração comercial ( ).
Cada ponto representa a média de três viveiros. A linha pontilhada representa o limite mínimo
(5 mg L-1) estabelecido pelo CONAMA.
400                                                                29

                       350                                                                27
                                                                                                        294 µg/L
                       300
                                                          163 µg/L                        25

           PT (µg/L)   250
                                                                                          23




                                                                                               T (ºC)
                       200
                                                                                          21              202 µg/L
                       150
                                                                                          19
                       100

                        50                                                                17

                        0                                                                 15
                             1   3   5     7    9    11     13   15   17   19   21   23
                                                     Semanas


                                         Comercial   Artesanal   Temperatura

Figura 3. Balanço de fósforo total (µg/L) na água de viveiros escavados de criação de tilápias
do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração comercial (□).
Cada barra representa a média de três viveiros (±erro padrão). A linha pontilhada representa a
tendência da temperatura da água.

   Limite máximo 50 µg/L (CONAMA 357/2005)
0,35                                                                29

                        0,30                                         T °C                   27

                        0,25                                                                25
           NT (mg/L)
                        0,20                                                                23




                                                                                                 T (ºC)
                        0,15                                                                21

                        0,10                                                                19

                        0,05                                                                17

                        0,00                                                                15
                               1   3   5      7    9    11    13   15   17   19   21   23
                                                       Semanas


                                           Comercial   Artesanal   Temperatura

Figura 4. Balanço de nitrogênio total (mg/L) na água de viveiros escavados de criação de
tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração
comercial (□). Cada barra representa a média de três viveiros (±erro padrão). A linha
pontilhada representa a tendência da temperatura da água.

  T °C                 Crescimento          Consumo            Aporte de Nutrientes
Conclusões

O uso da ração artesanal a base de silagem de resíduo de filetagem
de pescado para criação de tilápia do Nilo em viveiros escavados
reduz em aproximadamente 42% o custo de arraçoamento, sem
prejuízo no desempenho produtivo.

As tilápias alimentadas com a ração artesanal apresentam menores
teores de lipídios corporais.

O fornecimento da ração artesanal sem processamento piora a
qualidade da água.
Considerações

Ração não processada

Grumos úmidos: dissolução de nutrientes na água

Fósforo Total: Ração artesanal (0,92%), Ração Comercial (0,60%)

O que fazer?

Processar a ração (peletizar)

Secar???

Custo??? (Peletizadora   não pode incluir muita silagem)
Etapas da Produção de Silagens de Peixe

                 Matéria-prima          Exemplos de Ácidos:
                                        Orgânicos: Fórmico, Acético e Cítrico.
                   Moagem               Inorgânico: Sulfúrico, Fosfórico e Clorídrico.


           Adição de ácidos ou
           bactérias e substrato



   Substrato                      Ácido orgânico
Microoganismo                    Ácido inorgânico
 Fungiostático

                                                            Mistura de ácidos é
  SILAGEM                           SILAGEM                   recomendada
FERMENTADA                           ÁCIDA
Equipamentos e utensílios para o
          processamento de silagem




Moedor boca 22       Moedor boca 98         Moedor boca 114




            Bombona 100L              Baldes de 20L
Produção de silagem ácida




                           Resíduo Moído        Adição de ácidos
Moagem do resíduo




Homogeneização             Silagem Ácida    Silagem Ácida – 7 dias
                                                 de estocagem
Produção de silagem biológica (fermentada)




                    Resíduo Moído
                                      Adição de melaço    Adição de iogurte
Moagem do resíduo




 Adição de ácido    Homogeneização                        Silagem Fermentada
     sórbico                                              7 dias de estocagem
                                     Silagem Fermentada
Produção de silagens biológicas

                   Matéria-prima                  Matéria-prima                  Matéria-prima
               (80% da capacidade total       (80% da capacidade total       (80% da capacidade total
                 do silo – 143,80Kg)            do silo – 143,80Kg)            do silo – 143,80Kg)



                       Moagem                         Moagem                          Moagem




              2,5% iogurte vencido – 4Kg      2,5% soro de queijo – 4Kg           2,5% EM – 4Kg
                 7,5% melaço – 12Kg              7,5% melaço – 12Kg             7,5% melaço – 12Kg
             0,125% ácido sórbico – 0,2Kg   0,125% ácido sórbico – 0,2Kg   0,125% farelo de trigo – 0,2Kg



              Homogeneização mecânica        Homogeneização mecânica        Homogeneização mecânica




               Silagem fermentada             Silagem fermentada             Silagem fermentada
                      SF_I                           SF_S                          SF_EM


               pH ⇒ 4,86                       pH ⇒ 4,78                     pH ⇒ 5,16

Efficient Microrganisms produto experimental, produzido pela Fundação Mokiti Okada
Produção de silagens ácidas
               Matéria-prima                 Matéria-prima               Matéria-prima
          (100% da capacidade total     (100% da capacidade total   (100% da capacidade total
             do silo – 195,75Kg)            do silo – 190Kg)            do silo – 192Kg)



                  Moagem                        Moagem                      Moagem




            1% ácido fórmico – 2L
                                         2% ácido fosfórico – 4L     1% ácido sulfúrico – 2L
            1% ácido sulfúrico – 2L
                                          3% ácido acético – 6L       3% ácido acético – 3L
        0,125% ácido sórbico – 0,25Kg



         Homogeneização mecânica        Homogeneização mecânica     Homogeneização mecânica




              Silagem ácida                 Silagem ácida               Silagem ácida
                 SA_Fr/S                       SA_Fs/A                     SA_S/A


           pH ⇒ 4,21                      pH ⇒ 4,31                   pH ⇒ 4,17
Fungiostático
Utilização da silagem em ração artesanal


                              40 a 60% de água
    APÓS MOAGEM E MISTURA     ou produtos úmido:
                              Silagem de peixe, Sangue, Frutas, etc.




Secar em estufas ou no sol
Ou fornecer úmido
Utilização da silagem em ração artesanal
Dificuldades
Matéria prima de boa qualidade

Boa moagem ( da superfície de contato)

Aquisição dos ácidos (Exército e Policia Federal)

Cuidados no manejo com ácidos

Processar a ração

Secar a ração

Alimentação (caso de tanques rede)
Silagem de peixe alternativa para ração de tilápia

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Silagem de peixe alternativa para ração de tilápia

  • 1. Silagem de peixe alternativa para ração artesanal Dr. Eduardo Gianini Abimorad Pesquisador Científico APTA – Votuporanga abimorad@apta.sp.gov.br
  • 2. O que é silagem? Silagem Ensilar = Conservar Princípio da conserva redução do pH (acidificação) Tipos de Silagens: Biológica, Ácida e Enzimática fermentação anaeróbica digestão enzimática (endógena) digestão ácida e enzimática (endógena e/ou exógena) Matérias-primas subprodutos da atividade aquícola Resíduos do processamento Peixes pequenos e espécies de baixo valor Descartes da comercialização (atacado e varejo) Fauna acompanhante
  • 3. A silagem de peixe não é um processo tão novo! Utilização de ácidos para conservar alimentos: após a 2ª guerra mundial. Década de 60: Polônia e Dinamarca Utilização de Silagem de peixes para aves e suínos, incorporada a ração como complemento proteico.
  • 4. Silagem de peixe - Processo Ensilado de pescado - processo de acidificar a “massa triturada”, deixando-a livre da ação dos microrganismos patogênicos, que terminam deteriorando o produto. Tecnologia simples e não implica a utilização de maquinários específicos. Entretanto... Receitas e cuidados a serem seguidos; Dificuldades.
  • 5. Silagem de peixe em ração artesanal para tilápia-do-Nilo Pesq. Agropec. Bras., v.44, n.5, p.519-525, maio 2009 Objetivos: Aproveitamento de resíduos; Fonte de nutrientes de alta qualidade; Redução de custos. Comparar...em relação a uma ração comercial: Desempenho zootécnico; Custo de arraçoamento; Composição corporal; Qualidade da água.
  • 6.
  • 7. Material e métodos 2070 juvenis de tilápia do Nilo revertidos com peso médio inicial de 83g. 2 tratamentos (rações) e 3 repetições (seis viveiros) Viveiros de aproximadamente 230 m2 e profundidade média de 1,1 m. Densidade de estocagem 1,5 peixes/m². Alimentação: porcentagem da biomassa (tabela de arraçoamento) 3 vezes ao dia.
  • 8. A Silagem... Confeccionada na propriedade Resíduo da filetagem de Zouido (Geophagus surinamensis) Estocada em caixas d’água de 300 L. Após triturado 1% ácido Sulfúrico e 1% ácido Fórmico. Custo da silagem: Taxa de licença para aquisição dos ácidos; Compra dos ácidos; Frete para busca de resíduos; Mão de obra; energia eletrica; depreciação do triturador e das caixas d’água (proporcional ao tempo de uso)
  • 9. Monitoramento da qualidade da água Oxímetro YSI – modelo 55 O2D e TºC. Disco de Secchi – Transparência Coletas de água: Entrada e saída dos viveiros Inicio/meio/final do período experimental Quantificação do nitrogênio e fósforo do abastecimento e efluentes dos viveiros (balanço de nutrientes)
  • 10. Após os resultados de conversão alimentar, calculados os custos de arraçoamento com as diferentes rações (R$/kg de peixe).
  • 11. Tabela 1. Composição das rações experimentais e dos ingredientes utilizados na formulação da ração artesanal. Ração Ração Silagem Farelo Farelo Composição proximal (%) (1) Milho Calcário Artesanal (2) Comercial de peixe de algodão de soja Matéria seca (MS) 48,8 89,0 20,0 88,0 89,9 88,5 89,0 Proteína bruta (PB) 15,3 28,0 6,6 38,8 45,4 8,4 0 Extrato etéreo (EE) 4,8 3,0 6,5 1,8 2,0 4,0 0 Fibra bruta (FB) 3,0 8,0 0 1,2 7,6 2,2 0 Extrativo não nitrogenado (ENN) 19,0 40,0 1,4 29,4 28,8 72,6 0 Matéria mineral (MM) 6,7 10,0 5,5 6,2 6,1 1,3 89,0 Cálcio (Ca) 1,33 1,8 0,99 0,24 0,32 0,04 34,2 Fósforo (P) 0,50 0,6 0,72 0,34 0,19 0,08 0 Energia bruta (kcal kg-1) (3) 2226 3813 1039 3630 4263 3953 0 Preço (R$ kg-1) 0,34 1,02 0,11 0,76 0,90 0,51 0,14 (1) Valores expressos na matéria seca original. (2) Composição Ração Artesanal: 58% silagem de peixe, 18% farelo de algodão, 7% farelo de soja, 15% milho e 2% calcário. (3) Energia Bruta (EB) calculada pelos seguintes índices: 5,65 kcal g-1 PB; 9,35 kcal g-1 EE; e 4,15 kcal g-1 (ENN+FB). Para fins de comparação, o valor de MS da ração artesanal foi transformado de 48,8 para 89% e os níveis dos nutrientes passaram a ser: 27,8% PB, 8,8% EE, 5,5% FB, 34,7% ENN, 12,2% MM, 2,43% Ca e 0,92% P; o conteúdo de EB passou a ser 4.105 kcal kg-1; e o preço passou a ser R$ 0,63 kg-1. Ração artesanal: Ração artesanal = 48% MS 58% silagem de peixe Ração comercial = 89% MS 18% farelo de algodão 7% farelo de soja 15% milho Fornecimento: 1,8 kg / 1 kg 2% calcário
  • 12. Tabela 2. Valores médios (± erro padrão) de Desempenho produtivo e composição corporal de tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe e ração comercial em viveiros escavados. Parâmetros Ração comercial Ração artesanal Valor de p CV (%) Desempenho produtivo Peso inicial (g) 82,55±2,55 83,57±1,56 0,7486ns 4,41 Peso final (g) 384,12±4,70 399,23±9,07 0,2134ns 3,20 Sobrevivência (%) 88,82±1,72 90,76±1,19 0,4065ns 3,34 Consumo (g) 554,62±9,07 550,22±12,61 0,7912ns 3,44 GP (g) 304,30±6,15 320,17±10,10 0,2511ns 4,64 CAA 1,82±0,02 1,72±0,08 0,2779ns 5,51 TCE (% por dia) 1,06±0,01 1,07±0,02 0,4713ns 2,67 CVP (%) 9,65±1,23 6,91±0,28 0,0956ns 18,64 Composição corporal (g por 100g de amostra úmida) Umidade 68,74±0,52 67,31±0,23 0,0657ns 1,02 Proteína 18,01±0,32 17,54±0,34 0,3755ns 3,20 Lipídios 9,30±0,26a 6,46±0,28b 0,0017** 5,91 Cinzas 5,55±0,29 4,92±0,03 0,1595ns 6,74 Sugere-se que a relação carboidrato/lipídios na ração artesanal, assim como sua composição em ácidos graxos, pode estar mais adequada às necessidade nutricionais da tilápia.
  • 13. Custo de arraçoamento: Ração comercial: R$1,83 – R$1,89 Ração artesanal: R$1,03 – R$1,17 Redução média de R$0,78 / kg de peixe produzido ≈ 42% de economia.
  • 14. 60 50 Transparência (cm) 40 Artesanal 30 Comercial 20 10 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Semanas Figura 1. Transparência da água (cm) nos viveiros escavados de criação de tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração comercial ( ). Cada ponto representa a média de três viveiros. Observação visual: cor da água Viveiros que receberam ração comercial: parda (marrom) Viveiros que receberam ração artesanal: esverdeado (presenças de fitoplantons)
  • 15. 8 7 6 O2D (mg/L) Artesanal 5 Comercial 4 3 2 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Semanas Figura 2. Oxigênio dissolvido (mg L-1) na água dos viveiros escavados de criação de tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração comercial ( ). Cada ponto representa a média de três viveiros. A linha pontilhada representa o limite mínimo (5 mg L-1) estabelecido pelo CONAMA.
  • 16. 400 29 350 27 294 µg/L 300 163 µg/L 25 PT (µg/L) 250 23 T (ºC) 200 21 202 µg/L 150 19 100 50 17 0 15 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Semanas Comercial Artesanal Temperatura Figura 3. Balanço de fósforo total (µg/L) na água de viveiros escavados de criação de tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração comercial (□). Cada barra representa a média de três viveiros (±erro padrão). A linha pontilhada representa a tendência da temperatura da água. Limite máximo 50 µg/L (CONAMA 357/2005)
  • 17. 0,35 29 0,30 T °C 27 0,25 25 NT (mg/L) 0,20 23 T (ºC) 0,15 21 0,10 19 0,05 17 0,00 15 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Semanas Comercial Artesanal Temperatura Figura 4. Balanço de nitrogênio total (mg/L) na água de viveiros escavados de criação de tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal à base de silagem de peixe (■) e ração comercial (□). Cada barra representa a média de três viveiros (±erro padrão). A linha pontilhada representa a tendência da temperatura da água. T °C Crescimento Consumo Aporte de Nutrientes
  • 18. Conclusões O uso da ração artesanal a base de silagem de resíduo de filetagem de pescado para criação de tilápia do Nilo em viveiros escavados reduz em aproximadamente 42% o custo de arraçoamento, sem prejuízo no desempenho produtivo. As tilápias alimentadas com a ração artesanal apresentam menores teores de lipídios corporais. O fornecimento da ração artesanal sem processamento piora a qualidade da água.
  • 19. Considerações Ração não processada Grumos úmidos: dissolução de nutrientes na água Fósforo Total: Ração artesanal (0,92%), Ração Comercial (0,60%) O que fazer? Processar a ração (peletizar) Secar??? Custo??? (Peletizadora não pode incluir muita silagem)
  • 20.
  • 21. Etapas da Produção de Silagens de Peixe Matéria-prima Exemplos de Ácidos: Orgânicos: Fórmico, Acético e Cítrico. Moagem Inorgânico: Sulfúrico, Fosfórico e Clorídrico. Adição de ácidos ou bactérias e substrato Substrato Ácido orgânico Microoganismo Ácido inorgânico Fungiostático Mistura de ácidos é SILAGEM SILAGEM recomendada FERMENTADA ÁCIDA
  • 22. Equipamentos e utensílios para o processamento de silagem Moedor boca 22 Moedor boca 98 Moedor boca 114 Bombona 100L Baldes de 20L
  • 23. Produção de silagem ácida Resíduo Moído Adição de ácidos Moagem do resíduo Homogeneização Silagem Ácida Silagem Ácida – 7 dias de estocagem
  • 24. Produção de silagem biológica (fermentada) Resíduo Moído Adição de melaço Adição de iogurte Moagem do resíduo Adição de ácido Homogeneização Silagem Fermentada sórbico 7 dias de estocagem Silagem Fermentada
  • 25. Produção de silagens biológicas Matéria-prima Matéria-prima Matéria-prima (80% da capacidade total (80% da capacidade total (80% da capacidade total do silo – 143,80Kg) do silo – 143,80Kg) do silo – 143,80Kg) Moagem Moagem Moagem 2,5% iogurte vencido – 4Kg 2,5% soro de queijo – 4Kg 2,5% EM – 4Kg 7,5% melaço – 12Kg 7,5% melaço – 12Kg 7,5% melaço – 12Kg 0,125% ácido sórbico – 0,2Kg 0,125% ácido sórbico – 0,2Kg 0,125% farelo de trigo – 0,2Kg Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica Silagem fermentada Silagem fermentada Silagem fermentada SF_I SF_S SF_EM pH ⇒ 4,86 pH ⇒ 4,78 pH ⇒ 5,16 Efficient Microrganisms produto experimental, produzido pela Fundação Mokiti Okada
  • 26. Produção de silagens ácidas Matéria-prima Matéria-prima Matéria-prima (100% da capacidade total (100% da capacidade total (100% da capacidade total do silo – 195,75Kg) do silo – 190Kg) do silo – 192Kg) Moagem Moagem Moagem 1% ácido fórmico – 2L 2% ácido fosfórico – 4L 1% ácido sulfúrico – 2L 1% ácido sulfúrico – 2L 3% ácido acético – 6L 3% ácido acético – 3L 0,125% ácido sórbico – 0,25Kg Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica Silagem ácida Silagem ácida Silagem ácida SA_Fr/S SA_Fs/A SA_S/A pH ⇒ 4,21 pH ⇒ 4,31 pH ⇒ 4,17 Fungiostático
  • 27. Utilização da silagem em ração artesanal 40 a 60% de água APÓS MOAGEM E MISTURA ou produtos úmido: Silagem de peixe, Sangue, Frutas, etc. Secar em estufas ou no sol Ou fornecer úmido
  • 28. Utilização da silagem em ração artesanal
  • 29. Dificuldades Matéria prima de boa qualidade Boa moagem ( da superfície de contato) Aquisição dos ácidos (Exército e Policia Federal) Cuidados no manejo com ácidos Processar a ração Secar a ração Alimentação (caso de tanques rede)